Poemas de Morte Poetas Conhecidos

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⁠Fragmento VIII - Violência simbólica II

É em tal precipício de pulsões que o fortuito cumpre o hábito.
A brisa torturante varre o antídoto da inópia, assim,
não pode experimentá-lo nem morte, muito menos vida.
Não há armas nessa peleja; nem tampouco ato que livre.
Parcas águas não podem saciar o homem sem domínio de si,
obstinado a beber daquilo que lhe é comum.

Inserida por SauloNascimentto

O sol aquecia aquele dia, tão forte que iluminava meu interior.
Me permitia ver o jazigo do que queria que estivesse morto.
Suava muito, chorava muito, tremia muito, me entristecia. Mentira, só continuava.
Seguia como quem tem caminho, seguia como um cego que não via, tateando meus muros de cacos e me machucando.
Naquele dia fiquei mais perto de Deus, subindo as escadas, perto do céu ergui as maõs.
Ele não me pegou, não me salvou, não me explicou. Era apenas eu, o sol, sombra e suor.
Não havia nada a ser dito, não havia nada a ser feito, não houve um som, senão um guincho.
Cheguei à caverna de Platão, com uma missão como Sisifu, cheguei onde deveria estar.
Esse dia fui Deus, fui a morte, fui Gaia, eu estava tão distante de mim.
Eu, tão dócil quanto um leão enjaulado e alimentado dentro do zoológico, salvando vidas com barriga cheia.
Andando pelo vale da hipocrisia, fui à bifurcação, temi cada minuto me encontrar.
Com um objetivo e frustração me vi nos olhos do roedor, duas almas se quebraram naquele momento.
E com uma cajadada seca, com o som do vazio, eu me apunhalei no reflexo de seus olhos.
Juntei meus pedaços e seu corpo, me afastei de Deus pela escada, talvez não seja mais digno.
Ensaquei minhas lágrimas, seu corpo e me arrumei, afinal, era um terça-feira e a vida não dá tempo de sentir.

Inserida por arcanjozer0

⁠Pra onde eu vou não precisa de dinheiro
Pra onde eu vou é alegria o tempo inteiro
Se você for não vai se arrepender
Mas se não for o que é que vão dizer?

"Cachorro Grande"

Inserida por Nanaalvez

⁠"Voltar para casa e deixar alguém amado na gaveta gelada de um cemitério é a experiência mais assustadora e solitária, que a Vida nos obriga a realizar. A bebida amarga que não podemos recusar.
O luto é solitário e silencioso. Nesse universo estranho não cabem pessoas queridas, que tentam amenizar a dor; não cabem palavras que justifiquem, ou acalmem o espanto diante da Morte.
A dor é minha e em mim doeu.
Luto é sair da historia vivida e retornar à solidão do útero, para gerar a nova pessoa que há de continuar existindo sem aquela presença amada, que preenchia cada pedaço da minha história.
Preciso de tempo, de solidão e silêncio, para sentir que a Mão Sagrada que levou o meu amor, está segurando a minha, nessa tarefa quase insana de recomeçar a escrever minha história."

Inserida por MiriamMorata

⁠Transcendência

Andamos todo delirantes
Ofegados pelo cansaço
Numa busca sem fim
Estamos todos neste confim
Que na verdade é só início
Para esta raça de sobreviventes,

Ai da minha alma;
Que será do meu espírito!
Se no final eu não estiver contigo
Por causa deste atrito
Que apoquenta o meu espírito
Definhando minha alma,

Meus pensamentos de ti
Levam-me a pureza
A sábia ingenuidade
Conduz-me a lugar de fortaleza
Em controversa felicidade
Tudo em mim desafia-ti

Uns respiram
Enquanto os outros vivem;
Da grande parte dos que morrem
Só alguns transcendem;
Somos todos especiais
Até descobrirmos que somos iguais.

