Poemas de Morte

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⁠O dia que aqui em corpo não estiver mais
saiba que em espirito sempre te acompanharei,
dentro do possível que puder e merecer.
A vida nunca acaba e estamos aqui para aprender
Sofrer, ter prazer e diferenciar o que nós faz crescer.
A vida não é satisfação e sim provação.
Temos que aproveitar o tempo aqui para evoluir
pois se não, só nos coube existir.
Meus filhos, que a mim me foram emprestados,
Busquem a evolução e não a satisfação,
pois perdi muito tempo na esperança da satisfação
e perdi muitos anos na ilusão de a satisfazer
e vi o mundo que planejei ruir,
como castelo de cartas sem nenhum rumo a seguir.
Vivam o agora e sem expectativas,
pois a vida é só o agora.
Mas se não fizermos algo do agora
Nunca teremos um amanhã diferente...

⁠Todos querem liberdade
mas quem por ela trabalha? (...)
(o humano resgate custa
pesadas carnificinas!
Quem morre, para dar a vida?
Quem quer arriscar seu sangue?)

Efemero

⁠Um dia tudo será esquecido.
Sejam bons ou ruins os momentos,
não importa quais sentimentos,
tudo flui a ser desvanecido.

Tudo isso já é conhecido.
Mas em meio a nossos tormentos,
nos perdemos em meio a lamentos,
nos martirizando a cada ocorrido.

O tempo é uma sentença implacável
nenhum revés pode se perpetuar.
Perde-se tempo com o execrável

em detrimento do que é salutar.
Rumando à fronteira do inevitável,
onde nada desse mundo iremos levar.

E se eu morrer, que seja de amor
Acho que me serve a frase clichê
Só tenho uma flecha eu não posso errar
A morte já não pode me vencer

NÃO CHORES QUANDO EU MORRER

"Quando eu morrer, não chores.
Não lamentes a minha partida!
Cheguei aqui nesta vida apenas como imigrante ilegal!
Como tal vivi desamores, provei profundamente a solidão, andei sem amigos!
Se tive alegria, não lembro! (Talvez apenas um punhado de pão, sim, fez-me sorrir).
Sonhos frustrados, não por causa de outrem,
Mas por minha incapacidade!
Quantas e quantas vezes chorei, pedindo a Deus a morte? (Inúmeras, não lembro).
Sempre andei perdido, nunca entendi o porquê de minha insignificante existência!
Tormentos, apenas isto, tormentos!
Nasci chorando, um prelúdio de toda a minha caminhada!
Trouxe-me a minha mãe em seu maldito colo como um ser efêmero,
Um ser que vai p´ra nunca mais voltar!
Tudo um dia acabará. Nada é p´ra sempre!
Quando eu morrer, não chores!
Talvez a minha morte seja p´ra mim eterna alegria!"

Nós aceitamos!
Aceitamos o último sorriso,
o último abraço,
o último beijo,
o último olhar.
Aceitamos a morte do tempo,
as perdas... enfim, aceitamos!
Todavia, não estamos preparados e por isso sofremos calados,
vivendo a eterna aceitação de que a vida aos poucos morre.
E o que resta? É aceitar!

As vezes a vida pode ser difícil,
mas com tudo isso quer no fundo nos deixar mais fortes, porque como uma árvore, á cada cicatriz seu tronco se Fortalece,
e assim tolerar nossa dor.

Vivo encantado de amor
Inebriado em você
Suave veneno que pode curar
Ou matar sem querer por querer

Quem sou Eu?

Sou a fagulha de um corpo celeste na imensidão do infinito.
Sou os raios de sol que penetram sua pele e vagam pelas entranhas do seu corpo até penetrar seus ossos.

Sou átomo, Sou célula,
Sou alma, Sou matéria,
Sou vida, Sou morte,
Sou azar, Sou sorte,
Sou preto, Sou branco,
Sou anima, Sou animus,
Sou Yin, Sou Yang,
Sou ser hermafrodita,
Sou onda, Sou partícula!

Sou a água que nutre a terra seca,
Sou o fogo que aquece do frio,
Sou a terra que faz brotar novas vidas,
Sou o ar que condensa e faz regar.
Sou dias de sol, Sou dias de chuva,
Sou a luz que brilha no meio das trevas,
Sou Super homem, Sou Mulher maravilha.

Sou a força de todos os orixás,
Sou Buda, Sou Krishna,
Sou Jesus, Sou Maria,
Sou puta, Sou santa,
Sou adulto, Sou criança,
Sou mulher, Sou homem,
Sou loba, Sou lobisomem.

