Poemas de Morte de Machado de Assis

Cerca de 10 poemas de Morte de Machado de Assis

Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar...

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881.

Eu que meditava ir ter com a morte, não ousei fitá-la quando ela veio ter comigo.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

Não há nada eterno neste mundo; nada, nada. As mais profundas paixões morrem com o tempo.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

É certo que receava perder Capitu, se lhe morressem as esperanças todas, mas doía-me vê-la padecer.

Machado de Assis
Dom Casmurro

Marcela morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia. Viver não é a mesma coisa que morrer.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

A vida é tão bela que a mesma ideia da morte precisa de vir primeiro a ela, antes de se ver cumprida.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

O arvoredo dos morros fronteiros estava coberto de flores-da-quaresma, com suas pétalas roxas e tristemente belas.

Diferença de vocações: o casal Aguiar morre por filhos, eu nunca pensei neles, nem lhes sinto a falta, apesar de só. Alguns há que os quiseram, que os tiveram e não souberam guardá-los.

Machado de Assis
Memorial de Aires
Inserida por Delisnas

⁠O capitão fingia não crer na morte próxima, talvez por enganar-se a si mesmo.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881
Inserida por pensador

⁠Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881
Inserida por pensador