Poemas de Luto

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AOS POUCOS

Vi seu rosto no meu café,
O gosto do seu beijo na minha boca,
O seu toque na minha pele,
Talvez eu esteja delirando,
Ou me apaixonando aos poucos.

Esqueci sua feição,
Lembrei do quão amargo era seu beijo,
Lembrei do seu toque frio na minha derme,
Talvez eu esteja delirando,
Ou me desapaixonando aos poucos.

Procurei blindar a minha mente,
Me desapeguei do seu sabor,
Me curei das feridas,
Eu me sinto feliz novamente,
Estou me recuperando aos poucos.

Vi outro rosto no meu café,
Quero saber qual o gosto daquele beijo,
Quero sentir aquele corpo no meu,
Agora sei o que sinto,
Estou amando de novo.

Inserida por ViniciusSC

AH, SE VC SOUBESSE

⁠Eu queria que ela soubesse, que Mona Lisa não é a arte mais linda do mundo, e sim esses olhos pintados pelo divino, esse corpo entalhado pelo sobrenatural e essa boca kafkiana.

Queria também que ela dissesse meu nome, várias vezes, até que a vontade de ouvir aquela voz angelical, se esgotasse. Que ela sorrisse todos os dias de manhã quando me visse, que me beijasse ininterruptamente e secasse minha lascívia com toda essa sensualidade.

Eu queria que ela visse todos os sorrisos que esboço ao ler as cartas que ela me manda, eu não sei se é sorriso de amor, paixão, desejo. Mas uma coisa é certa, vem do coração.

Eu queria que ela me amasse, queria que me devorasse, queria que ela decorasse cada detalhe da minha alma, queria que ela me enxergasse, queria que ela soubesse que eu a amo.

Inserida por ViniciusSC

⁠TERTÚLIA FAMILIAR


Que comece mais uma “tertúlia”! Abaixo à internet!
Que cada um possa falar! Mas de longe? Como escapar?!; salve 'a rede!
Família é coluna. Pra todos: elementar.
Família é o sustento que sustenta de onde está.

A distância é quebrada sem aperto de mãos, sem aquele cafezinho...
Mas com o acalento das emoções ao conversar.
Primeiro: a casa dos pais nos resguarda do mundo, fisicamente, o coração.
Depois guardamo-nos de perder o caminho das emoções... de certo que a razão.

Família é sempre família! Pode ser a de sangue, ou a que conquistamos;
Destas sortes que nos fazem viver!

O que é verdade para todos nós; é que família é aquela que nos leva ao “reencontrar”:
Reencontrar o irmão, mãe, pai... família!
Mas principalmente o próprio “EU”.

poeta_sabedoro

Inserida por andre_gomes_6

⁠Borboletas
As Borboletas perseguem-me à rua
O bater de asas trouxe-me novos ares
Ignorando o medo do novo, as mudanças
Devorei todos os casulos e suas lagartas
Contenho agora borboletas em meu estômago
Metamorfoseando-me por todos os cantos
A cada esquina, novas flores, mulheres e cores
Novamente, tudo muda com um bater de asas
As flores fazendo fotossíntese e eu metamorfose.

Inserida por RafaelRankzz

⁠(Insônia)

Passa sol, passa chuva, passa noite, passa o dia
Faça dia ruim, faça dia bom, eu vou estar lá
Parado

Em silêncio, toda madrugada eu preciso pensar
Sozinho

Entre os luares eu ouço os sussurros a gritar
Não escuto pelos ouvidos, eu escuto pela alma
Calo-me

Não falo com a boca, eu converso pelos olhos
Eu, papel e a caneta, nós estamos a conversar
Esperamos

As ideias são como a lua, estão sobre a cabeça
As letras e palavras vem toda hora me encontrar
Escrevo

A tinta riscando a folha motiva-me a não parar
Todos os anos de insônia com olhos abertos
Não durmo

Todo o sono mal dormido, sonho vivendo
Quando a poesia perfeita vier na madrugada
Eu poderei finalmente em meu leito descansar
Serei um poeta.

Inserida por RafaelRankzz

⁠ALMA QUE ME MOTIVA

Você é vício viciante que vicia,
Minha rotina começa com sua boca na minha,
O toque da minha pele na sua é tão bom que arrepia.
Chega na minha vida, e fica.
Não tem por que saída,
Vem como luz na escuridão,
E me ilumina.

Não sei como defini-la,
Você é cheia de sinônimos,
Parece poesia.
Queria te beijar, abraçar, trocar carícia.
Selar nosso amor na eternidade para que nunca se sinta sozinha.

