Poemas sobre Medo
Eu ainda não tenho condições de dizer o que aconteceu comigo, porque eu tenho medo de empobrecer o que eu vivi ali.
O medo pode ser um excelente mestre. Tira reis do seu trono e ensina-os a ser o que sempre foram: apenas frágeis seres humanos.
Eu sei de cor tudo o que tenho que fazer para dar certo, mas tenho medo da responsabilidade de ser notada.
Pra me conquistar basta dizer tudo aquilo que nunca ouvi de ninguém, me tocar sem medo, sem segredo. Entrar e sair da rotina sem que eu note, me levar para lugares exóticos e lugares comuns, saber ficar em silêncio e assim me dizer tudo. Compreender a vida como é e buscar o outro lado, saber a hora exata de ficar e ir embora, mas não vá.
Nota: Versão adaptada de Link
Mas o que parecia medo era a coragem me dando as boas-vindas, me acompanhando naquele recuo solitário, quando aprendi que toda escolha requer ousadia...
A paixão é um pânico das emoções, e como o pânico — que nisto se distingue do medo — estilhaça a inibição, desorienta o espírito, vira o indivíduo contra as suas próprias aquisições mentais superiores, e muitas vezes o conduz a fazer o que mal sabe que faz, ou que a própria paixão se fosse menor, como o pânico se não fosse mais que medo, o levaria ou aconselharia a não fazer.
Ultrapassar a dor é a pior crueldade. E eu tenho medo disso, eu que sou extremamente moral. Mas agora sei que tenho de ter uma coragem muito maior: a de ter uma outra moral, tão isenta que eu mesma não a entenda e que me assuste.
É verdade que estou morrendo de medo do amor que você sente por mim. Mas não é só isso. Também ando com muito medo das pessoas todas.
Olhando a extrema beleza dos pássaros amarelos calculo o que seria se eu perdesse totalmente o medo. O conforto da prisão burguesa tantas vezes me bate no rosto. E, antes de aprender a ser livre, tudo eu aguentava – só para não ser livre.
Vou perder o resto do medo do mau gosto, vou começar meu exercício de coragem, viver não é coragem, saber que se vive é a coragem.
Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Há o certo, o errado e aquilo que nos dá medo, que nos atrai, que nos sufoca, que nos entorpece.
Se eu não gosto de você é bem provável que você tenha medo do meu olhar. E eu posso simplesmente não gostar de você de graça. Se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte. Eu me entrego. Quem vive comigo sabe. Quem convive comigo sente. Eu amo poucos. Mas esses poucos, pode apostar, amo muito.
Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações.
Ele gosta dela. Não tem mais como fugir. É, dá medo. Ela deve estar com medo também. Gostar é começar o inferno tudo de novo. Mas ela, quem diria, escreve lá no texto que topa. Topa começar tudo de novo.
O medo de ser pego é melhor do que a sensação de fazer o errado, mas os dois juntos é a união perfeita.