Poemas de Lembrança
Estou bem sim...
As vezes num intimo de meus dias
vem-me lembraças frias que atravessam
o peito, e num estase de sentir, eu choro.
Lagrimas rolam, mas ao fim parecem
esvaziar a alma e me vem um vazio que
me toma e me faz voar como águia pelo
horizonte de dor.
Mas encontro um ninho e me tomo de volta
na saudade que me afaga, trazendo-me
um sorriso discreto, sem geito, sem graça
mas, de gratidão por entender o que é amar.
Dói ... como dói dizer não pra pessoa que você ama ...
Mas se isso faz parte de uma promessa ,de não magoa-la no futuro ,por mais que doa ,você deve seguir desta maneira ,por mais que ela não entenda ,por que mais que o desejo de infringir tal situação seja quase inevitável ,mas deve ser assim ...
como um sonho que teve um fim ,mas que ficará eternizado na memoria daqueles que viveram ,o mais intenso ,proibido e verdadeiro amor de suas vidas ...
vai levar um tempo pra essa dor passar ,pra esquecer os sorrisos e as tardes de amor que ambos passaram juntos ...
não é só uma questão emoção ,só que desta vez a razão foi mais forte ...
um dia quando ambos se encontrarem em outra partes de suas vidas ,vão poder lembrar com risos sem sentimentos ,o quão foi bom tudo ter acontecido ,o que não podem é olharem nos seus olhos um do outro ,por que então vão está trazendo aos seus corações outra vez não só uma lembrança, mas a batida diferente que ele bate quando amor é verdadeiro..
Mais um ano está chegando ao fim. Há quase três anos atrás, iniciava o começo de um fim; um fim cheio de amor, de paixões infinitas, de promessas constituídas durante o tempo que nos manteve unidos. Jamais o tempo terá permissão de apagar o que aconteceu, serão lembranças permanentes, vivas nas nossas memórias, lembranças marcadas com cada detalhes para que nunca sejam esquecidas. O tempo passou....mas a emoção nunca acabou, ficou guardado a tua essência, o teu suspiro, e o teu calor; ficou os teus murmúrios como uma melodia de uma música (halo). Há quase três anos....!
Demetrio Mota
Como é bom sentir-se especial, sentir-se amada!
Eternizar os bons momentos vividos, beijar a boca que amamos, sentir o cheirinho inesquecível dessa pessoa.
Viver um grande amor é carregar pra sempre um tesouro... mesmo que um dia esse amor acabe, as lembranças, as sensações vividas serão nossas para sempre... talvez inicialmente de forma dolorosa, mas com o tempo uma doce e inesquecível lembrança...
Existem lembranças que doem bastante
e outras que nem tanto
tem outras que só angustiam e não se chega a nada.
só se chega á uma parede branca e vazia.
e existe aquelas lembranças boas e ruins.
ruins porque elas não fazem voltar o ser amado
mas boas porque são gostosas de lembrar e relembrar então deixamos elas lá no canto mais gostoso da alma para saboreá-las quantas vezes quisermos...
Esquecer
A coisa mais difícil do mundo
Piora quando acabou de acontecer
Sua mente inunda
Não da pra evitar
Voce só fica a pensar
Por quanto tempo
Tudo isso vai te machucar
Ruim quando te segue
Alguma palavra, imagem
Se transcende
e te faz lembrar
como é ruim
Ver tudo se acabar
... a respeito de John..
Continue correndo atrás dos seus sonhos.
Crie raízes senão o sacrifício não terá valido a pena.
E lembre-se: nada, nada mesmo é definitivo.
Precipite-se, oras! Erre..
Depois você corrige tudo.
Assim você terá alguma coisa
pra contar para os seus netos...
Lembre-se que você está escrevendo a sua história.
Isso se faz com atitudes.
Imaginação e pensamentos são efêmeros e mudam com o tempo. Ninguém se lembra de coisas que nunca existiram...
Lembranças
Será que me esqueceu?
onde estão todas as lembranças!
aquela segurança,
o sabor do beijo, calor do abraço.
Aquele amor declarado,
lado a lado,
aquecido em meu peito.
Será que me esqueceu?
Não me responde,
não me houve mais,
Não me vê...
Como aguenta?!
É realmente, não tem jeito,
estou só!
tanto tempo longe,
escondendo-se entre tempos e carinhos.
E eu! desfrutando desse sabor amargo
que se chama solidão...
Meu coração, desacelera, desfalece
se debate com esse tal sofrer.
