Poemas de Morte Poetas Conhecidos

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" Poetas, seres imprevisíveis
que andam por ai jogando pétalas
na vida
e como se não bastasse
ainda chamam a ironia
de poesia
poetas que seria o mundo
sem as flores que vocês plantam
sem os risos que arrancam
sem a dor que dela debocham
poetas por favor insistam
coloquem magia nas vidas
criem fantasias
não desistam...

Inserida por OscarKlemz

⁠POESIA " INCÓGNITA NO ABISMO "

Do abismo da ilusão
Onde vivem os poetas,
Na loucura da paixão de
Um cadáver adiado ao
Lado do tempo, uivam os ventos

A lua cheia em estado de demência
Emiti na atmosfera energias
Românticas de dramas
E tramas, onde o poeta
Se engana em se perder
Estando achado...

Enquanto que embaixo dos lados,
Uma rocha firme imprime
Pegadas lentas nas terras
Que ainda o vanto no
Tempo não varreu...

De tudo ao poeta vivo
Que valeu, ficou aquilo
Que não morreu na
Intenção dos passos
De uma ação tão pouca
Por tanto tão muito
Ainda de vir...

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

⁠EU AMO VOCÊ


Os poetas antigos
contavam as silabas
substituíam palavras
mediam versos
e combinavam os sons.
Como irei
substituir as palavras
quando o meu intelecto
produz milhares e eu
consigo escrever algumas.
Como irei
combinar os sons
se o amor possui
varias canções
que eu ainda
não aprendi
Pra que treino ortográfico
se a dor do coração
tem poucas palavras
Eu amo você...


Poeta Francis Perot

Inserida por FrancisPerot

Escritores, poetas, compositores, tentam explicar o amor...
Explicar pra que? Melhor vive-lo, e bem vivido, seja perto,
ou distantes, sentindo-se juntos...

COMO EXPLICAR O AMOR
Marcial Salaverry

Como explicar um sentimento
que é quase um lamento...
Apenas tangível por um coração sensível...
Como explicar sua existência,
se não tem aparência...
Nasce no mais fundo interior...
Surge não se sabe como...
É o Amor.
Como dizer o que é,
se só existe no sentir...
Nunca se sabe quando vai surgir.
Como definir o que é apenas etéreo,
Sentimento cheio de mistério...
Nunca se sabe quando
nem a quem se vai amar...
Basta um toque...
Um beijo... Um olhar...
Por vezes
apenas algumas palavras sussurradas,
ou mesmo apenas escritas,
Deixam as estruturas abaladas,
prontas para alegrias ou desditas...
Ama-se estando ao lado, abraçado,
ou mesmo estando distante... afastado.
Ama-se no beijo dado,
colado, ou mesmo
no beijo sugerido, enviado...
Felizes estando juntos e também afastados...
Existindo o amor,
sente-se do amado o calor...
Descobri como definir o amor...
O Amor...É o Amor...
Sempre o amor,
seja ele como for...
Um vez existido,
há que ser bem vivido...

Inserida por Marcial1Salaverry

Ó morte, por que não és negada aos vis, / por que não és prémio apenas para os fortes?

Numa epidemia a morte é desvalorizada. Porque se não desvaloriza no nosso quotidiano, que é como se houvesse também uma epidemia, embora ao retardador?

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Toda a gente forceja por criar uma atmosfera que a arranque à vida e à morte. O sonho e a dor revestem-se de pedra, a vida consciente é grotesca, a outra está assolapada. Remoem hoje, amanhã, sempre, as mesmas palavras vulgares, para não pronunciarem as palavras definitivas. E, como a existência é monótona, o tempo chega para tudo, o tempo dura séculos.

A morte é o final a que chegam todos os homens e que não se pode evitar com a precaução de ficar fechado em casa. O homem de coragem deve entrar nas empresas com uma confiança generosa e opor a todas as desgraças que o céu lhe envia uma coragem invencível.

Irmãos, a um mesmo tempo, Amor e Morte, / criarei a sorte. / Coisas assim tão belas / no resto do mundo não há, não há nem nas estrelas.

Se os homens conduzissem sempre a morte ao seu lado, não serviriam de maneira tão vil.

Cada civilização é obcecada, visível ou invisivelmente, pelo que pensa sobre a morte.

Vir a morte e levar-nos. E não fazermos falta a ninguém. Nem a nós. Que outra vida mais perfeita?.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, 1992

O silêncio não existe; viver é mantermo-nos no centro de um fluxo que só a morte interromperá.

Não poderás vencer a morte. Mas impõe-lhe a vida como um bandarilheiro e verás que muitas vezes ela marra no vazio.

A morte nunca se aprende, mas pode-se saber-se de cor. As guerras sabem-no. E as epidemias. E um simples agente funerário.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

A velhice não se me afigura, de modo algum, (...) o melancólico vestíbulo da morte, mas antes como as verdadeiras férias grandes, depois do esgotamento dos sentidos, do coração e do espírito que foi a vida.

A morte, que há-de vir para todos, chegará nobremente se dermos as nossas posses e a nossa vida para ajudar os homens a viverem.

O desprendimento de tudo nunca é tão completo que não sobreviva ainda um sonho à morte dos sonhos.

São incalculáveis os benefícios que provêm da noção de incerteza do dia e ano da nossa morte: esta incerteza corresponde a uma espécie de eternidade.

Afasta esse medo pueril da morte. Sou eterna e invariável, como tu és mortal e te transformas. Sou a vida, e os teus tormentos e a tua existência não me dizem respeito.