Poemas de Lembranças
Revelação
A terra em torno do sol vai girando e nos mostrando o tempo passar,
Como se fosse um filme extraído de nossa mente fazendo nos recordar,
De alguns bons momentos e de outros que esquecidos deveriam continuar,
Não podemos esquecer que lembrar algo ruim é o sofrimento multiplicar,
E que no submundo do nosso sentimento existem coisas que nos impede revelar,
Mas às vezes temos que passar por elas e aprender a nossa vontade controlar,
Sabendo-se que, nada em nossa vida por acaso venha acontecer,
Devemos com cautela e muita sabedoria procurar absorver,
Porque somente um tem o poder de nos libertar quando quiser,
“Por nós foi morto e crucificado, o homem de Nazaré.”
Du’Art 20 / 02 / 2016
Ainda me lembro dos primeiros olhares, do primeiro sorriso a quele correspondido, do primeiro "Oi tudo bem" que me fez tão bem.
Lembro do primeiro beijo rosto, com uma vergonha sem tamanho, os olhos se perdiam no tempo o coração acelerou e a respiração ficou mais ofegante.
Embora hj isso seja só lembrança, me faz um bem enorme saber que vivi isso.
Algumas memórias sao como estrelas
Ja aconteceram, ha tempos
Mas ainda brilham presentes
E tocá-las
Doi
Hoje, de fato, esqueci...
Esqueci as métricas,
Esqueci os padrões,
Esqueci a compostura,
Esqueci minha mente.
As métricas, pois nada é capaz,
De definir o quão sagaz,
Está o ritmo de meu respirar.
A compostura,
Pois todo meu corpo,
Deseja de novo,
O toque de seu corpo.
A mente,
Pois não importa o momento,
Ela sempre volta
Àquele momento.
Palavras me faltam,
Pra dizer o que houve.
Mas sorrisos esboçam,
Na lembrança de hoje.
Findo olhando,
As paredes e pensando:
Que dia foi esse,
Que quero mais vezes...
Ela se lembra dos primeiros passos
Ela se lembra dos primeiros abraços
Sei lá, o mundo já não faz bem
Só quer ser feliz e Amém !
Trago comigo a lembrança
Do tem que eu era criança
Do tempo que o povo tinha esperança
A palavra tinha valor
Tudo tinha outro sabor
O mundo chorava menos de dor
Naquele tempo tinha mais amor
Hoje está tudo diferente
É só dor e sofrimento
É só pranto e lamento
Mas um dia espero tudo mudar
Que as pessoas de novo possa se alegrar.
E se pudesse voltar no tempo?...
Claro que eu voltaria!
Outras escolhas faria.
Mas, isso só aconteceria por eu ter passado o que já passei.
O tempo e as intempéries é que fazem amadurecer a fruta.
Arrepender-me mesmo, só pela acomodação, por ter levado tanto tempo
para encarar que a mudança era inevitável. Quando uma direção faz se perder o rumo, só resta a conversão, recuar já não é possível.
Direita ou esquerda, volver!
Pelo caminho lembranças... boas, às vezes, nem tanto assim...
Lembranças...
Lembrar de não cometer os mesmos erros.
Lembrar que só devo cultivar o que vale a pena para ser bem lembrada,
de seguir sempre com a alma lavada, porque o que fica para depois só a faz encardir.
Boas escolhas, sempre boas escolhas, sem essa de “se chorei ou se sorri”.
A prudência sempre leva ao sorriso; e a emoção, só se for edificante.
Tempestades sempre chegam, mas , também se vão. Tenho é de construir um abrigo seguro, com minhas próprias mãos. Uma grande obra começa sempre com um pequeno tijolo. Tenho tempo, todo o tempo do mundo porque tudo isso depende só de mim.
E assim vou...
sem trancos, nem barrancos.
Aprendi a levitar!
Quem pouco no bornal consegue levar,
nada há de lamentar.
Sem âncoras, nem algemas...
Apenas vivências e boas lições.
Ao meu último suspiro, haverá quem lembre
apenas o que um dia fui...
Dia desses
(Jelres R. de Freitas - Janeiro/2016)
Um dia desses as coisas mudam,
E a gente esquece o que ficou para trás.
Aparece pessoas e te ajudam,
A não lembrar do passado jamais.
Um dia desses a dor acaba,
A ferida cicatriza e para de doer...
Você pode achar que é piada,
Mas é o tempo... Deixa ele percorrer.
Um dia desses você acorda feliz,
Ocupado de mais para o passado...
Oque vai sobrar é uma cicatriz,
Será apenas orgulho pelo aprendizado.
Um dia desses a gente deixa de crer,
Começa a duvidar do que dizem...
É melhor pagar para ver,
E esperar para saber se condizem.
A certeza que vai dar tudo certo,
É como se a esperança renascesse...
Sentimento de um preso liberto,
Tudo isso em um dia desses.
Meu Anjo Protetor
Sabe; quando a gente amar meio sem sentido?
Divide uma cama, uma vida e o coração partido
A gente só olha trás, e lembranças, sensações que não voltam mais, não retornam mais.
E de pensar que justamente eu acerca de seis anos atrás, ainda ali contrito, mas sobre maneira apaixonado; imaginando o que seria de mim se por você fosse abandonado.
