Poemas de Lua
Eu já disse o quanto amo cada segundo
quando estou contigo?
Sabe, é até engraçado de dizer,
mas eu prefiro presenciar o teu mais terrível momento de raiva
do que ficar longe de você.
Eu amo você.
Amo o jeito como você sorri.
Amo sonhar em teu colo.
Amo cada pequeno gesto,
cada pequena coisa que você faz.
Elas são enormes pra mim.
Você é tudo pra mim.
Você é mágica,
o mais divino encanto.
E então hoje eu venho dirigindo pelas ruas,
e vejo a Lua, linda, ao horizonte.
Mas a Lua está sozinha sem o teu olhar.
Há estrelas em teus olhos,
e quando eu vejo a Lua através dos olhos teus,
eu percebo que quando estou com você
o meu céu tem mais estrelas.
Em Titã, aquecido por um cobertor de hidrogênio,
vulcões de bordas geladas vomitam amônia
dragada de um coração glacial.
Substâncias líquidas e congeladas constituem um império
maior que Mercúrio e até um pouco
parecido com a Terra primitiva: planície de asfalto e lagos
de minerais liquefeitos. Mas
como eu desejaria beber as águas de Titã debaixo daquele céu brumoso,
onde os solos se esmaece num vermelho difuso
e bem lá em cima, como úteros flutuantes, nuvens
fervilhantes despejam as chuvas primeiras
enquanto a vida aguarda em suas asas.
O sol se espelha no mar
Todos os dias ao entardecer
É uma visão singular
Da vida para se viver
De brincadeiras com a lua
De se esconder vai brincar
Como nos jogos de rua
Como é gostoso lembrar!
De cima da ponte
De cima da ponte vejo as águas correrem
De cima da ponte vejo as horas passarem
De cima da ponte vejo o sol se por
De cima da ponte vejo a lua chegar
De cima da ponte vejo o horizonte
De cima da ponte não vejo você chegar.
Em, 28/08/2017
Amo-te noite , as estrelas a brilhar me faz lembrar daquele tempo, de alento.
Bons tempos
Dos meus amigos, da minha escola.
Dos perigos, da minha bola.
Nao enrola... eu sei que você lembra,
Lembra de mim!
Não imaginei que te veria assim.
Uma flor, a essência tua
Meu jeito céu, teu jeito lua.
(Rafa Souza)
" O menino e o seu mundo."
Quem é ele ?
Um menino,
mas não um simples menino
Ele é aquele que sonha
entre a realidade e a utopia.
É nas viagens no tempo,
no reencontro com a saudade,
e na fantasia do viver,
que o seu mundo se cria.
Ele quer voar,
a falta de asas lhe tira
a possibilidade do voo,
mas não sua qualidade de anjo.
Ainda que não possa voar,
um universo infinito,
ao subir no telhado,
é por ele contemplado.
Lá tudo é possível,
ele fala com as estrelas,
as escuta, toca a lua
e por ela é tocado."
Viviane Andrade
Minhas Luas
Sou de fases como bem sabe mas tenho minhas próprias luas. Se eu pudesse nomeá-las, a que me rege hoje seria lua ardente. Não do ardor de brasa que queima e destrói, mas o ardor que aquece e vibra. Vivo, impetuoso, intenso, violento, passional.
Se eu fosse descrevê-la seria lua inflada, alta, ávida, âmbar. Impossível ignora-la mesmo no céu mais nebuloso. Nuvem alguma teria a audácia de encobri-la. Ela se ergue imponente e vaidosa, sedenta por olhares. Sedenta, isso a define. Bem como ela, me ergo quente, viva e intensa aguardando avidamente pelo olhar tão quisto.
Iasmin Borges
Eu não preciso de muito... De todos os lugares, aquela pedra, com aquela mesma árvore onde descanso minhas costas, parece que foi criada sob medida, ajustada de forma a arrancar de mim muito mais que olhares.
Saio de casa, ando inquieta até a pedra, onde sento e pouso minhas costas em uma partezinha da planta que parece já estar familiarizada com meu contato. Sei que se trata apenas de mim e uma noite inteira para desbravar. E como me sinto acolhida ali! É como se, debaixo de todo aquele manto de folhas e diante da silhueta da cidade que o horizonte me fornece, todo o mundo fosse desenhado novamente para mim.
As estrelas por vezes me paqueram, mandando piscadelas constantes em minha direção. E a Lua, majestosa, clareia meus pensamentos à medida que vou adentrando em um universo que é só meu, de mais ninguém.
Às vezes, por conta do lembrete do vento que vem agitar meus cabelos ou, em outros casos, do chamado da minha mãe, "desperto" do modo de reflexão ao qual me habituei a realizar e me encontro novamente recostada naquele tronco, recolhida naquela rocha... Não sou mais a mesma de antes. Saio sempre melhor, mais leve, segura...
LIBERDADE DE AMAR
Sol, céu, e mar... E você na areia a me beijar!
O mar repousando em teus pés sobre a areia.
O sol aquecendo meu corpo de sereia.
Brilhando no horizonte o sol estonteante.
Que logo deixa minh'alma radiante!
Me perco em seus cabelos soltos ao vento.
E me inebrio com teu sorriso que me fascina.
No seu rosto lindo aquela brisa,
Que beija meu rosto de menina.
