Poemas de Morrer
"" Não me deixe morrer em você
antes me curta,
me faça sua festa, seu sorriso
seu momento especial
não me deixe antes da hora
minha alma não ignora
quer a sua, mergulhada na minha
brilhando como louca em noites de amor
fiz de você a dona da casa,
a amante desejada e a rainha.
por isso não deixe que eu parta sem levar aquela saudade
ela me fará voltar quinze minutos depois
apaixonado e ardente
como sempre...
TANTAS COISAS
Tantas coisas pra ver
Antes de morrer...
Mas o que mais se ver
É o que não ser quer ...
Gente da gente
Vivendo como bichos
Dormindo ao relento,
Sobrevivendo do lixo
Morrendo aos poucos.
Saudades do tempo
Que bicho era bicho
Gente era gente
Tantas coisas pra ver
Antes de partir...
Queria ver tudo
No lugar da devido.
Falo de duas certezas com os meus botões: a que existo e a que vou morrer.
Cabe a mim, entre as muitas dúvidas, escolhas e oscilações a arte de bem viver.
A vida é uma tela em branco
que um bom artista pode dá pinceladas de cores vibrantes
Ou se neutralizar em ressentimentos, amarguras e ilusões.
Viver é bom!
Quando se é Jovem
Ternas
Eternas
Definitivas
Efêmeras
Paixões
Coisas
De morrer
Que só
Nunca
Assumidamente
Declaradas
Segredos
Supostamente
Somente seus
Na incerteza
Ao risco
De tal
Não ser
Sempre
Uma quimera
Tudo
Tão permanente
Quando
Se é jovem
Versos Impressos
Se eu morrer novo sem poder publicar livros algum ou ver os meus versos em folhas impressas, ou quanto me retirar as rodas, não tinha que ter esperanças, tinha apenas que ter rodas, tinha que ter apenas uma velhice mas não ter rugas ou cabelos brancos, quando eu já não servia, me retiraram as rodas e me deixaram no fundo de uma passeata que se arrasta.
As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros, pois o homem é feito de banalidade, e nomeia o hábito à sua ama. Na maior parte das vezes, uma ideia nova não passa de uma banalidade, velha como o mundo, de cuja realidade nos apercebemos subitamente.
O saber e a que ter acho curioso usar-se a noção de 'banal' para analisar alguém que deixou clara, em suas provocações, a hipocrisia desse termo, posto que é no viver "banal" que estão os profundos espelhos da nossa formação coletiva e particular, e já não cabe mais fazer diferenciação entre tal e o "não-banal", pois são uma coisa só, exceto para os que se arrogam mais limpos e mais treinados cognitivamente, estes, os mais perdidos nas suas supostas certezas e, ironicamente, os mais fiéis ao conceito de banalidade.
A banalidade é antiquada mas fugir da banalidade é moda que passou a ser banal, a poesia pode ser muito perigosa. Ela subverte a banalidade da vida.
Pensador de Areia
Sinto vontade de viver, sinto vontade de morrer, sinto vontade de fazer tantas coisas. Sinto vontade até de pensar sozinho, que luxo. Mas que tristeza pensar igual aos outros, principalmente quando eles pensam errado. Mas será que é errado ou eu apenas acredito que seja ? Como se forma um pensador? Ele se forma sozinho, pode acabar se tornando genial, mas dentro das suas próprias questões.
A Saudade e mais um Assunto
Morrer de Saudade
Morrer
Morrer com saudade
Deixarei
De morrer de saudade
Mas
Morrerei com saudade
Não é como se eu quisesse morrer
Talvez seja só um jeito de dizer
Quando já não sinto nenhuma motivação
Nem enxergo meu próprio nariz
Não escuto nem me controlo
Uma causa perdida
É o que diriam
Eu não pareço ter algo de errado
Apenas sou o que é destinado a ser
Um vazio
Decaído
No fundo
Eu só preciso parar de existir
Se não há motivos nem sentido nem amor nem ódio nem ninguém nem eu
O que sou?
Eu vivo de luto
Reflectivo
Porque a minha tendência é morrer
É triste isso
Não é legal ter a consciência que um dia eu não estarei mais
Mas é isso
Sábio é se aprofundar na verdade
Eu só não quero ser mais um perdedor de tempo e idiota
Então eu vivo sobre a minha liderança
Eu vivo por e pra Deus!
