Poemas de Lua
A lua está cheia
Os sagitarianos estão inquietos
Procuram o encontro que não acontece,
No Bar que acolhe os discretos e os indiferentes
A lua está cheia
Mas os lobisomens não são mais os mesmos
As mulheres muito brancas não existem mais
Perderam-se em meio ao trânsito das metrópoles
Os sagitarianos estão inquietos,
Na noite de lua cheia,
no Bar do bairro de classe média,
No anonimato das mesas que não se comunicam
A lua está cheia, mas o Bar está no fim
Talvez alguém de outro signo apareça
Mas, o mapa astral diz que o dia não é hoje.
Essa coisa de amar como quem despetala,
feito bala de afeto que a boca derrete,
lua toda melada entornando no céu,
é papel que a caneta interpreta na mão...
lua em noite nublada
mulher misteriosa
e secreta ilha
numa mística
distante península
feita para sacudir
as estruturas
e as tempestades
sempre resistir
fuga do mundo
no mesmo lugar
em círculos a te buscar
no fundo por não saber
nem por onde começar
corrente estelar de virgo
de silêncio em silêncio
sem obter resposta
o coração segue endoidecido.
Desabafo
A lua riu de mim
e quando vi já era tarde demais
Os meus sonhos já tinha deixado pra trás
continuei minha estrada
e quando cheguei ao fim
vi que não encontrei nada
A vida é curta demais
e andei em frente sem me importar com nada
com a carne, nem com a alma
e agora pergunto o que irá me restar?
olhei pro mar e a lua brilhava sobre ele
olhei para areia aonde as ondas se quebravam
Olhei para o céu aonde deus te guardava
Amor que brilha
É madrugada
A lua cheia ainda ilumina o céu
E foi testemunha
Viu tudo
Sabe de tudo
Logo o sol vai nascer
Estará com mais brilho
Mais poderoso que nunca
Estará maior e terá um tom a mais
Vai transmitir mais calor
E vai aquecer muitos corações
Tudo isso por nós dois
O Sol logo vai nascer
Em forma de coração.
Chibata
Da lua se vê o brilho pratear,
a sua beleza divulgar,
pele negra brilhando ao luar.
Sob a água que prateada
brilhava, morada de Olucun,
Inaê, Janaína e Yemanja,
Da força de Kisanga, de seu
encanto Kianda, sereia do mar.
Pele negra de prata, que passou
por chibata, de sinhô que
açoitava, a negra escrava.
De cara caçava, nem motivo inventava,
a sonata cantava, o grito em pranto escutava.
O sangue corria, ela era
violada e lágrima caia, com
seu brilho prata!
Pele negra marcada,
mente negra sem cor, esquecendo a dor,
lembrava com fé de Olocun sim, seu sinhô.
Apanhar não matava, morrer não era medo, era fuga era desejo!
A'Kawaza
É necessário amar… Quem não ama na vida?
Amar o sol e a lua errante! amar estrelas,
Ou amar alguém que possa em sua alma contê-las,
Cintilantes de luz, numa seara florida!
Amar os astros ou na terra as flores… Vê-las
Desabrochando numa ilusão renascida…
Como um branco jardim, dar-lhes na alma guarida,
E todo, todo o nosso amor para aquecê-las…
Ou amar os poentes de ouro, ou o luar que morre breve,
Ou tudo quanto é som, ou tudo quanto é aroma…
As mortalhas do céu, os sudários de neve!
Amar a aurora, amar os flóreos rosicleres,
E tudo quanto é belo e o sentido nos doma!
Mas, antes disso, amar as crianças e as mulheres…
Somos como o sol e a lua
quase não se veem,
mas se sentem
um completa o outro
enquanto um está iluminando seu lado
o outro acolhe os sonhos do lado oposto,
ou, os olhares dos apaixonados.
Enquanto um oferece calor
o outro, ilumina a escuridão
alimenta a imaginação
inspira o amor.
Mas quando se juntam,
oferecem o mais belo espetáculo da natureza
juntos em seu momento mágico
mesmo que por pouco tempo,
se torna marcante, esse encontro.
Um breve encontro, pra eternizar essa união.
Mesmo distantes, estão unidos um ao outro.
Por um olhar, por um sentimento.
Perdão Amigo
Quisera tanto te chamar de amor.
Quisera tanto ser tua lua, estrela e ser para você o universo.
Sonhei que era tua princesa. Sonhei que era tua....tão somente..
Vivi de sonhos...
Vivi de ilusão...
O que eu não via era que já me pertencia.
Era meu amigo. Não um amigo qualquer, o melhor que uma mulher pode querer.
Eu, num desespero louco....coloquei tudo a perder.....
Se pudesse apagar meus atos inconseqüentes...
Se eu pudesse voltar no tempo.