Sou o Sol que brilha por trás de noites sombrias.
Sou fera, Sou leão,
Sou a força que rege toda uma nação.
Sou Universo, Sou multiverso,
Sou Terra, Sou lua,
Sou Iansã, sou Tranca Rua.
Sou página em branco,
Sou pena e tinta,
Sou a história que reescrevo a cada dia.

O homen ou a mulher
Sempre seguiram
Até o mesmo final
O caminho até ele
Pode ser diferente
Às vezes mais fácil
Ou até mais difícil
Más todos sempre
Irão ter o mesmo final
Talvez em condições
Ou lugares diferentes
Más a morte é igual
Para todos

Então um dia seu coração despertou entre dois mundos.
O que ainda lhe resta viver depois de tanto ver o sol e a lua?
Eis a batalha que tanto esperou, mas que nunca viverá... eis a batalha que sempre sonhou, mas que seu corpo não lutará...
Deixaste escrito: - ao velho marujo dizei pequeno, que estou partindo mais puro de quando nessa terra entrei... verei ambos novamente, mas hoje não me verei.
Alça direita me pertebceu, a você deixo a herança filho meu.

Força! Força!
A dor é forte, e o único consolo é a palavra força!
Será que isso te faz mais forte?
Para a dor da morte não há consolo.
Podemos clamar:
Tempo! Tempo!
Para que a dor se vá!
Ou quem sabe:
Sorte! Sorte!
A sorte de ter tido alguém especial na vida!
Que ficará para sempre na memória.
Ou até que chegue a morte!

O sentido da vida é viver
Seja lá como for
Seja lá como der
O quanto puder.
Se esconder não é vida
É morte lenta, dolorida.
Entre escolher ou encolher
Eu opto por viver
E te ver.

⁠"Riqueza grande ta terra
quantos por ti morrerão! (...)
Há multidões para os vivos:
porém quem morre vai só. (...)
há mais forças, mais suplícios
para os netos da traição. (...)
Quem não presta, fica vivo;
Quem é bom, mandam matar."

⁠"A felicidade aparente é a mais falsa das ilusões.
Onde o que existe de verdade dentro
dessas pessoas é, um eu morto."

⁠Malus

Meu amor é como a alvorada,
Inevitável, vermelho e sedutor.
Busco ao longe minha amada,
Como o sol no horizonte sonhador.

Meu coração é negro como a noite,
Envenena da forma mais fatal.
Sua ausência é como um açoite,
Profanando essa forma carnal.

Meu toque é frio como inverno,
Matando esperanças por prazer.
Sigo com deboche pelo Eterno,
Dissipando o que Ele fez crescer.

Meu pensamento é como fogo,
Destruindo todos ao meu redor.
Sou a matilha de um lobo,
Devorarei a carne até do menor.

Sou os sete pecados todos unidos,
Irrompendo amores a toque de fole.
Me elevo à desgraça dos perdidos,
Beberei teu prazer até último gole.

Divertiu-se com o mal errado,
Subestimou o demônio principal.
Torturarei seu futuro e passado
E esta será a lembrança de teu final.

⁠Padecida flor

Noite escura,
Levai-me deste mundo,
Pois nestas terras
Nada me resta.

Oh, grande amiga!
Morte companheira,
De sofrer já basta,
De viver não vivo mais.

⁠Réplica

De longe miro o martírio espectral
Capeado de sorriso, incorporou-se composto
Afirma-se em harmonia, reverbera discordância
Presente que segue, que dia padece.

Segue a caldeira, próxima estação
Abóbada celeste, cativando-se
Já pesado do espírito, não encontra possibilidades…
De fato, já não mais de alma.

Por quem antipatiza sorrisos, já não
Em frente a luz, que foi, que é, que será.
Gratificada por memória, de pandora re-mexida
Brindo a ti, brindo a vida.

(@_bahhgarcia)

⁠Que tudo passa...
O prazer é um intervalo
na desgraça
Que tudo acaba!
Quem diz que a montanha de ouro não desaba?
Que tudo engana
Gente, só a morte mesmo,
é soberana

⁠⁠Já não sei mais!
Faz tanto tempo que sequer sei as datas,
Não me recordo das roupas,
Não me recordo das pragas.
Só me recordo dos beijos,
Do toque da tua mão na minha
Do cheiro dos seus cabelos,
Do pouco que restou da vida.
Me recordo da tua voz
E de todas as tuas risadas
Todas as vezes que lembro de nós
Mas não consigo relembrar as palavras.
Por mais que digam ou façam, não serão lembrados.
Recordamos mesmo é das sensações e dos impactos causados.