Poemas de Mario Quintana - Cuide do seu Jardim

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O PEDREIRO E O CASTELO

Conheci um Pedreiro que dedicava sua vida a realizar seu maior sonho: ele queria construir um Castelo.

Mas ele trabalhava sozinho, seus recursos eram poucos, e havia dias em que ele nem conseguia avançar na Obra, mas ele persistia em sua tarefa ano após ano, até que o tempo de seus dias chegou ao fim, e eram muitos os que lamentavam o fato de ele nunca ter realizado seu sonho de terminar o Castelo, ao que ele retrucou com um leve sorriso em seu leito de morte: enganam-se todos, dizia ele. Me senti extremamente feliz e realizado todos os dias, ao assentar cada pequeno tijolo!

Atentai, pois, nestas palavras:
Teus sonhos não são construídos no futuro, mas no presente;
Haverão problemas e dificuldades, mas também haverão vitórias;
Aproveite, portanto, cada momento, caminhando e construindo
por que a Felicidade não está no fim, mas no caminho.

O Rabino que Lia

O Rabino Dov Baer estudava as escrituras sagradas, enquanto seu filho de apenas 1 ano dormia tranqüilamente ao lado de sua mesa de trabalho. Em dado momento, a criança acordou e começou a chorar compulsivamente. O Rabino Dov Baer, concentrado no que lia, não prestou a menor atenção ao seu filho. A criança chorou horas seguidas, até que o Rabino Zalman veio correndo do seu quarto e colocou-o no colo. Quando os gritos do menino finalmente cessaram, Zalman virou-se para o Dov Baer e disse: "Admiro sua concentração no trabalho. Se queremos entender Deus, é importante o estudo das escrituras. Mas, se queremos nos aproximar de Deus, Temos que primeiro consolar aqueles que estão chorando."

- Até quando for preciso. Estarei aqui.
- Talvez dependa de mim.
- Tudo tem seu tempo. Há o tempo deles, também. Eu sou a ponte para você, você é a ponte para eles.
- Tenho medo que você falhe. Porque, se você falhar, eu falho também. E eu não posso.
- Eu não vou falhar. Não porque não posso, mas porque não quero.
- É como um pacto?
- Se você quiser.

O que está perdido na vida
Vive atráves da essência do seu ser
Que é sustentado pelo poeta
Na memória e no verso

Beco Sem Saída

As circunstâncias se tornaram um beco sem saída
Seu orgulho te traiu e te jogou no chão
E as cicatrizes dessa história mal escrita
Se converteram no aprendizado da reconstrução

Mas todos vivemos dias incríveis
Que não passam de ilusão
Todos vivemos dias difíceis
Mas nada disso é em vão

Todo bem que você faz pra quem te ama
E quem te ama te faz
Isso tudo é o que te faz levar a vida na paz
Só Deus sabe quanto tempo
Que o tempo deve levar

As circunstâncias se tornaram um beco sem saída
Seu orgulho te traiu e te jogou no chão
E as cicatrizes dessa história mal escrita
Se converteram no aprendizado da reconstrução

Mas todos vivemos dias incríveis
Que não passam de ilusão
Todos vivemos dias difíceis
Mas nada disso é em vão

Todo bem que você faz pra quem te ama
E quem te ama te faz
Isso tudo é o que te faz levar a vida na paz
Só Deus sabe quanto tempo
Que o tempo deve levar

Viver, viver e ser livre
Saber dar valor para as coisas mais simples (2x)
Só o amor constrói pontes indestrutíveis

A arte maior é o jeito de cada um
Vivo pra ser feliz não vivo pra ser comum.

Lamento do oficial por seu cavalo morto


Nós merecemos a morte,
porque somos humanos
e a guerra é feita pelas nossas mãos,
pelo nossa cabeça embrulhada em séculos de sombra,
por nosso sangue estranho e instável, pelas ordens
que trazemos por dentro, e ficam sem explicação.


