Poemas de Passado

Cerca de 15206 poemas de Passado

Existem seres que são só úteis
e imaginam-se eternos.
Não imaginam que num passado remoto não existiam e em um dado momento ali na frente também não mais...

Inserida por dalainilton

⁠O tempo!
É sempre tempo. Nem novo, nem velho, nem passado tão pouco presente.
Engana-se os que dizem, o tempo passou, ou em aflições murmura "nossa o tempo não passa",
ou corre, ou acelera, ou urge, ou
perde-se.Peculiar a cada ser, esse imaginar perceber é também do que o observa.
Dormindo ou acordados este este ainda sim é perene, o tempo.
Não se pode chamar o tempo ele ou ela, não há gênero neste modo imaginar que é no tempo viver!
O tempo é incognocível.

Inserida por dalainilton

⁠Os mitos também envelhecem!
Os mitos também morrem sem terem passado pelo processo da gestação e parto.
Não é um paradoxo oque chamamos nascer, viver e morrer?!.

Inserida por dalainilton

⁠Viver é!
Nunca vivenciar o passado,
tão pouco imaginar o futuro.
Vida é estar; no presente do presente.

Inserida por dalainilton

Por vezes, o destino
vai ao passado
buscar duas pessoas,
e converte-os
num poético presente.

Inserida por JoniBaltar

⁠Beijos Imortais
Há beijos que ficaram
retidos no passado.
Inesperadamente começam
a escalar — serenamente — o coração
até chegarem ao cume da boca.
Talvez haja ainda passados
com beijos imortais.

Inserida por JoniBaltar

⁠"O ingrato é alguém soterrado no tempo presente: os benefícios do passado e a retribuição futura fogem do seu horizonte. Desvanecido num "aqui e agora" vazio, ele vai aos poucos mutilando a própria psique.

O presente apequena-se e se transforma em dolorosa imanência.

Por sua vez, o homem agradecido expande a sua bússola a um passado do qual recorda com critérios objetivos e a uma salutar capacidade de projetar o futuro.

O presente torna-se rico, ganha em densidade ao transceder a si próprio".

Inserida por CarlaGP

Cicatrizes são lembranças que você nunca perde
O passado nunca está longe
Você se perdeu em algum lugar por aí?
Você conseguiu ser uma estrela?
E não é triste saber que a vida
É mais do que quem somos
Você cresceu rápido demais
E agora não há nada em que acreditar
E as reprises se tornam nossa história
Uma música cansada continua tocando em um rádio cansado
E eu não vou contar a ninguém o seu nome
E eu não vou contar o seu nome para eles

Inserida por droplets

⁠Não, o passado não era tão bom assim
Os tempos sempre foram difíceis
É a nostalgia que está distorcendo a sua visão da realidade
O mundo sempre foi um lugar complicado
Sabe do que você realmente sente falta? Da pessoa que você era
Da sua juventude
De quando você ainda não tinha passado por tantas decepções
De quanto você via tudo com um olhar mais otimista, focado no presente, sem tantas preocupações
Independentemente do que seja, talvez seja bom manter essa visão positiva do passado
As boas lembranças nos mostram que viver vale a pena.
Que apesar de tudo o que aconteceu, há muita coisa para aproveitar
Pessoas para amar
Lugares para conhecer
E uma vida inteira para viver com intensidade.

Inserida por droplets

“Sem lenço, sem documento”

E de repente chega à maturidade. Sem idade, sem passado, sem futuro. Despretensiosa no andar, carregada de conceito, cheia de malas que a vida a presenteou. Impregnada de tolerância, abastecida do sofrer, repleta de vontades e dona do saber. A maturidade é calmaria, perdão, dever cumprido, humildade e querer. É saber respeitar o tempo, as coisas e, sobretudo as pessoas do jeito que elas são. É colorir o mundo e descolorir, gritar e silenciar, sorrir e chorar de cabeça erguida e face lavada. Por mais pesada que seja uma lágrima, mais pesado é o orgulho que sentencia nas costas o fardo ecoado do vazio atemporal. Maturação não vê vantagem, faz escolhas. Com ar de mistério e olhar escavado analisa as superfícies sem deixar influenciar. Aproxima-se e faz morada no contraditório por não ver desafio em demonstrar afetos. Revela a leveza de ser e grita aos quatro cantos o sabor de sentir. Porque amadurecimento é saber apreciar uma brisa, mesmo quando o desejo é de um banho de chuva. A generosidade é o sustento da maturidade.

Inserida por DaniLeao

Por viver num labirinto
com o que tenho passado,
posso dizer que me sinto
um homem afortunado.

Inserida por AntonioPrates

⁠Chora Abril retalhado,
na doutrina do poder;
seguindo rumo ao passado,
com a liberdade a sofrer.

I
No florescer da pastagem,
perante um lençol mimoso,
avança Alentejo vaidoso,
respira desprezo e coragem...
Dá-nos ar da sua imagem,
num sorriso retratado;
disfarça o ser magoado
que sua alma entristece;
enquanto o povo padece
chora Abril retalhado.

II
Lágrimas já repassadas,
penando no leito do rio,
sente um enorme vazio
sofrido em tantas chuvadas;
brechas, enfim reparadas,
coisas que dizem fazer;
passa na água a correr
tal percurso viciado,
acena em caldo entornado,
na doutrina do poder.

