Poemas de Morte

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Fim

⁠Nossos pensamentos são uma areia movediça
Quanto mais pensamos, mais nos afundamos
Os pensamentos não fim
Nada disso tem fim
Nunca tem um fim
Continuamos vivendo e vivendo
Até a morte chegar
E quando ela chega, achamos que é o fim
Mas o fim não existe

Inserida por Nymos

O tempo não apaga
Uma alma que respira
Mas sim a emoção
Que chora no céu
Toda a eternidade.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

SIGO

Sigo a areia que corre
Com pressa na ampulheta
Dos passos dados ao vento
Entre a brisa que bate na face
De suspirados silêncios
No tempo em que vive esquecido
E que me olha com a verocidade
É na espuma da areia que a alma
Chora em silêncio na água
Do calor sentido no teu corpo
Sigo as rochas entre a praia
Deste meu desejado silêncio
Feito pela espuma do meu mar
Memórias de ti, simplesmente em mim.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

DE QUE ME SERVEM

De que me servem as camélias
Se me faltas como o ar
Que tento respirar
E não me deixa sonhar
A vida é uma cruz de espinhos
Feridas abertas que sangram
Espinhos que se cravam na alma
Nesta dura vida sofro só, a sós
Sinto-me um fantasma
Nestas lágrimas soltas de sal
Temperadas de saudade
Na cruz que carrego todas
As noites neste meu desfadado
De triste quimera miragem solta
De espinhos cravados em mim
De que me servem as camélias sem amor.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

SOU

Sou uma negra cruz na serra
Onde o luar reflete escuridão
Um triste espirito que murmura
Sou um dubia luz na fraga escondida
Uma triste noite que bate no monte
Sou um espectro fugindo do carcel
Uma sombra escura perdida na serra
Do silencio lúgubre que esta minha alma
No luto de falecias que vive em mim
Sou as lágrimas que choro ser querer
No incenso branco na névoa escura
Passo as noites em claro sem conseguir dormir
Penumbra que desvanece no frio do corpo
São os vultos que desmaiam no crepusculo
Sou um rochedo esquecido no mar
Uma mortalha ferida dos cânticos das sereias
Sou um fantasma num corpo morto
Desfeito na encosta pelos verdes lameiros
Sou talvez a velha esperança de alguém
No seu leito de morte em sofrimento
Sou uma tremula lágrima vertida na cruz
De uma fé que me faz subir a serra na escuridão.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Respiro no silêncio
Sussurrando na brisa do tempo
Nas palavras que respiram ao vento.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

NESTA NOITE

Nesta noite de insónia tento escrever
Mas não consigo será desatino ou não
Ânsia que me aflige nas memórias
De um passado tão presente
Onde habitam os meus fantasmas
Embriago-me nesta solidão nostálgica
Perco-me em sussurros na vastidão da mente
Regresso ao silêncio das manhãs eternas
Rasga as rochas enfurecidas pelos ventos
Atravesso montanhas, serras em fúria
Mergulho as dores nas geladas águas deste mar
Sonho os retalhos da solidão do tempo
Das saudades dos intensos momentos vividos
Na mais profunda ilusão desta noite de insónia.
ღღ

Inserida por Sentimentos-Poeticos

SOU UM LOBO

Sou como um lobo solitário
Que precisa de amor
Nas noites de lua cheia
Que grita de saudade
Como se não houvesse
Noite nem dia
Ouve-se o vento,a gemer de paixão
O orvalho da noite
Que refresca o teu corpo quente
Nesta noite de luar e só tu para amar
Do outro lado da montanha
Os uivos são o choro do Lobo solitário

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Cuidado
Com o que leva
Para casa veja bem
Se não é um lobo
Na pele de um cordeiro
Que trás para a sua casa?

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Prefiro caminhar
Pelas sombras escuras da serra
Entre as labaredas de cinzas
Com os lobos, do que caminhar
Por vales, lameiros, campos
Ao lado de falsos cordeiros.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

NÃO

Não morri ontem, hoje
Mas posso morrer amanhã
Morri com as palavras
De trapos velhos, rotos
Dos que se desfizeram de mim
Sem respirar, sendo sufocada
Morri vestida de negro
Como leitor ou escritor
Que já viveu, morreu muitas vezes
Naquele dia em que eu morri
O meu corpo queria estar
Envolto no teu corpo
Suado, quente, amarrotado
Morri de amor, de desejo
Mas também pequei, rezei
Só morri quando te perdi.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Sei de mim nestes confins
Da minha alma em mutação
Pelas estradas do sentimento
Com medo de me perder

