Poemas de Luto

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⁠Ao voltarem para suas casas...

Ao voltarem para suas casas
Quantos sonhos foram perdidos
Quantos sonhos foram criados

Ao voltarem para suas casas
Quantos fins foram chorados
Quantos começos foram realizados

Ao voltarem para suas casas
Quantas dores foram iniciadas
Quantas dores foram curadas

Ao voltarem para suas casas
Quantas amigos perdidos
Quantos amigos criados

Ao voltarem para suas casas
Quantos dias esperados
Quantos dias sonhados
Quantos dias, quantos dias...

Izaias Jr.

Inserida por isaias_junior

⁠Último vento

07/03/21


Pássaro que voou de mais,
Por estar cansado,
Suas asas pararam de bater,
Enquanto cai,
Sua mente esvai tudo aquilo que lhe fez sofrer,
Aquele que alto subiu,
Pela última vez desce,
Das nuvens ao chão,
Ecoam aos ventos,
Às últimas batidas de seu coração,
O céu perdeu um de seus filhos,
Morreu o passarinho.



Adner Fabrício

Inserida por Poetadosfundos

A infância logo passa,
feito avião de papel,
voa rápido no céu.
Brinque e de tudo faça,
pois logo perde a graça.
Solte pipa e peão,
com papel faça avião.
Essa fase passará,
um dia só haverá
lembranças no coração.⁠

Inserida por RomuloBourbon

⁠O infinito encara de volta

Ontem me peguei encarando o céu e me deixei levar pela cor azul vibrante de tal, mas não é isso que me hipnotiza, o que me hipnotiza é como esquecemos que ao encarar o céu encaramos o infinito e a vastidão do espaço e de forma automática encaramos a nossa insignificância, e o quão pequeno somos comparados ao céu que chamamos de nosso. Mas quem sabe se o infinito não encara de volta? Quem sabe se nossa existência é mais do que uma simples series de eventos e coincidências? Mas é impossível ler o infinito, não importa quão grande é a sua curiosidade.

Inserida por Irisvoux

⁠Mas ainda assim, sou um poeta de silêncios
De inquietudes flácidas
Um coração que respira letras
E pulso, que pulsa palavras ainda não escritas.

Inserida por fabio_henrique_canata

⁠Durante noites em claro, criei monólogos
Para que minha loucura se esquivasse
Dos paradigmas e prepotências ainda vivas em mim
E fizessem um acordo com as letras sem nexo,
De algumas folhas em branco.

Inserida por fabio_henrique_canata

⁠Aquela era a trilha sonora
De uma vida, sobreposta
Aos pequenos erros seus.
E o piano que tocava
Era o coração que já amava
Sem o pianista, que era eu

Inserida por fabio_henrique_canata

⁠Efígie

Foi-se como um sonho,
Devaneio de prazeres proibidos,
Deusa foragida do paraíso,
Flecha que acertou o mais destemido,
Desbravador de Quimera e Basilisco,
Um lobo temido,
Que sucumbiu nas graças,
De uma predileção,
Agora resta os encantos,
Na caligem das guerras,
Na esbórnia dos lambareiros,
O cavalheiro tornou-se assisado,
De coração ameno e ponderado,
Aflorado de talentos adormecidos,
Um fabro mudado,
Sua obra aos poucos foi-se talhada,
Dotada de formas delicadas,
Fruto de paixão e inspiração,
Efígie que sobreviverá aos tempos,
Viverá aos atentos,
Encantados por seus condões,
Que embeleza, gera e transforma.

Inserida por netomontana

⁠RECIFE DA JANELA

O Recife lá de cima
Cabe na palma da mão
Lágrima vai escorrendo
Ofuscando minha visão
Ao partir a gente chora
Acho até que vai embora
Um pouco do coração

Inserida por RomuloBourbon

⁠beijo é

mistério, é desejo, é fogo,
centenas, milhares, diferentes,

todos com a promessa de serem únicos...

mas nunca são,

e sempre são..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo é

volúpia, fogo devorador em alguns,

chama que consome,
mera paixao...

outros é suavidade, sublimidade,
porcelanas que se tocam,

e também em alguns

mera carência, desejos da solitude..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo é mistério, é desejo, é fogo...
é sonhos, é nutrir esperanças
para toda uma vida,
sonhando com o deleite de saborear,
os doces e almejados lábios,

sim é..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo também é medo,
medo de possuir,

medo de ser possuído,
e depois não mais existir,
há não ser enquanto desfruta
dos lábios amados..

Inserida por arremedos_poeticos

beijo é medo de querer,
pois, não saberá mais viver sem,

medo de perder-se nos lábios desejados,
e nunca mais se encontrar,
se não for por esses mesmos lábios..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo é

medo de se despir da própria vida,
e como uma roupa vestir-se
com a vida do outro..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo é

medo de se esvair
do seu existir,
e renascer na
existência do outro..

Inserida por arremedos_poeticos

beijo ⁠é

medo de se ver
sumindo do seu
aconchego

e se deslocar
para um
novo lar,

lábios..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo é

medo de se despir da própria vida,
e como uma roupa vestir-se com a vida do outro,

medo de se esvair do seu existir,
e renascer na existência do outro,

é medo de se ver sumindo do seu aconchego

e se deslocar para um novo lar,

lábios..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo é

medo de não mais estar,
porque o estar vai ser transitório,

o estar será onde os lábios dela então levarem..

Inserida por arremedos_poeticos

⁠beijo

é medo de
abandonar
velhas canções,

e se deixar embalar
pelas melodias
desses novos lábios..

Inserida por arremedos_poeticos