Poemas de Morte Poetas Conhecidos
Barguzin e sua força,
Leva tudo para o nada,
O chocalho da morte,
Não silencia em sua sorte,
Fica aquele gosto,
De mais um pouco,
No alçar dessa caminhada
Nada tenho.
- Nem ninguém.
Apenas a morte e a vida.
Minhas duas únicas certezas e amigas.
Elas me lembram do intervalo a cumprir.
Tudo tem um início e tem um fim.
É cíclico.
Essa fonte de vida misteriosa e intrigante
É que nos motiva nessa busca vazia e incessante.
Mas o que é viver?
O insano.
Sobreviver ao delírio da realidade.
Suportar esse terrível engano.
Uma viagem sem passaporte, não premeditada, ao qual tivemos que nos submeter.
Mesmo sem querer.
O nosso desejo é o último a ser ouvido. Desde o instante em que nascemos. Então, por que devíamos aceitar que a vida seja para isso?
A realização egoísta de meros desejos insaciáveis, que nunca conseguimos satisfazer?
Eis a sábia atitude de aceitar desde o princípio o sofrimento com resignação, pois em si está a sua força, é na humildade que reside toda a convicção.
Por que devíamos tanto nos importar? Se a chuva que molha vai embora, escorre no rio para nunca mais voltar?
O tempo passa e a gente envelhece, mas só ficam as lembranças, a dor se esvai. Por isso é melhor fazer com medo, do que se arrepender de nada ter feito.
Lembra-te de não se deixar ser governado por suas emoções, e sim por teus pensamentos e, posteriormente, por suas ações.
Pois o que sentiu você não lembrará, só o que deixou de fazer, e portanto agora deixará partido o seu coração. Só o que importa é o agora.
Eu não duvido da sorte
e nem desdenho o destino
a seca é a via da morte
onde nasceu Virgulino
a dor que pulsa do corte
faz cada dia mais forte
ser do sertão nordestino.
ESTOU FICANDO VELHO
Não gosto mais de filmes de terror.
A morte não tem graça
O sangue me aflige
Estou ficando velho.
Não gosto mais de acelerar a moto.
A vida já é rápida demais.
Prefiro caminhar
Estou ficando velho.
Não gosto mais de bebida destilada
A ressaca é muito braba.
A tontura não me anima
Estou ficando velho.
Não gosto mais de bares barulhentos
As pessoas me irritam
Me sinto bem na praça
Estou ficando velho.
Não gosto mais de jogos de azar .
Estar vivo já é sorte
Faço palavras cruzadas
Estou ficando velho.
Não gosto mais de shoppings tão lotados
Controlo o meu dinheiro
Economizo pra feira
Estou ficando velho.
Não gosto de política e igrejas
Ajudo os asilos e os pobres
Me aproximo de Deus
Estou ficando velho.
- E existe algo do qual você não tenha medo? Ele zomba.
- Da morte. Respondeu a garota, ainda reflexiva.
- Não tem medo de morrer?
- Quando você manda uma mensagem e nunca obtém resposta ou quando uma pessoa que você ama se muda e vocês perdem o contato completamente, não é como se ela estivesse morta?
Você se lembra da pessoa toda o dia, mas não pode vê-la, toca-la nem ouvi-la.
Mas com o tempo você vai aceitando, vai esquecendo.
Acredito que a muitos mortos que ainda respiram por aí.
- Então eu estava morto para você? Ele pergunta.
- E eu para você suponho.
Ainda bem que estamos vivos agora. Respondeu com um sorriso em meio aos lábios.
Um dia talvez queiram escrever sobre minha biografia, sou grato pela vida e pela morte que me foi concedida; agora pois, vivo estou nas obras registrado que por aqui passei e nada foi em vão senão minha partida.
FILÓSOFO NILO DEYSON MONTEIRO
Na morte há um pouco mais de acerbidade
Dentre tanta coisa que vi, direi a verdade
Contar não posso como tinha entrado
Me sentia abandonado
Tanto sono que havia os sentidos levado
Seria milagre congelado se eu tivesse encontrado
O único caminho bom eu havia deixado
Para Dante, direto do inferno.
MORTE
Morte! A porta certa e a mais bela
Entre a vida e a escuridão...
Luxúria maldita e luz que vela...
Que aos mortais, clareia em vão!
Sombria, e gentil, e rastejante...
Que me acerca... que por graça,
Inflama minh’alma e passa
A flamejar um amor prestante...
Um vestígio certo do que sou
Petrificado ao teu segredo
Nas noites frias sem luar e sem cor...
Que por te encontrar, sem nada
Seguindo tua luz, sem medo,
Eis em mim a tua dolente morada..
Eu vi.
Vi a morte, o fim.
Ela se parecia com algo que não se pode tocar.
Com algo que não se pode amar, mais.
Com alguém que não pode mais estar.
Eu procurei e achei a morte na dor e no sofrimento.
e na morte, encontrei... paz.
