Poemas de Morte

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(MORRER)

Morrer é viajar pra um destino oculto, sem saber se é perto ou longe; se é bom ou ruím
Morrer é se ausentar da presença dos que ama, deixando a saudade no lugar
Morrer é conseguir livrar-se de uma vida pautada pela dor e o sofrimento
Ou talvez;
Morrer é pegar os amigos e entes queridos de surpresa, enchendo-os de perguntas sem respostas e angústia infinda
Morrer é ser obrigado a interromper projetos e planos programados durante toda vida
Morrer é levar filhos a aprenderem a viver sem aquele carinho e proteção
Morrer é fazer com que aqueles que ficaram descubram o quanto são fortes e quanto a dor é capaz de lhes enriquecer na fé
Morrer é devolver a Deus o fôlego que lhe foi concedido, até agora.

Inserida por EduardoAques

Que pena eu tenho das flores,
Em meio a tantas dores,
Até pra ser flores devem ter sorte.
Só elas tem perfumes por isso, convencidas
Só que umas nascem para enfeitar a vida,
E outras para acompanhar a morte.

Inserida por wilianneri

Reclamar da lentidão das horas,
É perca de tempo, é falta de sorte,
É subtrair a vida, é deixar de ser vivida,
É se apressar na contra mão da morte.

Inserida por wilianneri

Pessoas queridas não morrem, não partem, não se perdem, não vão para longe e não nos esquecem;

Apenas ultrapassam barreiras invisíveis para uma vida de luz, mais ampla, livre e serena.

Onde apesar de invisíveis aos nossos olhos, não nos deixam e continuam nos amando e zelando por nós.
Autora: Helda Almeida (10.05.2016)

Inserida por SUN3RISE

reflexão em demasia
intenso ou
apático
doces tragos de cigarro
doses longas de agunia
fortes precipitações na face do lunático (a)
ambulante metamorfose
escárnio, em revés indesejado
deus de mim mesmo sigo em desarmonia
em equilíbrio com o desequilíbrio
à vida, sou entusiasta, explosão vital, por essência, dramático
à morte, sou frio, gélido...
antártico

quando penso sobre, passou
já é pretérito
no ato!

quando almejo ser, já sou
mesmo que ainda não seja, de fato

e tudo muda em fração de segundo
qual o papel que tenho neste mundo?
- quem souber, diga-me!
o que me tornarei no futuro-passado?
pois faça sua aposta. jogue teus dados.
nesse instante já não mais serei tal idealização.
serei outra forma!
fria, talvez quente, outrora morna
mas a qual vc provável não obterá completa compreensão...
jamais arcaico
sempre à frente
ferro ardente de minha auto reconstrução
agente inconsequente de minha auto destruição

eu sou

Inserida por Brunnex013

“As crianças sabem que a vida é marcada por perdas. As pessoas morrem, partem. Partindo, devem sentir saudades — porque a vida é tão boa! Por isso, o que nos resta fazer é abraçar o que amamos enquanto a bolha não estoura”.

(extraído do jornal "Correio Popular", de Campinas (SP))

Inserida por portalraizes

Todos chegaremos em um último dia, mas ninguém é consciente desta data, e nem o que será após.
Por isso, não seja tão passivo(a) diante do tempo, e nem guarde o seu melhor para depois. Diga aos seres queridos, o quanto que os ama. Não só diga, mas faça-lhes sentir.
Porque o grau de saudade e as lembranças que vais deixar na terra, é o que irá definir - justamente - se a sua história em vida valeu a pena, ou não!

Inserida por marachan

"Aquele que, em vez de se perder em discussões ociosas, empreende sistemáticas e aprofundadas pesquisas dos fenômenos metapsíquicos e nelas persevera por muitos anos, acumulando imenso material de casos e
aplicando-lhe o método das investigações científicas, há de infalivelmente ficar convencido de que os fenômenos metapsíquicos constituem admirável
coletânea de provas, todas convergindo para um centro: a demonstração rigorosamente
científica da existência e da sobrevivência do espírito.
Esta é a minha convicção inabalável e nutro a esperança de que o tempo
se encarregará de demonstrar que tenho razão."

