Poemas de Lembrança
“Diário”
Ao folheá- lo novamente
Reabro a mente, as portas do passado
Onde relembro, fé, milagres, carnavais
Encontros inexplicáveis, sobrenaturais
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Entre uma página e a seguinte
Vejo, que o diário era bom “ouvinte”
Onde se equilibravam sentimentos
Bons e maus momentos
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Romances, amores e desamores
Angustias, dissabores e algumas dores
Términos de histórias, egos magoados
Lindas memórias, obstáculos ultrapassados
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Cita, paisagens, viagens e muitas lembranças
Amizades, lazer, exaustão e prazer
Os sonhos de quando crianças
Os desejos que tínhamos de crescer
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As páginas amareladas cheias de pó
As cumplicidades, o nunca estar só
Os desejos vividos
As vezes felizes, por vezes sofridos
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Projetos arquitetados para o futuro
Onde os sonhos nos fazem escrever
Rimas, poesias…o caminho duro
Tatuagens que agora nos fazem viver
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Inspirada nos raios de sol
Ou inebriada na luz do luar
No cantar do rouxinol
Ou no silencio que se faz escutar
.
Rosely Meirelles
Sabes me lembro que tu cuidastes de mim da melhor forma que sabia cuidar,
Lembro-me que me amaste da melhor forma que sabias amar,
Lembro-me que ficou o máximo que podes ficar.
Ainda assim, mesmo com meu máximo esforço não me recordo.
Me foge da mente nosso último beijo,
Me escapa da lembrança o teu cheiro,
Me transcorre como era o calor de teus braço.
Não me esqueci do meu amor, e sim o oposto ele só cresce com a saudade que os dias trazem
Ainda assim, tudo que mais suplico é acordar uma manhã e recordar...
Nossos corpos juntos, seu rosto luminoso sorrindo, duas taças de vinho e o nosso amor infinito.
Essa é a melhor lembrança que tenho de nós, embora nunca tenha a conhecido.
Lembranças, que lembrais meu bem passado
Lembranças, que lembrais meu bem passado,
Pera que sinta mais o mal presente,
Deixai-me, se quereis, viver contente,
Não me deixeis morrer em tal estado.
Mas se também de tudo está ordenado
Viver, como se vê, tão descontente,
Venha, se vier, o bem por acidente,
E dê a morte fim a meu cuidado.
Que muito melhor é perder a vida,
Perdendo-se as lembranças da memória,
Pois fazem tanto dano ao pensamento.
Assim que nada perde quem perdida
A esperança traz de sua glória,
Se esta vida há-de ser sempre em tormento.
"De ponta cabeça;
Tudo virou, minha vida, o mundo;..
Pra mim, tudo ruiu, quando me deixou;
Sobraram apenas lembranças;
Fotos sem sentido;..
Sentimentos vazios;..
Palavras soltas ao vento;..
E lágrimas de um amor..."
“Saudade é equinócio.
Equinócio é aquele evento atípico quando o dia e a noite tem a mesma duração.
A saudade é aquele raro momento quando a alegria e tristeza tem a mesma intensidade.”
A sombra do teu sorriso.
Um dia no começo de uma de nossas primaveras a
muito tempo atrás, andávamos juntos
de mãos dadas pela areia da praia, com os pés na água do mar.
Você pegava as conchinhas segurava em sua mão e as
examinava, se faltava um pedacinho,
você as devolvia ao mar...
Eu lembrei por muitos dias
Nas minhas caminhadas solitárias...
Da sombra do seu sorriso...
Quando você foi embora, foram também
as cores dos meus sonhos
junto com as luzes da alvorada
Peço que olhe mais uma vez
dentro dos meus olhos meu amor, e veja todos os momentos
lindos que as lembranças trazem de nossas vidas...
Você nunca foi tão amada minha pequena estrelinha do mar...
Hoje a melancolia toma conta de meu coração,
e uma lágrima beija meus lábios, e eu penso
nos teus...
