Poemas de Mistério

Cerca de 1935 poemas de Mistério

Sol, lua, utopia, sonho,
ilusão, mistério e realidade.
Tudo, todos e ao todo
se funde e se confunde.
Nós ficamos aos trapos,
nas sobras da virtude,
paixão, beleza, loucura e Amor.
Não tenho o que reclamar.

Em sua profundidade: mistério escrito
em suma verdade: silêncios que gritam
surge o abismo entre o inefável e o sentido
por um lindo anjo em sua total dolência.

Janelas para uma alma que se guarda.
Caminhos viajam por um mundo íntimo
transcecendem a qualquer luz opaca
revelam segredos, até os mais ínfimos.

Meio de escape das emoções contídas.
Deslizam entre lentas gotas salgadas:
alegrias, tristezas, esperanças e partidas.

Profusão de cores, amores, sonhos e fadas
Sorrisos lhe chegam antes que nos lábios
Iluminam, brincam, distraem, embriagam!

ETERNAMENTE


Quero ter em meus braços gentis
O mistério da sombra ausente
A pele clara e cintilante
E o calor de amores febris



No dia em que houver partido
Não fiques a chorar no vento
Pense que em pouco tempo
Darei à tua vida sentido



Cantarei lindas canções com ternura
Até o som acalentar tua alma
Ver-te feliz e calma
E clarear tua noite escura


Do teu coração porque me afastaria?
Se tenho a pureza do riso contido
A valsa do olhar perdido
Que transborda encanto e alegria
.

Tudo é sério
Nada é mistério
Tudo é fácil.
O Difícil já passou por isso !
Estou aqui....

"Perguntei a lua qual o mistério para o poeta inspirar.
Ela disse baixinho: Aceite o brilho dos outros.
Você também pode brilhar!"
(Sirlei L Passolongo)

Como posso dizer quem sou eu, se quem sou é um mistério para mim mesmo.
Como posso dizer que o amor acabou, quando não sei nem se ele existiu;
Como posso dizer que sou melhor, quando nunca parei para pensar porque seria melhor;
Como posso dizer que me abandonaram, quando eu andava sozinho;
Como posso dizer que existem muitos obstáculos, quando fui eu que construí o muro;
Como posso dizer que o caminho está difícil, quando fui eu que espalhei os espinhos pela estrada;
Como posso dizer que mudei, quando ainda sigo cometendo os mesmos erros;
Como posso dizer que tudo vai ser melhor amanhã, quando o hoje nem acabou ainda;
Como posso dizer que acertei, quando minha vida é um erro constante;
Como posso ter uma opinião formada, quando nem tenho opinião própria sobre a minha pessoa;
Como posso pensar que minha vida é um quebra cabeça, quando não passo de uma peça apenas;
Como posso amar tanto, sem conhecer esse tanto que eu digo que amo;
Como posso dizer que tenho coração mole, quando só está aberto aos meus interesses;
Como posso dizer que sou corajoso para a vida, quando sou covarde para amar;
Como posso, não sei como posso, mas eu acho que posso, e achar não quer dizer que posso.

Para quem duvida do eterno mistério da vida
e do sumo encantamento da morte,
os sentidos naturais nos convidam
à uma reflexão filosófica:
A música de Bach, o prodígio divino de Beethoven
as óperas Wagnerianas, o virtuosismo de Chopin
para mim seria suficiente, mesmo que
me faltassem todos os outros sentidos.
Se eu não pudessem ler os poemas de Camões
nem as odes de Horácio e de Cícero
ou ainda as "odisseias" de Homero,
e os poemas de Pessoa. Mesmo assim
estaria convencido da existência
de um espirito eterno e sábio
que sopra aos humanos tanta
beleza e espanto... e divindade.
Olhe que não citei Verdi

Sou o regresso do guerreiro. O mistério do unicórnio.

Sou o segredo do samurai. Sou eclipse lunar.

Sou fenômeno, e posso devastar.

Sou lenda, e não podes desmistificar.

Sou o sol, e não podes alcançar. Sou a lua, e não podes tocar.

