Poemas de Nascimento
Há pessoas que reclamam da falta de acesso à cultura, porém, quando tem um evento ou outra forma de acessibilidade de cultura (gratuita) essas mesmas pessoas que se queixam, não prestigiam, não comparecem. Será que realmente não temos acesso???
Esse apego ao passado somada a essa nostalgia incontrolável tem feito os meus passos mais cautelosos, menos doídos, mais intensos do que antes.
Lembrei-me com exatidão do inverno de 2005, e, desta vez, não ansiei lábrimas. Foi bom, mas, agora, desapego de todas lembranças para seguir livre rumo a um futuro apaixonante.
Um dia acabo encontrando uma fórmula para explicar essa bagaceira toda dentro dessa bagaça [coração].
Quase sem querer, em uma conversa informal, descobri que sou feito de pura ansiedade, de inquietude, de movimentos. Ainda não aprendi a relaxar o suficiente, não aprendi a descansar, não aprendi a despreocupar-me. Ainda falta aprender, compreender e refletir que as coisas acontecem em seu determinado tempo. Nunca no meu tempo. Confesso que tenho lutado todos os dias para ser uma pessoa melhor. Melhor para os que convivem comigo e melhor para o meu próprio bem. Creio um dia poder encontrar a fórmula exata para viver em branda paz...
De que me adianta saber compor poemas, escrever contos, fotografar, desenhar, dançar, cozinhar.... ser amigo... Gostar dos melhores cantores e cantoras, dos melhores livros. Saber de quase tudo. Gostar do que é bom. Ter tanto conhecimento.... E, ainda assim, creio eu, que não aprendi a amar ou ser amado. Ô dúvida cruel!!
Lembre-se que o para sempre não existe e que dar murros em ponta de facas cansa. E, sim, é possível o coração trocar de amor sem que possamos perceber.
Deixe-me livre e eu volto para você, pois não há necessidade de prender-me em uma gaiola. Hoje já é uma nova estação da qual foi feita pra mim e você. Simples assim!
Não tem nada a ver com o corpo delgado. Com o beijo. Com a cor dos olhos. Com seu gemido. Com sua pegada. Nada a ver, mas eu gostei. Simples assim.
Não sou fã das interrogações. Não sou familiarizado com as decisões. Geralmente por que implicam em perdas. As dúvidas me maltratam. Me escravizam. O poder de decidir entre um e outro me consome. Prefiro a falta de opção. Assim fica tudo demarcado, certinho, redondo. Não quero falar sobre ganhar e perder. É intrínseco isso! Toda vez é assim: escolher um ou outro. Ganhar um perder outro.
Em meio a turbulência, fecho os olhos, vejo um bom livro, uma taça de vinho, uma lareira e neve lá fora.
É como serenar, na seresta e ser quem fora ser mesmo que não seja fosse, ser impulsionado positivamente pelo próprio ser chamado pelo quem chama de meu, seu ou nosso, existir ou co existir? Prefiro redimir minha indagação com palavras pulcritas de um ser vivente chamado eu.
Me sinto num vácuo eterno de suas palavras inundada na imensidão de sua ausência, incumbida de excelência plena mal correspondida, vazando me por entre os dedos, atormentando me por entre as vigas, basta um som e o silêncio se finda, meu coração renasce e estremece meu âmago de amores reprimidos na falta vossa.
Eu não tive ninguém por muito tempo. Nunca conheci ninguém tão corajoso que teve a audácia de se arriscar e ficar do meu lado por um longo período. Já cheguei a pensar que o problema era propriamente comigo, que às vezes não consigo lidar muito bem com as coisas boas que disponho. Tenho mania de colocar na cabeça que se eu parar de demonstrar tanto valor para as pessoas ou parar de correr atrás delas, as coisas se resolvem. Mas ninguém sabe que isso é apenas o meu jeito interno de proteção. E não me protejo porque quero. Apenas não aprendi a deixar a guarda baixa. Eu sou uma pessoa com uma incrível facilidade de amar e exatamente por isso que me reprimo tanto. Tenho medo de me encantar novamente por alguém que simplesmente deixe a magia acabar meia-noite. Que não luta, não se esforça e permanece neutro vendo tudo se acabar rapidamente. Na mesma velocidade que começou. Mas queria que com você fosse diferente. Te imploro que continue insistindo em mim porque ainda tenho esperanças. Me faz acreditar que ainda vale a pena lutar por alguém, nem que seja apenas uma pequena porção, que vale a pena ir contra tudo pela nossa felicidade. Olha na minha alma, encara o meu ser, vai além da minha pele e me marca com o seu amor. Sei que uma hora essas armaduras que entornam meu peito e me bloqueiam de confiar e amar de novo vão cair. Só preciso que você seja forte o suficiente e tenha vontade de derrubá-las. Eu acredito nisso. E preciso que você acredite também. Porque senão eu continuo fixo nesse modo de proteção com medo de me machucar mais uma vez. E se você me perguntar porque eu sou assim, eu respondo que por muito tempo dependi demais das pessoas e acabei sempre assistindo o mesmo cenário: Todas indo embora. Ainda estou um pouco surpreso que alguém permaneça.
Não anseio por pressa, mas cuidado com as pendências da vida. Pois nenhum dia futuro será uma certeza.
Casamento é como a semente que se planta no solo do coração, você escolhe, planta, rega, e colhe seus frutos.