Poemas de Morte Poetas Conhecidos
E como entender ?
A morte nada mais é que,
o Amor purificado.
Uma vez que o corpo é a prisão de nossa alma, nosso espírito.
Me perguntam e pedem pra dizer oque penso sobre a Morte.
E reluto!
Como entender o algo indecifrável, desconhecido e dúbio de compreensão.
Acredito que a única aceitação da morte se faz por entender sem compreender o mirar, o contemplar de um céu de conformidade e conformação.
Só posso ir até aqui...
Morte eis o milagre da vida!
Arrasta egos, antropomorfisa crenças e desidentifica-nos de orgulhos, purifica, e nos torna imaculados.
Uma vez percebido quem somos nos!
A morte só existe quando tudo oque foi vivido entre uns e outros gera esquecimento.
Caso contrário, que é quando nos amamos, deixamos sentimentos e lembranças em nossos corações e com isso nos eternizamos uns nos outros.
Devemos deixar fluir os ciclos da vida.
Toda prisão causa dor e sofrimento.
Seja sempre, sempre grato.
A gratidão é o reconhecimento entre os corações humanos.
Toda dor terá seu começo e seu fim.
Marcos Aurélios disse, "a morte paira sobre vossas cabeças, seja bom!".
Eu, porém entendo que ser bom é uma das piores maldades humanas.
Precisamos ser melhores.
Uma vez que já somos bons em muitas falcatruas!
Morte, meu caro, não tem nada a ver com está vivo ou, a confirmação da mesma.
Muitos estão mortos em vida meu caro e se quer sabem.
Ex. Você acorda todos os dias e repete o dia anterior como se fora novo.
Tá morto, e faz só o repeteco, do que se imagina que é o novo viver.
...Entende?!
A morte não é o coração interromper - se simplesmente: a covardia e esmorecimento no recurso da batalha da vida inclusive, também é a morte.
Eterna Chama
“Tomar a Morte como Conselheira”,
Fez-me um homem mais presente!
Fez-me humanamente consciente!
Fez-me da atitude ,uma boa maneira!!
Aceitar a minha mortalidade,
Fez-me da vida uma guerreira!
Fez-me da esperança uma herdeira!!
Fez-me da lembrança, uma saudade!!
Esse fogo que me queima o coração
É mais que a ardente chama da paixão,
que me bate dentro do peito, todo dia...
Esse fogo que me aquece toda a mente
É mais que a fanal chama permanente,
Que me ascende, com a sabedoria!
Eterna Oração
Senhora Dona Morte! A Ti confesso!
Nesta vida de vontades que me deixa louco
Todo desejo do mundo para mim é pouco.
Retira de mim toda ânsia, é o que Te peço.
Solícito, como um solitário antropo oco,
Silenciosamente a solitude me conforta!
Dona Morte! Sou um solilóquio moco!
Seja a Perene Guardiã na minha porta.
Com a fenomenal Áurea Oriunda
Da Tua Obscura Fonte Mais Profunda
Cubra meu pranto vazio, e o resto afasta...
Deixa sair toda a utopia do meu desatino...
Nasci só e Morrerei só — é meu destino!
Expulsa todo prazer que não me basta...
A Morte Eterna
Nebulosa é a lembrança e temorosa sim,
Na insana utopia do pensamento fugaz.
Funesto é o esquecimento da memória assaz
Do antes e o depois – é o início e é o fim...
Faminta é a desilusão da natureza voraz
Na fantasia da alegria exuberante que externa
O excêntrico desejo conflitante da interna
Busca pela felicidade – é a guerra que jaz!
Jazida no âmago da deletéria matéria erudita
E suscitada no pranto da segura jornada infinita
– É a maior sorte esperançosa de um homem forte!
É a absoluta obscuridade fenomenal que acalma
Todo desespero da disputa infernal pela alma
Passada e futura– é a Eterna Morte!
