Poemas de Partida
Não quero que lembremos
De nós pela partida
Eu quero lembre do toque
Eu quero lembre do beijos
Eu quero lembre do pulsar em chamas
Nós somos a sensações em maresias
Não apenas parte despedaçada de uma partida.
É sempre doloroso uma despedida
Não queria que presenciar essa sua partida.
Você vai fazer falta, minha querida
Minha amada, minha paz , minha calma
Infelizmente você terá de partir,
Mas eu não queria te deixar ir
Mas entendo que é pro seu bem, e estando assim, eu já me sinto zen
Espero um dia te reencontrar, meu amor, carinho e amor não irá te faltar
Mas enquanto você não voltar, acredite, que irei te esperar
O amor faz queremos até matar a quem se ama.
Quando nos faz raiva.
Mas se desespera com a partida do ser amado.
Ele odeia e ama. Ama e odeia, briga tem suas fúrias. Mas não sabe ver a quem se ama ir pra sempre.
No amor não há ganhador ou perdedor, pois cada ato feito.
Cada palavras ditas,
Causa no meio dos amados a distância.
Que se faz necessário que cada um aumento a voz para ser ouvido.
No final nada se escuta apenas gritos.
Permaneci comprometida
Mesmo após a sua partida
Não conseguia erguer meus olhos
Para encontrar o de outro alguém.
A mágoa
Os telhados sujos a sobrevoar
Arrastas no vôo a asa partida
Acima da igreja as ondas do sino
Te rejeitam ofegante na areia
O abraço não podes mais suportar
Amor estreita asa doente
Sais gritando pelos ares em horror
Sangue escoa pelos chaminés.
Foge foge para o espanto da solidão
Pousa na rocha
Estende o ser ferido que em teu corpo se aninhou,
Tua asa mais inocente foi atingida
Mas a Cidade te fascina.
Insiste lúgubre em brancura
Carregando o que se tornou mais precioso.
Voas sobre os tetos em ronda de urubu
Asa pesa pálida na noite descida
Em pálido pavor
Sobrevoas persistente a Cidade Fortificada escurecida
Capela ponte cemitério loja fechada
Parque morto floresta adormecida,
Folha de jornal voa em rua esquecida.
Que silêncio na torre quadrada.
Espreitas a fortaleza inalcançada.
Não desças
Não finjas que não dói mais
Inútil negar asa partida.
Arcanjo abatido, não tens onde pousar.
Foge, assombro, inda é tempo,
Desdobra em esforço a sua medida
Mergulha tua asa no ar.
Nota: Esse é um dos dois únicos poemas que foram publicados em vida por Clarice Lispector. Esse poema também tem uma versão em prosa publicado em “A descoberta do mundo” com o título A mágoa mortal. O outro poema publicado em vida pela autora é Descobri o meu país.
...MaisJá não tenho em mim
o gosto amargo da partida...
Sinto-me leve com a despedida,
pois não mais há motivo pra ficar!
Levo comigo o teu sorriso
numa marca de batom
e deixo pra ti o meu cheiro
que ficou no edredom...
Lembranças de uma noite
em que o dia não amanheceu,
porque o que brilhava estava em nós,
éramos o sol!
MAIS UMA TRISTE
PARTIDA
Você quer ir?
Vá!
Mas, leve consigo todos os
desalentos,
Os bons e tristes momentos,
Pois de cada um não quero lembrar
mais,
Nem o doce, nem o beijo, nem a
paz.
Que tu trazias em teu olhar,
Embora o peito sofra, não vou me
desencorajar,
De buscar novos sonhos,
Mesmo sofrendo novos abandonos,
Cansei de ver a solidão como
inimiga,
De agora em diante será fiel amiga,
Friamente ensinando o não valor
das pessoas,
Que só estão contigo em dias atoa,
Mas, nas tempestades alucinantes,
São piores que pisadas de
elefantes.
Uma triste partida,
Tão cruel quanto a do Patativa.
Não, não vou chorar
Não, não vou desistir de amar,
A vida mesmo que suicida,
A natureza mesmo que
autodestrutiva.
As dores das pessoas que partiram,
ou simplesmente me deixaram,
Abandonado na rua, em meio aos
calvários,
Só serviram para me ensinar,
Que meu melhor amigo usa quatro
patas,
Que meu maior inimigo é uma mente
esfacelada.
Alberto Ativista, escritor e poeta.
Impregnados de TEREZA
Os que não conheceram Tereza ao tomarem conhecimento da sua partida
Pensando em nós que ficamos consternados, talvez digam:
Faz sete dias que eles estão sem ela...
Que pena!
No entanto, enganam-se...
Ela tinha um mágico pincel
E desenhou nas nossas almas seu sorriso, seu semblante
De uma forma tão marcante,
Que ficaram incrustados nas nossas mentes
E fica impossível para nós que a amamos.
Esquecê-la um só instante.
Com o tempo a dor diminuirá.
