Poemas de Morte
Um dia morreremos, e chegará o momento no qual nossas almas se encontrarão para dançar a valsa da eternidade, fazendo valer o amor que construimos durante anos.
O homem não é nada programado, somos filhos do acaso e sem função como qualquer pedra, que por evolução acabamos possuindo um emissor de energia que ainda não sabemos controlar e que poderá nos conduzir para a vida fora da massa vulnerável do corpo ou transformá-lo por expansão das partículas em um veículo mais apropriado e eficaz. Podemos ser Deus também...
Infinitos são os deuses, imperfeitos os seres etéreos, mas sem necessidade prática de interferir de forma física nos habitantes desta partícula bruta chamada Terra, extremamente inferiores que se digladiam perdidos em suas incompatíveis engrenagens, em busca de compreender sua hipotética função.
O homem caminha para a extinção física, acelerado pelo aprimoramento da medicina, que vai contra a seleção natural que permitia que só os mais fortes sobrevivessem e o resultado é a crescente debilidade dos novos habitantes da Terra.
Você pode ser o único indivíduo do Universo, um Deus louco dominado pelos seus pensamentos desordenados... Tudo que o cerca pode ser produto de seu cérebro borbulhante.
Você pode existir mas é indiferente existir ou não, sua presença torna-se irreal porque só por si percebida; auto devorando-se nada sobrará para perceber sua ausência, comprovando-se sua anterior inexistência...
Sentimento de loucura? Meros conceitos, se não há parâmetros, um ser único não pode ser louco ou normal, seria o normal ser louco.
Toda existência, trabalho, prazer, são inúteis porque são imediatamente engolfados pelo tempo que acompanha qualquer presença.
Existindo ou não, fugazes ou imortais, humanos ou deuses, diamante ou carvão, nada pode ser superior ao Nada, que não requer esforço, premente utilidade ou valor, busca, conhecimento, espaço, manutenção... O Nada é a perfeição, limpo, sem defeitos, estático, sem tempo. Até mesmo Deus, invenção humana que pretendia ser o modelo da perfeição, caso existisse, teria que ser, estar, de um modo ou de outro e portanto inferior ao Nada que simplesmente não é, não precisa ser, não precisa estar.
Abafa um protesto com um sorriso, uma agonia com uma gargalhada, um estertor com uma praga. Sê polido, meu amigo. Encobre a raiva sob o riso, e o riso sob o pesar.
Quem condena o suicídio? A Igreja? Mas a Igreja pode lá condenar alguém? A vida é uma infâmia. Para que viver? E esta pergunta, cem vezes repetida, nunca encontrou resposta. Que somos nós? Lama nascida da lama e que em lama se tornará. Nada sabemos e nada podemos. Todo o esforço é inútil, toda a dedicação perdida.
A massa gordurosa que agora se dissolve na terra sob o ataúde é superior ao conjunto químico pensante que ali foi colocado após a transformação chamada morte, tal qual a areia está um passo à frente do bloco de quartzo, rumo ao quase Nada.
Somos um incidente num mundo uniforme. Acreditamos que nosso desgovernado cérebro é um complemento que nos distingue em superioridade, quando em verdade nos condena à constante angústia de nos situarmos no Universo em meio a outras formas já estabilizadas e tranquilas.
Ninguém conhece o mundo totalmente, muitas pessoas pensam que conhecem, mas estão enganadas! Nós não temos certeza de muitas coisas no Universo, mas o ser humano precisa de fatos, para que possam viver e respirar aliviados pois acham que têm Razão absoluta perante o que chamamos de vida! No final das contas somos apenas sonhadores a espera do inevitável, a espera da morte!
A verdade é que sempre haverá espinhos,encontros,desencontros,despedidas...
Mas querido(a),se for verdadeiro,nem mesmo a morte há de nos separar!!
Se ao morrer todo humano pudesse levar sua fortuna; adquirida muitas vezes de forma corrupta, de forma ilegal, o céu ou inferno, estaria abarrotado de dinheiro sujo.
Somos tão hipócritas, vivemos em um mundo tão bom como esse mas todos estamos sujeitos a criticar , Deus nunca nos julgou por nada desde dos nossos nascimentos e nem no dia de nossa morte por que precisamos criticar?