Poemas de Luto
Que neste Natal,
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.
Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.
Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.
Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.
Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.
Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.
Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.
Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.
Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.
Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.
Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.
Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
Homenagem às mães
Mãe, amor sincero sem exagero.
Maior que o teu amor, só o amor de Deus...
És uma árvore fecunda, que germina um novo ser.
Teus filhos, mais que frutos, são parte de você...
És capaz de doar a própria vida para salvá-los.
E muitos não te valorizam...
Quando crescem, te esquecem.
São poucos os que reconhecem...
Mas Deus nunca lhe esquecerá.
E abençoará tudo que fizerdes aos seus...
Peço ao Pai Criador que abençoe você.
Um filho precisa ver o risco que é ser mãe...
Tudo é cirurgia, mas ela aceita com alegria.
O filho que vai nascer...
Obrigado é muito pouco, presente não é tudo.
Mas o reconhecimento, isso, sim, é pra valer...
Meus sinceros agradecimentos por este momento.
Maio, mês referente às mães, embora seja bom lembrar...
Dia das mães, que alegria, é todo dia.
Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
Círculo Vicioso
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
– "Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!"
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
– "Pudesse eu copiar o transparente lume,
Que, da grega coluna á gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!"
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
– "Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imortal, que toda a luz resume!"
Mas o sol, inclinando a rútila capela:
– "Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?"
Rasgam-se as nuvens no céu estrelado,
invade-se a vontade de gritar,
o Sol mantém-se ao longe... calado,
ouvindo o som do belo luar.
A fada desperta do sono encantado,
com a sua harpa de sonho a tocar,
o sol dormindo... sonha deleitado,
vislumbrando ao longe um novo acordar
Surge então um novo céu... a nevar
de noite e durante a madrugada,
O sol mantém-se coberto a sonhar
com estrelas e com a sua amada...
Ouve-se ao longe um galo a cantar,
adivinha-se o nascer de um novo dia,
A lua vai-se embora a chorar,
mas o Sol... desperta com alegria.
A lua adormece por fim.
Mas o Sol nada leva a mal,
pois ama a Lua tanto assim,
que voltará a encontrá-la num sonho de Natal.
Nesta época festiva,
Deseja-se a todos os povos...
Um Carnaval cheio de Páscoas...
E um Natal cheio de Anos Novos....
Que as renas do Pai Natal,
Surjam nos céus a Voar,
Tilintando alegremente...
Com o Rudolph a piscar!
Que o Pai Natal e os duendes,
Façam raves a bombar...
E não se baralhem nas botas...
Na altura de ofertar!....
Que o presépio de Natal,
Tenha estrelas sorridentes,
Ovelhinhas e pastores...
E Reis Magos bué contentes!
Que tudo surja em sorrisos,
Com muita paz e carinho...
E que o coelho da Páscoa,
Se esmere no sapatinho!
Que se tenha nesta quadra,
Muito amor e alegria...
Rabanadas e filhoses
Arroz doce e aletria!
Canção da Torre Mais Alta
Mocidade presa
A tudo oprimida
Por delicadeza
Eu perdi a vida.
Ah! Que o tempo venha
Em que a alma se empenha.
Eu me disse: cessa,
Que ninguém te veja:
E sem a promessa
De algum bem que seja.
A ti só aspiro
Augusto retiro.
Tamanha paciência
Não me hei de esquecer.
Temor e dolência,
Aos céus fiz erguer.
E esta sede estranha
A ofuscar-me a entranha.
Qual o Prado imenso
Condenado a olvido,
Que cresce florido
De joio e de incenso
Ao feroz zunzum das
Moscas imundas.
Nas horas de luto e sofrimento eu vou abraçar e embalar você, e farei da sua tristeza a minha tristeza.Quando você chorar, eu vou chorar, e quando você sofrer, eu vou sofrer. E juntos tentaremos estancar a maré de lágrimas e desespero, e juntos vamos superar os obstáculos das esburacadas ruas da vida.
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!
Se alguém te perguntar o que quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com este mundo...
No templo, há um poema chamado "Perda", esculpido na pedra. Ele tem três palavras, mas o poeta as riscou. Você não pode ler a perda, apenas a senti-la.
Decreto neste momento solene que para cada poeta, que como um raio parta, uma poesia como estrela nasça.
Tu foste aí e eu fiquei aqui
Num monte extremo de vivencias e desistências, a pertinência pertencia a tu, na saudade do que não se renasce, minha consciência se comoveu a tua existência.
A chuva voltou
A chuva voltou
Vento e chuva
A vida e o frescor
O arborescer e a mata reflorescer
Estação de chuva e sol
De dia calor e ventilador
E de noite muito lençol
A esperança de plantar
E em alguns meses da roça sentir o sabor
Poder dos seus doces frutos comprar
Desfrutar depois do trabalho e seu ardor
Mesmo com dores jamais demonstrar tristeza
Essa é a doce amarga vida
De quem depende da impetuosa natureza
Onde só chove
Se do homem for bem servida
E respeitada sua eterna verde beleza
Por mais que você queira se apegar à amarga lembrança de que alguém deixou este mundo, você continua nele.
O que a gente tem que colocar em cima da mesa diante de nós mesmos como sociedade é se nós queremos continuar lidando com essas tragédias pranteando-as no início e as esquecendo logo depois.
Mediante à notícia ruim o que devemos fazer é desviar os pensamentos maus, orar e por mais difícil que pareça, devemos esperar que o melhor aconteça.
Uma das piores coisas com relação à morte é lembrar de todas as perguntas que a gente não fez, de todas as vezes em que, idiotamente, a gente presumiu que teria todo o tempo do mundo.
Eita Vó , que saudade de caber em teu colo, te ouvir gritar meu nome, que saudade em simplesmente te ouvir , ah que saudade! Sinto saudade do teu abraço, da tua força, do brilho dos teus olhos, das tuas histórias, pra ser sincero sinto saudade até das palmadas, todas bem dadas, acho que a palavra Saudade é o que me define, o tempo te roubou de mim, veio sem pretexto e te levou, dói e corrói por dentro saber que a senhora não está mais aqui, e que nem esse esboço pudera ler e entender meu triste vazio, ainda assim, lhe guardo onde nem o tempo pode te roubar de mim, na memória e em meu coração, embora triste, te carrego aqui comigo princesa, enquanto houver saudade!