Como para com esse desatino?
essa dor, que não para de doer.
essas memorias que se desfazem
ao longo do tempo.
essas entre linhas do destino
que se cruzam entre realidade e delírios...
Será que me esqueceu
ou eu que lembro demais...
no fim do tunel vi uma luz
no meio de toda aquela escuridão
vi uma luz tão bela me chamando
e falava meu nome mais era tão lindo
no meio da minha amargura existe luz?
no meio de tudo isso existe salvação?
o que significa amor ?atração e afeto?
tudo quando mais parece perdido
temos que encontrar uma resposta no meio do furacão sei que pode ser dificil e doloroso
mais se eu vi uma luz no fim do tunel se naum
consegue ver uma pros seus problemas?
Aquela velha rua me trás saudades de velhos momentos que ali aconteciam.
Aquela velha rua, com a velha simpática, falastrona e cheia de boas histórias e estórias sentada à calçada.
Aquela velha rua, cheia de velhas casas com toda a simplicidade de um lar cuidado com carinho, onde o amor reinava.
Aquela velha rua, com os velhos de hoje, sendo crianças brincando com as velhas brincadeiras.
Aquela velha rua me faz querer trocar o novo pelo velho.
Trocar o atual pelo antigo.
Quem dera poder voltar ao velho tempo, naquela velha rua, com os velhos de lá, com as velhas brincadeiras e as velhas casas, mas com todos aqueles momentos que não ficam velhos em minha memória.
No meu cardeno surge o seu nome
Me lembra as coisas que um dia pensei em esquecer
Essas letras me machucar por dentro
Me mostra a distancia entre as estrelas
A diferença que faz uma vida sem prazer
O tempo diz tanto sobre nós
Há uma marca que diz, não estamos sós
Notamos e ainda não sabemos o que queremos
Serão folhas rasgada, uma cola jogado aos dados
Mas acreditando nos números, nunca perderemos
Tento pensar que não teve intenção
Apago e faço de novo, mas é sempre a mesma situação
Só quero que não vá
As chuvas tentam apagar o nome
Mas só conseguem tentar me afogar
São estrelas brilhantes
Estão distante
sabemos que não irá voltar
Aquele olhar
Passam os dias, e nós vivemos outros momentos,
e nunca pelo nosso pensamento passam fases
diferentes , de repente a mente voltas dá,
e traz à nossa frente aquela lembrança aquele
olhar.
Olhar que um dia vimos e que é dificil não
lembrar.
Pelos dias novas emoções são vividas,caminhos
outros são trilhados, e a paz dentro de nós
agora mora.
Pelas manhãs , depois de um descanso olhos abertos,
sorrisos, aquele olhar a nós, do nada volta.
O olhar do amor que nunca morre, amor que em nossa
retina fica e dali nunca sairá.
A esse olhar vontade da, de não o deixar de ver.
Olhar de amor.
Pensando bem, é bom com ele conviver.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
Você também envelheceu,
Mas ainda continua aquela
Menina de sempre,
Ora comedida,
Ora inconsequente.
Ora
sabida,
Ora inocente.
Aquela menina que dizia me amar,
Sentada em um monte de sonhos,
Quando brincava de ninar.
CRIANÇAS, LEMBRANÇAS
"Naquela calçada tinha um formigueiro.
E crianças brincando e gente passando o dia inteiro.
Na pracinha em frente, todos os dias eu via um jardineiro.
Do outro lado da rua, um bar,
no balcão um "portuga" sorridente, hospitaleiro.
Ao lado, a Casa de Carnes do Expedito Açougueiro.
Mais adiante, a banquinha do "Seu" João Jornaleiro
e a oficina, do Paulo Funileiro.
Vez ou outra eu via passando,
alegre a cantarolar, o Zequita do Pandeiro,
que era primo do Nestor Marceneiro,
que era neto do "Seu" Waldomiro Barbeiro.
Vou ficando por aqui, feliz e altaneiro,
tenho gratas lembranças,
de fevereiro a janeiro."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Se é verdade que um dia me amou,
Se é verdade que um dia me quis muito,
Então jamais teve fim.
O sentimento está preservado em algum lugar em você.
Do nada você lembra né?
Uma nostalgia protegida em alguma parte em seu universo.
