Poemas de Luto
Não é novidade nenhuma que o Big Brother se assemelha a vida real. E hoje, deveria ser só uma terça-feira normal, um dia programado só para acompanhar quem vai ser o próximo a ser eliminado do BBB. Mas ao invés de, durante a noite, você receber uma notícia que você queria receber... a terça-feira começa de cabeça para baixo, e durante o dia, ao acordar, você recebe uma notícia que não queria. E de repente, sem direito a prova do líder, sem direito a autoimunidade, sem direito a receber o anjo, sem receber voto, sem ir pro paredão, e sem nem ter direito a arrumar as malas, uma pessoa que nos é querida sai do programa. Vai com Deus, Zé... Aqui dentro você sempre será lembrado por nós.
Eu passo o Ano Novo de preto, e as pessoas falam que eu sou maluco. Só porque eu tô sempre de preto, só porque eu tô sempre de luto.
O corpo é apenas uma casca, um casúlo, por isso, o que tive que fazer, faça, enquanto estou aqui para ouvir e antes do meu vôo de volta pra casa
Quisera eu poder explicar os mistérios da vida. Estamos incessantemente buscando um norte, uma direção. Fazendo planos que, muitas vezes, não se encaixam no tempo. E em meio a tantas oscilações buscamos um equilíbrio, algo estável.
Mas no fim, não seguramos nem o que cabe em nossas próprias mãos. Pois daqui nada se leva!
Quando eu partir, não serei nada mais do que simples palavras ou versos, como estes, que por curiosidade ou saudade alguém resolveu ler.
Querida, os dias não são os melhores sem você mas sigo em frente, mesmo com a saudade apertando e sufocando o meu coração (o qual já não bate tão forte com vigor).
A saudade acabou virando a minha doença e o meu remédio seria você, mas só de lembrar que você se foi, o meu coração transborda de lembranças e escorre nos meus olhos e cada gota que cai é amor que eu sentia e sinto por você até nos piores dias da minha vida.
Os mortos não morrem. A morte é algo que as pessoas vivem sofre, uma vez que os mortos se foram daqui. Os que partiram não sabem nada sobre a dor, a saudade ou o inevitável. Eles deixam isso para aqueles que sobrevivem.
Me pergunto porquê as pessoas de bom coração se vão mais cedo. Mas é fácil de entender quando se sabe que esse mundo não as mereciam.
"Desalento é fel. O gosto da morte é chorume. E ninguém jamais soube de alguém que tenha enchido colher com o petróleo do lixo e bebido, por gosto"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
Saudade é um sentimento que se resume em tristeza e alegria.
Tristeza por está longe de quem amamos, e alegria pelos bons momentos que estivemos juntos.
Mais que a oração são as nossas atitudes. Somos falhos não por pouco orar, mas por agir muito em desacordo com as nossas próprias orações. Luto muito contra as minhas falhas, e algumas parecem ser impossíveis de vencer, mas não desisto e faço dessa "indesistência" a minha melhor oração.
Neste momento de dor, enviou minhas condolências aos nossos vizinhos é muito triste saber que sua dignidade foi roubada.
Quando você perde alguém, a dor que sente é por si mesmo, a dor de saber que você nunca mais verá essa pessoa novamente, nunca ouvirá a voz dela novamente, que sem ela, você pensa acha nunca conseguirá seguir. A dor é egoísta. Foi isso que me deixou com raiva.
O ato de escrever não foi exatamente um momento de alívio ou cura – nem gosto muito dessa palavra. Mas quando eu escrevia acontecia algo ali que me conectava de novo ao mundo. Ou à minha filha. Hoje eu nem entendo como fiz isso. Eu estava completamente destruído e, mesmo assim, escrevia.
Não deu tempo de levar a Minha Filha para Paris, para as praias no Nordeste, para mergulhar em Bonito. Não deu tempo de tomar com ela um copo de cerveja e uma taça de vinho. (...) Não deu tempo de ela andar ao meu lado no banco da frente do carro. Não deu tempo de parabenizá-la por ter entrando na História, na Arquitetura, na Medicina, por ter decidido não fazer faculdade e ter largado tudo para ir morar em uma comunidade em Piracanga. (...) O que realmente me dá medo é o que não deu tempo para ela pensar em fazer comigo. Os sonhos dela. Ou ainda, o que ela nem chegou a sonhar. Esses se tornaram insondáveis. Um mundo que eu não posso acessar. Fechado no cérebro já desligado dela.
Somos como pétalas ao vento, um sopro e dançamos em sincronia, todas juntas, porém, conforme o poder do sopro acaba, caímos uma a uma, até que o último dançarino termine de se apresentar.
Circunstâncias podem mudar de uma hora para outra, mas a fortaleza que nos impulsiona para dar a volta por cima vem de dentro de nós.
A vida e seus limites, um ponto em uma reta, nos curvamos diante da saudade e é isto que nos torna humanos, amar além da inteligência.
O que me conforta na morte é a ideia pura e simples de que tudo que morreu um dia viveu, não importa o quão longa ou curta fora a existência deste ser, ou o quão injusta fora sua morte, o fato de ter surgido mesmo que por um milésimo de segundo neste universo já é tão grande e incompreensível que por si só sustenta todo o meu luto.