Poemas de Morte

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Molho requentado

Um brinde à morte
Esta idônea rapariga
Que de tão especial que é
Restringe-se a aparecer
Uma única vez em cada e toda vida

Vou-me agora, porque é o melhor momento.

Espero ao encontrar a morte ter a certeza de ter feito a vida valer a pena.
Espero poder rir dela dizendo que a libertação da minha alma desse corpo fadigado, não dissipa as ideias que já deixei em outros corações.

Que você seria a minha vida e morte nunca foi segredo pra mim e muito menos pra você. Então morre comigo pra sempre. Porque quero viver pra morrer e morrer de tanto te amar.

Jota Cê

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Morte sem fim

Não trabalhar
Não estudar
Não se comunicar
Não entender
Não se envolver
É a morte sem fim,
Esperando você

Meu Jardim Lageado

Próximo da morte
longe de tudo.
Aqui chegou o migrante.
Saudade.

Pequena e bela capela
templo cristão e indígina,
catequese.
Evolução, progresso, repressão.

Ocupação urbana, favelas.
Saneamento; sacramento.
Rio Tietê da nascente à poluentes.

Nordestinos e nortistas
na labuta na lida, fizeram
destas paisagens de São Miguel,
a nova capital da Bahia.

Manoéis e Marias
Antonios e Joaquins,
neste pedaço de chão
no breu a luz fez surgir.

Volto à infância
a caça de pardais.
Lagoa verde, lagoa azul,
draga, rio toco virado, olaria...
prainha, chácara pirâni.

Ioiô, peão
bolinhas de gude
pipas e cabuchetas.

Meus pais.
Lembranças do sertão.

Banhos de chuva.
Peladas na rua, crua.
Bola de capotão.
Descalço de malicia,
desconhece solidão.

Ruas empoeiradas,
cheiro de mata,
orvalho, chuva,
relva, e lamaçal.

Lageado!
Que saudades
de tempos idos,
e de entes queridos...

Jangadas
arroios
raios
desnudos,
infantilidade
molecagens.

Lembro
ainda
garoto;
extrovertido
arruaceiro
danado.
Oxente...

O fim está no começo, e no começo é que está o fim.
A morte é o começo e o começo é a morte.
Apocalipse está em Genesis e Genesis em Apocalipse.

LIBERTANDO O PORVIR

Jamais tão sonhado, jamais tão despedaçado
Vida e morte andando lado a lado
Solto se esvai ao vento e a lágrima do tempo não deixa esquecer
Quem o perde e o deixa ir, vive e volta a sorrir
Quem o perde e deixa de sonhar, morre e se enterra devagar
Quem o ganha, não o deixa ir, mas o realiza
Sim, na vida nova de cada segundo, nada mais belo que o silêncio profundo,
De um olhar amigo, daquele beijo cedido
Do piar escondido, do belo passáro amarelo
Que teve a coragem de observar
Da vida que se mostra, ali,
Por detrás do segundo passado, atrás de um suspiro deixado
Não te iludas com o tempo, pois o maior movimento vem de ti a ele e não dele a ti
Pois quem vive e deixa viver, sabe que o que começa agora, ao raiar desse celebrar, é mais que uma data,
É a própria alegria a te chamar pelo nome que apenas tu conheces,
O nome secreto de tua infância
O nome que o vento deixará escrito como felicidade que se cumpriu
Nesse novo ano, nesse novo segundo

Nesse...

28/10/09

Até que a morte os separe

O filósofo Arthur Schopenhauer disse que o casamento é uma dívida que se obtem na juventude e se paga na velhice, mas na época em que ele disse isso a separação era algo praticamente incomum, e de fato só a morte separava um casamento, o que fazia talvez com que os maridos mandassem assassinar suas mulheres, e elas seus maridos.

Hoje em dia as coisas estão mais fáceis, as pessoas terminam tão rápido, às vezes só até acabar a lua de mel, mas o padre ainda continua dizendo a sentença final: até que a morte os separe. Seria mais fácil dizer “até quando vocês não aguentarem mais olhar pra cara um do outro”, pois sempre chega esse momento, uns casais preferem terminar, outros preferem se torturarem e empurrar com a barriga, até que finalmente a morte os separe...

Essa coisa de casamento precisa ser inovada, ter novas regras, acompanhar a mudança de século, acompanhar as mudanças climáticas, as vontades. Precisa ter uma nova cara, sinceramente não conheço uma pessoa que seja casada e completamente satisfeita, ou feliz por inteira. O casamento deveria completar os espaços que faltam pra gente ser feliz por inteiro, mas isso só acontece no começo, na lua de mel, afinal a lua de mel é pra adoçar o começo, pois depois é uma amargura que só.

Tudo bem que eu ainda não sou casado, talvez não seja assim mesmo, mas pelos exemplos que vejo já estou traumatizado, mas de uma coisa eu tenho certeza, a sentença final deveria mudar, os padres deveriam dizer: Até que o amor acabe.

