Poemas de Memória
O tempo pode até passar e levar alguns sentimentos com ele.
Contudo a MEMÓRIA de um amor honesto não.
Acho engraçado como de alguma forma nós nunca esquecemos de quem se ama (amou).
Não importa sua condição atual, se alguma vez você amou com franqueza e honestidade com seus próprios sentimentos, você deve se orgulhar pela coragem de se permitir a sentir algo verdadeiro, um sentimento memorável e indiscutível dentro de si.
Fatos podem até serem cronológicos, mas sentimentos verdadeiros eu tenho certeza que são atemporais.
Te amo!
- Paz e Bem.
Estela Vilas Boas
Era uma vez a ferrovia!
Povo cheio de tanta história,
oh, povo sem memória!
Escrevendo seu passado
nas linhas da ferrovia, que
traria o progresso e tanta alegria...
Mas que trouxe em seu eirado, a triste,
triste sina de quem viveu a real vida,
e o triste fim no Contestado, que
nas barras do progresso que foi sim,
e é até hoje,... um caminho pedregoso.
Trouxe pois, trouxe emprego,
bovina, dócil, calmaria por uns tempos,
o que hoje já não há. Há sim, muita,
muita hipocrisia, de gente que diz
que um dia lutou para a ferrovia ficar!
Que fez de uns poucos - proprietários,
em negócio sigiloso, daquilo que um dia foi
da posse real do povo, em sua forma mais igno
sem saber que era dono, desse bem assombroso,
enorme, grande colosso - uma linha férrea -
belíssima, que em outras plagas seria,
o caminho para outras, muitas outras,
bem vindas vias!!!
Saudade
Saudade é tempo que não vem
Há espera de alguém
Uma lembrança que chora
É a memória que sangra.
Saudade tem vida
Vida que arde, queima e droga
Sim, saudade é uma droga. muito alucinógena.
Afinal, só uma droga mesmo para lhe dar imagens
De um alguém que não vem mais, talvez nunca veio.
Saudade é uma lacuna de sorrisos
Que abre em seu peito, sem espaço para substituição
Que então se fecha contra a emoção
O tempo é o que cura
No entanto a saudade é o que machuca
E quem chora em silencio é sempre
O coração.
Não podemos deletar da memória
Os erros cometidos no passado e no presente.
Apenas devemos conviver com eles
Na esperança de acertá-los e corrigi-los.
Pois os erros são consequências
De escolhas e atitudes mal organizadas na mente
E na vida da gente!.
Agimos tempestivamente sem pensarmos
No que virão depois sobre nós,
E ai quando nos damos conta do mal
Que nos fazem tê-los
Queremos descartá-los
Sem mais nem menos, só que já será
Tarde demais
Porventura dos erros em si, então iremos apenas
Administra-los só que da maneira mais sensata que existe!
Mais sempre com a esperança
Dos acertos que breve virão ao nosso encontro.
Enquanto seu olhar
Fizer parte da minha
Memória
Meu amor vai
So aumentar
E se um dia eu
Pensar em esqueçer
Que seja a vontade
De não lutar por você.
Cada momento é uma memória eterna
Na memória o momento é eterno.
Eles não se apagarão
Nem com o tempo
Eles ficam gravados na memória
e sempre desencadeiam um efeito
dominó ou
borboleta
Por isso, dê o melhor de si em cada momento.
Cada momento é uma memória eterna
e na memória o momento é eterno
Eles não vao se apagar jamais. Nem com o tempo.
Dê o seu melhor a cada momento, pois ele ficará gravado na memória , além de desencadeiar um efeito.
Dominó ou borboleta.
E se fosse?
Que cada gole no álcool fosse uma memória apagada
Que cada trago no cigarro fosse uma mágoa poupada
Que cada êxtase consumido me proporcionasse momentos bons
Que cada puxada no pipe fosso um dia a menos de decepção.
Slá, só mais um café.
TÚNEL DO TEMPO
Fomento
a memória
vasculho
o túnel
do tempo
restauro
fatos,
paisagens
(e revigoro
o agora).
Memoria de uma infância.
'' Da saudades vem as lembranças,dos meus tempos de infância, lembro-me quando brincava, as brincadeiras de criança, nunca esqueço daqueles dias, no tempo em que vivia, mas hoje eu sou um homem, agora estou aqui, lembrando de tudo isso,e o futuro pode vi''.
Simples o fato de você existir é uma boa recordação para a minha memória
Sim é como ter você todos os dias da minha vida ao meu lado.
Peço a Deus simplesmente você aqui ao lado para poder te amar eternamente
O cobertor:
Trago a memoria uma propaganda das lojas pernambucanas, em que era apresentada no inverno. Alguém batia na porta e a pessoa perguntava quem é que bate e a resposta era : é o frio. Era uma propaganda anunciando o inverno que chegava e a proposta para enfrentar ele(o frio) era o cobertor comprado obviamente nas lojas pernambucanas.
Passamos por alguns momentos na vida que jamais desejaríamos passar, assim ,o que ainda nos mobiliza a continuar é o fato de saber que isso é momentâneo(uma estação), são estações existências que vivemos, e nem tudo é sempre verão, os invernos existem, entretanto saibamos que em nossos invernos um cobertor sempre é bem vindo. Amigos são cobertores em momentos difíceis, eles nos aquecem com seus abraços e suas palavras.Fica a reflexão: seja cobertor para alguém nos invernos pelas quais elas passam."Seja um agasalho"
O QUE CANTA TUA CANÇÃO?