Inserida por CupesNazare

⁠A vida é uma eterna peça de teatral....
Sobre o eterno duelo entre a razão e a emoção.
A peça é emocionante há brigas, sorrisos, lágrimas, erros e acertos.
Todos os atos da peça caminham em direção a um só sentido.
E quando finalmente se entende o sentido de todas as coisas.
Quando finalmente a jornada humana encontra o caminho da sabedoria.
A peça já se encontra em seu ato final.

Inserida por araujo132

⁠Poemas ao vento
Dores jamais ditas
Sentimentos jamais falados
Vidas perdidas

Amores se foram
Logo logo irão
Para sua casa
E vão se derramar sem sobrar um tostão

Dores que vão e vem
Como matá-las?
Se livrar de tal fatídico
Isso seria possível?
Sem elas não há sentido

Vidas sem esvaem
Sem propósito
Sem carne somente os ossos
Falei e falei que fiquei sem tempo
Minha vida e minha carne está partindo

Inserida por Mercurygirlkkk

Nascemos sós
morremos sós
vida, é a distância
entre estas duas solidões...

⁠A vida nem sempre acontece da maneira que nós queremos , deceções todos as temos , amores quebrados, histórias por acabar , mas nunca umaamizade vai morrer porque tudo que aprendemos é com ela e n com o amor.
Queria poder ser feliz com amigos de verdade mas cada um tá a seguir rumos de verdade , até aqueles que eu queria ter por perto se foram e até a minha única esperança que me dava apoio se foi.
Tudo se vai no final das contas,não quero ser grossa ou agressiva apenas quero paz .

Inserida por joanacardoso2318

⁠⁠O episódio da transfiguração no monte Tabor, em que Elias ascendido e Moisés falecido se colocam ao lado do Senhor glorioso alcança com estupor os olhos de Pedro. Isso o intriga por descortinar uma nova realidade: "eles estão entre nós!" Constatou isso a pedra fundamental da igreja.
Ó, morte, onde estás?
Entre os que a abraçam a negação da Verdade e da Vida.

Inserida por brunoescritor01

⁠ETERNO

Mergulhei nas duras pedras
E afoguei-me na escuridão
Todo o meu ser fez-se em guerra
Lutando contra minha razão
Desfrutei doçuras, esferas
A alegria era o motor
Libertei todas as feras
De uma paixão em ardor
Mas, o tempo sombreou a soleira
Amarelaram-se as verdes folhas
E a caminhada antes ligeira
Desacelerou todas as coisas
Vi as horas estampadas no rosto
E a minha força fraquejar
Senti o cansaço chegar a coice
E me lançar contra o mar
E na imensidão mergulhei
Perdi-me sem poder voltar
E tudo o que eu deixei
Foi o amor que puder

Inserida por annielivalerio

⁠"Hoje, em sonho, um estranho me disse algo, que me trouxe uma tristeza desenfreada.
Como em morte, em um outro mundo, eu acordara.
Disse-me ele: 'Que naquele mundo, cada hora, equivalia a um pulsar, do coração da amada.'
Me disse também, que poderia passar ali mil anos, ela e eu, jamais seríamos uma só alma.
Até então o sonho, transformado em pesadelo, só me fazia querer voltar pra casa.
Voltar pra realidade, para a vã esperança, de tê-la em meus braços, embalada.
Me perdi na beleza daquele lugar, entre as árvores, o perfume das flores e o verdejar das matas.
Em um piscar de olhos, estava eu, em casa; trêmulo, embebido em suor e os olhos cheios de lágrimas.
A cama vazia, minha pele fria, e em meu peito, o desespero gritava sua falta.
Percebi que aquele sonho, fora mais real do que eu esperava.
Era verdade; cada batida daquele coração, um dia me confidenciara.
Que poderia eu ser porto, abrigo, contra as mazelas desta vida desgraçada.
Mas não importa o que eu fosse, ela jamais seria a minh'amada.
Era certo, nessa vida, jamais seríamos uma só alma..."

