Poemas sobre Medo
Entre linhas se esconde o medo
Camuflado no campo da incerteza
Carregar no peito um segredo
Com chama de uma vela acesa
Infinito
Que bom seria se todos nossos amores fossem "nosso primeiro amor"
Seria ser feliz ao infinito
Ser feliz depois de ser feliz, e depois ser mais feliz ainda, denovo e denovo
Seria entrega, seria inocência, seria malícia, seria procura, calor, confiança seria coragem e também medo
Mas, não esse medo
Esse medo que não vem do coração
Esse medo que vem quando um primeiro amor já "fudeu" sua vida
E que péssimo!
Primeiro e último amor.
Aprendendo a navegar...
Estranha viagem é a vida. Somos lançados no mar da existência, em um pequeno bote, que chamamos corpo, dirigidos por um silencioso e estranho capitão, que chamamos alma, coração, mente... ou qualquer outro nome.
Ambos não se conhecem e talvez a única razão dessa estranha viagem seja possibilitar a aproximação desses estranhos navegantes.
Nas noites de tempestade, o pequeno barco percebe, aterrorizado, a sua patética fragilidade. Nesses momentos, transforma seu desespero em uma prece e tenta se agarrar a alguma verdade inventada, alguma certeza “absoluta”, a algum deus generoso para chamar de Pai.
Mas a fúria do mar revela a exata dimensão de tudo o que nos cerca, mostra que nossa ignorância não tem alcance para certezas absolutas, nossas verdades não passam de possibilidades que não possuem raízes no nosso coração e nosso Deus Pai continua tão silencioso quanto no dia em que o primeiro homem lançou ao mundo seu primeiro grito de horror em busca de um alento.
Onde estão as mãos que me colocaram nesta estranha viagem, sem guias, mapa ou uma bússola que me aponte um norte qualquer?
Por que não consigo compreender a rota que esse capitão sussurra e teimo em navegar por caminhos estranhos, que me afastam, cada vez mais, do meu porto seguro?
Sem certezas ou verdades, apenas amparada pelo anseio, ou pela suspeita de um Deus Pai, onde posso aportar meu abandono?
Camas cheias, corações vazios.
Corpos quentes, almas frias.
Geração onde o desapego
virou rotina.
Se busca algo novo
todo dia,
mas o que acontece
é a repetição do mesmo:
o medo de se prender,
de gostar,
de sofrer,
de tentar.
E por medo,
se sente menos,
se entrega de menos.
É a solidão acompanhada,
a carne saciada
e a alma sedenta por verdade,
querendo algo que dure além do amanhecer,
algo que no fundo faça valer a pena viver.
De que te serve o mundo que desconheces?
Talvez, acabando, comeces…
Fazes falta?
Enfim fica triunfante da dúvida a tirania...
A sorte sem piedade...
Passando por ermas noites...
Renovando todos os dias...
Há momentos que são quase esquecimentos...
Prometem-me uns vãos cuidados...
Promessas de outros mundos perdidos...
E assim consigo...
Possuir em sonho o que morreu...
Fingir que tudo está bem...
Mas para quem finjo afinal?
Por que enganar-me nesse mal?
Medo do vazio...
Ou do que não é preenchido?
Mas olha, tal qual é...
Que pouco ou muito é dito...
Não sei se sei o que digo...
Tem hora que nem sei o que sinto...
O segredo da vida é a inquietação...
Ser isto ou aquilo ou então não ser...
Perguntas sem
resposta...
Onde em cada instante...
Pensar é não compreender...
Sandro Paschoal Nogueira
O pânico sempre chegava naqueles dias turbulentos, e então não conseguia ver a luz, não sentia meu corpo, tudo era envolvido em medo e pavor...entendi que não podia evitar aquela sensação que tomava conta de mim, decidi conhecê-lo e me familiarizar com ele, ele estava ali por um motivo, se alimentava de mim e passei a fazer o mesmo com ele,
E então sua chegada se tornou comum, abracei-o em minhas entranhas e com todo o meu amor, nos tornamos um...agora respiramos juntos, não o temo mais, pois ele já não é estranho, aquilo que conhecemos e acolhemos nunca mais fere.
Medo Exasperado
Um som requintado
O castor reverbera na janela
Empurrando e batendo, chamando atenção
Sempre ouço, mas o desprezo.
Num dia, estava lá novamente
Soava rítmico, como água corrente
Decido estudá-lo. Parece aflito
Mas afoito com o inexplorado
Tentando adentrar à casa
Noutro dia, abrir-lhe entrada
Soa mais interessante conquanto observá-lo
Sua entrada, estupenda
Sua estadia, demorada.