Inserida por Sentimentos-Poeticos

SOMBRA

Sombra que alberga os mortos
Que sozinhos se encontram
Nas páginas escritas do velho livro
Nos sonhos que enfeitam os vivos
Pedras geladas de tantos tormentos
Delirios do mar por se encontrar em terra
Nos cravos perfumados de rosas
A minha alma é um cadáver
Onde pesa-me a dor que sinto no peito
Na lama onde me deito nu
Com as saudades de quem quer estar vivo
Pedras, lama, barro, sombra perfumada
Num belo sonho dos mortos
Sombra perdida deste mundo
Porque dos vivos nada sei nem quero saber.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

QUE ME MATE

Que me mate este amor clandestino
Que me mate a dor dos gemidos
Que me me mate esta fome sentida
Que me mate a dor da navalha
Que me mate os silêncios sentidos
Que me mate o fel da tua boca
Que me mate as pedras frias da rua
Que me mate a tua indiferença
Que me mate o canto dos pássaros
Que me mate a falta de coragem
Que me mate esta cobardia na alma
Que me mate este destino de morte
Que me mate a cruz pesada que carrego
Que me mate esta chuva que molha o rosto.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

BEBO DESTE MAR

Bebo deste mar salgada água
Para não me afogar deste veneno
Que a vida me dá, trazendo-me a poesia
Na alma dilacerada no peito pelos desígnios
Inventados pelas almas que gritam
Na indistinta e confusa mente de cada um
Onde engole o sal na penumbra, consciência
Do que somos ou seremos neste mundo
De veneno, de desassossego, de inquietação
Dói-me qualquer sentimento que desconheço
Escrevo estas linhas, dou-me por insatisfeito
Pelo cansaço de todas as minhas ilusões vividas
Pois perco a razão, o pensamento desta minha
Doente mente sem vergonha de não ser intelectual
No corpo como uma forte náusea no estômago

Inserida por Sentimentos-Poeticos

AMO O DIA 🌺

Amo o dia, odeio a noite
Sigo as sombras que me cercam
Neste desespero que me consome
Quando desço os sublimes montes
Porque o meu seio é de vazias ilusões
Do meu manto escuro na serra
Nas plantas que planto nos areais extensos
De finos espinhos que me rasgam os pés
Sarcasmo feitos de escárnios em desventuras
Névoas entre a serra de suave neblina
Que a minha alma cansa só de olhar
Na brilhante valquíria das brumas do norte
Entre os clamores de fria morte
Da minha pobre alma que congela só de pensar.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

PARIDA TERRA 🌹

Parida terra onde ficam as palavras
Vazias de sonhos que se esfumaçam
Entre as dunas suspensas de sombras
Dos olhos que ofuscam a beleza da luz
Parida sofrida ventre rasgado de dor
Jardim seco de velhas rosas do fascínio
Rio subterrâneo no deserto de assimetrias
Pelo descanso de não querer existir sozinho
Deserto lágrimas colhidas em coloridas cores
Espectros de raízes no agreste ventre meu
Despido de morte entre os fortes ventos
Inesgotável terra paisagem de perfumada saudade
Que envelhece enchendo-se de coragem
Na parida terra 🌹

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Se alguém te perguntar por mim
Diz-lhes que fui arrastada
Por um sopro de vento
Que me sepultei sem nome
Sem lápide ou ainda sem flor.
(...)

Inserida por Sentimentos-Poeticos

QUANDO PARTIR

Quando partir serei
Um ser delicioso
Talvez um verme
Um pouco de nada
Invisível na poeira
Uma folha seca levada
Pelas águas que correm
Com força para o mar
Um misterioso sentido
Já esquecido de alguém
Um amoroso sentimento
Onde foi enterrado
No meu longo repouso.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

CARREGO

Carrego no corpo todas as dores
Possíveis deste mundo cruel
Escrevo versos para repousar
A minha amargura no desassossego
Das minhas noites mal dormidas
Neste cansaço mental
Onde o colchão me faz doer
As costas ferozmente
Sonho sem asas que me faz cair
Entre a morte sentida ou desejada
Quem sabe se não é este ópio
Agarrado ao corpo
Tu és o meu anjo a minha cruz
Nestas noites de chuva escrevo
Sem esperança duma noite bem dormida.

Inserida por Sentimentos-Poeticos