Poemas de Maquiavel
Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de uma terceira maneira, escolhendo no seu Estado homens sábios e só a estes deve dar o direito de falar-lhe a verdade a respeito, porém, apenas das coisas que ele lhes perguntar. Deve consultá-los a respeito de tudo e ouvir-lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e, com conselhos daqueles, conduzir-se de tal modo que eles percebam que com quanto mais liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões serão seguidas.
Niccolò Machiavelli - O Príncipe - cap XXIII
Livrando-se da adulação e bajuladores:
... porque os homens se comprazem tanto nas coisas próprias e de tal modo se enganam nestas, que é com dificuldade que se defendem dessa peste; querendo-se evitá-la, há o perigo de se ser desconsiderado, pois não há outro modo de guardar-se da adulação, senão fazer com que os homens entendam não fazer-te ofensa por dizer a verdade;
Niccolò Machiavelli - O Príncipe - cap.XXIII
… um erro do qual os príncipes só com dificuldade se defendem, se não são muito prudentes ou não fazem boa escolha. Refiro-me aos aduladores de que as cortes estão cheias;
Niccolò Machiavelli - O Príncipe - cap XXIII
A primeira conjetura que se faz, a respeito das qualidades de inteligência de um príncipe, repousa na observação dos homens que ele tem no seu redor.
Quando estes são competentes e fiéis, pode-se reputá-lo sábio, porque soube reconhecer as qualidades daqueles e mantê-los fiéis. Mas, quando não são assim, pode-se ajuizar sempre mal do senhor, porque o primeiro erro que cometeu está nessa escolha.
[Niccolò Machiavelli in O Príncipe - cap.XXII]
“Quanto à opinião de que não deveis intervir na guerra, nada é mais nocivo aos nossos próprios interesses, pois sem compensação e ingloriamente, sereis presa do vencedor”. (opinião do delegado dos romanos no Concílio dos Aqueos)
citação em O Príncipe - XXI
“A prudência está justamente em saber conhecer a natureza dos inconvenientes e adotar o menos prejudicial como sendo bom”.
(O Príncipe - cap.XXI)
Em um conflito, aquele que não é amigo te solicitará a neutralidade, enquanto aquele que é te solicitará que tomes posição abertamente de armas nas mãos.
Quando abertamente se coloca a favor de alguém contra outra pessoa, é reconhecido como verdadeiro amigo e inimigo, opção que se revela sempre mais vantajosa que a neutralidade. Pois o vencedor não deseja amigos dúbios que deixam de apoiá-los nas adversidades, e o perdedor não te socorre porque não quiseste de armas em punho partilhar da sorte dele.
Se aquele a quem te uniste vencer, mesmo que seja poderoso e que fiques à sua mercê, ele se sentirá ligado a ti por uma obrigação e afeto; e os homens não são jamais tão desonestos a ponto de, com tal exemplo de ingratidão, te oprimirem. Mas se aquele a quem te uniste perde, serás amparado por ele, te ajudará enquanto puder e se tornará parceiro de uma sorte que pode ressurgir.
...é comum nos homens não se preocupar, na bonança, com as tempestades.
Niccolò Machiavelli in O Príncipe
Veem-se aqui extraordinárias ações de Deus, como ainda não se teve exemplo: o mar se abriu, uma nuvem revelou o caminho, da pedra brotou água, aqui choveu o maná; tudo concorreu para a vossa grandeza. O que resta a fazer é tarefa que a vós compete. Deus não quer fazer tudo, para não nos tolher o livre-arbítrio e parte da glória que nos cabe.
Niccolò Machiavelli in O Príncipe
… penso poder ser verdade que a fortuna seja árbitra de metade de nossas ações, mas que, ainda assim, ela nos deixe governar quase a outra metade . Comparo-a a um desses rios impetuosos que, quando se encolerizam, alagam as planícies, destroem as árvores, as construções, arrastam montes de terra de um lugar para outro: tudo foge diante dele, tudo cede ao seu ímpeto, sem poder obstar-lhe e, se bem que as coisas se passem assim, não é menos verdade que os homens, quando volta a calma, podem fazer reparos e barragens, de modo que, em outra cheia, aqueles rios correrão por um canal e o seu ímpeto não será tão livre nem tão danoso.
Do mesmo modo, acontece com a fortuna; o seu poder é manifesto onde não existe resistência organizada, dirigindo ela a sua violência só para onde não se fizeram diques e reparos para contê-la.
Niccolò Machiavelli in O Príncipe
… muitos têm tido e têm a opinião de que as coisas do mundo são governadas pela fortuna e por Deus, de sorte que a prudência dos homens não pode corrigi-las, e mesmo não lhes traz remédio algum. Por isso, poder-se-ia julgar que não deve alguém incomodar-se muito com elas, mas deixar-se governar pela sorte.
(…) penso poder ser verdade que a fortuna seja árbitra de metade de nossas ações, mas que, ainda assim, ela nos deixe governar quase a outra metade .
Niccolò Machiavelli in O Príncipe
“Os homens não são nunca tão maus que queiram oprimir a quem devem ser gratos”.
O Príncipe - cap.XXI
E se poderia num longo discurso para mostrar como são melhores os frutos da pobreza que os da riqueza e como uma tem trazido honra às cidades, às províncias e aos partidos, enquanto a outra os tem arruinado, se este assunto já não tivesse sido tratado muitas vezes por outras pessoas.
Todos os Estados bem governados e todos os príncipes inteligentes tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo ao descontentamento.
Só uma mente maquiavélica como a de Maquiavel para defender a tese de que "os fins justificam os meios".
Um dos maiores obstáculos de nossas vidas é a convivência com seres de condutas errôneas e maquiavélicas.
Percepções
Segundo Maquiavel, "nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles."
Todavia, quem se alia a bajuladores, dissimulados e oportunistas pode ficar escondido sob falsas imagens, mas essas se degradam aos poucos, com o tempo deixando vir a luz a verdade.
Quem vive em meio a covardes, por mais vívido e impetuoso que seja, há de se tornar um covarde, talvez o maior deles.
Quem se acostuma contente a mediocridade jamais poderá ver horizontes mais largos, nem tocar o céu.
Como dizia Maquiavel a 500 anos atrás, a familia esquece o morto mas nunca os bens do morto. Na guerra se pergunta ao morto quando lhe devo de pensão, de pouco importa se seus uniformes e pertences serão devolvidos.80% das familias não reinvidicam esses pertences".
Você será sempre lembrado pelas coisas em dinheiro e patrimônio que deixou, poucos lembrarão de suas piadas"
Os amigos lembrarão das festas e das bebidas inclusas, os funcionários de como era bom a politica salarial com você vivo, e sua esposa se lembrará agradavelmente se lhe sobrarem poupanças, bens e casas de veraneio. Na maioria dos casos os seus pertences, suas fotos pela casa rapidamente será recomendável desaparecerem das vistas da viúva, porque sua foto traz a lembrança e consequentemente o choro e tristeza. O carro importado, o dinheiro, a casa na praia, nem tanto.
O certo é deixar suas memórias para os outros, porque aos seus pouca importância darão. Mas é claro que em toda regra tem exceção