Poemas de Morte

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A morte é beijo da boca sepultura: procura proceder bem, corta um farrapo de uma boa acção durante a rugidora noite, e este será o teu sudário no seio da terra. A morte é a exaltação da verdade.

Quero tudo pois nada é bom demais para a minha morte que é a minha vida tão eterna que hoje mesmo ela já existe e já é.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica Primavera ao correr da máquina.

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Uma vitória louca, uma vitória doente. Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor.

Inserida por jubsleu

Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona.

Inserida por nataliamusotto

Vida e morte foram minhas, e eu fui monstruosa. Minha coragem foi a de um sonâmbulo que simplesmente vai. Durante as horas de perdição tive a coragem de não compor nem organizar. E sobretudo a de não prever. Até então eu não tivera a coragem de me deixar guiar pelo que não conheço e em direção ao que não conheço: minhas previsões condicionavam de antemão o que eu veria. Não eram as antevisões da visão: já tinham o tamanho de meus cuidados. Minhas previsões me fechavam o mundo.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por natxalinha

Eu trocaria uma eternidade de depois da morte pela eternidade enquanto estou viva.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica A fome.

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Inserida por thaseries

A vida é tão contínua que nós a dividimos em etapas, e a uma delas chamamos de morte. Eu sempre estivera em vida, pouco importa que não eu propriamente dita, não isso a que convencionei chamar de eu. Sempre estive em vida.

Clarice Lispector
A Paixão Segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por natxalinha

Sentou-se para descansar e em breve fazia de conta que ela era uma mulher azul porque o crepúsculo mais tarde talvez fosse azul, faz de conta que fiava com fios de ouro as sensações, faz de conta que a infância era hoje e prateada de brinquedos, faz de conta que uma veia não se abrira e faz de conta que que dela não estava em silêncio alvíssimo escorrendo sangue escarlate, e que ela não estivesse pálida de morte mas isso fazia de conta que estava mesmo de verdade, precisava no meio do faz de conta falar a verdade de pedra opaca para que contrastasse com o faz de conta verde-cintilante, faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não precisava morrer de saudade, faz de conta que estava deitada na palma transparente da mão de Deus, (...) faz de conta que vivia e não que estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte, faz de conta que ela não ficava de braços caídos de perplexidade quando os fios de ouro que fiava se embaraçavam e ela não sabia desfazer o fino fio frio, faz de conta que ela era sábia bastante para desfazer os nós de corda de marinheiro que lhe atavam os pulsos, faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua pois ela era lunar, faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos de gratidão, faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta, faz de conta que se descontraía o peito e uma luz douradíssima e leve a guiava por uma floresta de açudes mudos e de tranquilas mortalidades, faz de conta que ela não era lunar, faz de conta que ela não estava chorando por dentro (...)

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Morre lentamente quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "A Morte Devagar", publicada por Martha Medeiros no dia 1 de novembro de 2000. Muitos vezes é equivocadamente atribuída a Pablo Neruda.

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Um dia vou morrer, afinal todos irão morrer, vão me enterrar, um fazendeiro muito louco vai me adubar e me transformar em um lindo pé de maconha. Só assim poderei saber que, mesmo depois de morta, continuarei fazendo sua cabeça!

Desconhecido

Nota: A autoria costuma ser atribuída a Bob Marley, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

"Vejam so que maravilha! A capoeira éuma Arte Magica, sem limites e sem fronteiras. A Capoeira é uma prova viva de que ela é para todos, so que nem todos é para a Capoeira. O Menino é bom Vamos bater palmas para ele. Hoje mesmo uma aluna me comentou, é Mestre o Senhor nunca fica doente e nem pode, e eu em seguida lhe respondi, obrigado pela observação mais a minha vida é assim mesmo que por sorte e as bênçãos que recebo eu consigo me manter de pé e saudável. Salve a Capoeira!

Inserida por mestre_val_boa_morte

"Por que você estar se queixando? Permita que a Capoeira e a vida atuem sobre você e eu prometo que isso lhe fará coisas boas, primeiro confie em si mesmo e segundo tente.

Inserida por mestre_val_boa_morte

Todo mundo sabe o que fazer. Que roupas usar. As bandas que gostam. Quem são. Quem querem ser. E eu sou a única obrigada a fingir.

Inserida por pensador

Um dia, também vou ser uma garota autoconfiante e ousada que não dá a mínima para o que os pais pensam.

Inserida por pensador

A cada dia que passa, o mundo fica mais nítido. Mais barulhento. E hoje… quando acho que já está complicado, eu esbarro em você.

Inserida por pensador

Você não é meu primeiro amor. Nem o segundo. Mas esse parece diferente. Mais intenso. Como se eu soubesse que ficaremos juntas.

Inserida por pensador

É bobo, mas quando você navega pela minha cabeça assim, o resto desaparece. De alguma forma, uma hora passa em cinco minutos.

Inserida por pensador

Só há três regras para ser um grande caçador. Mantenha a cabeça levantada. Esteja preparada para qualquer coisa. E sempre termine o que começar.

Inserida por pensador

⁠Muitas pessoas dizem estar preparadas para a morte, que não tem medo dela, mas pode ter certeza, ninguém está preparado para lidar com a morte.
Você só aceita a morte quando você está longe dela, quando ela está na sua frente você sempre lutará para não morrer.

Inserida por Ruimigueltrindade

Se criar trocadilhos fosse uma modalidade olímpica, meu marido seria medalhista.

Inserida por pensador