Sou o vento, e não podes apalpar. Sou o ar nas narinas.

Te alimento a alma. Te devolvo a calma.

Sou substância que vicia, mas de ti preciso para me alimentar.

Sou magia.Enigma.Perfume no ar.

Sou absinto, cálice que insistes em tomar.

Sou a essência do perfume de Deus.

Sou anjo humanizado. Sou humano.

Sou divino. Sou sagrado.

Me fizestes sentir o gosto do pecado.

Minha alma corre o risco de um condenado.

Sou homem. Menino. Deus. Sou o diabo.

O divino me absolverá porque ao céu fui predestinado.

A realidade do mistério da vida
é ao mesmo tempo dor e refrigério ,
pois o escuro do quarto que amedronta
é o mesmo que nos permite sonhar .

Não tem mistério à vida é feita de critérios,
Quero que a sorte me ajude,
Não me importo com mudança quero ver atitude,
Pode confiar em mim,
Na falta de ombro amigo eu aceito um sim,
Pode chegar mais perto,
Do começo ao final dá tudo certo,
Você fez pouco e me achou,
Por que perdeu ou por que procurou?
Deixa que o presente eu aprendi a desembrulhar,
A vida é feita para ser vivida devagar,
Para que correr e fazer barulho?
Sentimento ruim é igual entulho,
E quando sol bate no nosso rosto?
Só assim, eu acredito que conheço o seu gosto,
Tô atoa e tudo que é bom não enjoa,
Tudo que é bom dura pouco este sentimento louco,
É a vida que voa e pode ser sempre boa...

"Dizem serem os olhos o espelho da alma. Como a alma é um verdadeiro mistério, os olhos e o olhar são mais que um mistério. Os olhos não são boca, mas com eles, em silêncio pode-se dizer: te amo. Os olhos também não são mãos, mas com eles se segura toda atenção. Verdadeiramente os olhos não são espelhos da alma, mas parece que são.
Há olhos invejosos e também os simples de coração, olhos que falam a verdade e outros que não .Os olhos são espelhos da alma, mas às vezes não, pois eu lembro de ter escutado uma canção que dizia que os olhos às vezes dizem sim, mas o olhar diz não.
Também sabe-se que aquilo que é bonito aos olhos balança mesmo o coração.
Há olhos de todo tipo. Olhos que fazem observações... Há também certos olhares que conquistam os corações.
Há olhos que procuram olhares, outros que choram de solidão. Uns que brilham de alegria e outros que mostram a tristeza do coração. Pelos olhos se pode verdadeiramente ver como se sente o coração, mas, de coração, só falo em outra reflexão."

INICIO: admiração, mistério, relativa distância, desejo, sonhos;
MEIO: risco, medo, insinuação, troca de olhares, declaração, reciprocidade, comprometimento, arriscar - talvez não, desejo, sonhos realizados, amizade, segredos, sonhos ainda a realizar;
CONTINUAÇÃO: beijos, abraços: vontade louca; cheiro, desejos: saudade; vontade incontrolável, segredos: saudade; crime perfeito, paixão, saudade, ligações: descoberta; simplicidade,jubilação: desejo de te ver; dúvidas, carinho: impossível viver longe; desejo de estar junto para sempre, sonho em comum: medo de por em prática...
FIM: no fim sabemos o que queremos, mas temos medo de viver e demonstrar isso; e descobrimos que uma vida somente é pouco para viver e tentar explicar o que ainda não se compreende: PAIXÃO QUE VIROU AMOR PLATONICO

Sua alma reflete seu intimo
Seu corpo não pode ser você
Matéria tem fim
O intimo é um mistério
Assim como o mar, o universo
A alma não finda
É imutável e abstrata
Assim posso entender
Que o amor é alma
Que se esconde na matéria
Que a matéria se mostra e se amostra
Mas não dura como a alma
Não perpetua como o amor
O homem é sua alma
O amor é o homem
Assim a alma é a arte final
A matéria é só um rascunho.