Fizeram da morte um horror
Como se a morte fosse um malfeitor
Tiraram da morte o terror
Lá se foi da morte a principal dor

A morte é fácil, tranquila... A vida é mais difícil...
Meu pulmão grita todas as dores de não te ter aqui
E assim me sinto sufocada por seu nome.
Meu coração chora por sua partida
Ansiando pela sua volta, que não sei se haverá.
Minha alma sofre por tudo que meu corpo sente
Esperando pelo ar de volta,
Esperando por sua volta,
Esperando pela minha volta...
Noites tristes eu passo sem saber como você está
Com nós na garganta, com lágrimas nos olhos
Com uma vontade enorme de gritar seu nome...
Mesmo sabendo que não poderá meu ouvir...
O vento que bate em meu rosto me acalma
Mas traz você de volta a mim...
Mesmo que eu ou você tenha de partir
O amor não há de ir embora...
Estará aqui intacto, esperando por um oi
Por um sorriso, por um beijo
Por um abraço, por um desabafo
Por você...
Minha alma viajante... Coração independente...
Por você estão pendentes...

Morte não é tristeza,
É fim, é destinação.
Triste, é ficar na vida,
Depois que os sonhos se vão....

Morte

Noite fria.
O vento a soprar.
Paixão doentia.
Desejo de chorar.

A coruja que pia.
A morte anuncia.
O cheiro de falência.
A vida é sombria.

O som da morte na noite.
O silencio é quebrado.
E traz a morte como açoite.
Acaba a espera, o fim é chegado.

De tudo somos possuídos:
coisas, pessoas e idéias.
Mas só a morte nos possui de vez.

O destino do homem e de todos os seres vivos, é único, universal e irremediável: A morte.

Necrofobia: Mãe de todas às religiões.

Professar uma verdade absoluta: É um ato de loucura.

Já passeipelo vale da sombra da morte !
La encontrei aperto ! tristeza angustia !solidão!

Os meus passos traziam dor , e até mau descanso achei pertubação !
Parecia um caminho esquisito e que não tinha fim , como estar morto e estando vivo assim me sentia .
L a estar vivo me causava dor a alegria chorava a cada momento !!! as estrelas derramavam lagrimas , a lua tinha o seu brilho ofuscado e o sol queimava forte deixando em cinzas minhas emoções .

foi isso que passei e descubri que no vale da sombra da morte as coisas são mais duras que a propia morte.

Medos


Não tema a morte.
Tema sim a sua forma.
Não tema a vida.
Tema por vidas.
Não tema a escuridão.
Tema sim, nunca mais enxergar a luz.
Não tema o silêncio.
Tema a falta das palavras.
Jamais tema as batalhas.
Mas morra temendo a covardia.
Nunca tema seus inimigos, principalmente os fortes.
Mas tema sim, seus aliados, os que são fracos.
Não tema a enfermidade.
Tema a falta da cura.
Não tema a solidão.
Mas sim o esquecimento.
Temores são presentes e vivos em nossas vidas.
Temores motivaram guerras e criaram inimigos mortais.
Temores fizeram uniões e separações.
Na maioria das vezes por temermos tanto, tomamos providências para evitá-los e acabamos dando vida aos nossos medos e fazendo deles a mais terrível realidade.
Por mais que não seja possível acabar com nossos medos, mesmo que não possamos evitá-los, devemos sim, usar estes mesmos medos como fonte de força.
Não para tentar evitá-los ou mesmo destruir a fonte causadora. Mas sim, como força para olhar a vida de frente e descobrir no medo a forma que ele mesmo o tem.
Descubra seus medos e tente mudar o foco.
Crie uma blindagem e se transforme em um super-homem, sempre com a bandeira do bem.
Lembre-se que, os mesmos que lhe dão medo, também temem alguém ou alguma coisa.

Não cantes como eu,
Os outros por bebedeira
Não saúdes
A morte em literatura
Boa negra
Voltada para as estrelas
Pés de chumbo
Cravados na lama:
O canhão
E sua escandalosa metafísica

No dia em que eu estiver no meu leito de morte

Faísca que se apagou -,

Acaricia ainda uma vez meus cabelos

Com tua mão bem-amada

Antes que devolvam à terra

O que deve voltar à terra,

Pousa sobre minha boca que amaste

Ainda um beijo.

Mas não esqueças: no esquife estrangeiro

Eu só repouso em aparência

Porque em ti minha vida se refugiou

E agora sou toda tua [Hino à morte]

"Quero sorrir para a vida!
Se ela sorrir para mim...
Quero zombar da morte!
Pra morte fugir de mim...
Quero viver bêbado, ser fiador,
não quero ter dinheiro!
com dinheiro não compro amor..."

No dia em que os céus escuros da morte baixar sobre meus olhos,
Será o dia em que eu não puder mais ver a luz que seu sorriso trazia ao meu coração,
Será um dia no qual não haverá mais um amanhecer,
Pois sem o brilho dos seus olhos, não há um amanhecer,
Será o dia em que o Sol se apagará para sempre, para não ver o fim.
Sem você em meu caminho, não há um caminho.
Sem seu sorriso, não há felicidade.
Sem você, logo não existirei.