Criamos o fogo, a velocidade, a nova alquimia,
os cálculos do gesto,
embora sabendo que somos irmãos.
Temos até os átomos por cúmplices, e que pecados
de ciência, pelo mar, pelas nuvens, nos astros!
Que delírio sem Deus, nossa imaginação!


E aqui morreste! Oh, tua morte é a minha, que, enganada,
recebes. Não te queixas. Não pensas. Não sabes. Indigno,
ver parar, pelo meu, teu inofensivo coração.
Animal encantado - melhor que nós todos!
- que tinhas tu com este mundo
dos homens?


Aprendias a vida, plácida e pura, e entrelaçada
em carne e sonho, que os teus olhos decifravam...


Rei das planícies verdes, com rios trêmulos de relinchos...


Como vieste morrer por um que mata seus irmãos!


(in Mar Absoluto e outros poemas: Retrato Natural. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1983.)

Duas lagartas teceram cada uma seu casulo. Naquele ambiente protegido, foram transformadas em belíssimas borboletas. Quando estavam prestes a sair e voar livremente, vieram as ponderações. Uma borboleta, sentindo-se frágil, pensou consigo:
"A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser despedaçada e comida por um pássaro. E, mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com as tempestades. Um raio poderá me atingir. As chuvas poderão colabar minhas asas, levando-me a tombar no chão. Além disso, a primavera está acabando, e se faltar o néctar? Quem me socorrerá?". Os riscos de fato eram muitos, e a pequena borboleta tinha suas razões. Amedrontada, resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas, como não tinha como sobreviver, morreu de um modo triste, desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclausurada pelo mundo que tecera.
A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais do que os acidentes que viriam. E assim, partiu. Voou em direção a todos os perigos. Preferiu ser uma caminhante em busca da única coisa que determinava a sua essência.

Eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida.

Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo.

E sabe de uma coisa? Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você...

E é só colocar o dedo no teclado (ou a caneta no papel), que o relógio instantaneamente dá seu click. A imagem descongela. A página em branco toma vida. E a história começa – sutilmente – a se desenrolar. (Mesmo que dentro de mim).
Não tem jeito. Palavras ditam minha ordem. Moldam meus capítulos. Me mostram quem sou. (E quem, na verdade, eu poderia ser). Ao escrever, tudo torna-se possível. É meu reino imaginário, onde vez por outra encontro traços reais de mim mesma.
Em palavras, eu me encontro. É a hora onde eu me sinto mais livre. Mais completa. E descubro as minhas diversas faces. Fases. E frases.
Em versos, percebo meus lados incertos. Inversos. Minhas dúvidas, devaneios e reticências... E, mesmo que me assustem, estou ali: escrita. Pronta para me ler. Reler. E me editar.

VIDA E MEDO


Cada um tem o seu modo de estar em paz com a própria vida. Alguns precisam de segurança e outros se entregam sem medo. Não a fórmula para se viver o próprio sonho. O escritor S. Anderson sempre foi rebelde e só conseguia escrever diante de sua rebeldia. Seus primeiros editores, preocupados com a situação de miséria com que Anderson costumava viver, resolveram enviar para ele um cheque mensal como adiantamento de sua
próximas novela. Depois de um tempo, receberam a visita do escritor, que apareceu la apenas para devolver todos os cheques. "Faz tempo que não consigo escrever uma linha", disse Anderson. "Para mim, é impossível trabalhar com a segurança financeira me olhando do outro lado da mesa".


"CADA UM TEM O SEU
MODO DE ESTAR EM
PAZ. NÃO HÁ FÓRMULA
PARA SE VIVER O
PRÓPRIO SONHO"

É tempo de amar

Eu quero falar da emoção que cerca a nossa vida.
E perguntar para o seu coração se ele ainda dispara,
ao ouvir a voz de alguém e se ele reconhece a paixão.
Quando uma voz vira melodia,
quando a noite parece dia,
quando o amor envolve e encanta,
e todo mal logo espanta,
deixa no ar perfume de flores.

