Poemas de Morte
Vazio
Ao te ver de mim partir
e ir para um outro canto,
sinto o vazio da morte,
o céu nublado e o coração
perdido.
Busco algo que não mais
existe, fico largado e solto
a própria sorte.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista (Aclac)
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Membro da ACILBRAS
A MORTE 03
Tem gente que nem deveria ter o direito de reclamar tanto da vida, pois são estes os mesmos que pouco, ou quase nada fazem para que tais reclamações tornem-se infundadas. Viver na mesmice de sempre, acomodando-se em sua zona de conforto, que direitos poderiam ter sem nenhum, dever cumprido? Estes irão merecer sim, e com louvor, um epitáfio em seu túmulo com a seguinte frase: “aqui jaz aquele que, mesmo não tendo vivido, pois nada criou por aqui, persistiu bravamente em existir pelo resto de seus enfadonhos dias” Porém para aqueles que trocam suas reclamações por realizações, nunca terão tempo para preocuparem-se com uma morte prematura, pois esta não conseguirá espaço para caminhar por este mesmo caminho repleto de ambições, determinações, suor, entusiasmo e vitórias. Eu sempre soube que a “certeza” de tudo seria um sentimento negativo e irresponsável, porém, ai está a morte como uma clara e única exceção a esta regra. Pense bem, mesmo porque, ao temermos a morte estaríamos desejando a vida eterna, a realização deste desejo, diante os valores que conhecemos, seria no mínimo, tão tedioso, que passaríamos a sonhar com a morte. Se temos a certeza de que todos os relacionamentos que não se acabam com a separação, terminarão com a morte, porque não facilitarmos, um convívio clamoroso para este intervalo? Se já temos ao nosso lado a companhia derradeira desta jornada, seremos sempre milionários de um destino onde podemos contar com a troca de cuidados e ternura, sem nenhuma dúvida a ser questionada. Se da inevitável morte, só levarmos mesmo aquilo que estava conosco no parto, ou seja, nossos sonhos, qualquer intenção de engrandecimento, cairá por terra. Então apenas viva da melhor maneira que puderes, para ti e para outros, fazendo todo o possível para que a sua morte não tenha sido em vão.
(teorilang)
É só impressão, eu sei
O cansaço que cheira morte.
É só impressão, eu sei.
Queixas pela sorte.
Qual será o caminho?
Qual será meu norte?
Ser positivo, ter fé, otimismo.
Faz necessário esse alimento.
Encarar de frente o que é real.
A coragem de confessar os medos.
Reconhecer as fraquezas.
Até parece obra do mau.
Eu tento imprimir.
Dizer pra mim.
Posso.
Consigo.
Creio.
Vai acontecer.
Repito vezes, nove, dez, onze.
Bato na porta.
Meu céu parece estar de bronze.
A raiz da natureza humana queixa.
O desânimo dita deixa.
Mas essa nessa tempestade.
Que também surge a vontade.
De plantar na mente e no coração.
Um carvalho.
Que resiste veemente.
Com o toque do dedo no orvalho.
Então que seja mesma essa desordem.
Um prospecto febril e momentâneo.
Uma página de um livro.
Onde no contexto geral.
A fé, a esperança e confiança seja real.
Glórias aos céus, por nossas lutas na terra.
Ao povo a terra.
As brigas celestiais.
O anseio, a guerra.
O mugido nos currais.
Ser meramente gado não.
Semelhança do criador e criação.
Um vigoroso carvalho, é mesmo isso.
Meu peito e teu coração.
A vida viva, precisa ser cristão.
Pela ofensa, perdão.
Espada, escudo.
Palavra.
Vencer a carne.
Desafio meu e da multidão.
Giovane Silva Santos
A morte é uma viagem
Saudades eternas sentimos
de todos os nossos entes queridos
que partiram antes de nós,
mas o que é a morte,
senão uma viagem...
