Poemas de Lua
noite desperta o sangue e o luar o desejo...
minha vida é sua...
venha uivar para lua
somos filhos da noite,
crianças com sede da vida...
venha meu irmão
vamos comemorar o luar
venha minha irmã vamos beber o sangue
daqueles que ainda respiraram...
sobre a pedra vermelhar repousa seu coração negro...
tenha a certeza que somos filhos da perdição...
caminhamos no reino dos mortos,
e estamos vivos...
É noite plena, misteriosa, envolvida em sombras,
a lua sem dono, vaga lentamente, distante,
imponente, nos leva a ter alguns sonhos,
Já é a hora do descanso do corpo
e da mente que precisa um certo abandono
entre lençóis, envolvendo-se docemente
Lá na amplidão tudo é silêncio profundo,
há um vazio e promessas de infinito,
ao dormir nada somos, apenas pausa da vida
numa canção que nem percebemos, tocamos...
em notas de amor afinado ou de saudade, um grito...
Vamos fazer um poema clichê
Meu sol, meu sol, minha lua
A culpa das borboletas no estômago sempre foi tua
Quando é noite
O Sol do outro lado da rua
Escreve um recado na Lua
E me diz que pode haver
Outros Sóis mais brilhantes
Mas que o Sol menos distante
Brilha mais
Tem noites em que a voz do vento
Diz tanto
Quanto todas as vozes juntas
Mas, se alguém quiser entendê-la
É preciso um coração calado
Pois o silêncio já sabe as perguntas
E as melhores respostas
Serão sempre insatisfatórias
Quando a mente brilhante
Se encontrar brilhantemente
Abastecida dos melhores ventos
A noite mais escura
É sempre aquela
Que permite conhecer
A paz que emite
Simples, singelamente
A voz da vela
É preciso um pouco mais
Pra tentar ouvir o que ela fala
Perceba que em noites assim
Mesmo a luz da maior estrela.
Humildemente se cala.
Edson Ricardo Paiva.
Trago comigo um revoar de emoções,
um coração feliz que se entrega a vida,como a lua aos encantos da noite.
Sigo na paz que se revigora na fé e no amor pelos outros.
Que graça teria a vida,sem a doce sensação de aconchego que tem as boas companhias.
Primeiro foi o sol,
Depois a lua,
As estrelas...
Por fim,
Me dava o infinito...
Achei que era muita responsabilidade,
Terminei.
A saudade
A saudade toma conta de mim.
Enfeitiçada fico pela lua minha amiga.
Já procurei mil maneira pra lidar com a saudade.
Te procuro em pensamento.
Vou tentando ser forte.
Mas sou um ser humano.
A saudade dói.
Sinto a tua falta em mim.
Tento busco em músicas, me afastar dessa saudade.
Mas em cada olhar.
Cada sorriso.
Cada gesto está você.
Tento vencer essa saudade.
Ela se torna mas forte que eu.
Tudo me lembra você.
A saudade.
Tudo em mim cheia transpira saudades.
Meire Perola Santos
09/04/2015
Hora 19:34
Eu era antes de senhor
Uma arvore linda
um brilhar lindo
uma lua cheia
Eu era um desertor sem destino
Uma emoção a se viver
Um paraíso gostoso de se ver
A última gota de água
a rosa mais belas do planeta
Com os olhos não se vê
Mas com o coração se pode tocar
Além de uma lua branca e pura, com estrelas a sorrir
São os caminhos das águas cristalinas, das folhas e sementes.
É o brotar incessante do amor no coração de toda gente
É pelo ar, pela terra e no tempo que não se mede
Mira o recreio cativante dos querubins com as nuvens
Sou a vida infinita que faz do universo o seu lar.
Olhos castanhos
Sobe o olhar silencioso da lua.
Só consigo imaginar aqueles olhos castanhos.
Os momentos juntos.
Aquele sorriso encantador.
Uma verdadeira obra de arte.
Cheia de defeitos, mas com um enorme coração.
Um rosto lindo, alma pura.
Será que estou diante de um anjo?
LUA NA RUA
A lua andou pela rua
era bege, era gelo, era branca...
Era nossa... Era sua era minha!
Era hera de chuva, telha molhada
goteiras na casa , chuva na cozinha.
Tinha chovido água e como chuva
... A água caia, pela cidade
pelas calçadas pelos muros e casas
e os buracos da velha rua...
D'água fria se enchia.
A lua, andou pela rua
era noite, era chuva era água....
A chuva falou para a lua
_ Essas poças d'água na rua,
não são minhas!
São espelho refletindo
essa cara apaixonada sua.
Antonio Montes
MEMÓRIAS
Tentei guardar na retina aquela cena
O brilho da lua nova fazendo seu caminho dourado nas águas da Guanabara
O brilho das luzes da cidade
A ponte em estilo europeu do século passado
A arquitetura Imperial
E o sorriso dos seus olhos
Quis guardar aquela cena
Algo tão grande não coube em mim
Coloquei então no poema
Foi melhor assim
O sorriso dos seus olhos jamais terá fim.
Se a Lua uiva na sua noite, silencie para que o Sol possa amanhecer...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
REMENDO 💘
O meu corpo ferido
Visto-me de poesia
Onde coso e remendo
Com as linhas da lua
Coso com amor
Coso com paciência
Coso todos os trapos
Que me cobrem o corpo
Coso, remendo, rasgo
Esta desalinhada mente
Enquanto coso
Vou-me encostando a ti
Para não coser sozinha
Neste meu remendado passo
Das insónias em ponto cruz
Coso rasgo e remendo
Enquanto me deito contigo.
Sinto-me voando
Sinto-me segurando estrelas
Sinto-me andando na lua
Sinto-me sua
Sinto-me rua
Sinto-me...
Só.
Lua nova, foi você
Que mesmo estando pela metade
Aquele caminho iluminou?
Disfarcei, nem quis te ouvir
Pois sei que brilhaste não para alumiar
Mas sim para tornar notável a sua presença
E fazer todo ser sensível te contemplar
Olhar pro céu e contigo sonhar.
Veio a noite, o vento,
a lua que se esconde,
uma estrela cadente,
que brilha de repente
e tão longe...
veio a noite, a mesma de sempre,
na escuridão de ausências
LUA CHEIA
Paira no ar uma doce melancolia
Da minha janela, aprecio a lua
Pelo céu vagueia, parece uma candeia
Emoldura a noite, com seu fulgor
Silenciosa se desnuda, me deixa muda.
Tanta beleza e exuberância
Quando ela chega cheia, crepitante
Que as estrêlas bruxuleando se escondem
Deixando-a voluptuosamente
Brilhar sobre a terra.
Face à obra do Criador, minh’alma fluctua !