A tarde chega e vemos o pôr do sol
Deitados na areia, paixão que incendeia,
Já não existe mais o sol que nossos corpos bronzeia.
Cai a noite, fogueira na areia, brisa suave...
Lua cheia, céu e mar...
Cenário perfeito para dois amantes...
Observando a lua brilhando sobre o mar no horizonte.
Lua, céu e mar,
Você na areia a me beijar!
Sobre a luz do luar...
Abraçados e extasiados de se amar!
A despedida...
***
Amanheceu e seu amado partiu tristemente...
Deixando-a com coração partido.
E voltou a adormecer eternamente...
As coisas já não tinham mais sentido.
Pois de que adianta ter as estrelas, a luz do luar... Ter o mundo...
Se não irá mais o encontrar.
O amor, um sentimento lindo e mais profundo...
Mas muito difícil de explicar.
Anoiteceu e tudo ficou mais triste...
Saiu a noite pra contemplar o mar.
Lua cheia no céu, não mais existe...
Agora tão longe do seu amor, já não podes mais o amar...
Rio, 06/05/06.
NARRATIVA DE UM BOÊMIO
A noite, com seu sorriso cintilante de estrelas, me recebeu dizendo:
- Achegue-se!... Sente-se!... Toque e cante até o sol raiar...!
o sol vai ao longe se apagando
o mar vai engolindo o sol
e os navios na praia chegando
as luzes vão ascedendo
e o meu amor morrendo
na trilha sonora dos desesperados
a lua lacrimeja a noite
serenando em terno açoite
os corações apaixonados.
PERENAL
Indago-me, serei eu um sonho ou sonhador,
deste clichê de um déjà vi?
Mesmo sob o crepúsculo dessa caixa de pandora,
Quando em trevas a face tão pálida da lua me encanta.
Neste covil desfigurado por demônios sem asas, a imperfeição criação testemunha sempre abismada o reluzir da senhora soturna.
Enquanto o ser tumular gira sua ampulheta, eu me pergunto qual;
Qual meu proposito neste ergástulo enfermo?
Por certo serei eu um receptáculo abastado de desolação condenado à mesmice?
Neste anuviado vale sepulcral de esfinges mortas
Tudo parece o sonho de um cardíaco lívido...
Serei eu um mero fardo preenchido de lamuria?
Sinto-me provido de vida, como o suspiro de um defunto, um escárnio aos olhos da morte?
Ou um perenal protagonista deste limbo inventado?
SONHO
Sob o encanto mortiço do olho sem
pálpebras da sentinela desolada, vagos
e nefastos errantes sombrios entram em
sua nimbosa treva proibida.
Perturbados por sonhos hipocondríacos,
se encantam com a moribunda noite,
assim como o velho poeta e seus versos de outrora.
Tinha nome de flor, Violeta. Cheirava à jasmim.
Sonhava ser artista, era trapezista.
Nos lábios rosa carmim. Cabelos, de querubim.
Enxugava as lágrimas com um sorriso belo.
Olhos de furta-cor, nãos mãos um cravo amarelo.
Salpicava com estrelas o manto do céu.
Andar suave de princesa, na cabeça um véu.
Olhava entre as rochas o mar.
No sentimento, um poema: amar, amar !
Deixava pelo caminho pegadas na areia
Ao vê-la passar os homens gritavam: sereia !
Em uma noite de lua meia, veio o aviso
Foi-se a bela, sem demora ... voltou ao paraíso !
Atras das palavras
me escondo
Entre as letras rio e choro
Só eu sei
Ponho sons nos sentimentos
Dou cor ao que esta cinza
Só eu vejo
Viajo com as gotas de chuva
Sonho no brilho das estrelas
Brinco com a lua
Só eu sinto
Converso com o vento
Desabafo com o sol
ouço minhas lágrimas
Só eu escuto
Meus momentos
Minhas alegrias e tristezas
Minha vida, meu EU
ESTRADAS
As estradas que não percorri
foram tantas...
as estradas.
o que deixei de fazer
o que eu não vi
o que eu perdi...
agora na encruzilhada
de minha vida
penso na estrada que escolhi.
e as outras?
as estradas
que não percorri?
sonhos que sonhei
beijos que não ousei
não sei...
a madrugada me surpreende
enquanto escrevo versos,
a lua me sorri.
na poça d'água respingam estrelas.
nelas me olho mas não me vejo
- onde foi que me perdi?
Na velocidade da luz dos astros do universo, estamos sempre vivendo no passado
A vida é uma eterna evolução e tudo passa na velocidade de um piscar de olhos um segundo, minutos, horas, transforma sempre o presente em passado, a luz do nosso Sol, que está "perto" - em termos astronômicos -, chega a nós com um atraso de 8 minutos, que é o tempo que a luz demora para chegar ao nosso planeta. Na velocidade da luz ela viaja a uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo, este flash de luz é também o tempo que a luz da Lua leva para chegar a terra.
Sua beleza é única
Indescritível
Ilumina meu quarto
Em cada fase
Incrível
Encantadora
Perfeita
Vagarosamente, atravessa o mundo
E volta,
Sempre volta,
Vive me seguindo,
Me adora,
Me acalma,
Me embala,
Ó lua,
Eu me rendo!
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