Poemas de Partida
Voltou e despediu-se,
num último suspiro não resistiu!
O difícil foi ter que deixar partir
e a lembrança que fica,
que outra igual a você,
nunca irá existir.
Amadurecemos... Quando entendemos que não é um dia a mais que temos, e sim, um dia a menos... Então, passamos a valorizar a nossa vida intensamente! Deixamos de lado as discussões bobas, a falta de perdão, o egoísmo,as incompreensões, o desejo de vingança. O tempo escoa como areia no relógio... Rápida e silenciosa e quando menos esperamos... Chegou a hora da partida.
#vouvivercomDeusnocoração
#vouviverintensamente
#vouviverempaz
Quando você se vai
O vazio me traz toda vez o mesmo fim
Não é normal
Fim sem ponto final
Devaneios
Tanto tempo passado.
Você tão ao meu lado.
Tudo parecia tão conectado.
Como estava enganado.
Tanto verbo empregado.
Tanto diálogo só de um lado.
Minha vida... falida.
E agora você está de partida.
Não vi os sinais?
Foi tudo puro devaneio?
Eu me pergunto...
Tento e tento...
Exatamente a que você veio?
Quando o amor acaba, acabam-se também os planos,
Acabam-se os sonhos, juntam-se somente os panos.
Quando o amor acaba, a vida perde os seus anos,
O mundo é um vazio irreparável, de traumas e danos.
O Amor acaba tão somente por querer amar...
Nenhuma chama, sem razão, teimaria em queimar,
Se não fosse por mais puro e sincero amor.
Se ele agora está cansado de expressar
Tudo o que sentia , e pôs-se a esfriar,
É porque achou em outro seu calor.
... às vezes (ou sempre)
O que você não gosta em sua vida
É justamente o que você precisa!
Que tal olhar com mais carinho
Para o que está vindo
E para aquilo que está de partida?
VIAGEM
Alguns migram, vão embora
Outros se mudam para cá...
Alguns não sabem se voltam
Outros vêm sem avisar.
Alguns partem por vontade
Outros por necessidade
E tantos são os motivos
Que fazem a gente migrar
Por saúde, educação,
Reunião familiar...
Por trabalho ou investimento,
Esperança ou desalento...
Por cultura ou religião,
Por refúgio ou diversão...
Nessa vida de migrantes
De chegadas e partidas
Nós estamos de passagem
Não sei quando irei partir,
Mas quando eu me despedir,
Deseje-me boa viagem.
Se você está entre ir ou ficar, vá embora.
Se está havendo espaço para a dúvida fazer morada,
é porque o motivo daquilo que te manteve já não está mais presente.
Um dia sem dizer adeus você partiu e meu coração você feriu.
Por incontáveis vezes tentei te encontrar na esperança de você voltar!
Apesar de muito tempo se passar, meu coração nunca conseguiu sossegar!
Te amei desde a primeira vez em que te vi e ainda hoje te amo assim
eu acho que o mundo funciona bem melhor dentro da minha cabeça
mas quem sou eu pra julgar
será que um dia vou me perdoar?
se eu bem me conhecesse também não iria ficar
Em breve partirei
Não quero recordações
Não quero lamentações
Me deixe partir sem rancor,ódio e tristeza.
Me deixe partir sem lágrimas nos olhos.
Me deixe partir com alegria.
Apenas me deixe partir sereno e pleno.
Em breve partirei
Poema de Neilton Silva Nogueira.
A pior dor, é a da perca.
A dor pior que a perca, é a que devemos, temos, e nos vemos obrigados a ter que abrir mão, para não perdermos nós mesmos.
Até onde é possível haver escolhas, sem haver dor?
O bom amor, o melhor amor, é aquele que não obriga você a deixá-lo perder nas memórias e no caminho.
O pior amor é aquele despertado bem e bondoso no início, e como rosa, se transformado em puro espinho, que cada vez corta, e corta, e fere.
Já não sinto dor. Já não sinto mais nada, já não sinto.
Só pergunto onde nos deixamos sermos mal amados, desamados, meio amados.
O amor que ficar, será aquele único que não fira e realmente ame em todos os sentidos das palavras, não apenas em alguns.
Preciso que o amor que fique, não seja tortuoso. Seja amor.
(des)amparo
você me deixou, mas não só me
deixou. deixou a vida sem graça.
deixou meu dia improdutivo. não
foi você, fui eu. você se foi e eu me
permiti que a vida ficasse sem cor.
eu me deixei por você e procurei
amparo em mim.
Viagens, viagens e mais viagens... assim resume um pouco da história de dois colibris. Num encontro ao acaso, o destino bateu asas sem destino. Houve a partida, eu sei. Houve a chegada, bem sei. Eu destilava quando a brisa tocava o meu rosto. Eu bailava ao flutuar nas águas da cachoeira. Eu me sentia leve ao voar do seu lado. Eu, eu, eu... foi um eu em nós. Cada viagem era única. Cada viagem era vivida como nunca. Cada viagem eu voava sem medo. Cada viagem eu me entregava mais ainda para um voo livre. Cada viagem me fazia sentir o quão bom é viver um voo sem ter medo da queda. Cada viagem me presenteava com uma plumagem nova travestida de amor. Cada viagem eu renascia; ressurgia das cinzas como uma fênix: o pequeno e sonhador colibri. Certo tempo, o destino me fez uma surpresa, como ele sempre me fez. Minha fênix o qual eu perseguira insaciavelmente voou bem mais alto para bem longe. Eu não consegui avistá-la! Tentava com todas as minhas forças vê-la, mas já era impossível. Chorei. Ela se foi. Ela se foi e deixou a saudade como lembrança de um voo que me fez livre, mesmo estando com os pés presos às razões que me aprisiona. Ela me apresentou a liberdade ao voar, a sua vontade de viver sem medo.