III
Lições de memória pequena
que a consciência ditou:
nobre, o poeta trovou:
“Grândola vila morena...”
Aperta saudade amena,
num coração já cansado;
lembra sozinho no prado
as provisões do celeiro;
verga perante o dinheiro,
seguindo rumo ao passado.

IV
Veste em ar de graça
a sensação que promete,
lavrada no jet set,
semeada na lei que passa;
pobre é gente sem raça,
povo que sabe perder;
o seu contento é viver
na ambição do sustento;
esquecido no mandamento,
com a liberdade a sofrer.

Inserida por AntonioPrates

⁠PROSA ...

Não demore, venha já, velho estou
Há tanto para relembrar, o passado
Teu olhar no meu, ver o que restou
Apertar tuas mãos, ficar ao teu lado

Quero sonhar afagos do que passou
E não comunique que está ocupado
O amor foi tanto, ainda não acabou
Sorva, que só assim, pra ser amado

O tempo fugaz voou, e tal o alcance
A saudade, de nós, assim, suponho:
- pois, desta prosa ainda há traços...

Não se pode silenciar este romance
Ele decerto faz parte do doce sonho
Pressinto desejar-nos nos abraços!...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/03/2021, 19’20” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AGRADO ..

Quando a saudade me aperta o passado
de quando nostálgico me acho perdido
vejo que de tudo pouco me foi temido
e que todo o afeto me foi bem amado

Sempre no mais valioso e mais cuidado
tudo que a emoção valia me era podido
os desenganos, as venturas, tudo válido
tudo querido, um tanto e mais arrojado

Os sonhos que solevava o pensamento
no ponto supremo do prazer os erguia
chorava, ria, mas vivia cada momento

Que diversas somas nos faz a fantasia:
alegria, tristura, vida e morte. Sustento
de ternura, agrado e o saciar na poesia! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 14’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MADUREIRA

Minha Madureira, além cerrado, lamento
Tê-la deixado, no passado, saudade havia
Em cada ideia, indo mais longe a cada dia
Silêncio, falta do agito, penoso detrimento

Para ti, então, voltar não mais alimento
Nem nos sonhos, nem na ávida fantasia
Certo de contar é envelhecer na agonia
Que há de trovar memória e sofrimento

De toda a dor, pudera eu em ti caminhar
Olhar, estar e sentir o movimento, enfim
Esperar é navegar na ilusão, eu bem sei

Porque por não te ver é que vivo a poetar
E nem a poesia é um conforto para mim
Pois, por tuas ruas, julgo, não mais andarei...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 maio, 2021, 15'15" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO COBIÇOSO

Talvez, depois do soneto chorar o passado
De tanto malogro, de tanto nublar comigo
Eis que ressurge verso tão cheio de abrigo
Nunca perdido, sonhado, sempre inspirado

É bom conservá-lo sempre ao meu lado
Com o cheiro e prazer de desejo antigo
Sempre presente e assim transformado
Vivo, e como sempre adejante comigo

Um verso simples, singular, cotidiano
Mas bem alindado na poética a incitar
Nada ímpar, basta o sentir humano...

De amor, sensação que não se explica
Surgi tão vário como vário é o poetar
E o soneto cobiçoso só se multiplica!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/08/2021, 14’58” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PRISIONEIRO

E o meu poetar está no passado
Escrevendo somente recordação
Prosas dum coração apaixonado
De legado sensações na emoção

A poética que vivia enamorada
Tornou-se boa saudade infinda
Agora memorável e mais nada
Narrativas, sempre bem-vinda!

No acaso o cenário é acoitado
Estórias e histórias hão reviver
E cada qual um fato imaculado

Pois, na recordação se é inteiro
E sem tal não se define o viver
Cativo, do passado prisioneiro!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 outubro, 2021, 06’15” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠INVOCAÇÃO

E quando a saudade for um passado
Pra habitar, por fim, a sensação fria
Nesse momento de soltura e valeria
Eu peço que o carinho seja louvado
Não quero ter sentimento neste dia
Pois, nesse afeto fui tão enamorado
Se o ocaso quis ter o revés ao lado
Da agrura, imploro, que seja vazia

Depois que tudo mudar, tudo se for
Não faça do meu olhar abandonado
Quero o surgir de um apego maior
Se já te perdi no desfolhar do fado
Quero noutra vida tê-lo meu amor
Existindo no que nos foi negado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21, outubro, 2021, 01:50 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TRIBUTO

Eu acato cada verso de uma poesia
Com gosto de ventura e de passado
Onde cada ritmo é um elevo sagrado
De dourado sonho e sentimental via
Bendigo o vocabulário em sintonia
A ousadia duma inspiração, ao lado
A poética que faz do bardo fadado
Ao tom intenso que d’alma contagia

Os versos são eternos, com riqueza
Da mente que tem saudade, tristeza
Também, de ser emotivo, ser amado
Sensação que torna vez em quando
A imaginação no imaginário voando
Para se tornar no aplauso venerado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 fevereiro, 2022, 15’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RELÍQUIAS

Num velho sentimento de um passado
que no matiz do tempo já tem outra cor
retalhos do versar, assim, relembrado
poetizam em prosa, a saudade, o amor
São sussurros, juras, hino apaixonado
que se transformaram em vazio e dor
restos de olhares do estar enamorado
e a recordação daquela concedida flor

Ah! breve a ação do fado que aparta
deixando no espirito lembrança farta
de sensação aflitiva que doridas são
Relíquias... de valedouiro tão presente
guardadas em uma poética tão latente
dos versos reminiscentes no coração!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 março/2022, 12’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol