Poemas de Mario Quintana - Cuide do seu Jardim

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Frequentemente tive a ocasião de observar que quando a beneficência não prejudica o benfeitor, mata o beneficiado.

O apetite do privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões dominantes e contraditórias dos franceses em todas as épocas.

A ignorância dócil é desculpável, a presumida e refratária é desprezível e intolerável.

É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito.

A tortura é uma invenção maravilhosa e absolutamente segura para causar a perda de um inocente.

Há tantos vícios com origem naquilo que não estimamos o suficiente em nós, como no que estimamos mais.

A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.

As crenças religiosas fixam as opiniões dos homens, as teorias filosóficas perturbam-nas e confundem.

Há grandeza mais verdadeira numa boa ação do que num bom poema ou numa grande vitória.

A vitória de uma facção política é ordinariamente o princípio da sua decadência pelos abusos que a acompanham.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.

O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem.

Condenamos por ignorantes as gerações pretéritas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras.

Nos nossos revezes, queremos antes passar por infelizes, do que por imprudentes, ou inábeis.

Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia.

Os defeitos de quem amamos, devemos vê-los com os mesmos olhos com que vemos os nossos.

Um empreendimento imagina-se e começa-se com facilidade; mas na maior parte das vezes sai-se dele com dificuldade.