O amor seca feridas, alivia as dores.

Mas, se o coração está amargurado,
se a decepção tomou conta e formou esse quadro.
O amor quase não tem chance de se mostrar.
Você fecha a visão da emoção,
entristecido pelo tempo, seca a paixão.

O medo de amar é couraça, uma ilusão.
Pois quando o amor insiste,
ele não desiste,
e nos mostra que na vida,
é possível amar muitas e muitas vezes,
outras pessoas tão diferentes quanto o nosso humor.
Assim é o amor.

Desejo que o desejo de amar permaneça em você!
Que não desista de fazer essa energia vibrar na sua alma.
Busque o amor com dedicação, com calma.
Sem pressa e sem medo de ser feliz.

Se alguém te machucou, levante a cabeça.
Olhe para a frente, para o novo tempo.
O coração precisa enxergar no dia,
os olhos dessa pessoa que quer te encontrar,
e juntos, além do tempo e da distância,
não perder mais nada e simplesmente,
amar.

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlaçemos as mãos).

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.

Com 20 anos, seu telefone toca e você da um salto duplo carpado. Com 30 você ignora porque finalmente você achou uma posição boa no sofá!!!

Não demos certo por uma incompatibilidade de agendas: a minha é Louis Vuitton e a dele, do Grêmio ;)

"Não é você. E lá vem você me perguntar porque é que estão todos casando, e falar pela trigésima vez que você vai acabar sozinho e não deve nada a ninguém. E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você. E eu me digo que não é você. Porque, se fosse, meu sono seria paz e não vontade de morrer."

"E lembro da primeira vez que eu te vi e te achei meio feio, vesgo, estranho. Até que você me suspendeu no ar por razão nenhuma eu tive certeza que meu filho nasceria um pouco feio, vesgo e estranho."

E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz ()

Sim, o seu olhar é sem inveja: e é por isso que o honrais?
Preocupa-se pouco com as vossas honras;
Tem o olho da águia, olha para o que está longe,
Não vos vê!... Apenas vê os astros e as estrelas!

A fome/2

Um sistema de desvinculo: Boi sozinho se lambe melhor.., O próximo, o outro, não é seu irmão, nem seu amante. O outro é um competidor, um inimigo, um obstáculo a ser vencido ou uma coisa a ser usada. O sistema, que não dá de comer, tampouco da de amar: condena muitos à fome de pão e muitos mais à fome de abraços. p. 81


Dizem as paredes/l

No setor infantil da Feira do Livro, em Bogotá:
O Loucóptero é muito veloz, mas muito lento.
Na avenida costeira de Montevidéu, frente do rio-mar:
Um homem alado prefere a noite.
Na saída de Santiago de Cuba:
Como gasto paredes lembrando você!
E nas alturas de Valparaíso:
Eu nos amo.

p. 83

de O Livro dos Abraços

Quero Saber.

Quero saber
Se o seu amor é cristo,
Pois sem ele eu não existo
Nem você pode crescer
Se você tem muito amor
Por seu irmão
Diga logo para ele
Que ele está em seu coração.

De casa em casa, repartindo o pão,
Louvando em todo o tempo ao senhor
Compartilhando esse grande amor
Que vem do coração do senhor

Vim te trazer flores colhida no jardim do amor
nelas te trago o carinho, a plenitude da vida,
o brilho da esperança o sorriso da criança,
o perfume que você deixou e a saudade que ESTOU.

Até uma boa decisão, se for tomada por motivos errados, pode ser uma má decisão.

(Governador Weatherby Swann)

Piratas do Caribe

Nota: Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2003)

Precisa se perder para achar lugares que não se acham, se não todos saberiam onde fica.

(Capitão Barbossa)

Piratas do Caribe

Nota: Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (2007)

Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.

Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente