Poemas de Martha Medeiros

Cerca de 916 poemas de Martha Medeiros

Mas, detalhe: não vive quem se economiza, quem quer felicidade parcelada em 24 vezes sem juros. Aliás, ser feliz nem está em pauta. O que está em pauta é a busca, a caça incessante ao que nos é essencial: ter paixões e ter amigos. O grande patrimônio de qualquer ser humano, quer ele perceba isso ou não.

Inserida por katiacristinaamaro

A cada meia hora, um estado de espírito diferente. À noite, meu cansaço é igual ao de um maratonista, é como se eu tivesse atravessado dezenas de quilômetros, entre subidas e descidas. Mas, ao contrário do que acontece nas atividades físicas, as descidas são as que mais consomem minha energia.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.
Inserida por JujuNico

Certas coisas machucam mais do que o primeiro tombo de bicicleta, tem coisas que ferem tão profundo quanto um corte, essas coisas não se vêem é quando você chora por dentro, embora não sangre por fora, a vida faz uma cicatriz invisível permanente e sempre que você se lembra, arde, mas serve pra que evite errar novamente e espalhar mais dessas pela sua alma.

Inserida por camyllag

Não morro de amores por pessoas sem mistério, quando se é muito transparente, muito risonho e educado é raro ser levado a sério.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Nota: Trecho do poema Link

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Inserida por maahoi


Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia,um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Inserida por Samiaferreira

⁠É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica A Voz do Silêncio, publicada em 1999.

Inserida por Samiaferreira

Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender... praticamente tudo. Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.

Inserida por lubaffa

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "As razões que o amor desconhece" de Martha Medeiros.

Inserida por VivianeGoncalves

⁠A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos!

Martha Medeiros

Nota: Trecho do texto Felicidade Realista, que costuma ser erroneamente atribuído a Mário Quintana.

Inserida por Kbuloso

⁠Atravessar fronteiras era um desejo meu desde menina, incluindo as fronteiras mentais, não apenas as geográficas. Conhecer, descobrir, avançar, aprender: verbos que de certa forma me definem, todos relacionados com o exercício da liberdade.

Martha Medeiros
Um lugar na janela. Porto Alegre: L&PM, 2012.
Inserida por felipeninefour

Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.

Martha Medeiros
Doidas e santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Trecho da crônica Falar, de 2 abril de 2006.

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Inserida por adoravelsam

⁠Se a felicidade depende de nossas escolhas, é da sorte a última palavra. Você pode escolher livremente virar à direita, e não à esquerda, mas é a sorte que determinará quem vai cruzar com você pela calçada, se um assaltante ou o Chico Buarque.

Martha Medeiros
Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Trecho da crônica Para que lado cai a bolinha.

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Inserida por adoravelsam

⁠O que todos deveríamos aceitar: nosso controle é parcial. Há quem diga até que não temos controle de nada. Não existe satisfação garantida e tampouco frustração garantida, estamos sempre na mira do imprevisível. Treinamos, jogamos bem, jogamos mal, escolhemos bons parceiros, torcemos para que não chova, seguimos as regras, às vezes não, brilhamos, decepcionamos, mas será sempre da sorte o ponto final.

Martha Medeiros
Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Trecho da crônica Para que lado cai a bolinha.

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Inserida por adoravelsam

Tenho um problema com esta esfuziante e libidinosa festa popular [Carnaval]. Não consigo me soltar. Todo mundo pula, brinca, se acaba, enquanto eu entro na minha fase mais introspectiva.

Martha Medeiros
Non Stop: Crônicas do cotidiano. Porto Alegre: L&PM, 2007.

Nota: Trecho da crônica Minha fantasia de Carnaval.

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Inserida por pensador

Eu sei como é que você se cura, se trata, você não chora nem lamenta, você volta pra rua, você vai atrás de todas as mulheres nuas feito um vira-lata, (...) você está me matando dentro de você, e eu morro a quilômetros de distância, a sós comigo mesma, você transa com outra e me mata, você goza e me mata mais um pouco, você dorme e me deixa insone pra sempre, eu sei que não vai ser pra sempre, mas eu não enxergo o dia de amanhã, hoje eu só estou acordada pro eterno desse pesadelo, você era meu, droga, exclusivamente meu até dias atrás, meu como esse sofrimento.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

“Todos nós somos diferentes e idênticos, dependendo do que se trata. Temos desejos e angústias parecidas, e desejos e angústias únicas. Uns são mais iguais que outros, uns são mais estranhos que os demais, e essa saudável miscelânea é que dá graça à vida.”

Inserida por lubaffa