Inserida por wikney

⁠⁠Vou anotar a tua beleza sublime na minha mente pra que sempre que o teu nome for citado, venhas na lembrança como um prazerosa visita
que traga-me um rico entusiasmo.

Aproveitando que agora estou inspirado irei eternizar a tua essência em alguns versos intensos, desse jeito, nem a morte apagará a tua existência, será uma simples prova do meu apreço.

És bela e tens uma personalidade muito impactante, meus olhos ficam prontamente vidrados, meus pensamentos exultantes te acolhem como se tivessem conquistado
um lindo fruto bastante desejado.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Eu morri aos 18 anos
não teve velório, nem luto
morri quando minha vida mudou
quando não tive as pessoas com quem vivi minha vida inteira
quando perdi amores que dilaceraram meu ser
hoje nada me resta
apenas o vazio
o imenso vazio
e ninguém nota.

Inserida por guinho

⁠"Eu vejo em mim uma criança, tão terna. Que tenta, com afinco, dirigir este veículo chamado 'Vida'. Recebido sem sequer ter tido aulas teóricas e práticas prévias, mapa ou, no GPS, traçado da rota. No meio longo do caminho, foi preciso - eu sei - dar algumas pausas, encostar na berma, respirar fundo a natureza derredor. Sem pensar nos desvios tomados, nas terras não pisadas, nas paradas mais demoradas. Sem se achar perdido demais, sem cais, querendo voltar os olhos atrás, ao retrovisor - ser honesto consigo. Apenas olhar, ereto - pairar o infinito. A perfeição onusta! Este desenho de pintar doado a mim, sem borracha alguma… e se perguntar: qual cor tomará esta venusta?"

(08/11/2016)

Inserida por poetacamaleao

⁠Quando eu morrer
Não chores
Salta, corre
Ri, ame, viva
Bata palmas
Que o seu coração agradece.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Eu queria ser diferente
Não queria me odiar dessa forma
Eu já não tenho forças para tentar respirar
Esperei tanto para escapar
Não queria ser um fardo
Muito menos um culpado
Mas o meu sangue limparia enquanto minha alma se retira ?
Não quero lágrimas nem ressentimentos
Foi escolha minha
Não ter vida

Inserida por _vampira_d

⁠Não é o corpo que possui consciência, mas a consciência que possui um corpo para se manifestar e criar a realidade.
A realidade é a manifestação da comunhão entre a consciência e tudo que nos cerca, por isso, cada um de nós é criador de uma pequena obra e cocriador da Grande Obra.
Nunca somos apenas espectadores, nem mesmo quando silenciamos e nos omitimos, nem mesmo quando nos escondemos atrás de verdades inventadas, ou mentiras disfarçadas de verdades.
Por isso a Morte não me assusta, o que me dá muito medo é a imensidão da vida que gastamos com coisas pequenas e mesquinhas, só para justificar nossos vazios e medos.

Inserida por MiriamMorata

⁠Era rap sem rima
Até cegos que viam
Homens sem palavras
Paredes que ouviam
Choros de alegria
O palhaço não ria
E a plateia triste e cordial aplaudia
Um poeta que nunca escrevia
Um coração partido
Que do amor tinha fobia
Um romance entre a morte e a vida
Mas quando brigavam
Outros amantes escolhiam
( As Rimas Do Velho Marinheiro )

Inserida por vncesar

E a fila andou
A fila andou,
era assim que Fátima dizia,
só que ela estava na fila
e eu não sabia,
um dia, depois de muito sofrimento,
a morte tirou-lhe a vida.
foi embora para sempre
a minha esposa querida.
O que ficou foi tristeza
Amargura e muita dor,
um vazio indescritível
um angustia persistente
do meu amor ausente,
de tudo que fomos nós.
A fila andou, sim senhor
e me deixou de presente
um lar que um dia foi da’ gente
e que agora não tem nome,
vazio e só tem lembranças
de tudo aquilo que fomos.
Quando será a minha vez?