Poemas de Morte
Tao logo em que vivemos, certamente aprenderemos, e no aprender, descobre-se que adiante morreremos. Se neste trajeto, nada conhecermos, não sabe-se se vivemos, pois viver sem aprendermos, certamente morto já estaremos.
Estado de alma: o jeito que cada um fica interpretando e assimilando sua existência no contexto em que vivemos.
O escritor é um maluco que tem a obrigação ou o duvidoso privilégio de ver a realidade, e por isso, quando um escritor para de escrever, acaba se matando, porque não consegue se livrar do vício de ver a realidade, mas já não tem aquele escudo para se proteger dela.
Eu então percebia, pela primeira vez, que tudo segue, desbota, estraga enquanto a vida continua. Que não existe final na nossa história até que chega a morte e o corpo se desfaz.
Não há palavras que aplaquem a dor da perda de um ente querido. A energia e a força recebidas, todavia, são reconfortantes.
Sufoco, insaciedade, injustiça, dor, sofrimento, amargura, incapacidade, fraqueza, saudade... pra qual objetivo? Milagre biológico ou catástrofe? Sinto-me incapaz de seguir qualquer ideologia, não tenho minhas próprias. Não sei o que sou, pra que eu estou, pra onde eu vou... isso dói, me dá desespero e uma hora vai acabar, mesmo tentando correr e abraçar alguém pra acalmar, mas ela chega e quando você nem perceber já não ama, pensa, sonha, vive..
Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morresse.
Algum dia um juiz teve esse poder, de matar uma criança para outra poder viver? De ser ao mesmo tempo salvador e carrasco? Uma família saía ganhando, a outra perdia tudo.
Cada ciclo da vida tem seu sentido, seu propósito oculto. Feliz aquele que o enxerga e o persegue. Infeliz aquele que não o enxerga nem luta na sua procura.
Quando nos despedimos da vida e encerramos nosso ciclo neste mundo, a comunicação se dá por meio de um último e definitivo suspiro que avisa aos médicos e familiares que chegou o momento da nossa partida.
A vida é um sopro. Passa tão rápido que às vezes nem percebemos... ela começa num instante e se vai num outro como a brisa que sopra na tardezinha de Verão. As coisas que parecem difíceis, passam, muitas vezes com dificuldades. As fáceis, superadas e alegremente vividas. Pessoas que passam por nossa vida deixam marcas; umas são cicatrizes que, apesar de estarem ali, as que as fez são esquecidas; outras, Emoções gratificantes que alegram a alma e a questão da Pessoa cravada no pensamento.
Vida que passa e segue até que o sopro diz:"aqui é o limite." Momentos devem ser vividos e aproveitados e sentidos. Vida, deve ser vivida. Mas as vezes parece dificil.
Deito a cabeça em pedra para despistar a dor, e carregar flores ao meu túmulo vejo que não é prejuízo.
A ação do tempo, é o que existe de mais cruel na breve vida humana. Ele passa rápido e tira o que mais temos de precioso. O que sou hoje, amanhã já não sou. O que sou amanhã, no futuro já não existo.
É bom quando ele morre. É chocante, ninguém espera por isso. E ele é o protagonista. Com que frequência o protagonista morre no meio do filme?
"A serventia é algo que está enraizada em nossa nação Brasil. Uma herança imbecil da coroa, pois aqui se vence os mais fortes e, os mais fracos ficará à mercê da morte."
A vida é um jogo em que eu estou perdendo o tempo todo. É um jogo onde estou sendo destruída porque eu não sei jogar. E eu não posso dar reset pra começar de novo, então a única opção é desistir e me matar.