Nesta viagem talvez tenha volta,
talvez a reencarnação exista mesmo;
talvez sejamos unicamente espíritos
e este invólucro de alma
precise de outro corpo...
e de outro...
quantas vezes for necessário...
para que mesmo?
Ah...para aprender a viver,
ser unicamente bom.
Ser perfeito;
Ser sábio;
Ser virtuoso...
Saber respeitar uns aos outros;
Saber amar todas as coisas;
Saber ser feliz;
Saber sorrir;
Saber compreender
e talvez ainda falte mais virtudes...
Bem ... então vida de morte necessária,
porque cada um de nós
temos muito que aprender!
O ímpeto da morte
Quando uma porta se fecha, tudo fica para trás.
Neste sentido a morte
é uma porta que se fecha,
porque tudo fica para trás
e nisso há de haver outras portas..
para a vida e para a morte..
Se fecha ou se abre,
depende de quem entre ou sai.
Mas, onde fica o trinco da vida?
Um certo dia senti um tum lá no cérebro,
por um ímpeto quase ao cair, voltei,
semelhante ao botão de porta automática,
que liga e desliga
conforme a pressão de um dedo.
Será que o trinco tá lá dentro do cérebro,
bem do lado esquerdo,
á quatro dedos acima do ouvido?
É por ele que também aciono o pensamento
e por está área vem - me um ponto seco
que o calor da idade desce ao pescoço,
se erradia pelos ombros…
depois se esvai feito vapor!
Numa fração segundo apenas e desliga a vida,
se somos a máquina e a porta é a passagem,
onde fica o botão que liga e desliga a vida,
será mesmo no tum do cérebro,
lá por direção atrás de um olho?
Corpo é uma coisa mecânica
e a porta por onde ela atravessa na morte
é um começo de uma nova porta aberta,
porque na vida é assim:
As portas se abrem e se fecham!
E neste ímpeto a morte abre a porta,
depois fecha...
mas a vida da mesma forma abre e fecha,
então sabe lá qual casa é nossa morada,
mas, tão bom estar em casa...
beijei a morte...
achando que amaria,
um anjo me acordou
pobre anjo morreu...
no ato desastrado
a vida me deixou amar,
no desespero de amantes
somos o derradeiro sentido da luz,
viajamos por eras até te deixar por amor.
beijei seus lábios frios
notei a vida deixar seu corpo,
o amor se tornou tudo
e tudo se tornou o amor...
na vertente do desejo
a tenho por um instante.
o toque profundo na alma se deu,
anjos cantaram sobre seu corpo o prazer...
dessa vida que amei até destino querer
a sombras da vida te amo tanto
meus desejos são o viver diante ao amor...
tudo que quis foi teu amor.
minha morte o preludio da tua voz no seu algoz,
desatino eu digo infortúnio predigo amor,
centralismo desejos adores simplesmente,
um espaço no infinito esquecido para sempre.
mais que o amor
muito mais que a vida...
para sempre vou te amar...
seja morte o esquecimento,
o amor és dia e noite.
no suspiro de uma ilusão
a dor do coração...
limita se na calma se o amor...
bem visto pela madrugada
belo sonho, me acorde por favor...
quero morrer amando.
Me perguntaram se eu tinha medo da morte e eu respondi:
Tenho, mas tenho mais medo da vida. Medo do que ela pode me trazer ou tirar.
Porque mesmo na morte a vida pulsa .
Pulsa na lembrança de quem fica ,na eternidade de quem vai
no ciclo de renascimento constante de nossas esperanças ..
Ela pulsa ,explode , renasce violentamente....
em uma prova de que ; se matarem um de nos, mais mil se levantam em uma só voz, para dizer que a vitória sempre sera da vida !
Mestra Emília
Faça a sua morte valer mais que a sua vida
Não se mate...
NÃO!
Mas faça eles verem o quanto você está morto...
A morte não procura ninguém, ela apenas cumpre seu papel...
E todos passaremos pelas suas mãos frias enquanto houver vida sobre a face da terra.