O que canta sua canção?
Trás à memória a história da nação?
Os segredos de uma paixão?
As proezas de uma grande família?
Ou da pátria a beleza?
O que canta tua nação?
É o que rima a poesia, é o que encanta a gente?
O que expressa os poemas, o que reside na alma?
É bom, o que leva e traz para inculcar nas mentes?
É bom o que se diz e ouve nas ruas?
Se vierem das belas canções, das poesias e dos poemas;
Se se tem bom senso, cantará o que vale a pena;
Pois, as melodias repetidas
é o que vai para as conversas na mesa,
que expressa a saudade de um povo e a sua grandeza.
MEMÓRIA
Minha avó fazia café bem doce. Talvez, por uma necessidade de se procriar além dos filhos legítimos. Biscoitos na gordura, pão de queijo no forno, bolo de chocolate em cima da geladeira. O cenário aparentemente bucólico escondia guerra das mais matutas em orvalhos e outras fragrâncias. Cheirava a cozinha um cheiro forte do que se come. No quintal, cheiravam as flores um cheiro que se vislumbra. Alimentar dos produtos da casa vigorava a minha carne. Alimentar do beija-flor que tomava o néctar de hibiscos em diversos matizes alimentava a minha alma. O cachorro latia freneticamente. Eu não sabia que o bichinho também comia: a alegria das folhinhas em domingo. Ao pé da jabuticabeira, meu Drummond chorava todos os lirismos nascidos da terra caudalosa, terra de muitas veredas e rupturas. Minha mãe afagava meus cabelos, o pai e os tios viam futebol, a pequena irmã devorava porções de desenhos animados.
Não fosse eu poeta, esta prosa seria pólvora. Não fosse eu poeta, partículas cintilantes de minha vida perderiam na guerra dos tempos que não se curam: saudade.
A minha memória meramente falha, por alguma razão consegue lembrar perfeitamente meus momentos quando criança...
Lembro de todas as casas que pintei em troca de comida e uns poucos trocados do meu patrão, que eu chamava de pai, já que não sabia o paradeiro do meu.
Eu nunca entendi o porquê das outras crianças serem tão diferentes de mim, elas frequentavam a escola, tinham amigos e não precisavam trabalhar pra comer.
A minha vida era uma prisão, mas a minha alma ingênua não compreendia tal fato.
Trabalho infantil não é uma brincadeira de criança. Denuncie! Disque 100!
Ao natural
Se desse pra te tirar da memória
Eu já teria te deletado do sistema
Só que eu lembro de quase tudo
E estou com um baita problema
Na areia da praia ou na calçada
A saudade leva o mesmo nome
Até no lado de lá deste planeta
Não há outra a quem eu chame
Política, economia e sociedade
Fico atento às novidades todas
Mas sem nenhuma notícia tua
De Dubai, as experiências boas
Sinto em segredo, sei esconder
Falar sobre tudo sem me expor
Evocando os teus olhos verdes
Crise fiscal só me causa torpor
Foi um prazer ter te conhecido
Na contramão da miopia geral
Uma observação atenta saberia
Que só por ti escrevo ao natural.
...no caminho da memória,
o prazer lento da nostalgia puxa o fio das lembranças,
e, surpreende o coração.
LEMBRANÇAS DO MEU PAI
Marcial Salaverry
Lembranças que me vem à lembrança,
onde a memória alcança...
Aquelas reuniões, aquela mesa redonda...
Aquelas conversas de depois das refeições,
quando meu pai sempre fazia nossas reuniões...
Naquela mesa, onde ficou a saudade,
eu tinha a felicidade
de com meu pai conversar,
e as histórias que ele contava, enlevado a escutar...
As lembranças para sempre vão permanecer...
Existem pessoas que é impossível esquecer...
Sempre a partida de quem amamos,
lamentamos e muito choramos...
Fica aquele desejo de continuar,
com aquelas conversas nunca acabar.
Aquele desejo de ainda ter ao lado
quem por nós é tão amado.
Mas tudo na vida tem um fim...
Não queríamos que fosse assim...
Ficará, contudo, registrado na eternidade,
pois ele nunca morrerá em minha saudade.
Seus ensinamentos,
jamais sairão de meus pensamentos...
Naquela mesa onde nos reuníamos,
e nossas coisas decidíamos,
ficou sua marca eternamente registrada...
Sua voz sempre será lembrada,
contando histórias ou aconselhando,
sempre um rumo indicando...
Naquela mesa, ficaram todas as lembranças de meu pai...
Se ele errou,
se ele acertou...
Não importa quem ele tenha sido,
mas sim o que sou...
O que importa são as lembranças,
os ensinamentos que ele me deixou...
GENTE
Tem gente.
Tem muita gente!
Quando convém:
Memória seletiva,
Boca de Siri.
Quando representa:
Memória de elefante
Boca no trombone.
Tem gente que mente.
Mente com cara limpa,
Acampa na pizzaria,
Engana gente simples,
Ensaboa o cérebro alheio.
Diz-se cordeiro,
Mas esconde o lamaceiro.
Ainda bem que tem gente
Que velozmente sente.
Sente a hipocrisia,
A falsa filosofia.
Esse é o artista homem bicho.
Mata o passado,
Distorce o presente
E no futuro faz tudo de novo
e nada de novo.
Erika Mendes
Sem memória...
Sem história...
Com paixão...
Com sofreguidão...
Sigo uma linha...
Que é só minha!
Pedro Marcos