Poemas de Morte Poetas Conhecidos
VERDADES DA ALMA
Se hoje for o dia de minha partida?
Preocupei-me tanto com o aquilo que não pude tocar nem tampouco vivenciar, que não vivi o que se esvaia aos meus olhos.
Sou simplesmente um ser fadado a morte, esquecível, mais um ser!
O que fiz durante minha vida?
O que fiz para ser lembrado ?
Simplesmente serei um menino bom, que morreu a mercê de sua própria história, aventurando ama vã felicidade.
Antes da morte permitirei-me sonhar novamente, mudar o curso da minha história, marcar de alguma forma o mundo, ser pelo menos um vago sorriso nos lábios de alguém, e se assim não fora, que seja alguém importante para um ser, saberei assim que está vaga passagem valera apena.
A hora irá chegar, saberei que ao menos não conseguindo tanto, morri tentando.
No meio do mar sem fim
Morreria em êxtase
Mas em vez disso, virarei pele e osso
Dirigindo pela estrada sozinha
Por que não podemos fugir?
Me pergunto isso ainda traçando um plano
Muitos dizem que não podemos porque seria covardia
O que não é covardia nos tempos atuais?
Fuga
Fugir de algo não significa que você simplesmente não se importa
Fugir de algo significa que você se importa o suficiente para ter medo de lidar
A falta de sabedoria ao lidar com alguma situação ou pessoa
Isso nos faz fugir
Não é como se eu não me importasse
Na verdade me importo tanto que não sei o que fazer
É como se mil agulhas espetassem meu coração
Como se estivesse sendo esmagado por uma tonelada de ar
Como se o fardo ficasse mais pesado a cada dia
Hoje não ficarei para tomar os espólios
Hoje irei embora porque sei que a batalha foi vencida por um preço muito alto
Hoje há homens que dizem que estou fugindo, me escondendo
Mas a verdade é que apenas não sei lidar
Muito sangue foi derramado para que as coisas se acertassem
A alma e o coração já não se fazem tão presentes
Quem disse que não podemos fugir?
Quero ir para um lugar longíquo
Quero chegar tão longe que nem as lembranças poderão me alcançar novamente
Quero partir para o porto da fuga
Onde só eu e ela estaremos a salvo
Fugir é uma opção?
A fuga é apenas mais uma maneira de sobreviver nesse mundo nojento
Já não tenho mais forças para brandir minha espada
Meus braços não se levantam mais para segurar meu escudo
Eu não me lembro mais, de nada
As vezes me pego chorando e me pergunto o motivo
Algumas vezes ele aparece, outras ele apenas foge
Fuga
Já não sei para onde ir
Por mais longe que eu vá, sou perseguido pelo pior dos inimigos
Eu
Já não posso mais fugir de mim mesmo
Já não é mais seguro
Rumo à fuga
Adeus.
Pare um pouco pra pensar
Na vida que você tem
Repare, muitos se foram
Um dia cê vai também
Mas, queira querer ficar
No coração de alguém...
Faz-me morrer pras coisas desse mundo
Faz esquecer das coisas que me afastam de Você
Teu nome é como unguento derramado em minhas feridas
Que me cura, restaura a alegria
Do teu perdão é tudo o que eu preciso
Cura minh’alma, restaura o meu sorriso
E quando Tu chegas, fica tudo colorido
Ele opera até mesmo sem deixar sinal
Ele passa em sua frente e tira todo mal
Ele mata, Ele fere e também faz viver
Porque tem autoridade, é dono do poder
Ele pega o derrotado e faz um vencedor
Pra mostrar a imensidão que há no Seu amor
Porque Ele é Senhor
Quando eu morrer
Quando eu morrer, saberei se todas as histórias eram verdade ou mentira
Se todo mal será perdoado
Se o pó voltará a ter vida
Se todo amor será compensado.
EU NÃO CONHEÇO VOCÊ,
não sei
o seu sobrenome,
se você tem
irmãos
ou irmãs
ou pais
ou primos
que são tipo
irmãos
e irmãs
e tias
e tios
que são tipo
mães
e pais,
mas se o sangue
dentro de você corre dentro
de outra pessoa,
você nunca vai querer
ver esse sangue correr
fora deles.
