Poemas de Nascimento
droga mata
não de repente
é uma forma pirata
de enganar muita gente
vida vale muito
a cada instante.
não entre em conflito
união constante
droga tira liberdade
desfaz amizades
te derruba
te leva a esfraquecer
eu sonhei
não de imaginação
conquistei
enchi o coração
eu cresci
antes não
pois agora na união
vivi
sonhei com o futuro
eu e você
no fundo do fundo
não vou te esquecer
amigo de verdade
é aquele que cuida
ama essa amizade
nunca deixa esquecida
tem felicidade
nunca desanimada
por isso amizade
tem que ser lembrada
amigos tem sinceridade
nunca com a cara quebrada
chega com falsidade
pois é sempre consolada
o amor é entender
pois é louco, constante
completo, marcante
por isso eu amo você
eterno amor enquanto haver
que seja longo e bastante
sereno e brilhante
pois minha vida é você
o amor brilha
como a luz do amanhecer
e devemos compartilhar
sereno e belo como você
é importante partilhar
para jamais esquecer
''Pra alguns,não tem importância alguma...
Mas pra mim sim.
Dói,fere,machuca,o coração dispara,praticamente para,Congela.
É assim que me sinto nesse momento.
Não ver,não ouvir e nem poder falar nada,absolutamente nada!
Como pode?! Morrer de amor e ainda sim estar vivo??!!
Como pode?! Sentir algo assim tão forte e não poder dividir?!
Parece que por um instante me faltou ar e meu coração foi parando,devagar... ''
Piano
Preto no branco, branco no preto,
tons e semitons que vibram ao toque de um martelo,
pianíssimos e fortíssimos,
escalas maiores e menores,
com seus allegros, andantes e adágios,
soam como a alma que insiste em fazer música e não ruído.
n.n.a
O momento pede LUCIDEZ !!!!
Vivemos em um Estado de Direito, um Estado Democrático de Direito que consolida-se a duras penas. É um terrível retrocesso pensar que os partidos, sindicatos, organizações e movimentos sociais não tem importância, que não são fundamentais para garantir nossa representatividade, se engana quem pensa que uma sociedade pode garantir os direitos sem uma ordem constituída. PARTICIPAR é muito mais que ir a uma passeata, é ir as reuniões do condomínio, é participar de comitês, é fazer parte de centros e diretórios acadêmicos, é conhecer as propostas dos partidos, é votar de forma consciente, é participar de movimentos sociais, é compromisso e engajamento, é revindicar, questionar nos espaços democráticos constituídos. Bobbio (filósofo político) afirma que: " É essencial à democracia o exercício dos vários direitos de liberdade." O momento pede lucidez, ética e responsabilidade.
Precisamos estabelecer relações dialógicas de COLABORAÇÃO entre todas as partes, sem isto, dificilmente avançaremos. O fato é que da mesma forma que a sociedade reivindica cada vez mais seus direitos a mesma também parece não admitir que isto seja possível fora do Estado, como conhecemos no mundo ocidental. Se a sociedade, os movimentos sociais, os cidadãos reivindicam é porque admitem que este Estado detenha um poder que o faz agir a favor de uns em demérito de outros. De qualquer maneira, dentro do que conhecemos por sociedade no mundo ocidental, os embates e lutas travadas nesta “arena de disputas” mostram as tendências e pontos de conflito neste jogo de poder, determinando a pauta de discussões ou de silenciamentos do Estado frente às demandas sociais.
Sinfônico
silvam sábias, sanhaços, saurás,
savacus, surucuás, saripocas,
suiriris, suimangas, saracuras,
sauveiros, serecóias, socós
seriemas, supis, surucuás,
soldadinhos, sargentos, sinhás,
socoí, sem-fins, solta-asas,
Sofrês, sofrês...de saudades.
n.n.a
* todos os nomes do poema são de pássaros brasileiros
o amor é forte
que não se ilude
nunca se abate
não se confunde
o amor é fato
é um relato
do melhor da vida
e que te convida
te convida hoje
para ser feliz
ou um aprendiz
enquanto em mim, age
O Relógio
Não há como se livrar
Não existe alforria
Quem poderá nos salvar
Das horas dos dias
Já nascemos escravos
Um único ser humano
Aprisionou todo o resto
Tornou o tempo “concreto”
Neste momento nos condenou
A prisão perpétua decretou
Com sua simples invenção
Aprisionou geração a geração
Agora vivemos a mercê desse instrumento
Dominados pela “máquina do tempo”
Será que conseguirei terminar estes versos
Antes que o “tic - tac” da meia noite se acabe?
houve um tempo em que tantos foram os sofrimentos e as decepções que pra mim tudo não tinha mais valor, fui reduzida a cacos, achava que tudo era cinza, a vida tinha perdido o sentido e a cor.
Mais hoje...hoje sei ...logico que sei que as pessoas ainda vão continuar me decepcionando, mais agora, cabe a mim escolher se sofro ou se sigo adiante sem olhar pra traz; e certamente, eu vou escolher a segunda opção, pois aprendi que EU, em qualquer circunstancia sou prioridade e mereço ser feliz !
Se isso for egoísmo, sim sou egoísta ate o fim!
