Poemas de Mágoas
MÁGOAS ÀS MARGENS DO UNA
(Do recital “Alma de Poeta”)
Vou jogar as mágoas
Às margens do Una
Para que as águas do Rio
Carreguem para o mar
Sob o olhar da Baraúna
Toda minha tristeza
E que o mar sem fim
Feliz possa desaguar
Fazendo ressuscitar
Quem gosta de mim
Mas, se por acaso o mar
Esquecer de se lembrar
Novamente as mágoas
No Rio irei jogar
Porque todo amor
Que existe em mim
É um mar sem fim!
Eu sei
Corações se partem
Lágrimas machucam
Mágoas explodem
Decepções são constantes
Barreiras são levantadas
Solidão é um silênciar da alma
Paixão é temporária
A vida é curta
Momentos são eternos
Carinho não tem preço
Abraço fala mais que palavras
Beijo desperta sentidos
Ódio se auto-destrói
Deus existe
Amigos são para vida toda
A escuridão existe
A luz também
Tempestade são temporárias
E que o sol sempre vai voltar amanhã..
Muitas vezes, deixamos nos levar
Por magoas, ressentimentos
Tentamos enganar a nós mesmos
Escondendo o que sentimos
Deixamos o mal, sobressair ao bem
Sofremos por orgulho bobo
Sabendo que dentro do coração
O amor esta muito mais além
Ah! mágoa....mágoa ....mágoa
Que não deixa você enxergar
Que dentro do meu peito, meu coração
Bate mais forte por você
Minha amada, minha adorada
Meu dia é sombrio...cinzento
Meu mundo não é mais mundo
Pois você não sou mais amado
O amor....ah! esse amor infinito
Esse amor lindo, carente
Sedento...sedento por você
Pois você....é tudo que há em mim!...
Quando estamos tristes Encontramos lembranças,
Choramos mágoas,
Isolamos vazio,
Sofremos momentos
Lamentamos perdas
Lembramos daquela pessoa
Daqueles carinhos
Carinhos vividos
Em gestos e atitudes
De um amor sincero
Pra sempre lembrados
Pra sempre guardados
No fundo da alma..
Não guarde rancor,
arranque do coração
as mágoas do passado
e tenha fé que Deus
restaura e limpa todas
as tristezas que insistem
em te derrubar.
MÁGOAS
Mágoas que apagam as luzes !
Vem de fora, de quem menos se espera!
Possivelmente e de súbito inconsciente.
O silencio que outrora fora um carnaval
Voltou e não restabeleceu a Harmonia
Que Agonia, peito aperta, solidão machuca
Magoastes e feito um gelo sequer notastes!
Diga alguma coisa!
Reclame, chame grite, acuse,
Argumente, olhe em meus olhos
Mas, por favor não silencie.
Vou morrer do silencio teu.
Mágoas carimbam a alma
feito Gado marcado ao couro.
Abatida, presa a eterna apatia da tua frieza
Vou partir ja que aqui encontrei nada!
Então , de nada vale ficar
Sou mulher , forte e de fibra.
Magoas fazem cicatrizes que passam
Com o tempo eu sei disso
Insuflo os pulmões de Oxigênio
Expiro o ar insuflado, alivio imediato
Não caminho para trás,
Sigo sempre em frente
O que passou passou
Estive de passagem para ti
Sao as voltas que a vida me deu
Ficar? Agora?
Como Assim? Quem é você?
Não sei mais quem és!
Então , de nada vale ficar
Ou será que vale?
Sei perdoar se valer a pena !
______________ Norma Baker
Eu quero falar dessas dores e desses amores que motivam mágoas, falar desses desesperos e de tantos erros que provocam lágrimas.
Contar todos os motivos que levam o homem a desilusão, a falta de amor que existe faz a vida triste quase sem razão.
Pois nesses tempos agitados com tantos canais de televisão, que emitem imagens a cores escoriando amores dessa geracao.
E eu um rude sertanejo que a tudo vejo sofro sem ninguém, como eu gostaria tanto de acabar com o pranto e viver o encanto de ter um alguém.
Mas por capricho da sorte só me resta a morte para consolar, a dor que trago no peito, que não tem mais jeito para tolerar, e uma dor sempre tão forte não há quem suporte sentir sem chorar.
Quando eu mudei pra cidade na sinceridade eu acreditava, por isso nunca duvidei nas juras de amor que alguém me falava.
O meu erro foi tamanho e não é estranho me encontrar assim, pois a força do progresso faz desse universo um inverso sem fim.
E é por isso que eu não creio que exista amor na face da terra, vivem inventando bombas destruindo vidas fermentando guerras.
Não existe a emoção de um coração batendo de amor, só se sente a emoção da desilusão da força da dor.
