Poemas sobre Medo

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Fealdade

Não me confunde o vulto, a sombra, a voz,

o ornamento, o intento e tudo que descreve o teu ser

Não me confunde o teu irônico sorriso que subjuga os fracos,

despedaça os sonhos, ameaça a paz

Não me confunde a presença altiva,

o ar pomposo e a classe que derrota a simplicidade de amar

Não me confundes...

Não fundes vida.

Um breve olhar teu é o bastante pra tirar o meu,

Pra me calar por um instante, e rever a alva ao virar as costas.

Não me confunde tanta maldade que mata,

que inveja, que dilacera a fé dos fracos, que impõe medo

Não me pões medo,

Deus está comigo.

És um pobre diabo.

Inserida por alain_john_lemos

⁠Não morremos quando deixamos de existir,
Mas, morremos um pouco a cada dia,
Quando desistimos de um amor,
Por ter medo de amar, ou do amor fugir...

Inserida por Zilda2023estrela

⁠Existem duas frases que são individuais, porém quando juntas, elas se completam.
Uma diz assim: se der medo, vai com medo mesmo.
E a outra diz: a felicidade está dó outro lado do medo.
Da união delas se cria uma nova frase, que diz: “se der medo, vá com medo mesmo, pois a felicidade que você tanto procura, está do outro lado te esperando cruzar a fronteira e superar seus limites para então, aproveitar a tão sonhada felicidade.”

Inserida por liednaklindjeybatist

⁠Olhe-se primeiro no espelho
Fácil de apontar os defeitos de outra pessoa.
E esconder o seu com desculpas.
Nossas atitudes ignorantes
Deixa células infectadas.
E o resultado é um corpo e uma mente
Recheado de dor desnecessária.

Inserida por NABYCURY

⁠SOBRE O MEDO

O medo é uma sensação de
Proteção a Vida
Aguça nosso
Sentido de Defesa
Nos torna
Precavidos

“Ela sabia que precisava dele. Mas tinha medo da compulsão. De querer ele sempre e sempre e pra sempre. E amanhã e depois. E de dia, e tarde, de madrugada.”

Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.

Fiquem tranquilos os poderosos que têm medo de nós: nenhum humorista atira pra matar.

"Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás - porque sempre olhamos para trás - vai escutar seu coração dizendo: "O que fizeste com os milagres que Deus semeou por teus dias? O que fizeste com os talentos que teu Mestre te confiou? Enterraste fundo em uma cova, porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que desperdiçaste sua vida".

Sou uma ferida fechada. Sou uma hemorragia estancada. Tenho medo de deixar sair uma letra ou um som e, de repente, desmoronar.

Sem medo da morte, porque esta quase história pertence àquele tempo em que amor não matava.

De repente sinto medo. Um medo antigo, o mesmo que sentia o menino escondido embaixo da escada, esperando castigos.

Como é que se explica que o seu maior medo seja exatamente em relação: a ser? e no entanto não há outro caminho. Como se explica que o seu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo? como se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra – como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A gradual escuridão me amedronta um pouco, bicho que sou e que toma cautela. Escuridão? medo e espanto. O dia morrendo em noite é um grande mistério da Natureza. (...)
Em mim ela brota de meu âmago qual semente que rompe a terra.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trechos da crônica Conversa descontraída: 1972.

...Mais

Eu sempre preferi o menos ao mais por medo também do ridículo: é que há também o dilaceramento do pudor.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Meu medo não era o de quem estivesse indo para a loucura, e sim para uma verdade.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a rija perfeição das coisas, e vou dizendo leve, então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa - gosto muito de você.

Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Você rasga devagar o seu pulso com as unhas para que eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto.

Tenho medo de não conseguir manter minhas ideias, meus pontos de vista, minhas escolhas. A minha cabeça é como um guarda que não permite que eu estacione em local algum. Eu fico dando voltas e voltas no meu cérebro e quando encontro uma vaga para ocupar, o guarda diz: circulando, circulando. Você está me entendendo? Eu não tenho área de repouso. Raramente desligo, e quando isso acontece, não dá nem tempo para o motor esfriar.

Não tenha medo de descer até o inferno e queimar feito um papel de regras e certezas. Queime, vire cinzas. Chega de querer controlar a vida, chega de querer amar, existir e desejar pelo seu ego. A vida é muito maior do que você. Acredite nela, colabore com ela, tenha fé nela, faça a sua parte. Mas em hipótese nenhuma sonhe que você pode simplesmente enfiá-la amassadinha dentro da sua bolsa, ela com certeza vai se vingar de você.