Poemas de Lua
SÉRIE LUA IV
Luar dos apaixonados,
branco como neve a brilhar.
Lança raios prateados,
acorda corações para amar.
Junta casais enamorados,
que loucos se poem a beijar.
Sobe lua branca, e vem,
nos dê seu doce luar.
SÉRIE LUA VII
Do céu, lua atrevida,
invade a janela e espia.
Fiel testemunha da vida,
dos casais em alforria.
Luz pálida a clarear,
os amantes em alegria,
entre beijos se entregar.
Dama da astronomia.
Senhora da astrologia.
Cumplice da arte de amar.
Complemento e ousadia,
na arte de namorar.
SÉRIE LUA VIII
Brilha no céu solitária,
em noite clara de luar.
A minha alma sedentária,
anseia teu lumiar.
Roda mundo, gira lua,
no céu paira a flutuar.
Me invada me possua,
em teu brilho vou sonhar.
Venha, amada lua,
me faça apaixonar,
que essa alma é toda tua.
SÉRIE LUA IX
Toda prosa, lua vem,
de estrelas acompanhada,
sorridente e sem desdém,
charmosa, toda assanhada.
Lua boa, traga meu bem,
de alma muito apaixonada,
que queira receber de alguém
muito carinho e ser mimada.
Selvagem dentre a matilia
Cachorro louco em noite de lua cheia
Uiva no cume da montanha
o líder canibal em meio a toca dos leões.
Palomita já não brinca com bonecas
agora guerreira armada com arco e flexas.
Porém sangue índio torna às raízes deixando as armas na aldeia.
"Acomodado num luxuoso divã, tinha uma brechinha por onde fazia terapia com a lua.
Enquanto refletia, a mesma luz analisava.
Quase no meio do céu, por toda parte as estrelas.
Mais tarde o céu fica repleto de estrelas, só ela então quem faltou.
Vai chover amor, e a lua não quer se molhar.
Como és bela flor, ilumina nossas noites em todas as fases de nosso amor".
Lembre-se de procurar a lua de nascimento
A chuva fez espelhos na terra
O sol é somente uma energia amarela
Há uma terra viva de promessa
Nivele os campos de muita areia
As estações enchem minha mente
E me cobrem
Voltando do precipício
Mais do que uma memória
ENTREGA
Hora da Aurora
Alma cheia de lua cheia
Entrego-me a ti
Amor, exílio bendito,
Glorioso destino infinito.
E a lua
como
uma
aresta
da alma
sorrindo
se acalma
vendo o
anoitecer...
Vem
com seus
sonhos
querendo
fazer
uma festa
no céu
acontecer...
mel - ((*_*))
JUVENTUDE PERDIDA
Na colina, a lua abre sua janela
E solta o vento a galopar.
Ouvem-se gemidos das árvores entorpecidas
Por atrever-se em suas dermes tocar.
Cá da janela também estou
Entorpecida pelo frio da brisa a passar;
Olhos vendados pelo vestido dourado
Que trás o bordado de São Jorge a lutar.
Jogo-me da sacada na garupa de um tufão
E num galopar imaginário,
Adentro castelos e armários,
Gavetas e diários
Um pouco de quem fui, saudades!!!
Num móvel emaranhado
Entre teias, empoeirado,
Um papel amarelado
Dependurado na parede ao lado.
Vasculhei o passado.
Tudo aquilo estava ali:
As frases que não falei,
Os versos que não mandei,
Os amores que não vivi.
“E o retrato? Ah o retrato! Não era eu.
Aquele rosto não era meu!”
Definitivamente, não era meu.
E eu chorei...
A vida passou encilhada
E eu não montei.
A porta se abre, ao longe?...
Entre cá e lá, um som real:
- Vó, a lua já tem namorada.
Eu queria...
Queria ser a estrela
que você tanto admira
ou a lua que te encanta
e que tanto te inspira.
Quem sabe uma rosa
no teu jardim secreto,
suave e delicada
com pétalas suaves
macias como o veludo.
