Poemas de Morte Poetas Conhecidos
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"Os poetas possuí uma visão
super privilegiada,
ela ressalta do coração,
e transborda nas pontas dos dedos criando o seu texto."
*
(Francisca Lucas)
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Os poetas
Os poetas, depois que nascem.
Vão vivendo e ganham idade.
Prorrogam a vida, nunca morrem!
Apenas se mudam para eternidade.
Alberto Duarte Bezerra
Corrida de três pernas:
a poesia, o poema e os poetas
na direção das rimas
sem reticências nas querências
em tempo de Festa Junina
e dançando Quadrilha.
Aos Poetas
Acredito nas almas dos poetas,
encantadores do tempo,
equilibristas:
Passos entre o sonho e a realidade.
Existe uma magia sobre os poetas,
uma insubordinação do imaginário,
uma transgressão da mortalidade,
uma sede visceral da emoção.
Escritores, poetas, compositores, tentam explicar o amor...
Explicar pra que? Melhor vive-lo, e bem vivido, seja perto,
ou distantes, sentindo-se juntos...
COMO EXPLICAR O AMOR
Marcial Salaverry
Como explicar um sentimento
que é quase um lamento...
Apenas tangível por um coração sensível...
Como explicar sua existência,
se não tem aparência...
Nasce no mais fundo interior...
Surge não se sabe como...
É o Amor.
Como dizer o que é,
se só existe no sentir...
Nunca se sabe quando vai surgir.
Como definir o que é apenas etéreo,
Sentimento cheio de mistério...
Nunca se sabe quando
nem a quem se vai amar...
Basta um toque...
Um beijo... Um olhar...
Por vezes
apenas algumas palavras sussurradas,
ou mesmo apenas escritas,
Deixam as estruturas abaladas,
prontas para alegrias ou desditas...
Ama-se estando ao lado, abraçado,
ou mesmo estando distante... afastado.
Ama-se no beijo dado,
colado, ou mesmo
no beijo sugerido, enviado...
Felizes estando juntos e também afastados...
Existindo o amor,
sente-se do amado o calor...
Descobri como definir o amor...
O Amor...É o Amor...
Sempre o amor,
seja ele como for...
Um vez existido,
há que ser bem vivido...
Numa epidemia a morte é desvalorizada. Porque se não desvaloriza no nosso quotidiano, que é como se houvesse também uma epidemia, embora ao retardador?
Toda a gente forceja por criar uma atmosfera que a arranque à vida e à morte. O sonho e a dor revestem-se de pedra, a vida consciente é grotesca, a outra está assolapada. Remoem hoje, amanhã, sempre, as mesmas palavras vulgares, para não pronunciarem as palavras definitivas. E, como a existência é monótona, o tempo chega para tudo, o tempo dura séculos.
A morte é o final a que chegam todos os homens e que não se pode evitar com a precaução de ficar fechado em casa. O homem de coragem deve entrar nas empresas com uma confiança generosa e opor a todas as desgraças que o céu lhe envia uma coragem invencível.
Irmãos, a um mesmo tempo, Amor e Morte, / criarei a sorte. / Coisas assim tão belas / no resto do mundo não há, não há nem nas estrelas.
Vir a morte e levar-nos. E não fazermos falta a ninguém. Nem a nós. Que outra vida mais perfeita?.
Não poderás vencer a morte. Mas impõe-lhe a vida como um bandarilheiro e verás que muitas vezes ela marra no vazio.
A morte nunca se aprende, mas pode-se saber-se de cor. As guerras sabem-no. E as epidemias. E um simples agente funerário.
A velhice não se me afigura, de modo algum, (...) o melancólico vestíbulo da morte, mas antes como as verdadeiras férias grandes, depois do esgotamento dos sentidos, do coração e do espírito que foi a vida.
A morte, que há-de vir para todos, chegará nobremente se dermos as nossas posses e a nossa vida para ajudar os homens a viverem.