Na tua mente excêntrica,
a morte passeia livre
como um grande incentivo de vida,
o tempo não deve ser medíocre
e há uma sombra que a luz intensifica.
em um trago pra morte vejo no espelho um sorriso obscuro.
Com lagrimas nos olhos, pensando nos segundos
segundos para finalmente dormir, não quero morrer...
apenas dormir. Fechar os olhos e ter a falsa sensação de sorrir em um sonho completamente fictício.
Quando a morte está mais próxima, o medo se afasta, o medo vai embora
E quando a vida é posta à prova
A coragem é o que mais importa, se entrega e não fica de fora;
Um pouco de poesia e vida 23
Quem importa com a chegada da morte.
Se o percurso existe luta.
Ainda que em prantos e sangramentos, sem a sorte.
O procedimento de uma labuta.
Enquanto a sociedade contempla status.
A identidade do povo embriagada na luxúria.
Muitas escolas e lares.
Desenhando pomares.
Mas a real, amarguras.
Inveja, ódio, tempos, vingança.
A promessa, a terra, usura.
A conquista, o feito.
Se acontece, de qualquer jeito.
Na força, na ciência, na pressão.
Opressão, a mente sofre, a dor no peito.
Jogo de paciência e calma.
Famílias indiferentes a famílias.
Massacra o corpo, risadas tuas aos meus prantos.
Mas juro como canto, inocente na fauna.
Roubastes as profundezas do bolso e do riso.
Mas não entrego a dignidade de minha alma.
Giovane Silva Santos
A VIDA
Ela passa igual um avião
Decola, igual o nascimento
Pousa, igual a morte
Passa por turbulências
De subir e descer
Desânimos e felicidade
Tem horas que conseguimos dormir
Horas que não temos sonos
Igual o piloto
Duas pessoas controla sua vida
Piloto, você
Comodante, pessoa que você ama
CORAÇÃO NOTURNO
A morte ronda a esquina
O sapo esmagado no asfalto
O príncipe enganou a menina
O coração foi tomado de assalto
Na esquina da minha rua
O bêbado solitário fala o que quer
Na poça da lama ele vê a lua
Seu repertório traz sempre a mesma mulher
Sempre nua
Ela não vê a morte
Pisa no sapo esmagado
Não viu o homem ser assaltado
É um bêbado e como todos têm sorte
Um dia foi príncipe
Outro dia foi feliz
Hoje nem a morte o quis
O sonho da menina esmagado
Enganada
O príncipe ontem
O bêbado hoje
O príncipe bêbado
O bêbado príncipe
A menina enganada
A mulher encantada
A morte não o quer
A mulher sim
No reflexo da lama a lua é cheia
O bêbado já não diz o que quer
A vida vem com o raio da manhã
Espanta o espectro
Afugenta
Afaga a menina
Consola a mulher
Traz vida pra minha esquina
Reconstrói o sonho
Um sol surge na lama
Um corpo move-se na cama
No espaço único do leito
Um coração procura se esconder
Lá no fundo do peito
Ele espera outro anoitecer
Vivíamos felizes, e não havia temor da morte, de repente, um vírus muda a história da humanidade. Pronto, perdemos nossa capacidade de vida eterna.
Estivemos sempre de passagem neste mundo, e o povo parece que esqueceu disso. Só se fala dessa pandemia, e as pessoas se esqueceram que a morte tem outras formas de extinguir a vida.
A todo momento morrem milhares em acidentes diversos, HIV, cânceres, AVC, infartos, tuberculose, dengue, chicungunha, zica, malária, fome, etc e tal.
E o povo apavorado só com o xing ling.
Vamos morrer, o dia e a hora por certo nunca haveremos de saber.
VIVAMOS A VIDA A CADA INSTANTE COMO SE FOSSE O ÚLTIMO SUSPIRO.
GLÓRIAS AO ETERNO PAI CELESTIAL POR CADA ENCHIDA DE AR DOS NOSSOS PULMÕES, E PELA INSISTÊNCIA DAS BATIDAS DE NOSSOS CORAÇÕES.
A morte é um grande mistério
Examinada desde o início dos tempos
E sem sucesso
É o grande adversário
Porque o tempo é que é inimigo
É sem escrúpulos, só leva os bons
Os que estão doutro lado já sabem da verdade
Rancoroso!
E deixam-nos a nossa sorte,
Por aquela gota de sangue
Meu irmão, vão te exigir muito bem
Nem é sobre ser inteligente
Inocente ou não, degolam refém
Coisas da terra
É Tradição é cultura
Se é sensato não discuta
Quer te safar? Sacrifica.
Quando a morte nos tira alguém...
Uma lembrança permanece viva nos corações, são momentos difíceis pois nunca compreenderemos o mistério que tira d'entre nós as pessoas que amamos.
Essa saudade sempre baterá nas portas dos nossos corações para deixar esta terrível cicatriz, a perda de quem amamos. Porém devemos permanecer firmes, pois a força para continuidade vem do Senhor e Ele nos ajudará a carregar este fardo de saudades...