Ou teu livro de poesias,
onde sonhos moram ali
onde tudo é possível
os caminhos são de flores,
as águas são serenas
a vida é feita de amor,
nos olhos não há lágrimas
nos lábios há o sorriso
e nas mãos que acariciam,
há sempre uma flor.
Que
a luz da lua
o calor do sol
o brilho das estrelas
o perfume das flores
e toda beleza existente na natureza
transforme cada segundo de sua vida
em felicidade!
Tornou-se amiga da chuva,
das estrelas, do sol
da lua e do vento
que lhe faziam companhia
e ouviam seus versos
assinados sempre,
natureza.
do meu poema - Assinado, natureza
COMEÇO
Seis vidas passadas a lua era minha,
Era minha a rainha de ouro, a dama de espada,
Por sobre os telhados das casas era eu que comandava
A burguesia e o proletariado
Eu pisava a relva como um guerreiro,
Vitorioso depois da batalha,
Sabia que águas correntes e águas paradas
São lágrimas de arrependimento
Dos que caíram por amor...
Seis dias atrás eu ainda era
Um vitorioso nas minhas empreitadas,
Perdera parte do baralho,
Mas ainda tinha um trunfo, um coringa,
Tinha um sorriso na parede,
No quarto uma silhueta feminina,
E uma moringa com água fresca,
Pra matar a minha sede...
Seis minutos atrás diante de um sorriso
Não havia uma batalha que eu não tivesse vencido
Há seis segundos atrás, diante de um olhar
Eu não sabia o que dizer,
Eu aprendi o que é ansiedade,
Eu descobri este lado frágil,
Eu comecei a viver...
STRAUSS
Daqui a pouco talvez eu esqueça,
Depois dessa noite,
Depois da lua minguante,
Depois de todas as luas,
Se a magia de tudo
Ainda mantiver suspensas as estrelas,
Todos os satélites,
Se ainda existir magia...
Talvez algum dia eu esqueça,
Se eu cair e bater a cabeça,
Quem sabe uma amnésia aconteça,
Se o mundo explodir talvez eu desapareça
E comigo a lembrança da tua boca pedindo,
Das tuas mãos pegando
Das tuas pernas valsando... valsando...valsando...
Lua...
tu que estás aí desde toda a eternidade,
leva este meu verso
passear pelo Universo.
Lua...
que a noite ilumina,
leva minha alma menina
e entrega àquele que me fascina...
Lua...
conheces o amor de tanto tempo,
sabes diferenciar o sempre de um momento
vês neste amor toda verdade,
leve-o pra viver a eternidade.
Outro dia acabou,
outra vez o sol no horizonte pousou...
outra noite a lua brilhando
e eu aqui te esperando...
O maior amor do mundo
me estendeu a mão,
olhou nos meus olhos... bem fundo,
cativou meu coração...
Allora, amore mio
"ci risiamo..vabè, è antico, ma ti amo"
è antico, ma ti amo ;)
BOLHA DE SABÃO
A lua é de são Jorge,
a noite é do dragão,
e as estrelas,
tê-las ou não tê-las
depende da paixão
santa é minha loucura,
que galopa como um alazão,
ave esta ternura,
suave e colorida
como penas de pavão,
ave Maria, avestruz,
Cristo morreu na cruz,
Maomé foi a montanha,
Ana Montana adora cuscuz,
a noite é de sao Jorge,
a lua é do dragão
e a terra viaja no universo
como um ínfima bolha de sabão...
Eu continuo enfrentando o mundo
depositando o que ainda resta de mim
enquanto isso o sol e a lua
nunca se encontram
mas eles sabem que existem um ao outro
e o mar continua ali
uns dias mais calmo
outros mais agitado
e as árvores me purificam
e continuo enfrentando o mundo
As barreiras continuam todos os dias
e o sorriso quando não surge
ele se guarda
dentro do meu coração
essa e a minha vida
esse é meu mundo.
A lua
Estou aqui em cima do morro
Olhando para a lua
Onde me pergunto
Será que a culpa foi sua?
A lua não responde
Mas ela me ilumina
Seja na alma ou na vida
A culpa não é sua
Nem tão pouco minha
Então segue-se a vida..