O crepitar do fogo é mais aconchegante
Do que aquele conflito incessante.
Conselhos para mim mesmo. Se você quiser, pode ser pra você também.
Às vezes sentimos medo de andar em frente, de prosseguir; temos medo de crescer. Isso muitas vezes por causa do que o outro vai pensar. Por acaso você lê pensamentos? Na verdade, o medo é do que o outro irá "pensar" ou de você não saber lidar com seu crescimento e sucesso? Saiba que você é incrível e isso ninguém vai tirar de você. Sua essência. Seja Leve, apesar dos pesares. Seja luz onde há escuridão. Seja alento onde há dor mas, se você estiver na dor, então se permita acalentar. Não insista em algo que você sabe que não vai dar certo. Você sabe do que tô falando. Olhe pra frente, mesmo se as circunstâncias te puxam para o passado.
Hoje chorei algumas vezes antes de dormir pensando em você..
não sei o que acontece..
é como se eu não pudesse me controlar..
toda vez que te vejo, minha respiração começa a falhar e meu rosto a queimar cada vez mais.
é como se meu estômago quisesse sair do meu corpo, e como se minhas pernas perdessem a força..
Eu realmente não sei o que está acontecendo, seu olhar é como um abismo que me deixa perdido toda vez que te vejo...
sua boca é como um mistério
que me faz ansiar cada vez mais por desvendar..
Afinal eu sempre choro... choro por não conseguir te alcançar, choro por não poder te confessar meus sentimentos...
Acho que você nunca vai me ver como outra coisa senão "amigo"
Também não pago para ver, com certeza a dor da rejeição é maior do que posso suportar.
Prefiro sofrer sem saber sua resposta do que sofrer por sua rejeição..
Com amor, para meu amor platônico.
INCERTEZAS
Que bom vê-la coagida
Em voltar brincar com a vida
Assim, meio na chibata
No açoite que arrebata
As incertezas do medo
Permitindo um novo enredo
Deixando o que não importa
Virar chave à outra porta!
CAPACIDADE DE ENTENDER SEU INTERIOR.
Uma constatação e uma certeza do que passamos em busca de muitas coisas em nossa vida. Se procura sua felicidade ou a sua realização, pense e reflita um pouco. Sua felicidade não se encontra em pessoas, objetos desejados ou mesmo uma vida de aparências, tenha critérios ao entender que em nada destas coisas pode estar sua felicidade ou realização.
Nossa felicidade ou sentimento de realização se encontra construída de dentro para fora, tudo isto precisa ser construído com sua capacidade de entender seu interior, sua paz interior, seu coração voltado ao bem, sua luz que erradia quando produz o bem em suas atitudes e pensamento.
Não tenha medo de ser infeliz, não tenha medo de não conseguir o que deseja, crie uma junção de coragem, força, e fé no seu interior para que extraia o melhor de você.
Construa sua morada interior alicerçada no que tem de melhor, assim descobrirá que não há limite para sonhar e conseguir o que deseja, assim descobrindo a real felicidade e propagar o bem sem ver a quem.
Sempre deixando em seu caminho percorrido uma luz do bem, bem como, a paz e tranquilidade, principalmente voltados a seu próprio bem interior.
Ofereço-vos,
essa ingênua esperança,
em teu momento de desespero,
até que se aparte o medo
e haja um coração resoluto
e volte um profundo fruto
ainda haverá esperança
na morte de tudo
§
O MEDO
O medo é segurança, a falta do medo pode ser um ato inconsequente, ignorando o perigo.
O medo tranca a porta, a falta do medo abre janelas, trazendo riscos desnecessários...
Élcio José Martins
Quando recebi o diagnóstico positivo, uma infinidade de sentimentos me invadiu, e um dos maiores medos que senti foi o medo de ser rejeitado. Eu temia que as pessoas se afastassem de mim, que me julgassem, que tivessem medo de se aproximar e de me tocar. Também tinha medo de perder a minha autonomia, de não poder mais fazer as coisas que eu gostava ou de precisar depender dos outros. Além disso, tinha receio de que a minha vida profissional fosse prejudicada, de que as pessoas não quisessem trabalhar comigo ou de que eu perdesse oportunidades por conta da minha condição de soropositivo. E, por fim, o maior medo que eu senti foi o medo de morrer, de não ter mais tempo para viver os meus sonhos e de deixar as pessoas que eu amo.
Todos esses medos foram difíceis de lidar, mas com o tempo, aprendi que não podia deixar que eles me dominassem. Fui atrás de informações sobre a minha condição, busquei apoio em grupos de ajuda, e fui trabalhando minha autoestima para não me sentir inferiorizado em relação aos outros. Aos poucos, fui me adaptando à nova realidade, e percebi que ainda tinha muitos sonhos a realizar e muitas coisas para viver.
