Poemas de Morrer
Um bom dia?!
Hoje é um bom dia pra morrer?
Desde que li isso me pergunto todos os dias
Mas... E se for hoje? O que posso fazer?
Talvez daria fim em minhas agonias
Me vejo preso a um dilema
Não tenho salvação
Esse é meu meu problema
É a minha sina... Um poeta sem coração
Eu admito, não estou feliz
Estou a um passo de desistir
Porém quero o grande manifesto encontrar
E morrer com clamor quando o final chegar
E se for hoje? Não tenho nem inspiração pra escrever
Estou fraco não sei o que fazer
Quero parar mas não sei consigo
Não tenho coragem nem pra dar um fim em mim mesmo
Cesare Pavese disse que o grande manifesto é o amor
E nem isso encontrei
Onde está o clamor?
Quero te dizer que te amo
Mas de que adiantará?
Não sou eu que estou em seu coração
Acho nele nunca irei morar
Isso me entristece pois quero você
Não só quero como necessito
Se o grande manifesto for você?
Significa que falhei nisso?
E se for hoje? Morrerei sem clamor
Pois nem meu amor fui capaz de encontrar
Peço perdão a você meu real amor
Pela sua felicidade vou lutar
Começou a cadência de sentimentos
Estou em pedaços
Não consigo controlar os pensamentos
Estou juntando os cacos
Tenho medo de morrer, assim como tenho medo de não viver direito.
Tenho medo das pessoas, como tenho medo de ficar sozinha.
Tenho medo de ser insuficiente, ou de ser suficiente e não ser valorizada.
Tenho medo de abraços,mas me pergunto de há algo de errado comigo quando não sou abraçada.
Tenho medo dos meus segredos, do meu passado, do meu futuro e por isso acabo não vivendo o presente como deveria.
Tenho um medo absurdo de ser traída, enganada, passada para trás.
Tenho medo de que riam de mim pelas costas, de que zombem do meu jeito e depois me cubram de falsos elogios.
Tenho medo de ir pro inferno, assim como tenho minhas reservas em relação ao céu: santidade extrema é algo robótico.
Vivo com medo, sem coragem de sequer tentar superá-los. Pois também tenho medo do fracasso, de tanto que já fracassei.
“Se um dia eu pudesse escolher como morrer
Esperaria que fosse
Sacrificando-me pelo que amo.
Por quem amo.
Pelas divisões da minha alma
Pelos pedaços do meu coração.”
Sempre tenha uma verdade no teu coração...
E essa verdade te fará morrer por amor.
Sempre o desejo de perfeição nada além da paixão.
Exortação
Quando eu morrer voltarei para contemplar os momentos que não pude abraçar nos meus viveres
para provar que a matéria acaba e para que não abandonem os deveres
para acariciar os passarinhos que cantavam à minha janela
para revelar que oração não é terço na mão, mas aos seus a total entrega.
Quando eu morrer voltarei para cantar a canção que minha voz em vão a repetiu sem que me ouvissem
para dar de beber às plantas que cultivei com carinho sem que sentissem
para dar as mãos às crianças que docemente me amaram sem desdém
para ensinar que gratidão ao Universo vem da alma para usufruir do bem.
Quando eu morrer voltarei para perdoar a quem não entendeu o quanto amei no meu viver
para mostrar que vale a pena aceitar quem deseja o acolher
para olhar com olhos do bem o mundo que não me tolerou
para perdoar a quem tanto atormentou minha alma e a violentou.
Quando eu morrer voltarei para caminhar em paz sobre as pedras que me foram atiradas.
(Bia Pardini)
Humanidade vs Espiritualidade vs possível após morrer continuação de Um viVer…
Por havido em tantos PROFETAS dito;
em tantos escritos a nós deixados;
e em tantas provas vistas e encontrados;
vejamos o seu conter tão bonito!
Bonito, por tal ver a nós mostrado;
de que este pra morrer, nosso nascer;
pode ser transformado em mais Viver;
bastando o acreditar, em Seu legado!
Vamos, pois, demonstrar esse em nós ver;
em todas as atitudes deixadas;
por tanto em tais ficar; tal reflectido…
Nesse deixar por todos escolhido;
tão gravado em provas, para encontradas;
após partirmos deste em nós viver.
Evitemos por tal, o a ALGUÉM, ferir;
cuidemos bem, todo o de nós sair;
aguardemos Chegado, em reflectir;
por seu chegar da Vida que Há-de vir.
Não temo morrer por saber que a morte jamais me apagará,
ainda que tão eterna seja a eternidade.
Certa vez, perguntaram-me se estaria eu satisfeito com o que vivi
se o dia de amanhã fosse o ultimo de minha vida.
Respondi que nos meandros do rio da vida, nado sem medo, pronto para
encarar a morte, não por ter vivido o suficiente, mas por ter deixado
no mundo e nas pessoas marcas eternas.
Daqui a alguns tempos os seres não morrerão de fome.
Iremos morrer contaminados aos poucos por fertilizantes.
Comeremos em mesas fartas, porém contaminados sem imaginar que o modificado geneticamente e molecularmente é oque está livre de impurezas.
Estão fortalecendo um bio tipo, o qual tomaremos remédios cada vez mais pesados mas como se fosse um formol pra viver sem prazer de viver, um mero está de olhos abertos, perceptível da dor em cada minúscula parte de nossos corpos.
E, pior, com antídotos e remédios os quais não surtem efeito, a não ser, o colateral.
Lembranças
Lembrar é não deixar algo morrer 100%
É tentar deixar viva, aquela lembrança
Independente do tempo, da vida nova
Ou da velha aparência já sem essência,
E mesmo que um dia venha a se esquecer
Como uma "mera" lembrança que se perdeu
Na cabeça já cheia de problemas,
Seremos eternos na vida de muitos ainda.