A vida e a morte são inseparáveis em todas as religiões:
-Se eu não existisse, tu não viverias. (Vida)
-Se eu não vivesse, tu não evoluirias. (Morte)
Pensar na morte é uma oportunidade de avaliar como está nosso relacionamento com Deus. (Edmar Torres Alves)
Fonte: Devocional Presente Diário, da RTM, meditação do dia 02.11.2024
A MORTE DAS VIOLETAS (soneto)
No vaso floreado de variada cor
De suave frescor e delicada trama
Cheias de viço e aveludada rama
Desabrocham as violetas em flor
Pouco estar, e de fugaz esplendor
No seu breve e infortunado drama
Enlanguescida, ela, curva e acama
Tal aos pés da sofrência a fatal dor
E vai perdendo o regalo a violeta
Aos amuos do tempo, ali funesto
Num despojo final, e última reta
E, desbotada e então tombada
Épica, em um derradeiro gesto
Mortal, a violeta se vê imolada
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de agosto, 2016 – Triângulo Mineiro
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
SONETO VIVO SOBRE A MORTE ...
Se casualmente aqui deparar, ledor
Com soneto vivo na morte acabado
Leia piedoso este versar imaculado
Pois, fui caminhante e um trovador
Já cadáver feito, aspeito o pecador
Em cada estrofe uma prece ao lado
Cravado no amor, o poeta lacerado
Choro e saudade, assim, espero for
Já sem norte, leia-me com voz forte
Pra ser escutado donde eu estiver
E a alma no descanso seja na sorte
E, então, o sentido o aplauso quiser
Que escolho vivo, do que na morte
Pois, lá logo se há de me esquecer! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 10’46” – Araguari, MG
A MINHA MORTE
Eu quero, quando me for, ser enterrado
ao pé da saudade de tempos de outrora
que tinha poética de verso apaixonado
aí, então, possa ter uma festiva aurora
Há de cantar galardão a um cavalheiro
de quem o amor cantou no seu existir
valei um amador de um amor inteiro
imutável sensação, o coração a sentir
E a dor não há de lá ir, só sentimento
e que serena melodia venha me velar
sem aperto, choro, suspiro e lamento
E, assim, então, com a poesia minha
está, o adeus possa a casta encontrar
e lá a prosa não mais perecer sozinha....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/09/2021, 09’58” – Araguari, MG
“CUGINA” FLÁVIA
Se da morte predomina a saudade
Da saudade a lembrança de porte
Doce menina, nunca pela metade
Tenho na falta uma saudade forte
Um vazio tão cheio de recordação
Que invade a todo momento o dia
Pulsa abafante, árduo. Tristura não
Pois deixaste aquela boa simpatia
E, tenho da privação aquele pesar
O teu olhar arraigado no passado
Numa carência do silêncio a surrar
Ah! o tempo distância mais e mais
Mas também abrevia o reencontrar
Pois, tivemos a regalia de te amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 de março, 2022 – Araguari, MG
*data natalícia da prima Flávia Magalhães Nogueira (In Memorian)
VELÓRIO (soneto)
Penso às vezes na minha morte, os tutores
Se dela estarei dormindo no meu cansaço
Penso nas instalações do eterno regaço
E se com dores choraram as dadas flores...
Penso no quão terei pêsames sofredores
Ou não. E se olhares ecoaram pelo espaço
Laços de adeus, ou simplesmente passo
Sem rezas, de quem perdeu seus valores
Penso se serei um dissabor, no que fiz
Me diz: ó Deus, nestes vacilos dispersos
Se vou deixar saudades, se assim condiz!
Penso nas conversas, os causos imersos
Se ali estarei descontente ou então feliz
Digo: a quem possa saber... - fui diversos.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/02/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A Morte ela não existe
Ela é uma passagem
Da vida aqui na Terra
É o trem para viagem
Que a gente vai num vagão
Para outra dimensão
Viver a nova linhagem.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
18/03/2024
Não nascemos para morte
E sim pra felicidade
Nascemos para viver
E para imortalidade.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
25/03/2024
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