Dor impermeável
As mortes menosprezados
recebem os gritos dos pequenos
e o silêncio dos grandes .
todo sangue se mistura entre nós,
todos abaixo do céu e acima da terra,
todos cobridos por terra e desdém
A dor é impermeável,
onde se insistem passagens
de promessas jogadas ao vento
A crise hoje é do amor,
Todo amor que se foi trocado
Trocado por bens e dor.
MEDOS DA VIDA
Não é que a gente não queira. Mas as circunstâncias nos fazem negar muitas propostas que poderiam ser a solução. As dores, as frustrações e decepções da vida criam em nós um escudo invisível que nos impedem de nos relacionarmos, de mudar, de ter sucesso, de viajar, de conquistar, de sonhar e também de viver. Esse “escudo” é uma característica do ser humano, é o tão temível MEDO.
MEDO é o resultado das nossas fraquezas diante de tantas insistências. Medo é a desculpa de prosseguir por saber que podemos errar e nos machucar. Medo é uma pausa nas nossas rotinas em busca de um sossego. Medo é um descanso ruim para o corpo e para a alma. Medo as vezes indica morte. Medo é provocar a ponto de oprimir o outro a seu próprio benefício, à suas atitudes egoístas. Medo provoca ciúmes e causa dores profundas. Medo é não querer e nem fazer mais. Medo é agonia, choro e tormenta. Medo é sinonimo do que é mal, pois o que me faz mal provoca medo. Medo pode indicar mudança no que jamais se quer perder. Medo é aproveitar o agora pensando no amanhã que não existe. Medo é não saber viver sem. Medo é sentir-se só na multidão ou não querer encará-la. Medo indica fracasso, é admitir que não tem forças e parar antes do tempo. Medo é deixar de realizar e prosseguir por coisas estúpidas. Medo é transtorno de um momento ruim que foi marcante. Medo é evitar o erro. Medo é esconder-se do mundo. Medo é odiar tudo. Medo é fugir de si mesmo. Medo é criar seu próprio mundo. Medo é pavor de viver. Todos temos medos e eles nos acompanham por toda vida. Eles existem, mas é possível superá-los.
Quarta feira, em cinquenta tons de cinza...
O mar ficou cinza.
A linha do horizonte, nesta manhã de quarta feira tem um fundo cinza.
A areia, confete colorido, também ficou cinza.
Passou o carnaval, e o amor de carnaval também virou cinza.
Mas, cinza não é fim de nada.
Cinza é o início em cor, como gota de orvalho, nuvem de chuva,
É tempo de espera entre o preto e o branco na cabeleira dos avós.
Foto antiga que mata saudade também é cinza.
Até o amor no cinema moderno tem tons de cinza.
E nós hoje coloridos de preto, branco, amarelo, marrom...
Seremos um dia cinzas,
Em todos os tons de cinza.
Eu vi um homem matar um animal
Eu vi um homem matar um rio
Eu vi um homem matar uma árvore
Eu vi um homem matar outro homem.
Eu vi um povo ir a luta
Eu vi um povo nas sombras
Eu vi um povo destruir um reino
Eu vi um povo exterminar outro povo.
Ora, tu és tão fissurado pelo teu ego (matéria), que não enxergas o que tens de mais valor. Teu espirito.
Quando morreres a terra comerá teu corpo. A vaidade acaba-se. Morrerás por terra!
Mas, o que ficará de forma TRANSFORMADA, é a energia de sua alma.
Aí você quem diz, se a carga é positiva ou negativa, qual achas melhor?
Prefiro ser a restauração. O mar, a vibração do sol reluzente, o som do pássaro que canta contente, o vento que sopra, a estrela que brilha, a energia do Aqui e Agora.
Um ambiente, duas vidas
Uma sala de vidro que os separa
Uma voz que os liga
Um hospital
Um aluno cancerígeno
Um professor
Um aprendendo com outro
O aluno não sabe quanto tempo tem de vida...
Qual será o seu futuro?
A morte ou a vida??
Enquanto ele se trata da doença
Ele aprende a matéria escolar.
O professor todos os dias se esforça diariamente para aplicar a disciplina
naquele hospital.