Eu sou feito de ódio,
Mas você me romantiza,
Você é dia ensolarado,
Eu sou noite fria,
Você é pão com manteiga,
Eu pão com margarina,
Posso ser cético quanto a tudo,
Mas a única coisa que acredito,
É que ainda vou ter sua mão na minha.

Inserida por ViniciusSC

⁠O BÊBADO E A EQUILIBRISTA
De João Batista do Lago

(Para meu irmão Júlio César, in memoriam)


E lá se vai ele!
Equilibrando-se sobre a corda-vida
segue o bêbado trançando dores,
cerzindo rancores póstumos,
cosendo seu livro de dissabores…

Vê-se de cá, de bem longe,
um zumbi errante
e todos seus vagabundos amores
fazendo-lhe procissão e coro
às suas preces de socorro:
― “a corda-vida não te sustentará
o equilíbrio de que necessitas.
Há um abismo entre teus polos:
abaixo de ti apenas a cova
tua, deitará esquecida a ossatura
da carne antes corroída pelo
colírio de pó de antimônio.”

Hoje não mais cerzes
nem dores… nem dissabores…
E nem mesmo sabe-se do teu equilíbrio,
e nem mesmo sabe-se da corda-vida.
“És apenas lembrança
― lembrança pela vida bebida.
Hoje és, apenas, arcanjo.”

⁠Desce o outono suave e lento
levando as almas a emoção
e as folhas caem do pensamento
como as das árvores em profusão...

Inserida por Wesleyhdsp

⁠ Será que a vida é vida mesmo sem ser colorida?
Será que todos pode ver o real sentido da vida?
Uma vida de tristeza e aflição,
Uma dor sem um perdão.
O preto e branco continua sendo color.
Aprenda ver a alegria da cor Preta,
Se prenda nela para que você não desça.
Uma vida Branca mostra vazio,
Um lugar Solitário onde você aprende a viver sozinho.
Mesmo a escuridão ainda é cor para se viver,
E só cabe a você saber quando é hora de se perder.

13.5.23

Inserida por Josias733

⁠Mais uma lua que chega
Mais um anoitecer
Mais um dia que marcha
Mais um deles sem você

Inserida por Diego_Sukuri_

⁠Histórias… estorias…
O tempo passa
Nosso passado é história
Muitas estórias também
Nem tudo vivemos
Muitas coisas julgamos saber
Até que a vida nos apresenta
A outra face
Nossos anseios e metas mudam
A cada minuto
Insaciáveis, buscamos o ouro
Quando o conhecimento
É o que realmente nos enriquece
Algumas coisas mudam
Outras jamais
Queremos que algo nos aconteça
Quando nós devemos acontecer as coisas
Vivemos e inventamos
As estórias nos permitem sonhar
As histórias, feitos que conseguimos
Realizar
Qual o próximo passo?
Qual o próximo abraço ?
Onde estou?
Onde quero chegar?
Estoriador ou historiador
Da própria vida???

Inserida por gerstner

⁠⁠ETÉREO AMOR {Soneto}


O amor que não questiona nada, somente - É -
A vida aconteceu num sopro e aos ouvidos ma deu:
Viva! A palavra se tornou em decreto porque é o que - É -
Na essência do ser foi como se deu e onde se esqueceu

Porque não se olha para a formiga e diz:
Por que és tão pequena? Por que não foi ser grande?
Não se perturba o elefante perguntado sobre seu tamanho
Isso não se questiona! É a natureza do bicho - elefante -

Natureza intima de todas as coisas
Assim se firmou tudo na terra e céu - assim é o que é -
Nada obscuro quando se tira o véu

Natureza intima de todas as coisas
Amor é só o amor. O que é o amor? - amor é o que é -
Etéreo obedecer da natureza com primor.

Poeta_sabedoro

Inserida por andre_gomes_6

⁠Versos que desvendam as frações escondidas da alma

Versos são tesouros, palavras em ebulição,
Que desvendam as frações escondidas da emoção.
No âmago da alma, brotam como uma canção,
Expressando o indizível com toda sua devoção.
Alegria radiante, como o sol a brilhar no céu,
Versos bailam e sorriem, trazendo um doce mel.
Transbordam de contentamento, num suspiro sincero,
Elevam o coração, fazendo-o voar como um pássaro livre e leve.
Tristeza profunda, que invade com seu manto escuro,
Versos entristecidos, ecoam no silêncio mais puro.
Palavras são lágrimas, que escorrem na página,
Expressando a dor que sufoca, como uma gaiola sem passagem.
Paixão ardente, como fogo que consome o ser,
Versos apaixonados, transbordam de prazer.
Inflamam os sentidos, incendeiam a mente,
Unem corpos e almas, em um abraço eloquente.
Desespero lancinante, que dilacera a alma em pedaços,
Versos desesperados, sussurram segredos e embaraços.
Expressões desesperançadas, buscam uma luz tênue,
Para aliviar a angústia, em um mundo tão sórdido e incerto.
E assim, meus versos, como fios de uma tapeçaria,
Desvendam as emoções em sua mais pura poesia.
Que eles toquem tua alma, deixando sua marca profunda,