A saudade, por sua vez, aumentará
Então, nós estaremos com certeza
Predestinados
Determinados
Em permanecermos
Impregnados.
De TEREZA.
A PARTIDA
Eu sigo os meus pensamentos,
Vou caminhar sozinho,
Livre e solto como os ventos,
Pisando em flores e espinhos,
Vou caminhar meu caminho,
Vou refazer minha história,
como uma ave sem ninho,
Vou te desfazer na memória.
Vou seguir a caminhar,
Tenho pressa,
Não posso mais te esperar,
Pois o tempo me arremessa,
Hoje, sem tempo pra te amar.
Tivemos um grande amor,
Mas tu foste intransigente,
Causando-me tristeza e dor.
Me deixaste de repente.
Volto a voar sozinho ,
Sem a esperança, sem nada,
Sigo agora o meu caminho,
Recusaste meu carinho, sigo agora a minha estrada.
Tu irás seguir sozinha,
O nosso amor foi embora,
Essa história é só minha,
Tu não fazes mais parte da história .
Levo pedaços de ti,
Deixo pedaços de mim,
Pedaços tristes de dor
Esse é fim da história,
Saudades de um grade amor.
Se um dia
Depois
De um tenebroso
Inverno,
De um luto
Doloroso pela
Partida de um grande
Amor
A alma
Resolver se encontrar
Novamente
Em um novo sentimento,
Viva!
Sobretudo,
Sem culpas,
Pois o que é da eternidade
Jamais se apaga
E não condena
O seu modo de viver!
O verdadeiro amor
Liberta para ver feliz,
Abrace então a felicidade
E se não for possível
Ter diante do seu coração
O motivo do seu despertar,
Continue seguindo
E deixando as pegadas
Pelo caminho,
Pois um dia, não muito tarde,
A vida recomeça.
Depois da partida
Eu não contei que
Fosse me apaixonar
E não há culpa quando
O coração decide
Novamente amar!
Isso não se trata
De semelhança
Ou de transferência
Como deve pensar,
É algo que não se explica,
É o desejo de em você morar
O seu corpo é
Como uma casa
revestida de luz
Para me abrigar,
Guardar o meu desejo
E essa vontade de
Abraçar.
Flores murchas
Desmaiadas na vida
Pálidas desabrochadas
As cores de partida
As pétalas cansadas
Ainda com viço
Afadigadas
De perfume postiço
E as forças exiladas
Feitiço
Da existência traçadas
Do fado mortiço
De inevitáveis jornadas
Perfazendo o curso
Revoadas
Incurso
Flores murchas, encantadas!
O tudo e o nada se tornam uma coisa só.
Só se divide quando buscamos um ponto
de partida pra querer entender.
PRÉ-PARTIDA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho muito a fazer em pouco tempo;
perdoar e pedir alguns perdões;
ter lições do que ainda não senti,
pra poder me sentir bem mais alguém...
Vejo a noite pesar sobre meu dia,
mas há muito a sonhar antes do sono,
há um mundo que o mundo não mostrou
ao meu trono de pura solidão...
Uma vida me chama pro que resta
numa vida que arruma os meus lençóis,
pois a festa passou do ponto alto...
Quero a minha verdade adormecida
ou aquela mexida em meus engenhos,
pois não posso partir tão incompleto...
Seus olhos são duas contas tristes
De uma chegada de uma partida
De uma saudade, de um'Alma ferida
Na busca sempre da perfeita batida
Entre a partida e a chegada
Entre a partida e a chegada,
a concretude do encontro
ou a expectativa na certeza
de que o tempo transforma.
Na despedida a promessa
do que se espera cumprir,
porém o tempo é mestre
na diluição da esperança,
invisível ponto na opacidade do nada.
Entre a partida e a chegada,
na metafísica do nada
a indecisão, o temor
do vão e do desnível,
preenchível e retificável
ou então a expansão do vazio.
No contraponrto entre princípio e fim,
na inédita chegada ou no retorno
a mão da alegria ou da tristeza...
Convém desvencilhar-se das inúteis certezas,
das altivas convicções,
já que segundo após segundo
o tempo talha novos sulcos na pele
do corpo e da alma.
De partida!
Pois quem vai volta
Volta na saudade,
de ida e vinda
Embora seja outra rota
Várias até que se finda
Então,
que venha outra cota
E também outra filosofia
Pois a vida é uma pelota,
e viver uma mercearia...
Possibilitar a partida de alguém que se ama
permite enxergar a importância que se tem.
Só se aceita partir quando não tem mais valor.
De onde nasce um poema?
Nasce do sonho de vida
da dor de uma partida
da rejeição de um amor
ou do nascer de uma flor
Um poema nasce da emoção
que quer ser dividida
muitas vezes sentida
dentro do coração
Nasce de um desejo de encantar
de uma forma de falar
do pensamento em erupção
de buscar uma razão
Um poema nasce na alma
mas lá não quer ficar
anseia para ter vida
em forma de escrita