GRACINHA
Eu sou aquela caixa d'água a tilintar dentro da noite veloz. Lá fora, o sereno caía vadio enquanto os rumores dos carros mexiam com as luzes dos postes. Tchiqui, tchiqui, tchiqui... Quase sempre, o ventilador ao pé da cama. A cama. A cama. Aquela cama... Na área, o churrasco embalava os nossos estômagos famintos. A fumaça passeava por todo espaço. Chegava na cama. A cama. Aquela cama... Ao meu lado direito, meu mano: pequeno, raquítico, olhos negros, cabelos lisos. No centro, a mana: covinhas amontoadas, coqueirinhos na cabeça, chorinho fácil a descolar na boca. Ao lado esquerdo: vovó. Vovó. GRACINHA. Corpo roliço, cabelo despreparado, pele macia e branca. Sua mão a "irribuçar" os netinhos com colcha vermelha. Sua mão a cantarolar no meu peito. Um dois três carneirinhos. O ronco, o sereno a cair, os rumos dos carros e eu-caixa d'água, eu-saudade, eu-vontade-de-voltar.
POEMA MAS INTIMISTA DO MUNDO
(PARA OS ANDES, NA TOADA DE PABLO NERUDA)
PUEDO escribir los versos más tristes esta noche.
Este poema que despertou-me tantas catarses durante a vida
tornou-se um retrato piegas e
emporcalhado na lembrança.
Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Toda esta composição do cosmos, agora
reflete o voo de uma borboleta
o cravo pregado no peito do passarinho
a insinuação mansa e irregular dos amantes.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Amei e fui amado. Rejeitado. Desprezado.
até consumar-se a oratória do poeta popular:
SÓ SOU GRANDE SE SOFRER!
La misma noche que hace blanquear los mismos
árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Já não somos os mesmos. E será que fomos algum dia?
entortamos os nossos destinos na curva da aliança?
fizemos arquétipos pessoais?
ya no somos los mismos!
tampouco, o verbo intransitivo direto: amar.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
E isso: consola-me. Eis que a primavera floreou
os meus braços não te pertencem mais
nem o beijo
a voz
o corpo
meus olhos. O meu olhar já tem a quem...
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero...
Não quero. Pois já tenho a parte desejada
a rama do outono
o verão do vale
a manhã que entra pela janela.
aquela foi a última dor
pois o meu caminho tornou-se valsa
tango
transeuntes desesperados
e a inspiração do aconchego de
meu novo amor.
Vai passar...
Lembro de quando descobri que amava, recordo de cada momento que com você estava, não esqueço dos detalhes que seriam insignificantes mas, pra mim tão marcantes que agora estampam minha alma.
Me disse que ia passar, relembro e então espero passar, todas as lembranças de você.
Nos tempos dos fuzis...
Sou nascido em ano aguerrido, em ventre livre
Em tempos confusos, pais tementes e legalistas
Lúcidos nos entendimentos de sua época
Diferenciavam o bem do mal sem temores
Vim ao mundo em dias de instalada ditadura
E dela herdei temores e aprendizados
Foi no turbilhão dos fatos que assisti
Que forjei meu caráter e ideologias
Conheci armas e flores, algozes e heróis
Foi nas ruas, na insurreição de meu povo
Que a proporção exata do brio me arrebatou
Ali, vi a perversidade do poder, mostrava sua cara
Bandeiras, gritos de ordem pela liberdade
Passeatas, corações agitados e viris
Combatidos por déspotas sem arreios
Instituindo a vergonha no cenário da historia
Hoje, caminho pela vida, ruas e avenidas
Sob sol e lua, alvo de distraídos olhares
Passando cenários, pessoas, vezes sem rumo
Cada um com seu querer, quiçá, até um ideal
Amor, amor, amor...
O perfume no ar
Ela passa devagar
Deixou marcas no coração
Do homem que não soube ama-la
Desfilando nas lembranças
Com seu vestido encantador
O perfume dessa moça
Encantou o seu amor
Este perfume que exala
de sua pele tão clara
O deixou louco de amor
Ela não o enxergou em sua frente
Ele se corroeu de rancor
Dando espaço para a vingança
O amor não correspondido
O enlouqueceu de tanta dor
A inveja e o egoísmo
Seu ciúme descabido
O controle perdido
Acordou o monstro adormecido
A crueldade que fez com ela
Sem compaixão ou temor
Abafou o perfume que sua pele exalava
E sucumbiu o amor
Pobre homem infeliz
Na tentativa frustrada
Perdeu a mulher que amava
Não percebendo o seu amor
Essa pele clara
Esse perfume que exala
Nunca mais sentirá de perto
Pois perdeu seu grande amor.
Ela continuará desfilando e exalando seu perfume, nas lembranças desse pobre sofredor.