Agora em toda a primavera
quando eu pegar uma conchinha do mar,
eu estarei lembrando
Da sombra do seu sorriso a me iluminar.
A morte é
um sem remédio.
O jeito é tocar o carro adiante.
Rangendo sorrisos,
respirando a brisa pouca
desses dias ariscos.
Outra fotografia
no caderno da lembrança,
pena.
(…)
tropecei
na vontade
do reencontro
e
descobri
que ainda há
resquício
de tudo aquilo
que um dia
já foi.
Como conquistar algo que sempre te pertenceu?
Como desapegar de algo que nunca teve posse?
O quanto olhamos o mundo com olhar de desejo e repulsa?
Como diria uma amiga:
Quando você quer muito algo,
Renegue.
Pois faz com que aquilo venha até você,
Sem apego ou controle.
Vem só pelo sentido de ir.
Vem só pelo sentido.
Vem só
Sem (ter) tido.
O que possuímos já possuímos, e nunca perdemos.
O resto, todo o resto, é questão de tempo e espaço.
De tempo, pois é temporário, finito.
De espaço, pois existe um espaço entre o Eu e o Outro.
Então, o que é meu, já o possuo,
e não há necessidade de esforço para obter o que sou,
só perceber, lembrar,
e ser.
E o que não é meu, não necessito conquistar ou desapegar,
pois se trata de um com-viver, um relacionar,
que um dia irá embora ou se transformará.
Abra mão de querer controlar, conquistar o seu exterior.
Conquiste a si mesmo aceitando, lembrando quem você é.
O resto, todo o resto, virá no seu devido tempo e lugar.
Tristeza
Há porta da mente soa a galopes fortes
Todos os pensamentos afoitos
Abrem espaço para ela que carrega pinturas de todas as sortes, estritos nos seus trotes meu nome permanece, Não lembro de ter pedido mas sempre esteve comigo. Hóspede permanente e companheira impertinente, guia minha mão aos velhos golpes de sua missão, fazer de mim seu eterno campeão.
Às vezes eu acordo assim
Com furacão dentro de mim
Perdido e carente de uma ligação
Querendo uma resposta
Impossível não lembrar
Do nosso amor, da trajetória
Tatuou meu coração
Em minha vida fez história
Me atualizei em outra boca
E naquele beijo fechei os olhos
Pra te esquecer
E só deu você, só deu você
Aquela velha rua me trás saudades de velhos momentos que ali aconteciam.
Aquela velha rua, com a velha simpática, falastrona e cheia de boas histórias e estórias sentada à calçada.
Aquela velha rua, cheia de velhas casas com toda a simplicidade de um lar cuidado com carinho, onde o amor reinava.
Aquela velha rua, com os velhos de hoje, sendo crianças brincando com as velhas brincadeiras.
Aquela velha rua me faz querer trocar o novo pelo velho.
Trocar o atual pelo antigo.
Quem dera poder voltar ao velho tempo, naquela velha rua, com os velhos de lá, com as velhas brincadeiras e as velhas casas, mas com todos aqueles momentos que não ficam velhos em minha memória.
No meu cardeno surge o seu nome
Me lembra as coisas que um dia pensei em esquecer
Essas letras me machucar por dentro
Me mostra a distancia entre as estrelas
A diferença que faz uma vida sem prazer
O tempo diz tanto sobre nós
Há uma marca que diz, não estamos sós
Notamos e ainda não sabemos o que queremos
Serão folhas rasgada, uma cola jogado aos dados
Mas acreditando nos números, nunca perderemos
Tento pensar que não teve intenção
Apago e faço de novo, mas é sempre a mesma situação
Só quero que não vá
As chuvas tentam apagar o nome
Mas só conseguem tentar me afogar
São estrelas brilhantes
Estão distante
sabemos que não irá voltar
Você também envelheceu,
Mas ainda continua aquela
Menina de sempre,
Ora comedida,
Ora inconsequente.
Ora
sabida,
Ora inocente.
Aquela menina que dizia me amar,
Sentada em um monte de sonhos,
Quando brincava de ninar.