Poemas sobre Medo
Em Brasília, cidade das retas infinitas,
Onde o concreto se ergue em altas vistas,
Há uma atmosfera densa de melancolia,
Onde a saudade vagueia, o medo se cria.
Nas ruas largas e desertas, ecoam os passos,
Dos corações solitários, em tristes compassos,
A desesperança permeia cada esquina,
De um lugar onde as incertezas se aninham.
Os monumentos frios, impessoais e imensos,
Refletem a alma vazia, quebrada em pedaços,
Os sonhos outrora vivos, agora adormecidos,
Na poeira das promessas não cumpridas.
E no coração da cidade, um silêncio profundo,
Onde o eco da tristeza ressoa, fecundo,
O olhar cansado dos que buscam um abrigo,
Na imensidão de concreto, perdidos, sem-abrigo.
A saudade, essa dor pungente, se insinua,
Pelas avenidas, pelos parques, na alma nua,
E os corações, em vão, buscam aconchego,
Mas encontram apenas a desesperança, no seu apego.
As lágrimas rolam pelos rostos envelhecidos,
Pelos sonhos que murcharam, sem terem sido vividos,
O medo paira no ar, qual sombra aterrorizante,
Crescendo nos corações, como uma erva sufocante.
Mas mesmo em meio às trevas da desesperança,
Resiste uma chama tênue, uma esperança,
Que clama por dias melhores, por uma nova aurora,
Por um renascer que dissipe toda essa angústia que aflora.
Pois Brasília, apesar de sua frieza e solidão,
É berço de sonhos, de lutas e superação,
E no peito de cada brasiliense, ainda pulsa,
A força para enfrentar o desespero que se avulta.
Que a saudade, o medo e as incertezas,
Se transformem em sementes de novas certezas,
E que no horizonte, enfim, se vislumbre a esperança,
Para que Brasília possa renascer em uma dança.
Que a desesperança dê lugar à resiliência,
E a cidade revele sua verdadeira essência,
Pois só assim, nas ruas amplas e céus abertos,
Brasília encontrará o alento para vencer seus desertos.
MEDO E CORAGEM
Todos os sentimentos são derivados do medo.
O medo é o estímulo neural primordial.
Sobrevive quem aprende a controla-lo e usa-lo.
Usar o medo é transforma-lo em coragem.
A coragem permite vencer o perigo, mesmo sem a certeza da vitória.
A covardia obriga o covarde a fugir do perigo, mesmo sem razão de derrota.
O medroso morre de medo;
O valente se revigora na coragem.
Não sabe como fazer perante um problema?
Não se deixe consumir pela inércia, também não fique preso ao medo do confronto, nem se entregue a passividade.
Acautele-se!
medo…
Como é possível uma palavra com apenas quatro letras, representar um dos maiores e mais sombrio sentimento…
O medo reprime, traz angústias, isolamento, depressão…
Quando o medo é associado à depressão, nada na vida faz mais sentido…
Dois sentimentos capazes de adoecer e findar à vida…
Medo; superar é a principal tarefa para se ter vida…
Que o medo seja ofuscado e nos traga fôlego de vida…
Hoje tive toda a certeza do meu sentimento por você
Vi que no seu abraço encontro minha paz
Na sua boca o melhor beijo que já tive na vida
E no teu olhar a resposta que eu tinha tanto medo de ter
Mas todos os meus medos saíram no momento que te olhei nos olhos
Porque percebi o quanto é louca por mim
Assim como eu por você.
Grudinho.
No vasto mundo do saber a fluir,
Não tema o conhecimento, deixe-o surgir.
A ignorância, também, não tema enfrentar,
Na busca da verdade, sempre avançar.
Sem ideologias, em busca da união,
Abra-se ao diálogo, de coração.
Troque ideias, sem restrição,
Aprendendo com a diversidade em ação.
Em cada livro, um universo a desvelar,
Olhos atentos, prontos a explorar.
A origem não importa, o que vale é aprender,
O conhecimento espera por você.
Curiosidade, guie-nos com fervor,
Descobrindo mistérios, a todo vapor.
Deixe o medo de lado, vença o receio,
No saber reside o poder que almejo.
Então, abrace o conhecimento em harmonia,
Encontrando sabedoria a cada dia.
Na troca e no respeito, erga seu canto,
Rimando versos, celebrando o encanto.
O Medo e a Coragem
O medo é como uma muralha no teu caminho,
que impede de ser quem tu és,
observe teus medos,
ultrapasse com coragem…
LABIRINTOS
Saudosos medos de infância
Em mitológicos centauros
Mas na firmeza da confiança
Vão se espantando os minotauros
Velhos temores são extintos
E quando tudo há de ser áureo
Vem outros novos indistintos
Mais importante é estar no páreo
Para enfrentar os labirintos.
Hoje eu senti medo de o querer tão bem.
Medo esse que me afasta, que me trava.
Era para ser lindo e hoje eu só sinto medo.
Entrega
Entregue-me todas as suas fantasias.
Sem medo e sem vergonha me confie
e os seus segredos mais atrevidos.