Se um dia alguém te perguntar se você voou, se você amou; pequena colibri, não hesite em dizer com todas as suas forças: eu amei e fui amada!
A vida é uma jornada
somente de ida,sem saida
me perco,me busco,me encontro
perdido em busca de mim
No escuro me procuro,me acho
convencer-me de voltar à luz me faço
tímido sorrio,crio um caminho de volta
à procura de mim me encontro,
não me sinto mais sozinho
O caminho escolhemos,
pode ser plano ou espinhoso,conforme o escolhemos
há várias maneiras de chegar,
tudo depende de como a jornada vamos encarar
há atalhos,por eles os caminhos encurtam,
porém as experiências adquiridas são menores,não educam
viver é galgar a vida,saber encarar,entender que é sofrida
mas não perdida gera experiências na jornada adquirida
tudo é ciclo, o dia nasce e morre,clareia ,escurece,
nasce tudo,tudo morre a vida
por entre nossos dedos escorre
Na angústia sensacionalista de todos os dias sentidos...
Toda despedida é dor...
E dói entregar nas mãos de Deus aquilo que você não pode mais ter...
Falo de mim porque bem sei que a vida é assim...
Meu coração não aprendeu nada...
Recolho assim minhas palavras em versos...
Feitas de lágrimas e silêncios...
Do que quero renego...
Me pesa na vontade...
Recebo o que me é dado...
E o que me é dado quero...
Mesmo com medo...
E de alma partida...
Só posso clamar aos céus...
Pela vida tal qual entendo...
Sandro Paschoal Nogueira
O QUE FUI
O que fui, ficou parado na vida
Meu sorriso aberto, um dia chorou
A saudade de mim, em mim agora atordoa meu ser
O vazio me mata
Caí, e gravemente feri-me
O pesadelo acordou, já não sonho
Na cama vazia eu busco refúgio
Meu chão é meu hoje, não tenho amanhã…
Perdi ilusão
Hoje proclamo o dia da perda, não mais ouço meu grito
A vida é nefasta em mim, não creio em mais nada
A lua apagou lá no alto
O brilho do sol não volta amanhã aquecer meu viver
A cidade é vazia
O veneno não me consola, me isola e me salva do nada
Omitir pra viver, me disseram
Eu não quero
Quero ser livre, quero ser eu, e já não posso
No vento forte caí, queria poder levantar
Bater a poeira e voltar a viver
Mas…Já não posso fazer
O meu tempo foi ontem, o passado levou
Meu espelho já não mais pode me ver
Parti, fui embora de mim
No dia que a ti me dei por inteiro
E hoje por detrás dos trapos em que me escondo
Vivo estou, na letargia do tempo
Tempo que em mim parou
Nas profundezas do pântano
Que todo meu ser mergulhou
Querido adeus
Ver-te partir, fatal como o morrer,
Pensei que em pranto e dor eu me afogaria,
Num drama intenso que faria tremer,
Mas jamais em versos a ti dedicaria.
Não nego, a dor veio, sim, chegou,
Menor, porém, do que em sonhos previa.
Findou-se e o coração sequer notou,
Menos te amei do que eu mesma dizia.
Dei-me por completo, sem hesitar,
Mas não a ti, e sim à visão que criei,
Dotei-te de virtudes, sem notar,
Que tuas reais cores, a ver me neguei.
Querido, chamá-lo assim te irrita, sei bem,
Apenas refletir sobre o sentir é meu desejo.
Raiva? Saudade? Nada em mim retém,
Grande paz em tua partida eu vejo.
Entre as sombras do adeus, o coração é um poço de melancolia,
Onde ecoam ecos de um amor que partiu, mas ainda se aninha.
No teatro da vida, a cortina caiu sobre o palco do afeto,
E a dor da separação se insinua como um frio inverno repleto.
Oh, homem de coração trespassado, teu peito é um relicário,
Guardando lembranças de um passado que se desfaz no calendário.
A mulher que partiu deixou rastros de saudade e desespero,
E o que resta são memórias que ardem, como brasas no fogueiro.
Ainda paira no ar o perfume da pele que um dia foi tua,
Mas agora, na solidão, a cama é um deserto que insinua
Que o calor humano se dissipou, deixando apenas o frio,
E o eco dos risos passados ressoa como um lamento sombrio.
As lágrimas, silenciosas testemunhas da tua dor,
Deslizam pela face, buscando alívio para a alma que chora.
A cada suspiro, ecoa a melodia triste da desilusão,
Enquanto o coração insiste em bater ao ritmo da solidão.
Mesmo assim, o amor persiste, como uma chama teimosa,
Que se recusa a extinguir-se, apesar da tempestade furiosa.
A mulher ainda vive nos recantos da tua mente,
Como uma sombra que te acompanha, constante e insistente.
Na escuridão da noite, o vazio se torna mais profundo,
E o eco do silêncio é a trilha sonora desse mundo.
Mas, oh homem que ainda ama e sofre na escuridão,
Lembre-se, o amanhã pode trazer consigo a luz da redenção.
Que o tempo cure as feridas e console tua alma aflita,
E que o amor renasça das cinzas, como a fênix bendita.
Pois, mesmo na dor da separação, há a promessa de um novo dia,
Onde o coração poderá encontrar a cura e a alegria.