Se você está passando por isso, saiba que é normal sentir medo e insegurança, mas é importante que você busque ajuda e informações para lidar com a situação. Não deixe que o medo te paralise, e lembre-se sempre de que você é capaz de viver uma vida plena e feliz, mesmo com a condição de soropositivo.
Contar ou não contar? Essa é uma das questões mais importantes na vida de um soropositivo. Desde o momento em que recebi o diagnóstico, passei horas e horas pensando nisso. Contar para a família, para os rolinhos casuais ou para os namoradinhos mais sérios? Cada situação é diferente e exige uma abordagem diferente.
No caso da família, senti que era minha obrigação contar, afinal, eles são as pessoas mais próximas e que poderiam me dar o suporte necessário. Contar para amigos e rolinhos casuais foi um pouco mais complicado, porque não queria que a minha sorologia me definisse. Afinal, sou muito mais do que o vírus que tenho no corpo.
Já em relacionamentos mais sérios, a decisão de contar se torna ainda mais delicada. Não apenas pelo medo da rejeição, mas também pela falta de conhecimento que ainda existe sobre a doença e como ela é transmitida. No entanto, acredito que a honestidade é sempre a melhor opção.
Mas é importante lembrar que existe uma lei que protege a privacidade do soropositivo. É o chamado sigilo sorológico, que garante o direito de não revelar a sorologia em situações como entrevistas de emprego ou acesso a serviços de saúde. Devemos preservar a nossa imagem e os nossos direitos.
Em resumo, contar ou não contar é uma escolha pessoal e não há uma resposta única e certa. O importante é se sentir confortável com a decisão e saber que, no final das contas, somos muito mais do que a nossa sorologia.
É difícil, mas tudo bem, eu aguento
É demais para suportar sozinho
Preciso de você, estou com medo
Sinto-me como desenhando
Em uma tela pequena
E tudo
Parece um conto de fadas!
De repente
Vejo-me em uma tela grande
O medo, a ansiedade e o pânico aflora
Pensei que estivesse no controle!
E assim vamos indo vida afora...
Com dúvidas, com certezas, com coragem, com medo, caindo, mas sempre se levantando!
É que somos normais, e os normais têm dessas coisas todas.
Ei!
Não tenha medo de seguir seus sonhos e fazer o que você acredita ser certo.
Não tenha medo de se arriscar e falhar, pois isso é parte do processo de aprendizagem.
Não tenha medo de questionar as ideias e opiniões dos outros, pois isso promove o diálogo, o debate e a reflexão.
Não tenha medo de mudar de ideia ou de seguir novos caminhos, pois isso é o que nos ajuda a aprender e a crescer.
Não tenha medo de errar, pois isso nos permite melhorar e evoluir.
Em Brasília, cidade das pedras portuguesas,
Onde a arquitetura impõe suas certezas,
Há um sentimento sombrio de desesperança,
Onde a tristeza dança em cada lembrança.
As ruas delineadas, frias e retas,
Refletem uma alma em busca de respostas,
A saudade permeia os corações solitários,
Em meio a um mar de incertezas e cenários adversários.
As pedras, silenciosas testemunhas do tempo,
Contemplam a melancolia que se faz presente a todo momento,
A nostalgia paira no ar, como um manto de dor,
E a desesperança invade cada recanto com fervor.
O medo sussurra ao pé do ouvido,
Espalhando inseguranças e desassossego aturdido,
Os sonhos se esvaem na vastidão do concreto,
Deixando um vazio profundo e incompleto.
Brasília, cidade de ângulos retos e sentimentos curvos,
Onde a tristeza habita os corações mais reservos,
A desesperança tece teias em cada pensamento,
Deixando o horizonte envolto em lamento.
Mas em meio às pedras portuguesas, uma chama persiste,
Uma luz tímida, que mesmo triste, insiste,
No poder da transformação, na força da esperança,
Para romper as amarras da desesperança e da bonança.
Que a saudade encontre seu lugar de acolhida,
Nos corações resilientes, na alma atrevida,
Que o medo seja um mote para a coragem surgir,
E que as incertezas sejam oportunidades de existir.
Pois mesmo em meio à desesperança e tristeza,
Há uma resiliência que a cidade enaltece,
Brasília, com suas pedras e histórias entrelaçadas,
Guarda a esperança de dias melhores, renovadas.
Que a desesperança e a tristeza possam se dissipar,
Deixando espaço para a alegria voltar a ecoar,
E que a cidade possa reencontrar sua luz,
Em meio às pedras portuguesas, no compasso da cruz.