Poemas de Mario Quintana - Cuide do seu Jardim
Os homens, tão enfadonhos quando se trata das manobras da ambição, são atraentes ao agirem por uma grande causa..
Há muitos homens que se queixam da ingratidão humana para se inculcarem benfeitores infelizes ou se dispensarem de ser benfazentes e caridosos.
Um político de gênio, quando se encontra à frente dos negócios públicos, deve trabalhar para não se tornar indispensável.
O homem não pode de forma alguma impedir de ter pela mulher um desejo que a aborrece; a mulher não pode de forma alguma ter pelo homem uma ternura que o aborrece.
A vida, quando é miserável, custa a suportar; se é feliz, é horrível perdê-la. Uma coisa equivale à outra.
Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.
Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.
Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.
O interior das famílias é muitas vezes perturbado por desconfianças, ciúmes e antipatias, e enganam-nos as aparências de satisfação, calma e cordialidade, fazendo-nos supor uma paz que não existe; poucas há que ganham em ser aprofundadas.
É necessário subir muito alto para bem descortinar as ilusões e angústias da ambição, poder e soberania.
A criatividade de uma nação está ligada à capacidade de pensar e teorizar, o que requer uma boa educação e, daí, partir para o inventar e, depois, ir até as últimas consequências no fazer.