É tão ruim olhar pros lados e se sentir alguém sosinho...
mas a vida é um misterio, vou descobrir qual o meu caminho...
O tempo faz sua parte, e vou fazendo a minha...
Se o tempo n ajuda, eu me viro aqui sosinho... Pq destino n existe, eu que escrevo o meu caminho...
E se o que dsse for pecado, peço perdão ao senhor...
Mas vou seguindo esse caminho mesmo se pecado for!!

HOMEM SOLITÁRIO


Gosto de ti, homem solitário.
Do mistério que emanas em cada gesto
Da tua solidão latente
Induzindo em meus sentidos
Uma libido urgente
Repleta de desejos incontidos
Um algo como, querer te desvendar,
Revelando a mim,
Enamorada ávida a pulsar
Delírios e delícias, sem fim...

Vago Poema

Cheirando à areia e sal,
sou gaivota a sobrevoar o mar.
Sou mistério neste vazio,
Sou o tranquilo vôo das aves,
rumo à linha oscilante, mar e maresia.
Enquanto o vento no areal vai passando,
como as marcas desenhadas na areia,
somem as palavras da lembrança,
como rastros na maré cheia.
Íntima idéia, clara no pensamento,
que se perde em devaneios, e
na latência deste silêncio,
me alimento da poesia alheia.

Visão de Clarice Lispector

Clarice,
veio de um mistério, partiu para outro.

Ficamos sem saber a essência do mistério.
Ou o mistério não era essencial,
era Clarice viajando nele.

Era Clarice bulindo no fundo mais fundo,
onde a palavra parece encontrar
sua razão de ser, e retratar o homem.

O que Clarice disse, o que Clarice
viveu por nós em forma de história
em forma de sonho de história
em forma de sonho de sonho de história
(no meio havia uma barata
ou um anjo?)
não sabemos repetir nem inventar.
São coisas, são jóias particulares de Clarice
que usamos de empréstimo, ela dona de tudo.

Clarice não foi um lugar-comum,
carteira de identidade, retrato.
De Chirico a pintou? Pois sim.

O mais puro retrato de Clarice
só se pode encontrá-lo atrás da nuvem
que o avião cortou, não se percebe mais.

De Clarice guardamos gestos. Gestos,
tentativas de Clarice sair de Clarice
para ser igual a nós todos
em cortesia, cuidados, providências.
Clarice não saiu, mesmo sorrindo.
Dentro dela
o que havia de salões, escadarias,
tetos fosforescentes, longas estepes,
zimbórios, pontes do Recife em bruma envoltas,
formava um país, o país onde Clarice
vivia, só e ardente, construindo fábulas.

Não podíamos reter Clarice em nosso chão
salpicado de compromissos. Os papéis,
os cumprimentos falavam em agora,
edições, possíveis coquetéis
à beira do abismo.
Levitando acima do abismo Clarice riscava
um sulco rubro e cinza no ar e fascinava.

Fascinava-nos, apenas.
Deixamos para compreendê-la mais tarde.
Mais tarde, um dia... saberemos amar Clarice.

MULHER

Mistério
em desejo.
Coragem.
E no medo,fé.
Flor da pele.
Rosa e espinho.
Instinto.
Eterna.
Mulher.

O olhar dela é um crime cometido, nesse crime seria
o detetive para desvendar o mistério por trás
daquele lindo olhar, poderia ser o medo de amar
e se machucar, mas não, o crime dela foi me ter
feito apaixonar

Ele sempre foi a essência do mistério, daquele olhar magnético que te atravessa e te desnuda até a alma, nunca foi do tipo artificial, aliás ele desprezava qualquer coisa próxima ao supérfluo ou mesquinho. Sempre foi oculto, e me chamava a atenção, mesmo queto e no canto dele. É do tipo que não se move, desliza, e fala baixinho e você não sabe porque quer ouvir tudo o que ele tem a dizer. Liderar para ele é quase uma sina. E sua postura de auto-controle que dá a parecer que nada o abala, o comportamento de descrição e silêncio que transmite confiança e auto-domínio. E se eu for dizer mais alguma coisa sobre ele, é melhor nem continuar, ele sempre foi do tipo que odeia que invadam seu mundo.


ele? Talvez você nunca saiba, realmente.