Poemas de Lua
ECLIPSE SAGITÁRIO
Onírico: eis minha força motriz
em cada palmo de crina
só em beleza me embalo
Cavalgo céu a dentro
e sendo arqueiro - de impulso adestrado -
atiço eclipse
sol y lua
em
Sagitário
Nossa vida é passageira
O tempo não vai esperar
Então faça como eu
Que no céu vivo a brilhar
Venho nova e crescente
Venho cheia e minguante
E não deixo de sonhar
(Lua)
A luz do por do sol reflete no teu rosto e mostra o teu verdadeiro ser,
que se encanta por um entardecer...
tão magnífico quanto o nascer da lua,
é apreciar tuas curvas...
A imensidão dos céus
Me guia até a linha do horizonte
Fecho os meus olhos
Caminhando sobre a ponte
O dia me dando adeus
Com tons alaranjados
Tudo que essa vida me prometeu
Eu fico extremamente grato
Tamanha escuridão noturna
Que me perco pelas ruas
Fico por horas estarrecido
Admirando as constelações e a lua
Pedi ao amigo vento
Pra me fazer flutuar
Vou colorir as estrelas
E no céu vou rabiscar
Palavras de um poema
Pra tornar uma canção
Meu quadro vai ser as nuvens
O meu lápis minhas mãos
Sinto o abraço da chuva
Meus pés dançam pelo ar
Meu corpo gélido aquece
Vejo a lua despertar
Tu chamaste o meu nome?
Minha alma te escutou
Senti cantar minhas frases
O seu brilhou ressoou
Anjo me dê tuas asas
O espaço vou alcançar
Eu quero ouvir minha música
Bem de perto do luar.
#MINHA #RUA
Moro em uma rua esquecida...
Abandonada, a mais escura...
Cachorros cagam nela...
Há 1/2 século vejo pela minha janela...
Em minha esquina ...
Começam as serestas...
Mas logo sai de minha rua...
Só deixando a solidão nela...
Tem uma calçada de estrelas...
Muita calma nessa hora...
Apenas uma homenagem...
Aos grandes menestréis das serenatas...
Lindos sonhos sonhei...
De ver muita alegria...
Sempre contando os dias...
De tudo que existe...
Que tristeza...
Pura quimera...
Rua tão triste...
Horas mortas...
Do amanhecer ao anoitecer...
Que me faz sofrer...
Última a ser enfeitada...
Em festas, pouco iluminada...
Até o padroeiro Santo Antônio...
Hoje não passou por ela...
Acesso para a cidade...
De casarões coloniais...
Resistência de antigos moradores...
Poucos, quasem não se encontram mais...
O comércio é escasso...
Poucas lojas de fato...
Uma igrejinha presbiteriana...
Pouco aberta na semana...
É a rua que mais árvores tem...
Entre duas praças...
A da matriz que um dia teve um lago...
E a da feirinha com artesanatos...
Rua do hospital...
De farmácias...
Se passar mal...
Ali você se acha...
Tem pousadas...
Uma delas é rosa...
Namoradeiras sonhadoras...
Sempre alguém querendo prosa...
Linda cidade de Conservatória...
Quando no céu a lua aparece...
Um violão solitário chora...
Eis que é a hora...
Das pedras contar suas histórias...
Nessa rua eu cresci...
Nessa rua eu brinquei...
Nessa rua eu vivo...
E se Deus me permitir...
Daqui partirei...
Mas agora eu só queria mais ver...
Mais alegria e muitas flores...
A florescer...
Durante o dia pouca gente...
Na madrugada só gambá...
De viralatas muita bosta...
Cuidado quando andar...
Sandro Paschoal Nogueira
Com este céu de 05:00h da manhã
O azul prime com seu airoso brilho,
Sem nuvens, quem conjuras o chegar do amanhã?
Que seja! O sol é quem sempre medeia o andarilho.
Começou como uma coisa boa, uma coisa curta
Você resistiu, mas eu sabia
No momento em que nossos lábios se tocaram
A pressa nos levou direto para a lua
Ilha
Na rebentação em fúria
Lembranças antigas despertam
Em ciclones e tormentas.