- Percepção do viver no morrer
Estamos todos morrendo, mas as vezes esquecemos, achamos que tudo e todos são permanentes, que vão continuar e amanhã vai ser a mesma coisa de ontem, grande engano, se soubéssemos, hoje faríamos tudo diferente, quem sabe com mais intensidade e verdade, aceitando que o amor é o que vale.
Escrevi um dia algo que não acredito, mas é uma perspectiva boa de encarar: “A vida é apenas um intervalo entre a inexistência que somos, do antes do nascer e pós morte”, apontando, que tudo precisa de descanso, até mesmo a inexistência, lançando assim raios passageiros de vida, poxa, é tão rápido, e muitos passam esse curto período de tempo que é vida, desperdiçando, que triste, triste quando não sabemos responder para que nascemos e qual é o nosso propósito aqui, e quando não sabemos, não fazemos o certo, e podemos cair na tragédia de passar a vida inteira infernizando os outros com nossa chatice por coisas tão fúteis, irrelevantes, ninguém merece.
Imagine um objeto, que alguém têm por cinquenta anos mas nunca usou porque não sabe usar e, também não sabe qual a utilidade do mesmo... é como a vida, se não soubermos viver, do que adianta, podemos viver duzentos anos, quem viveu apenas vinte anos mas com o conhecimento certo perante a vida, teria vivido mais.
Cada dia, todo dia, nascemos, vivemos e morremos, pois dia é singular, nunca mais o mesmo voltará, muita coisa muda, o que passou não tornará a ser o mesmo que foi, mesmo que pareça semelhante.
Morrer não dói, o que dói é não ter conhecimento, porque o preço disso pesa, e somos cobrados, então desejo alimentar diariamente o ímpeto de aprender, a curiosidade de saber, para não carregar a amarga ignorância de não poder ser, fazer e ter.
Morrer não é o fim, é apenas mais uma transformação que o universo é, a alma floresce e fica apta para a próxima estação ;)
- O sonho mais realista
Prefiro eu, morrer de fome inconformado e tentando mudar a minha realidade, do que viver conformado na mediocridade de um sistema escravizante.
Nesta vida nem tudo são [flores,
Quem não sabe, é porque nunca
viveu para morrer de [amores.
Edênica e suave [sensação,
Inteira e com toda a emoção
Para ser tua de todo o [coração.
Nesta vida nada é [impossível,
Mas tudo é possível...,
amar você sempre será [incrível.
Galgo o azul celeste das [hortênsias,
Peço a bençãos dos céus
Afastando o amor das [dolências.
Nesta vida há de sermos [prevenidos,
Cuidando para proteger o amor
de todos os mil [perigos...
Sob a égide da nossa [certeza,
Confiamos no amor em pureza
Sobre a nossa íntima [beleza...
.
Você disse que quer
morrer nos meus braços,
Eu quero nascer
como mulher para você,
O lótus do nosso amor
está em nossas mãos,
Toda a poesia a dois
estamos dispostos a escrever.
Te envolvo com
as poesias das sete cores
por morrer de amores
por você todos os dias,
O meu poema azul escuro
traz tudo de céu e de oceano
por este amor profundo
que me faz o bem querer,
benfazer e bendizer.
Em mim não deixo
morrer o nosso país,
Canto para seguir
a vida sendo feliz,
Vendo você e os homens
cruzando em zigue-zague
o pátio da aldeia,
Esperei por isso
a semana inteira,
Esperando na taba
você para dançar
a Dança do Tamanduá,
Quando vi você ali
como queria poder
pedir para o tempo parar,
e contigo para sempre ficar.
Nada pode morrer
em mim porque tudo
em mim é amazônico:
o meu país, a fé e o rio.
Fui buscar Jarina
para fazer colar,
pulseira, brinco
e anel para me enfeitar.
Agora, tudo é mais vivo
do que nunca porque
o amor e a poesia não
conhecem mais separação.
Tudo irá melhorar,
vamos nos encontrar
e que por mim você
a vida toda irá se encantar.