Almejo morrer sonhando
minha poesia
nunca foi poesia
sempre foram e
serão
meros arremedos
de poesias e de
poemas
palavras pobres e
limitadas
versos rotos e
sem rimas
deste
insuficiente e
limitado
leitor
que
ousou
ler a
sua alma
a alma da
Verdadeira
Poesia
e
em vão
tenta
(d)escreve-la
as palavras
que saltam
invadindo
sua alma
floresceram
de ti
apenas
te li
não que
o aroma de
carinho e Amor
não exalem
do meu pobre
sentir
admiro-me
todavia
que
em meus delírios
quando dizes
que
seu coração pulsa
como coração poeta
e provocas em ti
poemas e mais poemas
revelando-te Poeta e
a Mulher, Mulher Poesia
possam ser
causados
por minha leitura
não, não, não...
quem seria eu
a despertar
a Mulher Poesia?
rebelde
e
alienígena
aos sentires
desse mundo
sonho
assim
como tu
nosso
"mundo"
sonhado
quero
prefiro
almejo
morrer sonhando..
Me perdi no abismo e voltei
Teu amor diminui minha vontade de querer morrer
Teu abraço é como um terapeuta que vem socorrer
Todos os medos que eu guardo mesmo sem querer
Estou te esperando na calçada
Bem em frente a sua casa
Nessa bela madrugada
Vamos sentar nesse meio-fio
E tentar encontrar a estrela D'alva
E esquecer que segunda feira no caso amanhã já tem aula
Teus cabelos arco-íris
Me travou e me enlouqueceu
Mais perfeita que as canções de Beethoven, Mozart, Orfeu
Deusa dos meus sonhos, versão feminina de Morfeu
Labirinto de Dedálo que meu coração se perdeu
Me perdi no abismo e voltei
Teu amor diminui minha vontade de querer morrer
Esquecimento -
E quando eu morrer?!
Que ocorrerá quando eu partir?!
Bem sei!!!
Ficarão vossas bocas caladas
porque nunca me sentiram!
Vossos olhos cerrados
porque nunca me viram!
Os muitos que me odiaram,
os poucos que me acolheram,
aqueles que nunca vi
e até os que perdi,
todos estes e tantos outros,
nunca mais de mim
alguém se lembrará ...
Porém, deixarei algures este Poema
onde minh'Alma ficará!
Se algum dia alguém te amar
ser o seu melhor amigo
sentir raiva, te irritar
morrer de ciúmes
e se preocupar
Aguenta, não vacila, valoriza
Esse é teu amigo
Esse chato vai cuidar de você
ou de qualquer outra
Se deixar
Aprisionar dentro de si
Ser refém do seu próprio eu
Se afogar com suas próprias mágoas
Morrer pouco ao pouco com seu próprio ar
Procurar refúgio onde não há
Cegar se enxergando tudo
Ensurdecer com o silêncio
Se calar com o grito
Correr parada
Sentir sua energia desviando por entre os dedos
Sentir se morto estando vivo
Ver escuridão diante a luz
Quem nunca se sentiu assim, que não teve o devaneio de por um fim em todo esse tormento este aprisionamento, vazio que não se acha como preencher. Só existe um motivo para ainda estarmos lutando sem entregar os pontos, o motivo é Deus que está me carregando neste momento de turbulência provações e sei que no tempo certo tudo mudará. No tempo do meu pai pois ele está preparando a minha a sua e a nossa vitoria.
Se por acaso eu tiver uma overdose
me deixe morrer com várias doses de tudo aquilo que me fez mal.
Se um dia eu tiver que morrer de amor
pra que somente assim eu o sinta, me deixe padecer.
Me deixe sentir o prazer da infelicidade
o prazer da maldade me corroendo por dentro.
Me deixe ao vento sentindo calafrios
sentindo o frio levar embora cada má memória que me causa caos.
Me deixem esquecer de tudo
até do meu próprio nome
do meu semblante que já foi um pouco feliz.
Me coloquem em um bonito, preto, com verniz.
Se por acaso eu tiver que juntar todos os cacos
em mãos e mesmo que as veja sangrar
me deixem partir, me deixem andar.
“Quando morrer”
Se a morte vier e me quiser levar
Entrego o meu espírito para descansar
Na graça divina me quero abrigar
Minha alma em paz quero repousar.
Meus bens terrenos de nada me valeram.
Fui mais fiel àquilo que me ofereceram.
Estimei muito o amor que me devotaram.
Fui uma idealista a quem não prezaram.
Aos que me estimaram...quero agradecer
Amaram-me em vida...enquanto criatura.
De quem em vida tanto me fez sofrer.
Nem flores quero ter na sepultura.
Meus amigos amei profundamente.
Dividi com eles pouco do meu ser.
Deles fui muito amiga.
Mas lhes dei muito pouco do meu viver.
Que fazer com a distância
Que nos privou dessas exultações
Mas ficaram para sempre na lembrança
Instantes passados...boas ocasiões.
Amei muito as minhas alegrias.
A vida fantasiei de várias cores.
Quis muito viajar, conhecer mundo
Perdurei por esse desejo profundo.
Algumas vezes espinhosa
Hoje colorida e maravilhosa.
Teve porém o condão de ser
A vida que Deus me deu para viver.
Eu morreria
Morreria eu...
Antes de morrer o meu amor por ti.
Queria eu que a eternidade deste amor
Não fosse um pouco, e mais um pouco desta dor.
Onde vai o brilho das estrelas
Quando chega a luz do dia sem você aqui?
Não me leva aos teus sonhos
E te afasta dos sonhos meus...
Edney Valentim Araújo
1994...