E se me desejares tua
assim como eu te quero meu,
então me faças para sempre tua,
porque dentro de mim
tu serás para todo sempre
unicamente meu.
A VISITA DA MORTE
Às vezes a morte grita nos meus ouvidos, por sorte, já não me assusto mais. Tornou-se comum para mim, gritar, buscando ofuscar o grito do fim. A morte não tem feição! Aparece sempre quando estou sozinho, me oferecendo seu abraço em meio a carência, e por mais doloroso que seja recusar, nunca o aceitei. Vivo nessa torre como Rapunzel, esperando que pelos meus cabelos alguém me salve; a verdade é que há anos aguardo esse momento, mas é difícil encontrar alguém! Eles nunca pensam que quem está em cima precisa de ajuda para descer.
Às vezes na vida as coisas apertam, nos sentimos pressionados, sufocados, encurralados e sem saída. Só que somos vida, movimento, flexibilidade, mutação e pulsação.
Podemos nos transformar, contornar e libertar.
Que aprendamos a circundar, transpor e saltar diante dos obstáculos, porque eles são como pedras inertes e odeiam nossa habilidade de fluir.
365 DIAS
Nosso amor contrária toda lógica existente. Somos como a lua cheia que ainda aparece durante o dia, como o vento no dia de calor. Já me perdi tantas vezes entre te amar ou não, que já não sei ser constante. Nosso amor é sobre o chocolate que um dia perderá sua validade, mas quem sabe não estejamos dispostos a enfrentar uma dor de barriga, a troco do nosso encontro.
CICATRIZ
Desde criança sempre gostei das minhas cicatrizes! Nunca lhes olhei com dó ou piedade, pelo contrário, as amei muito. Não amei pela dor que me foi causada, mas por cada história ali contada.
As cicatrizes que agora habitam meu cérebro, trazem consigo a dor, mas também as memórias de dias felizes que nunca se hão de partir. Para cada curativo, lhe dedico o viveram felizes para sempre! Nem sempre juntos, mas felizes sempre.
A GAIOLA
O passarinho havia nascido na gaiola, recebia comida diariamente, podia viver repousado. Certa feita, a casa entrou em chamas. A mãe da casa abriu a gaiola, na esperança que o passarinho fugisse sozinho, enquanto isso, foi salvar os seus dois filhos que estavam no quarto. Todos que ali residiam correram para fora, mas o passarinho por lá ficou. De tanto amor que recebeu, se acostumou a não fazer nada, mas quando as circunstâncias da vida o empurrou contra a parede, ele não soube voar, mesmo tendo lindas asas.
A SEMENTE INJUSTIÇADA
Estava vivendo inativo e estagnado, até que injustamente me enterraram aqui. O que fiz para merecer isto? Por que tiraram o meu ar?
Já faz algumas horas que estou submerso. Fiz amizade com a terra e as minhocas. A terra me fornece os nutrientes que preciso, as minhocas roubam eles de mim.
Um dia se passou... aqui embaixo estava tudo muito seco, mas agora me sinto hidratado. Acredito que a chuva está me resgatando, tentando me trazer a superfície.
Alguns dias se findaram e o tédio está sendo meu único consolo. Aqui embaixo é tão escuro e solitário, me sinto totalmente encurralado.
Mais dias chegaram ao fim e algo está mudando! Sinto meu corpo se expandindo, mas ainda não sei explicar muito bem.
"Outro dia se passou"; pelo menos foi isso que a terra me disse, afinal, não posso enxergar a luz. Faz tanto tempo que estou aqui, que vejo meus cabelos crescendo rapidamente, isso me assusta um pouco.
Mais um dia se findou. Por mais estranho que isso pareça, acredito que estou mais perto do solo.
Passei um bom tempo aqui embaixo, mas agora inesperadamente, brotei. Sinto-me vivo pela primeira vez em tanto tempo, não sei como isso é possível. Ainda vejo uma parte de mim lá embaixo, mas é ela que me sustenta aqui em cima. Minha vida nunca teve cor, sempre foi um mar de marasmo, e eu sempre gostei disso. Agora, depois de tudo que vivi soterrado, posso entender o ar que me faltava.
"Absorve todos os meus pensamentos, ela é tão linda! No fundo dos meus olhos, perto dela, nenhum medo. E se eclode algum, já suspeito: é VENUSTRAFOBIA. Eita, que mulher! Eu me quedo. Ela judia.
Não guento. Gamo. Pia, ela arrepia! E eu amo."
(06/02/2017)
Às vezes parecemos completamente estranhos
Mesmo que nossos olhares se cruzem às vezes
Eu não sei como chegamos aqui
O jeito que você olhava para mim, não conseguia entender
Eu não queria te machucar
Nunca achei que te poderia te amar
Juro que tentei
Mas meu coração nunca cedia
Tenho medo de onde isso poderia me levar
Então não quis me arriscar me apaixonar
Um amor mal escrito
Talvez por nunca ter permitido
Meu coração te amar
Pelo simples medo de arriscar
Ambos tenham saídos feridos
De um amor mal escrito
Que chegou ao fim
Antes mesmo de começar.