Maré alta, noite inteira
Clama ventos, que a norte chegam
Bramindo desassossegos
Protestos por Selena ausente,
Em édredons, escondida
Eu e a ilha, somos um só
Fustigados num inferno
Em tempestades de inverno
Estrondos retumbantes
De memórias que chagam mentes
Na calada dos silêncios
Até que Selena apareça
Para que o vento se acalme
E, enfim, eu adormeça.
Eu e a ilha, somos um só!
Nunca contei uma história tão diferente assim, aquela pessoa q é diferente, q mexe com seu lado mulher e ao mesmo tempo enfurece o furacão q sou...
Me sinto ligada a essa mulher, sinto falta de cada curva de seu corpo...
Queria q nossos mundos se cruzassem novamente, que se tornassem reais cada jura de amor, e que não fôssemos apenas mais um casalZinho, e sim o casalzao da porra!!!
Ps. Ainda te amo
L U A 🌒
Alguns costumam achar o dia ensolarado uma coisa linda, alguns amam o nascer do sol e outros o pôr do sol.... Enfim alguns amam o sol; eu amo a lua.
________________________________
Logo quando anoitece
E no céu você aparece
Iluminando com sua luz fluorescente
Encantando os românticos feito entorpecente
Sendo ícone da paixão
E também da solidão
Vem arrasando nas noitadas
Mais que flashs em baladas
Esteja você na fase nova
Esteja você na crescente
Cheia ou minguante
É você a protagonista de todas as noites
Sendo assim
Por completa, cativante
Pode não ter luz própria
Pode não ser uma estrela
Mas nas noites
Fria
Crua
A voz é tua
É para ti que olhamos
Para ti que cantamos
Para ti que choramos
E é com você que lembramos
Lembramos de idas e vindas
De quem perdemos
Quem ganhamos
E quem amamos
É graças a você, Lua
Que as noitadas são lindas
"Enquanto o brilho das estrelas nos emanava energia,
Eu pude ver seu sorriso, me transmitindo Paz e alegria;
Entre a luz dos seus olhos e a luz da Lua,
Minha mente ganhou uma dimensão oculta,
Pude sentir a vibração positiva, tanto minha quanto sua;
E minha alma bateu para o seu coração que de sua Vida eu não sairía nunca."
De ma fenêtre - Da minha janela
Da minha janela, eu via o ir e vir de pessoas sempre apressadas, como o Coelho Branco de Alice no País das Maravilhas. Dentro de seus carros, em suas motos, bicicletas ou mesmo com passos acelerados, suas expressões gritavam “Estou atrasada, estou atrasado! Olha a hora, olha a hora!”
Alguns dias eu observava atentamente e algumas coisas se destacavam. Como os carros, verde limão, amarelo e o rosa que passavam quase sempre no mesmo horário, também havia um simpático casal de ciclistas e um grupo de pessoas barulhentas que caminhavam em direção ao ponto de ônibus. Não conheço, nenhuma dessas pessoas, mas não as vejo mais, suas histórias e seus caminhos, mudaram.
Da minha janela, agora eu vejo a rua vazia, tranquila. E apesar de estar em uma região central de uma capital, é como se fosse um bairro de uma cidade pequena, onde crianças poderiam sem medo, estar correndo, rindo, se divertindo (como eu fazia na minha infância), mas não existem crianças na minha rua.
Da minha janela, alguns dias, eu posso aproveitar os tímidos raios solares, me fascino e tenho medo das tempestades e algumas vezes, vejo a Lua e as estrelas (pois aqui quase sempre o céu está nublado).
Da minha janela, as coisas que mais gosto de ver são aquelas que meus pensamentos trazem, enquanto tomo meu café, meu chimarrão ou minha taça de vinho (depende do momento), e olho para o céu, para as árvores ou para o nada, sem fixar o olhar
Da minha janela eu vejo o meu ontem e planejo o amanhã.
Eu gosto da minha janela!
Luana Kaminski
Pensamento de agora...
Esse luar...
É possível olhar e não se impressionar?
É possível olhar e não se apaixonar?
Deixo essas questões no ar!