Inserida por alexfio

"Não se ofende um sábio chamando-o de vagabundo"
Ou
"Nunca um sábio se ofendeu por ter sido chamado, vagabundo"

Inserida por hidramaster

Crônica do Ratinho

Cresci assistindo, os salvadores, Bernardo e Bianca. O Topo Gigio era meu amigo. Chorei com Fievel, quando ele se perdeu e vibrei quando, finalmente, encontrou sua família. Adotei, também, o Stuart Little. Corria com o Ligeirinho. Sempre torcia pro Jerry, embora gostasse do Tom.
Meu super herói? Supermouse. Planejei dominar o mundo com Pink e Cérebro.
Quem não queria um amigo como o Timóteo? Sentia inveja do Dumbo.
E a Cinderella? Cuidava de seus amigos como ninguém; costurava, alimentava, protegia e cantava para eles.
Rémy, doce Rémy. Me fez entender o mundo da culinária. Me fez acreditar que poderia cozinhar, me fez querer comer Ratatuille.
Quem não conhece o Mickey Mouse? E a Minnie? Que garota não queria usar aquele laço na cabeça? Hein?!
E, hoje, estava lá, o corpo estirado, daquele que poderia ser um cozinheiro, ou detetive, ou um mago, ou, se tivesse chance, nosso super herói.
Foi-se a fantasia e o drama se instalou.
Superar, Papai Noel, foi fácil, não encontrei ele morto, não precisei ser mandante do seu assassinato.
Crescer, às vezes, é muito cruel.
Num dia você está sentada, vendo seu ratinho preferido e comendo pipoca; no outro, você está vivendo, como num filme de terror, com um rato de verdade, morto de verdade; muitos gritos e ranger de dentes.
Não me restou outra opção, a não ser: Pedir perdão aos deuses da fantasia, cobrir os olhos da minha menininha interna e seguir velando, de cima da cadeira, o pobre cadáver morto, mortinho da silva.

Inserida por meianoite57

NÃO ME DÊ FLORES!

Não me dê flores quando não poderei sentir mais o cheiro delas;
Dê-me presentes, simples, até nem comprados mas que signifique!

Não faça mensagens para a minha missa de sétimo dia,
Me mande um SMS, um Whatsapp, me ligue, me chame ou vá me visitar...
Me diga o que tem que dizer agora, enquanto ouso e posso retribuir!

Não chore em meu velório e nem tão pouco ria nele...
Quer chorar? Que seja comigo, com as dores suas ou minhas...
Quer rir? Que seja de mim ou comigo, mas de algo que vire história...

Não diga com meu corpo presente: Ele era bom, amigo, tão inteligente...
Não sou tão bom, também tem gente que não é meu amigo, e sei muito que pouco sei...

Quer me ver sendo bom? Vem comigo agora e me ajude a ser melhor...
Quer dizer que sou amigo? Venha hoje fazer jus a isso, dia a dia...
Quer dizer que sou inteligente? Me pergunte, me faça duvidar e me ensine...

E assim, quando tiveres diante de minha morada temporária, sim porquê a ressurreição existe!

Quando estiveres assim e me olhar, branquelo, a boca já azul, como se estivesse dormindo...

Dirás calmo: pode ir, que soubemos aproveitar o que pudemos juntos...

E te dou certeza, que sentirão paz, porquê continuarei presente em cada palavra ou gesto, música ou arquitetura etc. que me lembre!

Aproveitemos, e façamos a única coisa que Jesus fez e pediu-nos parar fazer como Ele!

Amar! Uns aos outros!

Inserida por JOAOPEDROMOURA

Motorista Suicida

Caro suicida.

Peço gentilmente que morra calado
Pois os teus gritos são culpados
Pelas noites em que eu fico acordado.

De vez em quando no meu quarto eu ouço um barulho.
De derrapadas violentas que acontecem na Getúlio
E eu ouço, sim, eu ouço
Um suspiro de alivio seguido de um murmúrio.

“Graças a Deus, essa foi quase”.

Quase meu amigo? Acorda pra vida
Se matasse outro homem
Iria preso como homicida.
Isso se saísse vivo, da estupida batida.

Fume, beba, divirta-se a vontade.
Mas se for dirigir, por favor tenha certeza
Pois a ciência já provou que não se dirige
Depois de tomar muita cerveja.

