Poemas de Menina
Tudo aquilo que plantamos recolhemos se plantamos o mal não colheremos o bem porque praticamos então
A moça gostava de all star e tinha mil problemas. Gostava de jogar papo fora, de rir por qualquer besteira. Nos fins de semana, seu hobby preferido era ir pra a praça. Sair com suas amigas, para pôr os papos em dia. Sempre ia repleta de dúvidas e voltava cheia de certezas. E o fato é que ela só queria uma solução. Talvez um abraço fosse a solução, junto com a esperança que ela tinha de andar de mão dadas pelas calçadas.
As definições de segurança já foram instaladas com sucesso no coração daquela moça. As indecisões que ali existiam, deram lugar para as precauções. A certeza de saber tudo, agora foi substituída pela vontade de nada saber. A intenção de obter um fim, foi modificada pela vontade de não ter início. As definições, essas que ela pensava ter, não passam de expectativas que não se concretizaram pelo medo de sua segurança
Nada mais justo do que ela gostar de balançar aquela mesma árvore nos fins das tardes. Nada mais engraçado do que sua espera que novos frutos caíssem daquela mesma árvore. Nada mais chato do que seu conformismo com a sua rotina. Nada mais repetitivo do que seu ato de balançar aquela mesma árvore.
Melhor é um pedaço de pão seco com paz e tranquilidade do que uma casa onde há banquetes e muitas brigas.
O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o saber.
Sim, tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por amor do teu nome, conduze-me e guia-me.
Adorava o natal, eu podia usar roupa nova... nunca vou esquecer um chapéuzinho que mamãe fez. Fui a missa com um sapatinho de verniz que brilhava... Deu início assim a saga de menina por seus objetos de consumo....
Distante do medo tolo de muito se dar, viver as relações em conta gotas, é um desperdício de tempo e de desejos, pois isto não te preserva e nem te anônima se, inexiste como um personagem sem autor, fica a mercê das circunstâncias no próximo ato, isto é fato e te fragiliza ainda mais.
"— Ei! Volte! — uma fita de cetim azul caiu atrás do banco onde o vulto estava. Ele dobrou a esquina do navio e voltou a correr. Chegou num corredor sem saída. Encurralei-a.
— Não vou lhe fazer mal. Sua fita caiu atrás do banco. — Assustada, a menininha olhou para mim com olhos arregalados, como se fizesse algo errado e tivesse sido pega no flagra. Até que ela olhou para mim bem no fundo dos meus olhos, com seus grandes olhos azuis (um azul que se confundia com o do mar que nos cercava lá fora) e..." Trecho de Amor nos Tempos de Quarentena
Ela não quer o perfeito. Que tenha defeito, mas que seja puro, verdadeiro, e que não tente fazer do seu coração, picadeiro.
Dos amores que já viveu, de nenhum ela se arrependeu, pois com todos ela aprendeu, sorrindo ou chorando, continuou amando, vivendo e doando o melhor de si... No fim das contas, guardou o melhor de todos: dos bons, lindas memórias, dos ruins, algumas histórias.
São pequenos momentos, fragmentos guardados de cada amor já vivido, sonhado e partido, que se juntam, se colam e fazem dela esse emaranhado de amor, de loucura, liberdade, calor e doçura.
Ela só quer mergulhar num amor que não seja raso, que não tenha prazo nem hora pra terminar, que a faça dormir com as estrelas e acordar olhando pro mar.
Porque ela é intensa... tudo é profundo, e basta um segundo de amor, de carinho, pra ela se sentir em casa, se sentir amada, e sentir que encontrou seu ninho.
Cansou de desperdiçar seu tempo com palavras que se vão com o vento... Pra ela, há mais virtude em quem tem atitude, em quem mostra o que sente e está sempre presente...
Aprendeu a não se doar à toa, e por mais que às vezes lhe doa, ela não perdoa quem é só garoa... É que ela não se contenta com metade, ela é tempestade, intensa, e sua vontade de amar é imensa, mas seu amor é valioso, e ela não abre mais o coração pra qualquer curioso.