Mais o tempo me provou que de amores rasos e pessoas superficiais; meu coração parece sempre ter gostado, pois ainda hoje te excomungo, te xingo, te ameaço, digo que não te amo e no mesmo instante me engasgo na mais doce soberbia e assumo para o mundo que apesar de tudo sempre desejei a sua companhia.
Gotas Mortas
São portas fechadas, o que eu sempre encontrei.
São janelas batidas no vazio... vazias de ti.
São sorrisos perdidos, abraços esquecidos.
São estradas contrárias dentro de um adeus.
São amores nunca revelados... estancados.
São olhares nunca vistos... imaginados.
São as incertezas impostas dos riscos.
São desejos certos para um medo infesto.
São músicas acabadas, sem danças ritmadas.
São as vozes do amor que se foram sem cantar.
São prantos, rastros de tristeza existente.
São toques solitários, mundos envolventes.
São tudo que senti: lembranças que não vivi.
São vontades que me definem, quando penso em ti.
São puras aflições, libertas emoções... utopias.
São gotas mortas de sentimentos vivos ainda em mim.
Hoje te vi on-line
Até pensei em te chamar
Para dar um oi e saber como está.
Mas aí pensei em tudo que tu me fizeste chorar
Não nego que senti saudades
Não nego que a vontade de te chamar foi a maior coisa do mundo
Mas ao me recordar
Resolvi deixar isso para lá
Quando me quiser rever
Não mais escutará minha voz
Minhas mãos não mais seguraram as suas
Ficarei devendo aquele beijo
Meu abraço não sentirá
Se consegue relembrar meu último sorriso
Tente com esforço guardar na memória
Eu tão disposta e feliz
Naquela barzinho da esquina
Ficou para trás
Eu ainda enxergo você
Bem pouco
Tente olhar nos meus olhos
Não se entristeça
Não seque minhas lágrimas
Ainda é do pouco que me resta
Sorrio as vezes
Poucos entendem
Sorrio
Quando te vejo
Eu ainda te compreendo
Percebo quando me faz recordar
Dos bailinhos e da cervejada
Dos filhos e do batizado
Dos shows e do pai que se foi
Dos paqueras e da escola
Ainda que te angustie
Veja meu olhar de súplica
Eles te pedem
Venha-me ver
No mais profundo, um baú.
Belo, perfeito aos olhos e agradável ao coração.
Lacrado pelo mais forte dos elos, forjado no metal mais denso.
Tanto tempo ali parado, depois de ter sido largado.
E houve a tempestade e o mais profundo foi descoberto e emergiu o belo baú.
Tão belo de se ver, tão agradável ao ego.
abri-lo não parece ser tão intenso quanto sua beleza exterior.
Aberto foi. Não há volta.
Gostaria de nem tê-lo descoberto nessa imensidão.
Lhe transborda lembranças desgraçadas, lembranças que só machucam, lembranças de mãos atadas.
Há tanto tempo submerso, assim deveria ficar.
O que faço com isso agora?
O que faço? se nem mais seu algoz é conhecido.
Aberto o belo baú é descoberto seu tesouro há muito esquecido.
Buscai forças.
Quero sentir as emoções da liberdade, Mas não quero sentir a sensação que te perdi.
Ouvi um certo alguém falar, que não se pode guardar tudo, é preciso esvaziar-se das coisas velhas para ter espaço para as coisas novas.
Concluir que deveria esquecer todas as lembranças que tenho de você...
Mudar as metas, os hábitos e começar a construir novos sonhos, só que agora sem você.
Mas não é fácil apagar da mente o que o coração insiste em guardar.
Então, se eu te encontrar e você me perguntar se eu estou fugindo de você, eu responderei que sim.
Eu estou fugindo.
Fugindo de uma nova recaída.
Fugindo das lembranças.
Fugindo de tudo que me faça lembrar você e principalmente de você.
Porque quero correr e ser perseguida pelas folhas de outono, e não pelas lembranças guardadas que um dia me fizeram chorar.
Eu não sei se fiz a coisa certa, mas não era exatamente o certo a se fazer. Ainda quero você, de vestido, te ver.
Dormir e sonhar é uma desgraça, quando acordo e não sinto seus doces cabelos a me envolver.
Eu queria, aquele dia, te perguntar se concordava com como seria depois dali. Queria ter combinado um jeito da gente sair, uma vez a cada dois meses, pelo menos, dia 22, se preferir. Talvez eu preferisse ainda te amar e me ferir, um quase voto de castidade, para quem nunca quis sofrer a maldade de não ter quem ama perto de si.
Não tenho tudo o que quero, vou viver querendo assim, precisando só do que eu tenho e querendo de volta só o que me falta para ser feliz.
Tudo que eu sou ainda tem um pouco de nós dois.
Manias, poesias, até meu jeito de sorrir.
Há coisas que nem o tempo é capaz de apagar.
- Sinail Junior
Após tanto tempo sem te ver, nossos olhos se cruzaram, tantas sensações e sentimentos misturados na minha cabeça confusa.
Me surpreendi com tudo que mudou, éramos dois estranhos novamente, você mudou e eu também.
- Sinail Junior
Já é a segunda ligação "muda", na verdade escuto apenas sua respiração, sei que é você, um milhão de lembranças; boas, dolorosas, passando pela minha cabeça.
-Me perdoe, foi engano.
-Está desculpado, tanto este, quanto os seus outros enganos.
-Então até mais.
-Até nunca mais.
- Sinail Junior