E todos que tentaram falharam
Você não é diferente
Então não cometa loucuras
Provocando tais acidentes.

Agradecimentos prévios
Do apartamento 205.

Inserida por BrenoBarbosa

Para morrer basta estar vivo.

Há dias em que morrem mais notáveis do que em outros.
Essa semana foram vários nomes expressivos.
A notícia aparece primeiro na internet, depois na TV, nos jornais e logo depois nas revistas semanais e mensais.
Se forem artistas, suas pinturas e esculturas sobem de valor e se forem escritores, músicos e cantores seus livros e discos somem das prateleiras, logo aparecendo as edições especiais, comemorativas da vida, da obra e morte do famoso.
O assunto logo é esquecido pela mídia voraz que vive de assunto vivo e mortes recentes e se o famoso for muito famoso, poderá ser lembrado depois de um ano, depois de cinco, dez e algumas vezes tem sido comemorado o centenário da morte de alguns deles.
Há uns poucos pobres, incultos e miseráveis que quando morrem são assunto e manchete.
Moradores de rua esfaqueados e bandidos são manchete, mas para eles não há lembrança que dure mais do que a do jornal diário, num prova inequívoca que a igualdade entre os homens é pura balela e que nem todos são, nem nunca serão iguais, a não ser perante a Justiça Divina, que iguala na morte o que nunca foi igual em vida.
Pouco sabemos do prêmio ou do castigo que nos espera, mas há os que garantem que o inferno de uns é aqui e agora.

Inserida por marinhoguzman

Às vezes parece que morri dentro de mim, pois eu já não me sinto mais eu, já não me reconheço mais. Quando olho o reflexo no espelho já não sou mais eu ali, não sei como pode alguém ainda vivo morrer em si e dentro de si, e torna-se prisioneiro nessa capa que se chama corpo.
O que será que se passa comigo, afinal não sou eu mesmo aquele iceberg todo de certezas e razoes, razoes essas que desconhece impugnações, que se mantém a salvo das muitas criticas e de repente (boom) mais uma bomba explodiu no meu inóspito e esmo campo minado que tem sido a minha vida.
Parece que bebi do cálice perdido, sim aquele mesmo que escorria nos maliciosos e misteriosos lábios da morte. Não posso aceitar que de uma hora pra eu já não consiga reconhecer esse sujeito que habita o meu ser, e ser mais é o que sempre quis.

Inserida por leolimapojuca

Amor

Foi inevitável
Quem me dera pudesse fugir
Não pude. Não posso, não poderei jamais
Cessar o rio caudaloso que deságua na minha alma
Revoltoso. Tempestuoso qual paixão
Só tal, pois qual não é
Arrasta-se pelo tempo desde o início
Imortal.
Então amor
Porém, fatal
Não cessará a chama devoradora
Arrebatadora que só faz aumentar
Vilão que me consome
Tira meu chão e me joga à deriva
Sem piedade
Tragando-me a eternidade
E tudo o que vejo e percebo
Não vai além de você.
Meu Universo
Meu motivo.
Minha vida, minha morte
Minha sina e minha sorte.

Inserida por elenimariana

Fio de cabelo branco



Uma noite dessas, já quase passando das tantas... e meio borracho, arranhei a garganta tentando pigarrear uma palavra qualquer. Num relance, enquanto olhava no espelho do banheiro, vi meu semblante roto refletido feito vidro partido, meio distorcido, talvez pelo sono que me acometia àquela hora.

E mesmo que tentasse fixar o olhar na imagem não via surpresas, só conseguia enxergar minha insuportável silhueta de sempre, igual a sempre.
Lá fora, um frio insuportável! Aqui dentro, um friozinho gostoso... Se esquivando pelas frestas da janela, tentando incomodar.

Ainda de front ao espelho vi meu rosto, meio choco, parecendo querer desandar. As muitas linhas emprestadas pelo tempo emolduravam-no, formando uma expressão esteticamente impressionante, quase arte. Se fosse uma vanguarda, seria Expressionista.

Aquelas formas singulares, aqueles traços ousados, aquele fio de cabelo branco... Aquele fio de cabelo, branco? Em minha opinião, quase uma instalação contemporânea, tamanho meu espanto. Era tudo que tinha de diferente na minha face naquele dia, naquela noite, há anos.