E e um capricho da sorte so me resta a morte para consolar, a dor que trago no peito que não tem mais jeito para tolerar, e uma dor sempre tão forte não há quem suporte sentir sem chorar.
Provando sabores, acumulando amores. Levanto o tapete e lá estão elas...juntas, as mágoas somadas às cartas rascunhadas, com destino, mas nunca enviadas.
E se você voltar? Mas se meu sentimento acabar? Bem, ainda pode encontrar...
Lá embaixo do tapete.
Mágoas, tristezas, raiva... causam muito desgaste
ao nosso organismo.. é um sofrimento estéril
que não traz nada de bom consigo. O ideal é
afastar-se, sem olhar para trás, e esquecer
o que quer que tenha nos ferido. Parece-me
a única maneira de se evitar angústias para ambos
os lados.
Se pudesse voltar no tempo... Tentaria não me prender às correntes das mágoas, dos rancores e de tantos outros sentimentos ruins que durante muito tempo me fizeram refém. Se pudesse voltar no tempo... Tentaria observar mais e falar menos, (estou treinando! Rs.) mesmo que fosse uma tentativa desesperada de me defender de algo ou alguém. Pois só agora percebo o quanto esse peso me distanciou de mim mesma.
Se pudesse voltar no tempo... Tentaria enxergar as necessidades alheias e não apenas as minhas e se ainda assim discordasse de algo, tentaria respeitar o ponto de vista de cada um. Pois sempre existem dois lados...
Contudo tentaria, acima de tudo, não permitir que a maldade e o egoísmo de alguns, me contaminassem por tanto tempo.
Como não posso voltar no tempo... Sigo refletindo e tentando me reencontrar a cada dia.
Mônica Macedo.
Solidão figura do desatino
Ador reluzente num céu cinza
Ar espeço entre minhas mágoas
Sem solução apenas um enorme laguna
Terror monumental em tudo
Diluído para sempre
Eu sei que tudo acabou.
Não vou tentar recomeçar.
Tudo já foi dito
Todas as mágoas declaradas.Para que guerra?
Vamos viver em paz
magoas sem destino
minha tristeza,
caos por dentro
triste dilema
sútil monstro
branda futilidade
assombrada
amarga...
pobreza natural.
espaços nas mortalhas,
fardos de flagelos,
surgidos entre a escuridão,
dores e magoas
fatos da decepção,
retratos mergulhado numa poça de sangue,
vagantes sonhos mortos pela feroz atroz
dormente sentinela vazio e apenas vazio,
numa nuvem disperso astro sem voz,
retalhos jogados ao vento,
vegetais dos quais tanto sonhei
desperdício remate de tantos valores...
amarguras que se dão ao fel
no estantes moribundos.
De todas as coisas que a vida me presenteou, a capacidade de não carregar rancor e mágoas, certamente é a maior dádiva!
Me sinto livre, pois não levo comigo o que um dia me machucou. Tenho cicatrizes, mas elas não doem ou coçam mais.... Coloquei na bagagem só o que pode me ajudar a crescer e manter meu equilíbrio. Tudo que vivi, fez de mim a pessoa que sou hoje, e que me orgulho de ser... Das experiências ficaram os sorrisos e o aprendizado.
A dor, que é opcional, deixei de lado, simplesmente por não combinar com a minha alma!
Ana Paula Fronza @anapaulafronza
A BOLA
Na terra do futebol
Eu, sertanejo
Já não vejo o arrebol
E esqueço as mágoas
Causadas pela bola - sol
Quantos planos a gente bola
Mas rebola com a desolação
Nem carambola
Brota o azedo nesse meu sertão
A bola
Nos pés de um gabola só embola
Um exímio jogador
É o que faz o torcedor
Clamar gol, gol, gol...
“” O sentido da entrega
Deixar ir sem mágoas
Sem desejos de vingança
Que vai, para ficar para sempre.
Num coração separado da ira
O sentido da dor
Conjuga o verbo amar
Por isso aprendeu a não sofrer
Sacrificou-se por amor...””
Versos
Jogo com as palavras
Neste mundo de ilusão
Choro minhas magoas
Desabafo minha emoção
Sem deter me nesse vazio
Me acalento neste passo
Sem rumo embora tardio
Me envolvo nesse compasso
Em meus versos cativos
Minha dor eu recordo
Meus sonhos os encantos
Vivo e sinto que acordo
Já que a vida é dolorosa
Deixo aqui meus versos
Para sua vida amorosa
Ser feliz siga os passos
Ora não seja tão rude assim.
Enquanto o mundo gira,
você fica aí estacionando
suas mágoas no aperto
desse apartamento.
Vem aqui fora ver as estrelas,
vem aqui fora me abraçar.
Ainda faz um tempo bom
para sonhar com melhoras.
Ainda faz um tempo bom
para se perdoar sem demora.
Roney Rodrigues em "Quase Inverno"