Inserida por MarcoPerth

⁠Já fui neve no mar, já fui espada na mão (José Afonso)

No passado sofri de algumas vaidades. Mas calei que prefiro ser neve no mar do que poeira pisada, caída no chão. Ser a neve que se funde com o mar é ser a frescura que sabe de antemão que muita gente lhe vai perguntar: quando cantaremos o Hino da Libertação?
No passado sofri de algumas vaidades. Mas agora, que vivo sem sedução, digo: ser neve que se fundiu com o mar é ser como a estrela que se fundiu com o céu (coisa que, antes, a estrela sempre temeu) e nele brilha mas sem chamar à atenção.
No passado sofri de algumas vaidades mas não falei de ser espada na mão. Hoje, que sou a neve caída no mar, muitas vezes me interrogo: ser lâmina afiada em ereção não será entrar no estranho jogo dos que põem pessoas a sangrar e querem sentir vida a pulsar no seu coração? Mais logo, quando a Musa Menina chegar, me dirá se tenho ou não tenho razão.

Inserida por vitorinodesousa

⁠Há tantas coisas inúteis ocupando espaços úteis.
Há tantas coisas preciosas sem espaços necessários,
e sem espaços – esgotam-se.
E esgotando-se – se perdem na inexistência.
E perdendo-as
– não se consegue mais encontrá-las.

Inserida por KellyLobo

⁠Vestida de Ametista para impactar as trevas.

Dionísio, guarde essa flecha machista, estou protegida sob o escudo da ninfa feminista, feito das pedras da terra e do oceano por Ártemis.

Com o meu Chakra azul Índigo pressinto o seu alvo, a sua sede é de sangue feminil. Mas o meu sumo exige sacrifícios, não vai beber de mim sem antes perder o teu coração.

Acendam às fogueira – às Bruxas não se queimam!
Mamãe dizia – quem brinca com fogo se queima.
O aviso foi dado.

Inserida por KellyLobo

⁠Tenho a generosidade de uma mãe que acaba de dar à luz.
A mãe com os seus pontos, sua recém dor, seu cansaço antigo e acumulado: hormônios a flor da pele - oferece os seios, a mão e o colo - leite e companhia jorrando afetos.

Já fui de uma insana ingenuidade. Só o céu testemunhou o tamanho do estrago que o excesso de minha doçura me causou.

Porém, não sou mais tão fraterna com os moços barbados.
Graças! Não pode ser ruim, é para me proteger.

Salvo um tamanho considerável de egoísmo; mas somente uso se for necessário: é para dizer não aos que abusam do sim.

Inserida por KellyLobo

⁠No campo verdejante,
O cantar dos pássaros é constante.
A brisa suave a soprar,
Transporta segredos no ar.

Inserida por Imnotg4bx

⁠Me espere,
irei lhe encontrar em alguma realidade onde nós dois demos certo,
onde eu consegui te ter,
onde eu não sofri,
onde o amor não me matou.

Inserida por iagosilva1

⁠na minha esquina tem árvores
onde fede o tarumã.
e que somado à minha culpa,
traz entorno, um terror admissível.

honre em vida pois em morte já morto,
morro montanha marido mirando marinho.
eu sou a razão do desconsolo desse povo.
que por mim circunda na saída para direita e lado,
em direção ao cemitério.
por mim foi destinada a morte...
seja por espada ou desejo.
foi difícil ver minha avó fraquejando
com tanta dor expressa,
que não se podia manter o queixo preso
chorando a dor que sua mãe sempre quis.

e devolta à minha pose malandra apoiada no corrimão...
eis meu tênis embarreado,
meu cabelo mal transado,
a horta não colhida,
e essa culpa de não sentir falta,
não sentir dor ou chorar.

Queria ter chorado no enterro do meu avô...
mas talvez os vinte e sete metros tenham atrapalhado.
ignorei, pois, depois de alguns dias eu choraria e entenderia

Inserida por karystonmazzini