Poemas de Morte

Cerca de 13333 poemas de Morte

É racional e bela a natureza,
Dá vida pela água e pelo ar,
Frutos e flores dotados de beleza,
Para o homem inclusive se sustentar.

A natureza na sua amplitude,
A todo custo ao rio protegia.
Por si só ela tem atitude,
É incontestável sua soberania..

Há anos que o rio agonizava,
Pedia socorro e ninguém ouvia ,
Massacravam o leito por onde passavam,
Pela ganância, o rio estremecia.

Somente a pensar, o homem no lucro
Trouxe tragédias, muitas vidas a matar.
Confessando a culpa no sepulcro,
Confessando a culpa sem se culpar.

Nosso rio doce não é mais de mel,
Mataram a vida que nele havia,
Tornou-se amargo em forma de fel,
Hoje só lama, que triste agonia!...

Inserida por GERALDOQUINTAO

O Sol morreu e com ele os dias futuros, agora ninguém tem mais tempo, ninguém mais faz aniversário, ninguém apaga uma vela, e todo mundo agora espera a Terra sem órbita conhecida pra outra estrela se aproximar.
O Sol morreu e os girassóis deitam, as pessoas dormem sem querer, as praias estão vazias, o ouro não vale tanto.
O Sol morreu e agora todo mundo é branco por fora e negro por dentro, e o mar está de luto.

Inserida por AZEVEDODouglas

Todos querem renascer, mas ninguém quer morrer.
Deixar morrer o velho homem é edificar nova morada em solo limpo.
É abrir a mão para poder tocar o universo.
É transcender o estar e morar no ser.

Inserida por MatheusBorella

NOVELO DA VIDA
(Bartolomeu Assis Souza)

Em meu deserto solitário
Em meu profundo cansaço
Nesta travessia sem fronteiras
Em léguas longínquas
O novelo da vida esvai-se
E a vida é o desejo
Que se desenrola...
Até o fim...
A morte é o fim do novelo...
E ao morrer vou para bem longe...
Onde jamais irão encontrar-me...

Inserida por bmdfbas

Aquele que vai
Não sabe o por quê
Sai do jogo sem poder olhar para trás.

O que fica
Já não sabe
Mas finge que não vai
Pois, se fingisse saber
Jamais viveria.§

Inserida por geradotinoco

Aventureiro perdido como é confuso o amor
Se entregou mas só tristeza levou
Amou mas iludido ficou
Realmente e infelizmente acreditou
Aventureiro perdido o amor o abandonou
A tristeza o abraçou
A solidão lhe falou "não negues que está á sós podemos fazer melhor"
Aventureiro perdido se perguntou
Aonde está o amor !?
Ele nunca o encontrou mas sempre o desejou
O tempo passou a depressão se juntou e o agarrou
Ele deixou...
Então a morte lhe encarou e sorriu
O aventureiro perdido foi seduzido
Se entregou... Infelizmente e novamente acreditou
A morte lhe beijou e ao mesmo tempo o levou.

Inserida por NathanRibeiroCarvalh

Sinal Fechado

A cor rubra anuncia a hora do espetáculo
O artista mal respira e corre para a frente do palco
E o show de malabarismo começa imediatamente
Esforçadamente ele tenta agradar à plateia indiferente.

Mal tem tempo de respirar e lá vem ele
Em nossas direções garimpar o ingresso após o espetáculo
Janelas se fecham e mal lhe dão um olhar
Ele estende as mãos e recebe rostos virados automaticamente.

Mas não desiste, antes que o sinal fique verde
Ele se aventura entre os veículos com as laranjas nas mãos
E fatalmente é atropelado e mal tem o direito de falecer.
Reclamam e buzinam os motoristas apressados no engarrafamento.

O malabarista, oh Deus, era apenas uma criança de sete anos que foi ao seu encontro.

Inserida por ProfessorEdson

Acordando pela manhã.

Aquele desanimo que domina, sensação de cabeça leve,
Não quero levantar da cama, nem que em Floripa caia neve,
O céu já não parece mais azul, tudo opaco, tudo cinza,
A alegria já não existe, o sorriso virou um rosto ranzinza.

Um aperto no peito, até chega a ser sufocante,
Uma preocupação a todo momento, a todo instante,
Sensação de choques pelo corpo, sempre de forma intensa,
Quando o corpo não esta bem, a mente nem pensa.

O sol na rua brilhando e meu dia parece nublado,
Já não reconheço o caminho, pareço um cachorro assustado,
Em cima da cômoda, remédios jogados de qualquer jeito,
A cada cigarro que acendo é um trago pro peito.

Sentimento que nada mais vai dar certo.
Prefiro a solidão do meu quarto, não quero ninguém perto,
Terei um fim, será que tenho essa sorte?
Ou a única solução esta na morte?

Inserida por bruninhopsj

A senhora na janela

O dia já passou, não há mais o que fazer
A senhora se debruça na janela
Cabelos brancos e a pele enrrugada denunciam sua idade
Roupas desgastadas denunciam sua simplicidade
Olha o horizonte, como se pudesse ver algo a mais
Muito mais do que apenas o sol se esvaindo
Olha as crianças brincando, perde-se em seu pensamento
Assim como o sol, nasceu, foi jovem como as crianças
Assim que o sol se põe, sua vida vai junto, mas antes, abre um belo sorriso....