Ambos aprendem um com o outro.
De um lado a luta pela vida e o sentido para se manter nela.
Do outro lado o professor que se tornou aluno daquela pequena criança.
E ver o quanto vale apena exercitar o amor ao próximo independente das consequências.
Enquanto houver fôlego... lute!
►Cartas
Minha mesa está repleta de cartas
Cartas que não tive coragem de enviar
Cartas que não irão te alcançar, cartas
Aqui escrevo mais uma, estou juntando a coragem
Não sei se você irá sorrir ou me odiar
Leia ela com carinho, por favor, nela está o meu amor.
Meus cadernos guardam meus sentimentos
Meus arrependimentos, e nossos momentos
Como um cata-vento, leio eles para me refrescar
Para me lembrar que tenho a quem amar
A quem dedicar meus versos, você, dama, para você
Escrevo aqui pensando no seu beijo
Tão doce que permanece em meus lábios
Macio como uma pétala, uma flor.
Não sei se a verei novamente
Sinto-me estranho esses últimos dias
Gostaria de te abraçar, admirar seu sorriso cativante
Gostaria de caminhar de braços dados no parque,
Mas, ultimamente tenho me sentindo cansado
Quero te ver,
Meu coração implora para que ele seja acariciado.
O doutor disse que eu deveria realizar todos os meus desejos
Por favor, leia essa carta, a escrevi do fundo do meu peito
Se você a colocar em seus seios, sentirá meu calor
Quando eu partir, lembre-se de mim, guarde-a para si
Que estarei sempre em seu coração, meu arco-íris, meu serafim
Fim.
Egresso
Gosto de pensar que as pessoas falecidas tiraram férias da vida.
Se cansaram das preocupações que não desejaram.
Fugiram dos atributos que não planejaram.
Foram em busca de um lugar perfeito pra viver.
Até onde sei, a maioria já cumpriu seu dever.
Pra quem vai é normal sair sem se despedir.
Pra quem fica não é fácil impedir.
Partiram sem deixar recados.
Imaginaram suas vidas sem serem sufocados.
Cobiçaram toda forma de paz.
E quiseram não sofrer jamais.
A vida aqui na terra é ingrata, dura e vazia.
Mas, não saber o que nos espera é nostalgia.
Espelho, espelho meu!
Hoje tentei me vê na frente do espelho e me deparei com o reflexo da minha ausência, surtei ao me sentir um vampiro sucumbindo no vazio e no frio da solidão, não vi meus sonhos, não vi esperanças, não vi o meu amor.
Renascerei todos os dias até me reencontrar novamente na frente daquele espelho.
Vida ou morte, nós podemos enxergar todos os dias na frente de um espelho.
Último suspiro
Eu até tentei
Não desfocar
Tangenciar o olhar
Em linha reta
Eu até consegui
Tocar
A minha vida
Tendo-te no centro da esfera
O problema é que
O destino toma
A forma de devaneio
E vem pra te confundir
Desculpa
Não tenho culpa
Mas eu gosto de te ver cair
É que eu tentei
Ir contra
Os meus instintos
Mas você sabe
Sou mulher
Tenho meus desejos
Então cá estou
De volta
Ao meu bom vinho
E a estas boas noites
De sexo ruim
Entre bons beijos
E algumas doses de gin
Enquanto você aí
Me manda
Umas mensagens confusas
Umas rosas murchas
E um amor morno
Bem diferente
Do que eu sempre gostei
Como aquela água ardente
Na cabeceira
Da minha cama
Que desce quente
Queimando tudo
A mesma
Que você usou
E derramou
Entre soluços
Pra incendiar
E destruir meu mundo.
Thaylla Ferreira cavalcante {Lições sobre os vícios}
Danço em suas curvas
Devaneio em seu sorriso
Doce são teus lábios
Divirto-me em teus braços
Durmo em teu colo
Dou-me por completo
Duma vez, me afasto
De você, nada quero
Dose amarga de fel
Deu-me para beber
Dope-me mais uma vez
Dissipe minha alma
Desejo insaciável
Deslumbrante
Dói e nada sinto
Divergente
Dignidade já não há
De novo e de novo
Despido