Poemas de Luto

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HIBERNEI
Já deve ser meio dia
Levantei
Abri a janela pra ver o sol
Lembrei
Ele diminuiu seu expediente
Xinguei
Tolice minha brigar com Rá
Aceitei
O frio do inverno chegou.

Sai para o trabalho
Avistei
Manequins vestindo casacos
Pensei
Vou comprar um
Duvidei
Talvez ela não volte pra devolver o meu.

No hemisfério sul não se costuma ter lareira
Analisei
Você estava ao meu lado, nunca precisei
Lamentei
Em frente a uma padaria olhando a cafeteira
Pensei
E agora, o que vai me aquecer?

Perguntaram se eu queria café
Paralisei
Perguntaram se eu queria chá
Gritei
Quero uma tigela de sopa
Equivoquei
Mandaram eu voltar depois das 18
Troquei
Me dê um chocolate quente pra viagem.

No caminho tinha uma arvore sem folhas
Desviei
Meu relógio quebrado, tenho que saber as horas
Perguntei
Já é tarde estou muito atrasada
Retornei.

A janela ainda estava aberta
Fechei
O chocolate ainda estava quente
Esfriei
Ouvi um barulho vindo da cozinha
Assustei
Era ela preparando uma sopa
Chorei
Resolvi abrir meus olhos
Arrisquei
Tirando o inverno, nada foi verdade
Sonhei!

Inserida por BrunnaBalbinaSantos

Que culpa tenho eu...
Se eu te amei,
assim que te vi.
Que culpa tenho eu...
Se o meu coração,
escolheu o seu,
não foi eu
que te escolhi.
Que culpa tenho eu...
Se eu te amo,
e não consigo te esquecer.
Que culpa tenho eu?

Inserida por Crysgrer

Alma...
Felizes aqueles que enxergam no próximo,
tamanha grandeza.
A matéria é apenas um corpo,
que desgasta com o tempo.
Mas a alma não envelhece...
É a nossa essência.

Inserida por Crysgrer

ACALANTO

Ide amor.
Traga de onde quiseres
O ser amado. De onde for!
E,
se não o teres
No prazer do teu calor
Volte! Não é adeveres
Tê-lo como louvor
Se acaso cansares
Outro conforto há no Criador
Se desejares
Serás vencedor
Pois amor é satisfação
E,
não um gestor
Acalme o seu coração!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 12, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Seu sucesso
Seguido de sua queda
Vieram ambos repentinos
E lhe deixaram a mercê
De seus demônios
Com seus vícios famintos
A lhe corroer as entranhas

Inserida por sirena-m

ITINERÁRIO

Ainda deslizam fantasias pelos
meus cansados, tristes dedos,
na saudade vã do passado,
em copioso senso alienado.

Todos os dias ainda presente
no pensamento descontente,
a insistente dor na inspiração,
ó doidivanas e dura sensação.

Não sou mais do que um peregrino
viajante solitário no meu destino,
que a sorte me guia de mão dada,
pelos devaneios da vida, mais nada...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Onde mora a fé, tem esperança.
Onde mora a felicidade tem um sorriso disponível.
Onde mora a saudade, tem um amor escondido.

Inserida por Crysgrer

Tudo passa

O tempo passa
O amor passa
A vida se vai
Até o orgulho se desvai

Não há sentimento que perdure
O tempo deixa cicatriz
Nos magoamos infelizmente
E perdemos tudo em um tris

Perdão e amizade
Mesmo não tendo o que se espera
Podemos lutar
E vencer o mal que dilacera

Deixemos a paz
Deixar tudo ir
Ninguém é de ninguém
Por mais que haja desdém

A felicidade brota de si
O amor próprio também
Podemos seguir a vida
Mesmo depois da despedida

Inserida por Poetaantonioferreira

Enquanto há vida

Enquanto viver
Enquanto andar
Trabalhemos em comum
E os males sanar

Se vencemos
Se perdemos
Se hoje você aquilo tem
A Deus graças demos

Nos maldizer
Nos lastimar
Más energias trazem
Faz tudo piorar

Há horas para sorrir
Há horas para cantar
Há horas de chorar
É bom às vezes desabafar

Não queiramos ser melhores ou piores
Sejamos pacíficos
Os outros gostando ou não
Do mal guardemos o coração

Inserida por Poetaantonioferreira

Então vai lá e me esquece
se tiver rancor não o leve
Contigo pro caminho
Apenas embrulhe o carinho
Para viagem

Inserida por vitoria_helena

Já estive naquela cama
De quem diz que ama
E não sabe amar
Mesmo que por uma noite
Um único beijo que fosse
Pra saciar o desejo doce
Que a carência insiste em deixar

Inserida por vitoria_helena

A vida é complexa

Temos medo de perder
Temos medo de conhecer
A vida não é brincadeira
Querer não é poder

Nem sempre ganhamos
Nem sempre entendemos
É melhor perder hoje
Assim amanhã não sofremos