Inserida por professormariocelio

Decocção de areia
Não sei o que sou, só sei quem sou
Pulo em um mar, navego
Seco o mar esta e dentro dele uma planta morta tem
Para o fundo da areia a planta vai
Aquece e se torna uma rocha
Que com o tempo se desgasta e vira pó
Em meio aos pós há um brilho
Se desfaz feito fogo ateado na folha
E o pó com um vento se desfaz como cinzas da folha
O mar seco com areia se torna rochoso
Tudo o que tinha de vivo morreu
No céu não tem nem azul nem nuvens
No céu que reflete o mar vejo meu reflexo
Em um piscar de olhos desapareceu, junto com o sol que se esfria e cai
Suas cinzas desaparecem nas rochas que já foram água
Já sei o que sou, não sei quem sou.

Inserida por DavidGismenes

Foi assim que eu escrevi
Sem pensar no amor
Fluí mas não sobrevivi
Ao amor que estava ali,
Fluí... fluí... Morri.

Inserida por QM5hdMxMZD

VIDA

A viola e o caipira,
Uma viola caipira.
A guitarra e o roqueiro,
Faísca de isqueiro.
A sorte e a morte,
Uma faca que corte.
Há honra, ira
E o corpo que irá.

Inserida por RubensAlan

Deito todas as noites com vontade de não acordar mais
Se Deus me ouvisse e arrancasse de mim essa raiva, essa dor, essa dúvida...
Talvez eu ainda não saiba o valor de ser eu mesma...
E part'ir seria a melhor solução
Ir embora...dormir...dormir...dormir deixar pra trás tudo q doi..

Inserida por Danicarvalho4015

A ÚLTIMA VEZ QUE MORRI POR AMOR!

O coração palpitava forte! Mesmo assim sentia no ar o cheiro da morte! O músculo cardíaco já estava cansado, suas sístoles e diástoles se cessaram! Por que você foi embora? O coração parou e foi essa a última vez que morri por amor!

Inserida por JUNIORFERINHA

Diante do entretanto,
Espreito as formas.
Estampada sob sentido,
Percebida da não salvação.
Mais aflige que esmorece,
Afugenta e tudo é vivo.
Na rotineira selvageria,
Isento de predicado.
Onde sempre comparado,
Doravante, derribado.
Insuperável condição a existência,
Nessa escassez de pormenores.
De ignorante espírito espontâneo
Infindável iniquidades sem nomes.
Movendo, sedento,
Desentendido de quê?
De fato, guarnecem,
Lacunas do existir.
Diante do entretanto,
As pupilas são porta d´alma.
Não há luz noutro recanto,
Cotidiano, espanto.
A mover-se pelo pranto,
Descompasso o coração.
Desventura no caminho,
De um filho sem irmão.

Diante do entretanto,
Diante...,
A vida passa sem mágoas,
Diante dos próprios olhos.

Inserida por rafaeloleme

ELA...
Amava a noite, pois era o símbolo da solidão;
Amava o pôr do sol, pois apesar de parecer triste, no outro dia se mostrava poderoso;
Amava fotografia, pois se encantava com a forma que ela eternizava cada momento;
Amava a clima, pois mesmo quando fria era linda;
Amava a água que caía das cachoeiras, pois mesmo com quedas tão altas nunca deixou de percorrer seu caminho. Ela amava muitas coisas.
Tinha medo das pessoas, pois como ela estas sorriam sem vontade;
Tinha medo do vento, pois este vinha e sumia num instante;
Tinha medo de palhaços, pois esses se diminuíam para ver o riso de sua plateia;
Tinha medo dos pássaros pois esses sempre partiam para longe todos os verões.
Tinha medo do mar, pois seu mistério lembrava a ela mesma. Ela tinha muitos medos, ela...morreu.
Mas ela não tinha medo da morte? Tinha.

Inserida por LuahSouza

FILA (Bartolomeu Assis Souza)

Estou numa fila
Com uma senha
Invisível, obscura...
Sem saber a hora
Da minha morte...
A qualquer hora posso
Ser chamado...
Senha número.....

Inserida por bmdfbas

Eu quero ir embora!
Embora daqui
Embora de mim
Ir embora, embora não saiba para onde
Apenas não quero mais ficar
Aqui não é meu lugar
Minha alma quer sair, não sei se para um lugar físico ou metafísico.
Só quero ir embora daqui!

Inserida por PriscilaMedeiros

ILUSÕES DO COTIDIANO

"O que os olhos consentem em alarde
Nossa mente insisti em fazer
Sempre e sempre a calar-se
O que sem razão insisti em dizer.

Que dos embrulhos que a vida nos trás
A surpresa está no entender:
Sou desmerecido do presente
Ou do passado pertence o meu ser?

O que os olhos insistem em mostrar
Nosso consciente se contorce sozinho
O que parece é
O que não é, é só um pouquinho.

Inserida por KelviKlaine

POEIRAS DE MIM

"Oh, poeiras de mim
Se desvais do meu corpo
E me deixas assim.

Oh, brilho de mim
Se apagas de meu corpo
Me desmorono daqui.

Oh, grãos solitários, Caim
Sozinho vagas a pé
Meros fragmentos de mim.

Vais, resto, perdi!
Partes numa penugem só
Sobram ruínas apenas, resumidas a pó.

Fico, agora poeira sou
Pertenço ás paredes e ao chão
Me desfaço num só voo.

Vou-me, enfim, oh
De lembranças serei eterno
Mas de saudades morro só.

Inserida por KelviKlaine