Mas não posso.
Vou viver... ou sobreviver...
Carregando a culpa de nunca ter de verdade te compreendido.
Carregando a tristeza de não ter seu perdão.
Meus olhos demonstram que minha alma chora.
Minha boca amarga.....as palavras secam...
Não existe água que possa refrigerar esse sofrimento.
Q que possa acabar com o deserto em que se encontra meu coração...
A única fonte que poderia por fim a esse desespero é o oásis do teu perdã
Ô, lua,
Que linda você está hoje
Com a névoa das nuvens
Enfeitando sua beleza
Sua beleza me lembra uma pessoa querida por mim
Teu brilho acalma meu coração, assim como o olhar dessa pessoa que encontrei.
Boa noite, anjo!
Pobre Lua
O sol beija o mar e se despede,
Em seu lugar estará em breve a lua.
Refúgio dos solitários,
Encanto dos enamorados...
Pobre lua que do alto ouve as queixas
E talvez entenda de solidão.
Talvez entenda de amor...
Pobre lua que só sabe iluminar o mar.
Seu riso de prata seduz mas não responde
Aos pedidos que lhe fazem os
Solitários e os namorados...
Toda noite é assim, e
Quando o mar novamente acordar,
Haverá apenas pedaços de luar...
Boa noite, amigos!
A lua e seus encantos traz a inspiração ao poeta
E a mais bela joia traz o brilho obscurecido
A mais bela flor é a que mais perfuma o jardim
E você meu amigo é o melhor de todos os perfumes
que irradia e faz brilhar todos os dias!
Quanta beleza e encanto tem uma flor
que cresce selvagem e livre
sobre as estrelas, a lua, a chuva e o sol
que grandeza e conhecimento
que força e sensibilidade
quanta fragilidade
e quanta humildade...
Melodia Sentimental
Acorda, vem ver a lua
Que dorme na noite escura
Que surge tão bela e branca
Derramando doçura
Clara chama silente
Ardendo meu sonhar
As asas da noite que surgem
E correm no espaço profundo
Oh, doce amada, desperta
Vem dar teu calor ao luar
Quisera saber-te minha
Na hora serena e calma
A sombra confia ao vento
O limite da espera
Quando dentro da noite
Reclama o teu amor
Acorda, vem olhar a lua
Que brilha na noite escura
Querida, és linda e meiga
Sentir meu amor e sonhar
Boa noite com poesia
PARALELOS
Nas noites de lua cheia
há quem vire lobisomem
Nas noites estreladas
os encantos nos consomem...
Nas barrancas do rio
os homens contam histórias
Nas barrancas da vida
elas ficam em nossa memória...
Nos bancos da praça
os idosos descansam
Em volta dos bancos
brincam felizes crianças...
No mourão da porteira
o peão conta a boiada
No mourão da varanda
uma rede abandonada...
Na estrada de terra
a poeira o vento levanta
Na estrada do pensamento
o sonho a gente acalanta...
Nos olhos do pequenino
a pureza está presente
Nos olhos do maldoso
o veneno da serpente...
Nas madrugadas do boêmio
o compromisso desaparece
Nas madrugadas frias
meu amor me aquece...
melanialudwig
Uivo para a lua bem alto
E tu me vais escutar
Olhas bem para o alto
Fechas os olhos para eu te tocar.
Só de olhar para os seus olhos
Desejos ficavam a crescer
Mas ela nada dizia
Pois sozinha não se queria tornar a ver.
Mas sim o teu aroma que sempre em mim vai ficar
Não é a lua que está cheia
Mas sim o meu coração por te amar.
CUIDADO!
Ó namorados que passais, sonhando,
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!
Desperta os ninhos vosso passo… E quando
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…
Mais cuidado! Não vá vossa alegria
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!
Poupai a ingenuidade delicada
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!
SÉRIE LUA V
Lua, doce, suave, serena,
também dos amantes amiga.
Saudade de paixão antiga,
Ilumina, clareia a cena.
Lembranças da velha cantiga,
amores que valeram a pena.
Saudade, bandida, inimiga.
Lua cor que nos condena.
No brilho e amor que nos liga.
Beijo branco
que de longe acena.
Sombra.
Na noite parado.
A luz da lua
Eu te soo inseguro
e sou assim no escuro.
Me agarro ao galho seguro.
Firme, mas não com força.
Olho apaixonado o brilho da lua.
Minhas asas translúcidas
Brilham no escuro.
E é só o que se vê de mim.
Sem minhas asas
desapareço perdido
de mim só sobra a sombra.
A contraluz do luar.
Sou só um sombra.
Ao longe vejo um gigante
aqui interposto a Lua
Ele jaz montanha indefinido
mesmo ele é insignificante
diante do amor é
somente uma sombra.