Poemas de Morte
VOCÊ É MAU?
Tem traços de personalidade forte
Fala sobre coisas sombrias tipo a morte
Traduz elipses sem nem um Norte
E além disso, em pensamentos é pobre.
Maldade é trazida pelo o outro
Formada pela ilusão do manso
Regada e rechaçada pelo feitor próprio
E além disso, germina consigo.
Genese não sei muito onde é
Só faz trazer aquele ódio de sentar o pé
Seja nos de afeição ou êmulo isso pede
E além disso, formada aí dentro, exige.
E tá e fala e sem notícia do outro
Inflama o que dizia e não o ofusco
Mas é bom não tá nem aí e ponto
E além disso, talvez isso explique a fereza do tosco
Pela palavra tudo se fez.
Pela palavra nasce a esperança mesmo depois da morte.
Na palavra perdidos encontraram um lugar seguro.
Pela palavra o cego enxerga sem ver
Pela palavra um coxo caminha imóvel
O milagre não está na cura.
O milagre está na palavra.
Quando o verbo se fez poeta a poesia virou sinônimo de Deus.
Um ótimo dia para morrer...
A morte lhe sorriu.
Quando chegar o seu dia...
Não alterará se estiver um dia lindo ou chovendo pedras.
Não mudará se você tem cem amigos ou dois, isso só altera a quantidade de pessoas no seu velório.
Não será notado se você era bonito ou feio.
Não terá privilégios se era rico ou pobre.
Não há diferença se você era casado ou não.
Não te credência se você escreveu trinta livros ou só uns bilhetes.
Não importará a religião que você idolatrou a vida inteira.
Não valerá nada se seu time é da primeira divisão ou da quarta.
Não mudará nada se você é doutor e PhD ou um analfabeto.
Não servirá em nada se você deu a volta ao mundo ou só conheceu a sua cidade.
Não haverá questionamento se você gostava de rock ou sertanejo.
Não alterará se você amou uma ou cem mulheres.
Não modificara sua sorte se em sua vida era um exaustivo trabalhador ou um vadio.
Não será suas obras caridosas que te salvarão
Não será o glamour que te deixara imortal.
A única coisa que poderá mudar é se você teve uma real intimidade com Deus sem religisodade durante sua caminhada, e se Ele, pela sua misericórdia o salvará.
Senão será apenas você e os vermes junto no caixão. E adeus!
Suplico a Morte
Menos uma noite
De mais dias que
Viram sem eu perceber
Como o por do sol ou entardecer
Em minutos se passaram horas
Eu levanto mais ainda estou
Dormindo,mas eu queria dormir
E sentir meu corpo ser esvaindo
Não sinto,não sei se sinto
Se sinto não sei,não faz mas
Sentido,a tempos me perco
Nesse imensurável labirinto
Eu suplico por ela sempre
Mas ela nunca me atender
Não sei ser aguentarei esperar
Vê a morte na minha frente
A vida da morte
Não é apenas decomposição, não é a entrada no caixão, é mais relevante, é a vida dilacerante, a morte ganha vida no corpo em movimento, é mais ou menos quando acaba o gás, é o prazer de satanás, habitação do cansaço, do desgosto, do descontentamento, da falta de prazer no pensamento, quando os sinais chamam a lutar, mas a cada dia nada transformar, sabe gente, quando a vida é tribulada, toda oportunidade ceifado, esse exato instante, o pranto alarmante, que escorre em meus dedos, revelo meus segredos e dou libertação a vida, para não ficar comovida, se está escrito nesse porte, se preferes ser réu, da vida a morte, esse diálogo magoa, não estou querendo ser coitadinho, mas o diabo vive coladinho, o que esse bicho viu em mim, desde criança perseguindo, ferindo, que arrepio, já rezei, orei, clamei, jejuei, porém o inimigo atravessa, não deixa alcançar promessa, por mais que o espante e tanjo, não consigo ver meu anjo e entrego minha sorte, vejo em mim a vida da morte.
Giovane Silva Santos
Sobre os artistas, os pensadores e a morte.