O seu sorriso é como esse brilho que torna a noite mais clara, e encanta os olhos de quem pode-o contemplar;
Basta você sorrir e o mundo vai se apaixonar!
Ps. Inspiração em seu sorriso.
Beleza Mórbida
Tortura-me muito a vê a pútrida mente se acendendo cada vez mais, na podridão do âmago dos humanos, essa hereditária, sádica e nefasta que eu e você temos de deixar... Os frutos do amanhã.
Sou um louco? Talvez. Mas prefiro ser esse louco do quê mais um receptáculo abastado de ignorância e com um cérebro provido de uma visão anuviada; que só ver com os olhos. Prefiro vagar na treva e viver ao desalento com minha consciência conturbada.
Eu prefiro o mórbido farfalhar das folhas orvalhadas das árvores melancólicas que decoram o ermo e olvidado cemitério que visito... Nele, sinto-me menos atormentado... Seu silêncio me encanta, como uma melodia sonâmbula...
E às vezes, pareço ouvir o eco do sussurro feral da morte permeando aquele vale sepulcral coroado pela névoa lúgubre. Mas além desse estranho e soturno eu, que tanto resmunga, há uma amiga aprofundada na tristeza mais abissal.
Ela, sim, compreende-me, e mesmo possuindo uma beleza fantasmagórica e estando remota, ela me entende. Estou sempre de preto por luto a ela. Ela está lá, solitária, em meio ao negrito da rainha noite.
Pálida, taciturna, fria e quieta como uma lápide velha...
Sempre espreitando nas noites sombrias; imponente e inspiradora com sua beleza nua.
Como eu, nos ocultamos quando a noite moribunda dá seu último suspiro.
Sempre que a noite ressuscita, ela emana seu encanto opaco, e lá fica perscrutando o mundo impregnado de seres depravados...
Sua imagem pura e deprimente sempre vai me encantar... Porém, sinto que seu brilho nada mais é que lagrimas por testemunhar à horrenda raça humana espalhar sua insanidade. Ela está sempre lá em cima, vista por tudo e por todos sob ela...
Não usa traje, todavia parece está em volta de uma mortalha.
E talvez somente a pálida lua nas trevas da noite, saiba o destino que nos reserva.
O que será?
Primeiro as evidências, depois vieram as consequências,
no soprar dos ventos sussurros ouvi,
ao olhar para a lua e receber as respostas em silêncio senti as confirmações,
na madrugada vazia os sonhos foram atropelados,
cérebro uivando ferozmente, a dor ganhando vida loucamente,
O que será dos amanhãs com esse hoje tão turbulento?
#CASTIGO
Embora o mundo me condene...
Quero emprestar meu peito à madrugada...
E muito amar...
Sob a luz prateada...
Espio sem um ai...
Minha sombra nas esquinas...
E nos ventos...
Onde seus olhos estão?
Não estão a minha procura...
Tento acalmar minha loucura...
Nenhuma razão para tanto amar...
Esperar dessa maneira...
Numa cidade deserta...
Tanto sentimento...
Para coisa nenhuma?
Mas o que serve a verdade?
Não, já não me interessa promessas...
Para quem ama e muito espera...
Quem me dará os meus anos, se os perdi?
Sigo só...
Abraçado pelo frio...
Porém não vejo...
Mais que o desejo de lhe encontrar...
E seu eu morrer antes disso...
Não verei a lua mais de perto...
Isso é meu castigo...
Que o amor me dá...
Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poeta
Quero viver este pretexto estranho...
Dentro de determinado desejo tudo pode ser possível...
Depois que eu vejo no teus olhos famintos...
De formas inesperadas o sentimento místico...
Tudo é bom mesmo... Na passividade....
Gritos e gemidos são há harmonia...
Sendo que a energia da vitalidade ...
Tu és como um trevo de quatro folhas,
pois rara é a tua existência,
provocas sorrisos e esperanças se renovam
com uma resplandecência
fascinante
que deixa a noite ainda mais encantadora
tanto que a lua torna-se coadjuvante,
mas acredito que nem deve se importar,
pois, contigo, ela também se encanta
e, assim, com o teu fulgor, podes brilhar.