Posso mudar de corpo
posso mudar de cara
posso mudar até mesmo de atitude
mas não posso mudar de alma
Palavras não são o suficiente,
para dizer que você se importa
quando,nós dois sabemos,
que as palavras são o ar vazio
que a solidão provoca
Nestes últimos dias mil coisas têm inundado meus pensamentos. E num destes momentos de intensa reflexão me percebi atenta as minhas unhas rubras. E me dei conta de que elas são características do amadurecimento balzaquiano. Para tantas outras milhares de mulheres é só uma opção de cor para unha. No entanto, para mim há muito mais significado. Por muitos anos minhas ansiedades, angústias e medos me tornaram refém de um péssimo hábito: roer unhas. Não que hoje estes sentimentos não existam mais em minha vida, mas hoje sei com muito mais precisão que não há nada, nem roer unhas, que vai evitá-los ou resolvê-los. E isso certamente é porque estou mais madura, com meus sentimentos, e afinal balzaquiana já era hora de estar.
Fico pensando: será que amadurecer significa enfim compreender que, feliz ou infelizmente, a vida é feita de incertezas e inconstâncias? Que não importa a quantidade de planos que façamos aos 20 anos, muitos deles serão inelutavelmente impossíveis de ser alcançados - ou sequer serão desejados anos à frente-, e que, ao contrário do que pensávamos, isso não é nem um pouco ruim? Enfim, será que amadurecer é –finalmente- entender que não podemos tudo, que devemos aceitar derrotas com dignidade, aprender a ver o lado bom das coisas e viver o que a vida nos dá? E que, se tivermos bom humor, errar não vai ser algo tão terrível assim, porque no fim das contas, não somos tão importantes como julgávamos ser aos 20 anos e, portanto, tampouco aquelas besteiras que fizemos serão vistas como algo terrível? Será que é isso?
Provavelmente - amadurecer talvez seja não se levar tão a sério, aliado ao fato de termos uma visão mais clara de quem somos e o que queremos para nossa vida.
Os esmaltes vermelhos colorem muito mais que minhas unhas, são sim uma cobertura de muito significado para o meus viveres!!!
Depois da meia noite... esse é meu ritmo. Sou notívaga! Meu "relógio interno", isto é o meu metabolismo, ou a forma como meu corpo gerencia a minha energia, está regulado para uma atividade predominantemente noturna... Não que só funcione ou agite mais à noite, mas preferencialmente...
As madrugadas são maravilhosamente inspiradoras. Esse é meu ritmo. Ler, ver TV, ouvir música, escrever, trabalhar, limpar o apto, organizar o armário, refletir, colocar os pensamentos em ordem, fazer nada... é incrível mas se não durmo até a meia-noite meu corpo transborda energia e sei lá fico ativa querendo fazer mil coisas.
É justamente como a letra da Pitty - com exceção do te vejo brilhar, a não ser pela lua, essa sim brilha imponente quando tá escuro, adoro - é quando tá escuro que eu me sinto em casa. Esse é o meu ritmo, mas não é o ritmo do mundo. Assim as minhas crises notívagas antecedem dias de “ressaca' noturnas no ritmo em que mundo funciona. Não que isso estrague meus dias e me deixe ranzinza ou mau humorada, de forma alguma. O que acontece é que tenho só um pouco menos de energia.
Perfeito seria se fosse sempre assim, já são quase 4 horas estou por aqui ainda no meu ritmo notívago. Depois vou dormir e amanhã sem despertador para tocar. Só vou acordar quando meu corpo decidir que chega de dormir. Esse é meu ritmo!
Em mais uma de minhas noites de insônia e intensas reflexões me dei conta de que em muitos momentos da vida devia ter desafiado minha necessidade de liberdade. Se tivesse ousado neste desafio, certamente, teria me propiciado mais convívio com amores e amigos antes do inevitável afastamento.
Meu bem querer pelo bem viver sem os desgastes do sofrer assusta e afasta os menos avisados ou me afasta pela incompreensão e pelo julgamento equivocado. Não se dão conta de que podem desfrutar de minha liberdade juntos, de que podem desfrutar com mais intensidade de meus sentimentos de bem querer o bem viver.
Cientes do inevitável afastamento de sentimentos vivemos ao máximo o bem querer, o sentir, o amar, a paixão, a amizade e tudo mais, pois se acabarem amanhã hoje deles desfrutamos ao todo, mas se por ventura e felicidade, no amanhã, tudo tiver continuidade temos então mais motivos para por intenso desfrutá-los novamente.
Parque Villa-Lobos
"Sou um enamorado morando
numa gleba do coração do Sol
sob regime de comodato;
ao voltar à terra, reza o contrato,
devo deixá-la com melhoramentos.
Assim, comprei de mim
mil sementes de pipas azuis,
vermelhas, amarelas, que florescerão
durante as primaveras.
Sim, a Terra é boa. O Tempo, fértil."
A Cidade do Poeta
"Sob o sol do Sul, um ipê se aproximava
do andarilho com seus cães. Mas, metralhadoras
na favela...
Ainda assim,
o artista libertou os domesticados:
bem se escondeu; mal correu — desacorrentado.
Pródigo, o ipê ofertava ao poeta
seu raro amarelo nítido: ensinava
que o belo é meio, não um fim, ao infinito.
Mas, metralhadoras numa vilela...
De longe, saltitantes, bem e mal
retornaram às coleiras imaginárias
do consagrador de palavras,
mas o amarelo inovador com gravidade
foi ferido
no cantarejar das metralhadoras
na viela:
um pequeno lusíada mestiço,
num beco brincando com a vida,
morreu — sem saída."
BARBÁRIE DRUMMONDIANA
O homem que matou o branco que matou o índio
que matou o índio que matou o branco que matou o negro
que matou o índio que matou o negro que matou o negro
que matou o branco que matou o branco — se matará?