A vida é um castelo e um artista está preso. A chave que o artista usa é o pincel, mas o pincel não é a chave. Então ele pinta. Ele pinta a realidade que só pode imaginar. Atrás das paredes do castelo está a realidade. Ele está preso com vários quadros na parede, onde só imagina como é o lado de fora. Ele está preso e a arte é uma falsa realidade para suportar o castigo de não saber. No castelo tbm tem um pensador. A chave que o pensador usa é o lápis, mas o lápis não é a chave. Então ele escreve. Ele escreve a realidade que só pode imaginar. Atrás das paredes do castelo está a realidade. Ele está preso com vários livros na estante, onde só imagina como é o lado de fora. Ele está preso e os livros são uma falsa realidade para suportar o castigo de não saber.
_Sendo o que sou diante a você
esperando a morte caminhar em teus sonhos,
sufocando cada instante de prazer,
dando visão de um futuro que nunca verá,
e das pessoas que deixou,
vendo assim seu sofrimento e destinos até morrer.
Ir-se
Escandalizo a tal sorte
Afetação cruel e triste
Espera, alma e morte
Do gabo nada existe
Mesmice reescrevo
E o passo aí, passa
Na saudade relevo
Nos olhos fumaça
Nasci pra renascer
Das cinzas ressurgir
Morro e tento viver
Afeito. Outro partir!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
A única certeza é a morte?
O único que salva é o amor?
Contar até 3 ,10 ou 1000, sempre acalma a ansiedade?
A dor sempre será o fim?
A vida é única e exclusivamente pessoal, então escolha viver!!!
NOCTURNA LUZ
Nocturna luz que me faz esquecer
No desuso eterno da morte
Sombra na alma em lágrimas
Na solidão da velhice anunciada
Num caminho sem sonhos ou direcção
Passagem de tantas fragas no céu
Que sorvem as nuvens de afagos
Sopros na profundidade do monte
Nocturno nevoeiro que morre na serra
E escava os olhos da loucura sentida
Numa luz nocturna em livre pensamento
Que esmaga as flores pelo atalho entre a poeira
Pregada palavra que se afunda em silêncio
Nocturna luz que me anuncia a morte
Nas lágrimas de um pobre poema em poesia
“Muitas feridas e enfermidades possuem curas, mas a maldade do coração gera morte.”
Giovane Silva Santos
Pensamentos do Barão
Morrer é o maior dos esquecimentos. Depois da morte, nem medo da morte teremos mais.
Lentamente
E todos os dias eu me mato
Aos poucos
Em uma morte
Que permanece viva
Talvez até mais
Que o meu próprio viver.
Não...
Eu não sou uma árvore velha e seca...
Cuja morte me ronda...
Cerca e cumprimenta...
Posso não ter mais a beleza de outrora ...
Posso não mais ter o vigor de antigamente...
Porém, tenho comigo a vitória dos anos vividos...
Felizes...
Sofridos...
Histórias para contar...
Tanto para compartilhar...
Se assim desejar...
Muito disse sim...
Sem vontade de dizer...
Foi quando mais sofri...
Mais me anulei...
Em favor de alguém...
Quando aprendi a dizer não...
Incompreendido me tornei...
Desprezado...
Odiado...
Me calei...
Porém assim tem que ser...
Amar é doar...
Mas também é negar...
Tantas lágrimas caíram...
Tantas outras escondi...
Tantas, e muitas, ainda escondo...
Nem contigo...
Nem com ninguém...
Posso dividir...
Não me julgue...
Se pouco, ou nada, me compreende...
Aceite...
Meu jeito de ser...
Um pouco diferente...
De muita gente...
Que se vê por aí...
Sandro Paschoal Nogueira
A morte também existe
para nos fazer refletir
sobre a efemeridade da vida
e sobre a necessidade,
urgente, de corrigirmos
o nosso modo de viver.
FRÁGEIS ASAS ★
A poesia é um estilo
A vida é essencial
A morte é irremediável
A solidão é inútil
A mão suporta o tempo
Os ombros o mundo
Que a nossa revolta
Seja uma cascata dourada
E o caminho uma memória curta
Pois que frágeis são as asas
E nós que nem sabemos voar
Neste poema de vida
Da minha, da tua ou nossa existência
Onde a saudade deixa marcas de felicidade
Nas frágeis asas que nos deixam voar em sonhos