Quando morremos, partimos ao encontro definitivo com Deus, pois é através da morte que partimos para outra existência; existência divina.
E porque muitos têm medo da morte?(Há quem diga não temer)
Isso eu não posso negar: temo muito, mesmo sabendo que não há fuga...
A morte causa medo e insegurança...
Quase sempre surpreende. Não tem dia, não tem hora, não tem lugar, ela simplesmente chega...
Para alguns, lentamente; para outros, derrepente!
Nos causa dor, lamentações, tristeza e um vazio imenso no coração...
Por ser assim, viva, ame, perdoe, pratique o bem, doe-se; Plante espalhe e colha amor... Aproveite e viva bem cada momento...
Olhe sempre à frente, encontre motivos que os façam felizes. A vida uma viagem com ponto de chegada e de partida.
UM DIA DE LUTO
"Choro, tristeza, morte
Alguém que sente alegria?
Algozes desfrutam paz
Alegram-se em trazer perfídia
Tibieza supérfluas, desânimo mordaz
Cadê aquilo prometido que traria paz?
Sumiu... Sumiu... Sumiu...
Desapareceu aquilo que de bom desejava
Apenas decúbitos corpos se vê
Um mundéu é preparado: nele cai o desavisado
Agem furtivamente aqueles que querem morte
Vivem a esmo aqueles que lhes confiou a vida
Agora é hora de luto
Foi-se a esperança."
E eu passo, tão calado como a Morte,
Nesta velha cidade tão sombria
Chorando aflitamente a minha sorte
Nodo norte e nodo sul.
Já fui morte, já fui ao azul
nublado e à dourada estrela
enquanto ardia em chamas púrpuras. Treda
sou, a verdade eu prego.
Neste planeta ou em outro,
não importa. Pra sempre eu
serei horrivelmente bela,
magnificamente torta.
Tu bem sabes que não adianta
mentir pra ti mesmo.
Nesta vida e em outras,
tal mania te trará autodesemprego:
vazio de ti, teu não-ser comandante do caos orquestral.
“Corre, e vê se acelera!
Te apressa que essa chance única
é escorregadia. Tu não merece nada além disso, vadia!”
E, assim, a lúdica ilusão te encarcera.
desesperada pela sua própria vida
gritou ao mundo: independência ou morte.
só esqueceu de olhar para o lado.
foi atropelada pela sorte.
Se der asas à sua imaginação e teu otimismo acreditar nela, você estará ferindo de morte o desânimo e o derrotismo.
Tudo nesta vida só terá êxito com sua credibilidade, e uma boa dose de ação, pois o contrario disto poderá significar a tua mais sofrida derrota.
(Teorilang)
SAUDADE DAS PALAVRAS
Saudade das palavras amenas
Com a morte agarrada a mim
Os lobos cobiçam todos os sonhos
De quem ainda ousa sonhar
Num tempo que ainda havia amor
Agora rondam os sonhos de quem sonha
E à volta de mim andam os lobos a rosnar
Madrugadas solitárias absorvidas no tempo
Lavram os sonhos de vestes nocturnas
Em lençóis de desejos no leito da paixão
Num suspiro errante murmúrio calado
Andam os lobos sombras que vagueiam indóceis
Nos sonhos de alguém ou não quem sabe
Pelas vértices da alma dentro de um peito vazio
Os versos perdem e os sonhos semeiam silêncio
Onde os lobos rosnam à volta de mim pela eternidade
Atestado de óbito
A morte vem como o dia que nasce para aqueles que gostam de ver o sol, purificando-nos com sua luminosidade, a existência em vida nos molda, para quando morrermos, vivermos na eternidade.
A minha morte é garantida, apesar de tudo não posso aceitar, talvez quando dormir eu possa esquecer, por outro lado paro pra pensar, isso que me mantém vivo é a vontade de morrer.
A morte é o prêmio no final da corrida, que não sabemos bem ao certo quando vai acabar, é uma conquista irrefutável, que todos os participantes irão ganhar.
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