Já se passava em muito da meia noite quando me deitei. Ainda pensava naquele fio de cabelo branco que trazia na face, talvez um disfarce do tempo para encobrir os meus tantos lamentos durante toda a vida. Talvez uma lágrima solitária derramada e petrificada ali, no canto esquerdo do rosto transformada em monumento, um totem erguido à minha maturidade.

Talvez fosse isso mesmo, talvez não!
Nunca soube o porque daquele fio de cabelo branco. Nunca tive um ciso se quer, nunca me casei, nunca tive filhos, nunca plantei uma árvore, moro com a minha mãe até hoje, deixo a cama desarrumada pra hora de deitar e provoco o cachorro só pra ver ele se zangar. Sem falar que até ontem soltava pipa e papagaio na rua feito moleque, um crianção. E agora com esse fio de cabelo branco, muda tudo! Será o fim? Será que será bom ou será que será ruim?

Inserida por JotaW

Luto
Após perder-te...
Luto pra sobreviver.
Luto para acordar.
Luto para sorrir.
Luto para dormir...
Luto todos os dias para
Continuar apesar
de tanta saudade,
de tanta ausência.
Apesar de tudo, Luto.

Inserida por suelen1985

POEMA DE MANHÃ (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)

A frágil madrugada de luz da manhã
Vacilante... Trêmula... Contraditória...
Tudo re-nasce...
Tudo nasce...
Traz consigo o destino da semente
Vencendo o medo e a morte
O que nos coube viver
Vamos viver o dia-a-dia
Sem a noção do tempo
Dia e noite...
Vida e morte...
Luta e esperança...

Inserida por bmdfbas

A VIDA É PURA ILUSÃO (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)

A vida não tem retrocesso
Não há como voltar atrás
Uma vez feito o passo, não tem volta
A vida é cíclica
Nascer, crescer, maturar e então morrer
O que vem depois é a "gosto do cliente"
Não importa sua crença, cultura, filosofia, ilusão, país, idioma, formação
A vida é pura ilusão
Senão não suportaríamos tanta besteira e canseira
Não conseguiríamos levá-la sem essas tintas ilusórias
Sem essa dose de lirismo, tudo seria chato e decepcionante...
Por isto, peço a Deus não força para caminhar
Peço-lhe "paciência" para suportar até o fim...
Amém!

Inserida por bmdfbas

Dor inédita


Estou a procura de uma dor inédita
Uma dor que não doa durante a noite
que não doa tão aguda no coração
e se doer, que seja breve
que se encerre antes mesmo de o sol nascer.

Estou em busca de uma dor que não doa tanta
e que também não provoque tanto lamento
procuro uma dor inédita, ainda não descoberta
que talvez tenha mesmo de ser inventada
tão incerta quanto a sua procura
uma dor que não provoque tontura
e se a vertigem for um de seus preceitos
que se possam pintar constelações inteiras
bem diante dos olhos rotos, tomados por sua maldade.

Procuro uma dor de verdade
não essas dorzinhas da cidade
aquelas bruscas do campo, que provocam feridas na alma
procuro uma dor inédita, dessas que só se vê em filme de horror
diante de tanto pavor sigo sem chão
chorando com a mãe que enterra seu filho adolescente
vítima das mazelas da periferia das grandes cidades.

Procuro uma dor de mãe, a beira da cova de seu filho
chorando rios de lágrimas, estraçalhada por dentro
de tanto lamento e dor comum que há por aqui
pela falta de zelo dos políticos e dos governos
por tantos enterros e perdas
por todo esse descaso com os jovens
que são condenados a morte antes mesmo de nascerem.

Procuro a cura ou um remédio qualquer
que nos livre da fúria desses imbecis
que não se doem ou sentem dor qualquer
por tanta barbárie e falta de senso
que não se lamentam ou percebem um lamento sequer
de tanta dor comum existente por aqui.

Será que de tão cegos não percebem?
Chega de lamentar por tão pouco
chega de dores comuns
se só nos resta sentir dor
então chega de dores fajutas
ficaremos só com as dores inéditas.

Inserida por JotaW