Poemas de Morte Poetas Conhecidos
3. Pés
Num velório vi pés
Pés vivos
Pés mortos
Passos rápidos
Passos lentos
Passos rastejantes
Passos desfilantes
Passos e mais Passos
Sorviam à minha vista
De cabeça baixa num velório
Vi pés
...
Pés de pobre
Pés de rico
Pés inchados
Pés sofridos
Pés rachados
Pés delicados
Pés descalços
Pés calçados
...
Num velório vi pés
Que sustentam corpos
Pés que direcionam à caminhos.
Pés que correm
Pés que tropeçam
Pés que caminham devagar
Pés de corça
Pés que pulam
Pés traiçoeiros que dão rasteiras
Pés teimosos
Pés inquietos
Pés de criança
Pés de velho
Pés de princesa
Pés de senhora
Pés vi muitos pés
Não sabem que um dia toparão com ela?
- Passos da morte.
Intrusa traiçoeira insiste
Em cruzar existências
Toldar caminhos
Interromper belos ou sofridos Passos.
Andem! Corram! Dancem! pensava eu;
Num velório de cabeça baixa
Eu via pés.
Acenderei mil velas e farei penitências
Queimarei meus lábios com vinagre e abrirei meu peito
com mil navalhas.
Meus olhos arrancarei e atirarei aos corvos.
Eloi! Eloi! Derramei uma lágrima de meu sangue impuro sobre o pó da estrada.
Eloi! Não vejo tua face.
Cuspirei no chão, farei lodo e cobrirei minhas chagas.
Eloi! Meu peito inflama e minha alma abrasa.
Eloí, Eloí, lemá sabaktani?
Na noite
encontramos o desejo,
o calor,
o toque,
o beijo
que acelera nosso coração.
A mão
que percorre o corpo,
o desejo
de sentir,
de gritar,
de ouvir.
O corpo
cada vez mais perto,
mais único,
mais entrelaçados
pelo abraço
que nos tornava um
Nos passos da morte,
no toque frio
da noite escura
todos definhamos,
a passos lerdos
do inevitável.
As noites em
solidão,
cheias de paixão.
Os vestígios tem
cheiro,
do amor eterno.
Aos poucos
vem a morte de quem eu amo
e a felicidade de quem eu desprezo.
"Um pedido de ajuda"
Isso tudo não é culpa minha
Isso tudo não é culpa de ninguém
É uma fase ruim eu sei
Fases ruins existem
Como as boas existem também
Mas não foi escolha minha
Eu só quero ficar bem
Posso estar sendo egoísta
Mas no final tudo ficará bem
É tão fácil ir embora
Por que é tão difícil pra mim?
A morte me chama agora
Mas a vida vem me impedir
Queria ser mais forte, queria compreender
Por que a morte me chama sendo que eu tenho a vida toda pra viver?
Talvez seja melhor assim
Talvez eu deva morrer
Talvez eu deva pedir ajuda
Mas eu sinto que eu gosto de sofrer
A dor me liberta
A tristeza me satisfaz
Mas o medo me apavora
Deixando a morte para trás
No dia que a morte vencer
Minha dor irá desaparecer
E só restará esse poema
Para ninguém esquecer
Da menina que sofria
E com a morte parou de sofrer
De Tati para Jm
"A eternidade do amor"
Ah, se a eternidade do amor te trouxesse de volta!
Ah, se a tua partida não me deixasse tão sozinha!
Desde a dolorosa mudança descobri, amor meu, o real sentido da expressão "uma só carne".
A carne que por metade se encontra.
Metade, sim, metade que pulsa sozinha, metade sem o teu todo.
Eternidade!!! Oh, eternidade quero meu amor de volta!
Amor que corajosamente amei e continuo a amar.
Oh, morte cruel que levou o amor meu, a metade do meu luar
Hoje, eternamente, hoje, para sempre, hoje, a metade do meu ser dorme sem o teu pulsar.
Oh, amor dos meus olhos, quanto amor te tenho, mas a eternidade não permite de contar!
A eternidade sepultou o corpo, mas não conseguiu matar a beleza do brilho do teu olhar.
Ah, morte, morte cruel!
Amarei- te até os meus dias findar!
Tudo que você possuir em sua forma artificial provem da natureza, desse gigante planeta, algo que modificaram e suas origens eliminaram.
Aos pobres mortais restam penas desiguais, simples animais imaginam sempre serem mais.
Livres por condição, aprisionam-se por opção,
congelam sua dignidade correndo atrás apenas de falsas verdades.
Coletividade individual paira sem final.
Cada segundo passado evapora-se instantaneamente, idealizam um amanhã humilhando antecipadamente um incerto futuro desejado, fantasiado. Apenas maquiado...
Cada minuto é um minuto perdido, cada momento é único e precisa ser perfeitamente aproveitado.
Conscientes da sua própria mortalidade talvez a desgraça não reinasse e a vida plena a todos prolongasse.
Num piscar fecharam os olhos e nunca mais os abrirão, nem aqui nem em outra dimensão, apenas ossos sem nenhuma função.
Apesar de terem o cérebro, de fato, o mais complexo,
é também o mais sem reflexo.
O tempo tem que ser encarado como um investimento positivo,
sempre com respeito enriquecera-se de bons sentimentos.
Enxerguem seu fim, vigiem enfim...
"Não sinto nada a muito tempo.
Me sinto fria. Incerta. Incapaz.
Quanto tempo se passou?
Arranco partes de mim,
Pouco a Pouco.
Mas não sinto mais nada.
Há um buraco em meu peito,
Não sei de onde ele veio.