A felicidade é uma via de mão dupla
No mesmo sentido não andamos
É melhor descer
Espairar para vida entender

A vida é feita de "às vezes"
Às vezes amamos
Às vezes amados somos
Às vezes felizes estamos

Inserida por Poetaantonioferreira

Mãe

Símbolo de amor
De cuidado maravilhoso
Onde pensa-se primeiro na cria
De modo muito zeloso

Tudo fica em segundo plano
Bens materiais
Vive para os filhos
Não o abandona por nada mais

É possível viver
É possível colher
O amor em primeiro lugar
E até se sacrificar

Àquelas que sabem ou não amar
Feliz dia das mães
Receba carinho e amor
Em tudo que aos filhos depositou

Inserida por Poetaantonioferreira

Nesse desajuste de realidade;
.
Nesse desajuste de adversidade;
.
Nesse desajuste de probabilidade;
.
Prosseguimos no ajuste de sensibilidade;
.
De decidir diariamente em acreditar na nossa individualidade;
.
E assim consequentemente seremos um na nossa singularidade.

Inserida por FabianoDAraujo

Numa noite perfeita
Chego em você com delicadeza


Você deitada relaxadamente
.
Dormindo lindamente
.
Chego lentamente
.
Toco seu corpo sutilmente
.
Sinto vc respirando suavemente
.
Sinto você seu calor intensamente
.
E o amor reina eternamente.

Inserida por FabianoDAraujo

Cabelos Olhos Boca Mãos Joelhos Pés
Ao vento do momento


Cabelo ao vento
.
Olhos no momento
.
Boca no respeito
.
Mãos a deriva do ponto
.
Joelhos no sentido oposto
.
Pés na direção do vento, seguindo o momento, junto com o respeito chegando ao ponto, no sentido oposto...
.
Diante de todo esse furor, longe de todo horror
.
Hoje digo o vento me levou ao momento devido no respeito, que chegou no ponto oposto.

Inserida por FabianoDAraujo

CANTIGA

Ah, se fico ou se passo, se vou no compasso
da vida, devorante no tempo, amiga e inimiga
porém, se o que intriga é todo este embaraço
de gente a gente que na maldade prossiga...

Dá um cansaço, fadiga, de ver e ouvir,
angustia, e faz da existência rapariga...
Então, me resta neste murmúrio, sorrir!
Ser, resistir e ter o amor em doce cantiga.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Entendi
onde tudo começou
quando o tempo passou
no amago da nossa dor
em um barulho ensurdecedor
gritos se aliviam
nos olhos que nos guiam
estrelas reguiadas
a um novo caminho traçado
com cordas embaraçadas
no fundo de um navio
da maldição daquele rio
os monstros corroeram
e as pessoas de mim correram
como cidadãos aterrorizados
nos cantos enquadrados
persistindo em nossos laços
um tanto elevados
engolindo a hipocrisia
meu deus mais que agonia
foi quando eu mais refletia
no fundo do meu ser
querendo transparecer
buscando algum prazer
colidido no falso lazer
que evolui monstros
em seus pontos de encontro
no medo e no risco
na luz do dia eu rabisco
São folhas e folhas
levando a informação
pro ser trancado na alienação
que vai da simplicidade
até o medo da mortalidade
em abrangências e incompetências
com a falta de veemência
virado em suas próprias dependências
como fogo que arde
na sua pele parda
os alvoroços na falta de almoço
nos desgosto nos olhos
só querem as motos
e o lucro que grita
e si próprio escandaliza
e o sangue vermelho
mostra o empecilho
no meio do caminho
de que fomos torturados como os índios
fugindo da natureza
reagindo com estranheza
e de novo a incerteza
persistindo na luta
que segue como uma gruta
ela pela queda da agua
e nós pela queda das lágrimas...

Inserida por ClasseClandestinaTV

Cadê você?

Aonde você vai?
Onde quer estar?
Está aqui do meu lado
Mas também em algum lugar

Tão perto
Tão distante
Inconstante...
Oque tenho que fazer pra te manter aqui?

Te olho mas não te vejo
Te toco mas não te beijo
Desejo,
O que passa nessa cabeça a mil?
Por onde está andando?
Com quem se vê conversando?
Não sou eu
Não é comigo
Sou só um amigo
Um conhecido...
Que te conhecia...
Mas hoje em dia
não é só a sala
que se sente vazia.

Inserida por pereiradans

Ele e eu

Ele vem...
E eu já não sei o que faço aqui
É, ele tem...
E eu só te olhei e sorri

Ele senta do meu lado,
me olha
E eu? Ah, me namora!
Ele fala seus doces, seus encantos
Eu só queria seu beijo agora

Ele vem mancinho,
chega pertinho
e sussurra
Eu só procuro uma solução,
uma cura
pra essa paixão

Ele me beija,
me abraça,
me enlaça
E eu, sem graça

Ele convida
Pede minha companhia
nessa noite tranquila
Eu? Fui

Inserida por pereiradans