Nem do que ele é feito.
Mas ele me impede de ter forças.
Meus medos agarram minhas pernas,
Será que terei forças?
Mas quanto tempo se passou?
Será que vou ficar bem?
... Não... talvez seja a hora de partir.
Agora eu sei,
Quase 20 anos se passaram...
Mas, e se eu não tiver outra vida?
Será que eu vive o suficiente?
Não que isso importe,
Não quero voltar...
Nunca mais...
..."
SOVAS E CRENÇAS
"Sovas e crenças no estágio condoído,
Sejam fortes para me esculpir
No esplendor de meus currículos.
Não assaltem sem me empoçar,
E corporalizem sobras de meus estampidos.
Tristes são os moldes que suas ostentações
Respiraram sobre mim
Roubando-me urbanidades e cerrações,
Quérqueras e simulações,
Trazendo-me a insistência das perrices
E o estrume da morte.
Se o culto me entulha,
Divulgo descargas de simploriedades.
Se me estufo na gana de gestar peripécias,
Destituo meu fogo eterno
E me comprazo de nunca ter sido
Espera de contos e entrevamentos."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Eu, morta e enterrada
Meu silêncio sepulcral
Serve de passagem
Uma espécie de ritual
A vida é renovada
A torre foi, enfim, derrubada.
Eu, descanso em paz.
As vezes a fumaça do meu cigarro tem mais peso que as lágrimas que não saem dos meu olhos.
Formam uma nuvem densa de odio,tristeza e morte.
Brotos de cristal
Na serra sinuosa
Planando sobre o impacto
São pedaços do vidro
Ao longo do asfalto
Acidentado
Pedaços de vida
Atirados e removidos
Partes de um todo
Partem daqui
Boa viagem
Medo da tão chegada hora de sua visita
O tempo rege esse momento sem julgar
Restando somente esperar com plenitude
Tentamos supri-lá com esperanças falsas
E acreditar de que o outro lado é melhor
Se eu morrer amanhã!
Eu não quero nada mesmo porque não cabe muita coisa em um caixão.
Nem mesmo a fita amarela, com o nome dela, porque uma fita não caberia tudo o que ela foi em minha vida, cantem como se eu estivesse vivo, lembrem das poucas coisas boas que eu fiz, sem demagogia, não quero discursos de qualquer seguimento religioso, deixe que meus filhos falem, doe meus órgãos, meu celebro principalmente gostaria muito de continuar pensando por aí.
Doce amor que da cor
Do frio ao calor, do conforto a dor
Os olhos que me amavam agora me julgam
As doces palavras do passado agora me machucam
Sinto minha vida esvaindo por entre meus dedos
As mãos de um assassino que trucidou sua própria felicidade
Antes livre para amar, agora sem direito de tal liberdade
Agora sozinho, esquecido para viver apenas com meus medos
Jogado como lixo dentro de quatro paredes frias e escuras
Deixado para apodrecer
Sem sentimentos, inútil.
O peso dos pecados me esmaga, sufocando
E agora, tomei uma decisão sem volta
Fraco, o perigo era eu, não consegui te defender de mim
Sonolento, a dor e a culpa vão embora com o vermelho carmesim
Mas do que isso tudo adiantou se nunca terei seu perdão?
NESTA NOITE
Nesta noite de insónia tento escrever
Mas não consigo será desatino ou não
Ânsia que me aflige nas memórias
De um passado tão presente
Onde habitam os meus fantasmas
Embriago-me nesta solidão nostálgica
Perco-me em sussurros na vastidão da mente
Regresso ao silêncio das manhãs eternas
Rasga as rochas enfurecidas pelos ventos
Atravesso montanhas, serras em fúria
Mergulho as dores nas geladas águas deste mar
Sonho os retalhos da solidão do tempo
Das saudades dos intensos momentos vividos
Na mais profunda ilusão desta noite de insónia.
ღღ
Na luz do amor se criou a escuridão do universo
Na imensidão do conhecimento nasceu tudo
Na contemplação de tudo surgiu o desejo da vida
Na existência da vida a morte se fez necessária
Na morte surge o sonho da imortalidade
Na imortalidade revelasse todos os sonhos
Na imensidão do sonho se encontra todos os desejos.
❝ Imagine como seria você acordar amanhã e receber a notícia que eu partí dessa vida, como seria não me encontrar mais nos lugares de costume? Como seria chegar sozinho(a) onde frequentemente iamos juntos? E o segredo que você prometeu me contar, mais que não contou, preferiu deixar pra depois, não sabendo você que o meu depois não chegaria. Seria muito triste ne? Então, pense nisso,
Nunca deixe pra amanhã, o que você pode fazer hoje! ❞
"O dia de amanhã quem sabe é Deus!"
Luciano Melgaço
Introdução ao réquiem
Venham todos e prestem atenção
Vou falar sobre uma maldição
Alguns a chamam de vida
E outros de causa perdida
Sim é sobre os amores
E tudo o que ele traz
Nobre capataz
Que floresce todas as cores
Sentido do viver
Em fim sem sentido
Devora tudo que é detido
Pelo sentimento sem querer
Constante errante
Constantemente irritante
Irreversível atroz
Comumente a nós
Primeiro Réquiem
Só a loucura faz sentido
Só ela serve de abrigo
Deixe a sanidade em seu jazigo
E o bom senso perdido
Olhe meu amigo
Um mundo distorcido
Seja bem vindo
E venha comigo
De valores invertido
Há de ficar enrubescido
Com o que digo
Palavras em castigo
Fique de orgulho ferido
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